SEJA ÉTICO

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quinta-feira, 26 de julho de 2007

As 30 empresas que mais desrespeitam o consumidor

Prometeram melhorar o atendimento à população se privatizassem as empresas públicas.
Prometeram investir o dinheiro arrecadado com as privatizações na educação, na saúde, no saneamento básico, na habitação, no transporte público.
Prometeram...
Prometeram...
Para onde foi o dinheiro das privatizações???
Quando chegar a hora de renovar as concessões a essas empresas, o Brasil deve se mobilizar e não permitir que renovem com essas empresas que desrespeitam os consumidores brasileiros.
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" Depois de perder em maio para o Itaú o primeiro lugar na lista dos fornecedores de produtos e serviços mais acionados nos Juizados Especiais do Rio, a TELEMAR está de volta à liderança.
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Em junho, foram ajuizadas 3.527 novas ações contra a operadora. Em segundo lugar ficou a Ampla, com 2.120; e em terceiro, o Itaú, com 2.077 Os bancos ocupam quatro das dez primeiras posições.
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A lista aponta mensalmente as 30 empresas mais processadas nos Juizados Especiais. De janeiro a junho deste ano, os Juizados receberam 231.506 novas ações. Desse total, 23.459 (10,13%) foram contra a Telemar, que lidera o ranking no período.
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Este cenário só foi alterado no mês de maio por causa da corrida dos poupadores à Justiça para pedir o ressarcimento das perdas com o Plano Bresser. Naquela ocasião, o Itaú somou 4.873 novas ações contra 4.250 da Telemar.
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A relação das empresas mais acionadas em junho é a seguinte:
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EMPRESA (QUANTIDADE DE NOVAS AÇÕES)
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1º) OI – TELEMAR (3527)
2º) Ampla (2120)
3º) Banco Itaú S/A (2077)
4º) Light (2072)
5º) Vivo (1932)
6º) Banco Bradesco (937)
7º) Banco do Brasil S/A (915)
8º) Banco Unibanco S/A (768)
9º) Casas Bahia Comercial Ltda. (574)
10º) TIM Portale Rio Norte S/A
11º) Banco ABN AMRO BANK S/A (562)
12º) C&A Modas (525)
13º) Itaucard Adm. De Cartões de Crédito (525)
14º) Globex Utilidades S/A (Ponto Frio) (510)
15º) Ibicard Administradora e Promotora Ltda. – Banco IBI (510)
16º) CEDAE – Companhia Estadual de Água e Esgoto (469)
17º) Claro ATL – Algar Telecom Leste S/A (458)
18º) OI TL PCS S/A ( 456)
19º) Banco HSBC Bamerindus S/A (387)
20º) Banco Santander Brasil S/A (346)
21º) Credicard (338)
22º) Fininvest S/A (336)
23º) Casa & Vídeo – Mobilita Comércio e Ind. (279)
24º) NET / TV Cidade S/A (256)
25º) Embratel – Emp. Brás. De Telecomunicações (228)
26º) Unimed (192)
27º) Nokia do Brasil Ltda. (187)
28º) Banespa S/A Adm. De Cartões (161)
29º) Casas Sendas Comércio e Indústria S/A (160)
30º) CEG – Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro (159) "
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Fonte: Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

EUA participaram do golpe de 1964


GOLPE DE 1964: RELATÓRIOS PROVAM AJUDA DOS EUA

Documentos secretos contêm informações sobre participação dos EUA na derrubada de João Goulart da Presidência.

O mais recente pacote de documentos secretos sobre o Brasil divulgado pelo governo dos Estados Unidos comprova a participação do governo estadunidense no golpe militar em 1964 através de apoio financeiro, material e político.

"Os papéis outrora secretos mostram, por exemplo, a recomendação de Gordon [Lincoln Gordon, então embaixador dos EUA no Brasil] à Casa Branca para ‘tomar medidas o mais brevemente possível para a entrega clandestina de armas, que não sejam de origem dos EUA, para forças de Castello Branco em São Paulo’. "

O Globo, 03/7/2007, p. 10, 2ª edição
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Mentiras e hipocrisia

Os EUA sempre negaram a participação no golpe militar de 1964, que levou o Brasil a uma feroz ditadura de 21 anos e que resultou na morte e tortura de inúmeros brasileiros. Durante as décadas de 1960 e 70, os EUA também ajudaram na derrubada de outros governos democraticamente eleitos na América Latina. Por exemplo, o golpe militar de 1973 no Chile. que tirou do governo o presidente democraticamente eleito Salvador Allende, e levou ao poder o sanguinário ditador Augusto Pinochet. Os EUA são também o país que mais gastam na produção e exportação de armas e munições em todo o mundo. E o que historicamente mais intervém na política interna de países independentes pelo mundo.


domingo, 15 de julho de 2007

Inacreditável pedido na Justiça do Rio de Janeiro

Transcrição do inacreditável ofício nº. GVP-01, de 22 de janeiro de 1988, do Dr. Luiz César Aguiar Bittencourt Silva, juiz vice-presidente do Tribunal de Alçada Criminal do Estado do Rio de Janeiro, ao Dr. Genarino Carvalho, Presidente daquele Tribunal, solicitando-lhe a aquisição de um pingüim de louça colorida:
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"Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1988
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Exmo. Sr.Dr. Genarino Carvalho DD Presidente do Egrégio Tribunal de Alçada Criminal - RJ
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Senhor Presidente
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Tenho a honra de dirigir-me a V. Exa. com fim de solicitar a aquisição de um pingüim para ser colocado sobre a geladeira que se encontra nesta Vice-Presidência. O citado ornato deve ser de louça colorida com cerca de 20 centímetros de altura e poderá ser encontrado a preço módico no "Bazar Flor de Madureira" e na "Triunfante do Centenário", o primeiro nesta cidade e o segundo no vizinho município de Duque de Caxias.
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A razão do pedido se prende ao fato que havendo uma geladeira, nesta falta o ornamento do pingüim, encontradiço em todas aquelas que se prezam. Assim, contando com o seu alto espírito público e estético reitero o pedido inicial.
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Luiz Cesar Aguiar Bittencourt Silva
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Juiz Vice-Presidente
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ANEXO:
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Em aditamento ao oficio GVP-01-88, apresento a V.Exa. as seguintes considerações:
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O pingüim é uma espécie encontradiça nos climas frios. Seu "habitat" é a Antártida, região onde o gelo é permanente. Ora, a geladeira também tem gelo - sempre. A compatibilidade binômio pingüim-geladeira, portanto, é inquestionável. Encimar uma geladeira com um elefante ou um leão, animais de países quentes seria incompatível com o bom senso. O pingüim não. Se isto não bastasse, alinhamos outros argumentos:
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Em recente pesquisa do IBOPE, constatou-se um resultado impressionante: 52% dos entrevistados afirmaram que possuem um pingüim sobre a sua geladeira; 28% que, embora não o possuindo, tinham vontade de tê-lo e só 12% declararam total desinteresse pelo assunto. A presença do palmípede no posicionamento que se postula é numerosa nas tradições populares, nas regiões mais frias.
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No folclore gaúcho é conhecidíssima a trova: "Vou me embora desta terra com meu pingo e chaleira pois aqui já não existe um pingüim na geladeira" Ou ainda, compilada no "Cancionero de la Patagonia": "No hay cana sin Jerez Ni boca sin tu carmin Riachuelo sin pez Heladera sin pinguin Ni Tribunal sin Juez" Interessante é a anotação no "Diário de Bordo" da fragata "Beagle" que levou o cientista Darwin à Antártida, pelo seu capitão: "Então mandei dois grumetes na captura de um pingüim que depois de empalhado, seria colocado sobre a geladeira do Senhor Darwin."
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Poderíamos ainda anotar muitas outras citações, porém, como sabemos que o tempo de V.Exa é precioso, limitar-nos-emos, para concluir, a apenas estas duas que julgamos de suma importância.
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Uma, é o trecho da carta do Conselheiro Almeida Roza, negociador do Tratado da Tríplice Aliança a seu colega argentino: "Aceite, V.Exa. esta dádiva, que por certo não será tão útil quanto aquela que sua generosidade me concedeu - desde que o recebi, o pingüim encima a minha geladeira." A outra, é uma primorosa descrição do nosso grande Machado de Assis: "Ademais, não seria tão absurdo, tendo em vista o seu erecto caminhar e a disposição de sua penugem, principalmente a de coloração negra, vislumbrar-se uma semelhança com nossas vestes telares."
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Assim, além dos motivos do pedido, em face da admitida semelhança, torna-se uma homenagem, pela visualização constante, aos membros desta Egrégia Corte.
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Aproveitamos do ensejo, apresento a V.Exa. os protestos de estima e de antártica consideração.
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Luiz Cesar Aguiar Bittencourt Silva
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Juiz Vice-Presidente"
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(Fonte: Milton Roberto y Goya)
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Em: Jus Navigandi

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Diário de uma dieta feminina



DIÁRIO DE UMA DIETA FEMININA


Querido diário...

Hoje começo a fazer dieta. Preciso perder 8 quilos. O médico aconselhou a fazer um diário, onde devo colocar minha alimentação e falar sobre o meu estado de espírito. Sinto-me de volta à adolescência, mas estou muito empolgada com tudo. Por mais que dieta seja dolorosa, quando conseguir entrar naquele vestidinho preto maravilhoso, vai ser tudo de bom.
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Primeiro dia de dieta. .
Um queijo branco. Um copo de diet shake. Meu humor está maravilhoso. Me sinto mais leve. Uma leve dor de cabeça talvez...
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Segundo dia de dieta.
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Uma saladinha básica. Algumas torradas e um copo de iogurte. Ainda me sinto maravilhosa. A cabeça dói um pouquinho mais forte, mas nada que uma aspirina não resolva.
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Terceiro dia de dieta.
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Acordei no meio da madrugada com um barulho esquisito. Achei que fosse ladrão. Mas, depois de um tempo percebi que era o meu próprio estômago. Roncando de dar medo. Tomei um litro de chá. Fiquei mijando o resto da noite. Anotação: Nunca mais tomo chá de camomila.
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Quarto dia de dieta.
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Estou começando a odiar salada. Sinto-me uma vaca mascando capim. Estou meio irritada. Mas acho que é o tempo. Minha cabeça parece um tambor. O meu marido comeu uma torta alemã hoje no almoço. Mas eu resisti. Anotação: Odeio o meu marido.
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Quinto dia de dieta.
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Juro por Deus que se vir mais um pedaço de queijo branco na minha frente, eu vomito! No almoço, a salada parecia rir da minha cara. Gritei com o boy hoje! E com a minha filha, de 7 anos. Preciso me acalmar, e voltar a me concentrar. Comprei uma revista com a Gisele Bundchen na capa. Minha meta. Não posso perder o meu objetivo de vista.
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Sexto dia de dieta.
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Estou um caco. Não dormi nada esta noite. E o pouco que consegui, sonhei com um pudim de leite. Acho que mataria hoje por um pedaço de brigadeiro...
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Sétimo dia de dieta.
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Fui ao médico. Emagreci 250 gramas. Tá de sacanagem! A semana toda comendo mato, só faltando mugir, e perdi 250 gramas! Ele explicou que isso é normal. Mulher demora mais para emagrecer, ainda mais na minha idade. O filho da puta me chamou de gorda e velha!

Anotação: Procurar outro médico.
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Oitavo dia de dieta.
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Fui acordada hoje por um frango assado. Juro! Ele estava na beirada da cama, dançando can-can. Anotação: O pessoal do escritório ficou me olhando esquisito hoje. O meu marido diz que é porque estou com o olhar do Chucky do filme ‘Brinquedo Assassino’.
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Nono dia de dieta.
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Não fui trabalhar hoje. O frango assado voltou a me acordar, dançando dança-do-ventre dessa vez. Passei o dia no sofá vendo TV. Acho que existe um complô. Todos os canais passavam receita culinária. Ensinaram a fazer torta de morangos, salpicão e sanduíche de rocambole. Anotação: Comprar outro controle remoto, num acesso de fúria, joguei o meu pela janela.
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Décimo dia de dieta.
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Eu odeio a Gisele Bundchen!
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Décimo primeiro dia de dieta.
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Chutei o cachorro da vizinha. Gritei com o porteiro. O boy não entra mais na minha sala, e as secretárias encostam na parede quando eu passo.
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Décimo segundo dia de dieta.
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Sopa. Anotação: Nunca mais jogo pôquer com o frango assado. Ele rouba.
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Décimo terceiro dia de dieta.
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A balança não se moveu. Ela não se moveu! Não perdi um mísero grama! Comecei a gargalhar. Assustado, o médico sugeriu um psicólogo. Acho que chegou a falar em psiquiatra. Será porque eu o ameacei com um bisturi? Anotação: Não volto mais ao médico, o frango acha que ele é um charlatão.
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Décimo quarto dia de dieta.
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O frango me apresentou uns amigos. A picanha é super gente boa, e a torta, embora meio enfezada, é um doce.
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Décimo quinto dia de dieta.
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Matei a Gisele Bundchen! Cortei ela em pedacinhos e todas as fotos de modelos magérrimas que tinha em casa. Anotação: O frango e seus amigos estão chateados comigo. Comi um pedaço do Sr. Pão. Mas foi em legítima defesa. Ele me ameaçou com um pedaço de salame.
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Décimo sexto dia de dieta.
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Não estou mais de dieta. Aborrecida com o frango, comi ele junto com o pão. E arrematei com a torta. Ela realmente era um doce.


(Desconheço a autoria)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Diário de um cão


DIÁRIO DE UM CÃO
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1ª semana:
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- Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo!
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1º mês:
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- Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!
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2 meses:
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- Hoje me separaram de minha mamãe. Ela estava muito inquieta e, com seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova "família humana” cuide tão bem de mim como ela o fez.

4 meses:

- Cresci rápido; tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mim são como "irmãozinhos". Somos muito brincalhões, eles me puxam o rabo e eu os mordo de brincadeira.

5 meses:
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- Hoje me deram uma bronca. Minha dona se incomodou porque fiz "pipi" dentro de casa. Mas nunca me haviam ensinado onde deveria fazê-lo. Além do que, durmo no hall de entrada. Não deu para agüentar.
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8 meses:
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- Sou um cão feliz! Tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tão protegido... Acho que a minha família humana me ama e me consente muitas coisas. O pátio é todinho para mim e, às vezes, me excedo, cavando na terra como meus antepassados, os lobos quando escondiam a comida. Nunca me educam. Deve ser correto tudo o que faço!
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12 meses:
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- Hoje completo um ano. Sou um cão adulto. Meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulho devem ter de mim!!
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13 meses:
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- Hoje me acorrentaram e fico quase sem poder movimentar-me até onde tem um raio de sol ou quando quero alguma sombra. Dizem que vão me observar e que sou um ingrato. Não compreendo nada do que está acontecendo.
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15 meses:
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- Já nada é igual... Moro na varanda. Sinto-me muito só. Minha família já não me quer! Às vezes esquecem que tenho fome e sede. Quando chove, não tenho teto que me abrigue...
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16 meses:
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- Hoje me desceram da varanda. Estou certo de que minha família me perdoou. Eu fiquei tão contente que pulava com gosto. Meu rabo parecia um ventilador. Além disso, vão levar-me a passear em sua companhia! Direcionamos-nos para a rodovia e, de repente, pararam o automóvel. Abriram a porta e eu desci feliz, pensando que passaríamos nosso dia no campo.
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Não compreendo porque fecharam a porta e se foram. "Ouçam, Esperem!" lati... se esqueceram de mim... Corri atrás do carro com todas as minhas forças. Minha angústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego e eles não paravam. Haviam me esquecido.
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17 meses:
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- Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar. Estou e sinto-me perdido! No meu caminho existem pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algum alimento. Eu lhes agradeço com o meu olhar, desde o fundo de minh'alma. Eu gostaria que me adotassem: seria leal como ninguém! Mas somente dizem: "pobre cãozinho, deve ter se perdido.”
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18 meses:
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- Um dia destes, passei perto de uma escola e vi muitas crianças e jovens como meus "irmãozinhos". Aproximei-me e um grupo deles, rindo, me jogou uma chuva de pedras "para ver quem tinha melhor pontaria". Uma dessas pedras feriu-me o olho e desde então, não enxergo com ele.
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19 meses:
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- Parece mentira Quando estava mais bonito, tinham compaixão de mim. Já estou muito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu olho e as pessoas me mostram a vassoura quando pretendo deitar-me numa pequena sombra.
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20 meses:
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- Quase não posso mover-me! Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam os carros, um me jogou! Eu estava no lugar seguro chamado "calçada", mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se vangloriou por acertar-me. Quisera que tivesse matado! Mas só me deslocou as cadeiras! A dor é terrível! Minhas patas traseiras não me obedecem e com dificuldade arrastei-me até a relva, na beira do caminho.
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Faz dez dias que estou embaixo do sol, da chuva, do frio, sem comer. Já não posso mexer-me! A dor é insuportável! Sinto-me muito mal; fiquei num lugar úmido e parece que até o meu pelo está caindo... Algumas pessoas passam e nem me vêem; outras dizem: "não chegue perto". Já estou quase inconsciente; mas alguma força estranha me faz abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. "Pobre cãozinho, olha como te deixaram", dizia... junto com ela estava um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e disse: "Sinto muito senhora, mas este cão já não tem remédio". “É melhor que pare de sofrer”.
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A gentil dama, com as lágrimas rolando pelo rosto, concordou. Como pude, mexi o rabo e olhei-a, agradecendo-lhe que me ajudasse a descansar. Somente senti a picada da injeção e dormi para sempre, pensando em porque tive que nascer se ninguém me queria...
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Desconheço a autoria.

Repasse este texto a todos os seus amigos e familiares e colabore para mudarmos essa situação. Faça a sua parte!
Ajude a mudar a atitude das pessoas, e, assim, acabar com os maus tratos aos animais, especialmente com o problema de cães de rua.
Quem quer ter um animal, tem que assumir a responsabilidade de cuidar dele.
Obrigado!

domingo, 8 de julho de 2007

Jornalista debocha do Brasil


“Welcome to the Congo”. Foi o que escreveu no último dia 6, em letras bem grandes em um quadro, no Riocentro, um dos gerentes de imprensa da delegação dos EUA que disputará os Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, o jornalista Kevin Neuendorf.

O deboche, preconceituoso e infeliz, ao Brasil e a seu povo, demonstra o nível de informação e o desprezo com que os estadunidenses em geral vêem o nosso país. Espera-se um comportamento muito diferente de um jornalista. Profissional que, acredita-se, seja preparado e muito bem instruído, possuidor de um embasamento cultural de alto nível.

O Congo é um dos países mais pobres do mundo. Sua população sofre com a incidência de várias doenças e os constantes conflitos internos. Merece também o nosso respeito. Mas, a comparação do Brasil com Congo foi evidentemente pejorativa e a intenção foi a pior possível.

Não é primeira manifestação de indiferença e desrespeito por parte dos EUA ao Brasil.

Em 1982, o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, ao ser homenageado em Brasília, propôs, em retribuição, “um brinde ao povo da Bolívia!”. Nada contra o nosso vizinho, mas, a verdade é que eles não diferenciam os países latino-americanos. Para eles, é “tudo a mesma coisa”.

É muito comum ver em jornais e revistas estadunidenses mapas identificando Buenos Aires como a capital do Brasil, ou o Rio de Janeiro localizado em plena Amazônia. Ou a informação que o nosso idioma oficial é o espanhol, e que os brasileiros em geral são praticantes de magia negra ou vudu, apesar do Brasil ser uma nação eminentemente cristã, e de predominância católica.

A desinformação chega também ao cinema. Há vários exemplos de filmes e desenhos que mostram o Brasil de uma forma estereotipada. No desenho “Os Simpsons”, quando a família viaja ao Rio, encontra um cenário vergonhoso, uma cidade onde taxistas são seqüestradores em potencial, animais, como cobras e macacos, estão à solta nas principais ruas etc. etc. Nada presta. O Brasil é visto como uma selva.

É claro que existem problemas no Brasil, como em qualquer país do mundo. Mas, há também muita coisa boa para ser mostrada. As críticas são sempre bem-vindas, e nós mesmos, brasileiros, as fazemos sempre. Até porque queremos um país melhor. Não é aceitável, porém, que deturpem a nossa realidade a fim de nos humilhar, debochando do país e de nosso povo.

Diante da repercussão negativa que a preconceituosa “brincadeira” de Kevin Neuendorf teve no Rio de Janeiro e em todo o Brasil, o Comitê Olímpico dos EUA demitiu este jornalista, e divulgou uma nota oficial desculpando-se pelo seu comportamento. Desculpar-se após o estrago feito, é o que sempre fazem.

Flávio RJ Lopes

sábado, 7 de julho de 2007

Nos bastidores da Igreja Universal

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NOS BASTIDORES DO REINO
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Esta obra caiu como uma bomba sobre a organização de Edir Macedo, que conseguiu na justiça uma liminar impedindo provisoriamente a circulação do livro, que ficou apenas 22 dias nas livrarias, desde seu lançamento em novembro de 1995. A Editora lutou e conseguiu na justiça, a liberação da obra em que o ex-pastor Mario Justino narra sua amarga experiência com religião, drogas, sexo e o submundo do crime no Brasil e em Nova Iorque. Um livro saudável e ao mesmo tempo polêmico - que foi adotado como educação para a cidadania por vários professores. A seguir, seguem trechos originais, sem alteração de conteúdo em sua forma original.
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SINOPSE
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Pela primeira vez na história da Igreja Universal do Reino de Deus, um ex-pastor revela como ingressou nesta organização, como se transformou num dos mais carismáticos pregadores com ação no Brasil. Portugal e Estados Unidos. Como chegou à cúpula da seita de Edir Macedo e como, depois de quase 10 anos a seu serviço, foi eliminado do grupo, iniciando então uma impressionante experiência no submundo de Nova York – onde vive até hoje.
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“Nos Bastidores do Reino” não é apenas um livro-denúncia ou uma autobiografia precoce. Mário Justino tinha só 30 anos em 1995 – mas uma extraordinária história de vida. O que dá grandeza a seu depoimento é que, depois de sua desgraça na Igreja, não passou a viver como um cidadão comum. Negro, casado, dois filhos, vítima da Aids – contraída quando ainda estava a serviço da Igreja Universal – ele viveu um terrível calvário antes de decidir escrever esse depoimento.
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Como ele mesmo diz, “sexo, dinheiro e drogas se confundem, no mesmo púlpito, com orações e salmos de Davi”. Nos templos e na alta hierarquia da seita, onde foi admirado por sua capacidade de influenciar os crentes e arrancar dinheiro deles, Mário Justino era um dos mais privilegiados membros. No submundo do Harlem, bairro negro de Nova York, onde passou a viver depois de seu afastamento, era apenas um drogado condenado à morte. Alimentava então o secreto desejo de assassinar o bispo Macedo. Foi desse inferno que Mário Justino se ergueu.
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O relato de sua vida a partir de então é mais impressionante do que o que relembra sua vida na seita. Daí que este livro tem um duplo significado: ao mesmo tempo em que presta um serviço a sociedade, expondo o secreto mundo dos negócios da seita de Edir Macedo, nos oferece uma obra literária densa, próxima dos livros de formação, que transformam leitor. Como bem afirma o prefaciador Marcelo Rubens Paiva, outro notável autor de obras do gênero: ninguém será o mesmo depois de ler este livro.
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Livro raro, este. Começou como um livro-denúncia, mas, como lembra o próprio autor ele mesmo transformado depois da catarse, na medida em que foi sendo escrito tomou a forma do que realmente é: “a trajetória de alguém que, buscando o desconhecido, encontrou a si mesmo. ”De fato, é assim que esta obra deve ser vista: um contundente depoimento artístico e literário sobre os absurdos da condição humana.
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INTRODUÇÃO
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Talvez eu não tivesse o direito de escrever uma história que envolvesse tantas pessoas. Entretanto seria impossível contar essa história sem que se revelasse, no andamento natural da narrativa, a história dos porões da Igreja Universal. Infelizmente, as duas histórias estão fundidas em uma só. Sexo, dinheiro e drogas se confundem, no mesmo púlpito, com orações e salmos de Davi. Lamento pelas pessoas que se sentirão traídas por esta obra. Mas espero que ela contribua para que se forme uma discussão de âmbito nacional sobre a influência nociva que pseudo-pastores vêm exercendo sobre as massas, fazendo com que menores abandonem família e estudos, desgraçando assim seu futuro de vida. Isso, se não é, deveria ser caso de polícia.
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As poucas pessoas que conseguem se liberar desse crack religioso se vêem no meio de um profundo vazio. Como se o tapete mágico tivesse sido puxado repentinamente de sob seus pés. Em muitas vezes as seqüelas são irreparáveis. Nos Estados Unidos existem várias organizações, algumas governamentais, que dão apoio psicológico e legal a essas pessoas vitimadas por grupos como a “igreja” de EdirMacedo.
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Mário Justino Nova York, verão 1995
(Nos Bastidores do Reino, Pág. 11, Mario Justino, Ed. Geração Editorial)
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PRELÚDIO
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- Ora, não se faça de imbecil! Você sabe porque tem de ir. Mas vou refrescar sua mente. Você não pode mais fuçar com a gente porque tem AIDS!
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Quando Edir Macedo, o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, me chamou em seu escritório, no fundo eu sabia que era isso que ele me diria....fui chamado ao escritório do bispo Edir Macedo, que, à época, encontrava-se em Nova York fugindo das acusações de charlatanismo feitas pela polícia de São Paulo. Pior, podia “comprometê-la”. Ao insistir em saber porque estava sendo varrido da Igreja depois de onze anos de serviço prestados, recebi do bispo aquela resposta áspera, bem no estilo dele.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 13, Mario Justino, Ed. Geração Editorial)
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Depois, tornei a implorar ao bispo Macedo para que me desse algum dinheiro ou me mandasse de volta para o Brasil.
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- Aqui, ó!!! – disse ele, ao mesmo tempo que desferia uma “banana”, aquele clássico gesto em que erguido, o punho cerrado assume a forma de um imenso pênis em estado de ereção.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 14, Mario Justino, Ed. Geração Editorial)
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Capítulo Dois LEVÍTICOS I
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Para ser treinado, fui enviado à cidade de Paulo Afonso, como auxiliar do pastor Jailton Vieira. Com ele, eu apresentava o programa o Despertar da Fé e aprendi a fazer reuniões para um grande número de pessoas. E logo entendi que duas qualidades são essenciais para ser um pastor de sucesso na Igreja Universal. A primeira é ter a capacidade de canalizar ofertas expressivas. A segunda é saber entreter o povo e segurá-lo nas “correntes”.
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Os cultos eram feitos com gritos frenéticos dos apresentadores e a participação ativa da platéia. Esse espetáculo espiritual é dividido em duas partes e chega ao clímax quando são realizados os exorcismos. Nesse momento, pessoas aos gritos começam a rolar pelo chão e jogar para cima os bancos da igreja. Algumas chegam a entrar em luta corporal com pastores e obreiros. Aos que vinham pela primeira vez, explicávamos que aquelas estavam possuídas por demônios e ensinávamos que eram esses espíritos malignos a fonte de mazelas como desemprego, problemas financeiros e amorosos.
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Dizíamos também que as doenças eram sinais físicos de possessão demoníaca e, uma vez que estes espíritos eram expulsos, as pessoas ficavam curadas de toda a sorte de enfermidades. Geralmente entrevistávamos os endemoninhados e, para mostrar ao respeitável público que tínhamos poder sobre eles, fazíamos com que essas pessoas andassem de joelhos ao redor da igreja, ou batessem a cabeça nos nossos pés, ou latissem ou ainda que imitassem galinhas, porcos e outros animais. Isso dependia da imaginação de cada pastor.
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Depois dos exorcismos, enquanto o povo explodia em aplausos e gritos de júbilo, do alto do púlpito nós agradecíamos os louvores. Mesmo sabendo que aqueles “demônios” nada mais eram do que pessoas em busca de atenção ou sofrendo de seríssimas crises emocionais, nossa atitude era indefectível.
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(Nos Bastidores do Reino, Págs. 41-42, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Capítulo Dois LEVÍTICOS III
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Declaramos guerra às religiões africanas, sustentáculo da fé baiana. Guerra à Igreja Católica, nossa maior inimiga. E guerra até mesmo às igrejas protestantes, como pentecostal Deus é Amor, que nós tachávamos de “candomblé evangélico”, e à Assembléia de Deus, para nós um bando de “crentões” e “fanáticos”.
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Nas rodinhas de pastores sempre aparecia alguém contando alguma piada de profundo mau gosto sobre as mulheres da Assembléia de Deus, que, diziam, não se depilavam e não usavam desodorante por considerarem pecado.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 46, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Quando eu era simples fiel, não imaginava o que se passava nos bastidores, depois que a cortina cai. Os atos de alguns pastores logo me levaram a descobrir que a Igreja Universal nada mais era do que uma empresa com fins lucrativos como qualquer outra na ciranda financeira. A única diferença era o produto vendido: sal que tira vício, lencinhos molhados no vinho “curativo”- o conhecido K-suco-, água da Embasa, que dizíamos ter vindo do Rio Jordão, azeite Galo, que dávamos ao povo como legítimo óleo ungido proveniente de Jerusalém...
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 49, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Capítulo Dois LEVÍTICOS III
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A única coisa que me causava um certo mal-estar era o fato de que todo aquele dinheiro gasto futilmente vinha de pessoas que mal tinham o que comer e iam a pé para igreja, economizando o dinheiro do ônibus para ofertá-lo durante as reuniões. Contudo, o comportamento dos líderes me absolvia de qualquer sentimento de culpa.
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Entre os pastores comentava-se à boca pequena que as famosas ‘peregrinações da fé à Terra Santa” não passavam de excursões turísticas ao Oriente Médio, com direito a cassinos, noitadas em Tel Aviv e divertidos passeios de camelos às pirâmides egípcias. Além disso, os líderes estavam constantemente em viagens” de interesses da Igreja” a cidades européias com forte apelo turístico, como Paris, Roma e Londres.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 51, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Capítulo Três SAMPA I
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A amizade entre eles era mais velha que a própria Igreja Universal. Ela vinha dos tempos em que os dois faziam parte das Igrejas Casa da Benção e Nova Vida. Naquela época, Rodrigues era um obreiro adolescente e o recém convertido Edir Macedo de Bezerra apenas um auxiliar de escritório da Loterj. Sem ter ainda o sonho messiânico e napoleônico de que no futuro bibliotecas inteiras e evangelhos seriam escritos a sua pessoa.
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Sem o apoio dos líderes de suas igrejas aos seus métodos revolucionários de atrair fiéis, como distribuição de sal milagroso, o então evangelista Macedo se juntou a um grupo de amigos evangélicos e fundou a sua própria igreja. Além de Rodrigues, fazia parte desse grupo o missionário R.R. Soares (cunhado de Macedo, que mais tarde rompeu com ele, fundando a Igreja da Graça), o reverendo De Paula (que também brigou com Macedo e saiu), o pastor Joacir (também saiu), o pastor Benedito (saiu), e o contador Naylton Nery (esse, quem diria, acabou no Irajá). Hoje esses pastores devem estar tão arrependidos quanto aquele quinto Beatle.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 57, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Logo que recebeu liderança do estado das mãos do experiente pastor Paulo, Gonçalves começou a lidar com problemas graves, como prisões de pastores por envolvimento com drogas (foi o caso do pastor Paulo César), adultérios e rebeliões de pastores que, em massa, abandonavam a Universal para abrir seus próprios templos. Afinal de contas templo é dinheiro.
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(Nos Bastidores do Reino, Págs. 58-59, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Capítulo Três SAMPA II
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Isso soou como uma espécie de, digamos, quebra de promessa de campanha, pois a pregação de Macedo até o início dos anos 80 era a de que a igreja nunca se envolvesse diretamente com política, que pra ele era “uma coisa do diabo”. Mudou o diabo ou mudamos nós? Foi, porém, em 1986 que vendemos de vez a alma para Satã. Naquele ano, começamos a apoiar candidatos em vários estados do país e, no Rio, pensava-se abertamente na possibilidade de lançar a própria mulher do bispo Macedo, ou um de seus irmãos, Eraldo ou Edna, como candidatos da Igreja.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 60, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Capítulo Três SAMPA III
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Quando minha mãe morreu, o pastor de sua igreja não se deu conta disso. Cinco meses depois, minha irmã recebeu uma carta endereçada a mamãe, com a seguinte mensagem:
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Prezada Irmã,
Ultimamente temos sentido sua falta de sua preciosa presença nos cultos de louvores ao Divino Espírito Santo. Lembre-se “resisti ao diabo e ele fugirá de vós”. Espero ver-te na próxima Ceia do Senhor. Paz seja convosco. Seu escravo em Cristo, Pastor Ricardo Pellegrini.P.S. O dízimo da irmã está atrasado em cinco meses.
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Na época de minha volta para capital eu estava num terrível estado de depressão. Não comia, não dormia e passava as madrugadas chorando. Os líderes nunca chamavam os pastores para conversar, para saber o que estava se passando em sua vidas, para conhecê-los melhor. Eu não era o único pastor com problemas de depressão.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 65, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Por meio de um conhecido no Rio, tive acesso ao antidepressivo Lexotan, que me deixava estupidamente ativo e alegre. Foi então que descobri a maconha, que passei a fumar compulsivamente antes e depois dos cultos. Houve vezes em que dirigi reuniões de oração completamente high. Para conseguir a droga passei a fazer a loucura de freqüentar as bocas de fumo da praça da Sé. Correndo o risco de ser visto por um dos membros da minha Igreja, que funcionava naquele local.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 66, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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O sucesso de meu trabalho (repetindo o que já disse, o sucesso de um pastor da Igreja Universal depende de quanto ele arrecada) me levou a ser um dos sete pastores escolhidos para serem consagrados pelo bispo Macedo durante sua peregrinação pelo nordeste.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 67, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Capítulo Três SAMPA IV
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Sexo e dinheiro eram as maiores causas de queda dos pastores. Talvez pelo fato de esses dois itens serem muito acessíveis dentro da Igreja. Sexo, porém, não era motivo para mandar um pastor embora. A não ser quando o adultério ganhava proporções de escândalo e chegava ao conhecimento dos membros da Igreja... dinheiro, por outro lado, era assunto muito sério. Tocá-lo sem autorização era pecado capital. Imperdoável.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág 68, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Uma outra razão de eu querer fugir da Bahia era aquele relacionamento que mantinha com o meu amigo pastor (homossexual), algo que havia começado quando eu ainda era um menino e que já se estendia por quatro anos, mesmo apesar do fato de que nós dois éramos casados e pais de filhos. Essa era a mais grosseira das nossas contradições, uma vez que existiam pastores homossexuais na Igreja Universal.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 70, Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Essa viabilidade econômica de São Paulo fez com que o bispo levasse para lá as chaves do cofre e brindasse a cidade com Status de “sede mundial”. No quadro de pastores foram introduzidos aulas de inglês, dicção, postura e etiqueta. Os lances de curandeirismo primitivo, que são fortes no nordeste, como dar ao povo óleo e sal pra tomar, nunca existiram em São Paulo. O bispo dizia sempre que para cada peixe deve ser usada uma determinada isca.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 74, Mario Justino, Ed. Geração Editorial)
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Capítulo Três SAMPA VI
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Não faça do dinheiro uma arma, a vítima pode ser você (não deu para evitar o clichê). Dinheiro, o sangue da obra de Deus, segundo pastor Magno, havia se tornado no câncer que ia aos poucos comendo as vísceras da Universal. Era como se tudo ali dentro fosse feito em função de se fazer mais e mais dinheiro.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 75 , Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Quando aumentou sensivelmente o número de escândalos sexuais, a liderança se sentiu forçada a fazer alguma coisa pra frear aquela onda. Num espaço de apenas alguns meses, dois grandes escândalos abalaram as estruturas da Igreja Universal em São Paulo.
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(Nos Bastidores do Reino, Págs. 76 , Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Os assuntos explorados iam desde sexo oral até sadomasoquismo. Na piscina com a mulher, Sua Excelência Reverendíssimanão perdia a oportunidade de dar uma demonstração rapidinha do dragão sexual que era. O auge dessas reuniões foi quando chegamos ao consenso de que cada casal tinha liberdade para fazer o tipo de sexo que bem quisesse. Também ficou permitido visita a motéis e a assistir filminhos de sacanagem durante a “trepada”. Era o libera geral. A partir dali, sempre que um pastor encontrava o outro, já não mais trocavam conhecimentos bíblicos. Em vez disso, comentavam os últimos lançamentos do cineasta David Cardoso e da pornô-star Cicciolina.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 77 , Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Como sobreviveria numa cidade como São Paulo alguém como eu? Chefe de família aos 23 anos, com o segundo grau incompleto e absolutamente nenhuma experiênciaprofissional. Que emprego me pagaria o salário que eu tinha na Universal? Eu tinha medo de sair e por isso ficava. Mas a única coisa que me prendia à Igreja era a covardia de tentar ir à luta. E a falta de amor próprio.
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(Nos Bastidores do Reino, Pág. 78 , Mario Justino, Ed.Geração Editorial)
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Autor: Mario Justino Ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus




sexta-feira, 6 de julho de 2007

Consumismo

Muitas pessoas dão mais valor ao "ter" do que ao "ser".
Valorizam mais aquilo que se compra e se pode mostar aos outros como símbolo de 'status'.
Roupas de marca. Óculos. Bolsas. Sapatos. Telefones celulares. Carros. E tantas outras coisas.
Mas, por dentro, essas pessoas são vazias. Porque se esquecem de SER.


EU, ETIQUETA

Carlos Drummond de Andrade

Em minha calça está grudado um nome
Que não é o meu de batismo ou de cartório
Um nome estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente.
Meu copo, minha xícara.
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo,
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências,
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante e sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer, principalmente.)
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação
Não sou – vê lá – anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas.
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandálias de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais.
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar,
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
De vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarificados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De não ser eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu novo nome é Coisa
Eu sou a Coisa, coisamente.

Caderno B, Jornal do Brasil, 16.01.1982

quinta-feira, 5 de julho de 2007

CIA quis matar Fidel Castro


CIA tentou assassinar Fidel Castro diversas vezes


Reuters - 05/7/2007


O mais perto que a CIA chegou de matar o líder cubano Fidel Castro foi em uma tentativa de envenenamento em 1963 feita por mafiosos norte-americanos com uma pílula que deveria ser colocada dentro de seu milkshake de chocolate, disse um ex-chefe da inteligência cubana. Mas a cápsula ficou grudada no freezer em que estava escondida na cafeteria do hotel Havana Libre (ex-Hilton) e abriu, esparramando o veneno, quando o garçom assassino foi pegá-la.


"Foi quando a CIA chegou mais perto de assassinar Fidel", disse o general reformado Fabian Escalante, que comandava o Departamento de Segurança do Estado, em uma entrevista à Reuters nesta semana.

Fidel, que chegou ao poder na revolução de 1959 que transformou Cuba em um Estado comunista, sobreviveu a diversas tentativas de assassinato, desde emboscadas com carros até ataques com granadas em estádios de beisebol, disse Escalante.

Algumas das mais imaginativas tramas obscuras vieram da CIA (Agência Central de Inteligência), órgão de espionagem do governo norte-americano, disse ele. Entre as tentativas estão envenenamento de charutos, uma cápsula explosiva que seria colocada em sua localização subaquática de pesca favorita e uma roupa de mergulho com toxinas.

Nas primeiras tentativas atribuídas à CIA para tirar a credibilidade de Fidel está um plano para colocar substâncias químicas em suas botas que fariam sua barba cair quando ele estivesse em Nova York para falar na Organização das Nações Unidas (ONU), em 1960.

Quando esse plano falhou, a CIA planejou colocar LSD em uma caixa de charutos de Fidel para que ele caísse na risada durante uma entrevista televisionada, disse Escalante, autor de um livro que documenta 167 tramas para matar o líder cubano. Mas foram os planos da CIA para envenenar Castro com toxinas, no começo dos anos 1960, que chegaram mais perto de dar certo.
A agência reconheceu pela primeira vez na semana passada que a trama para assassinar Fidel foi pessoalmente aprovada pelo diretor da CIA na época do presidente John Kennedy, Allen Dulles.

Reuters

Igreja Universal proíbe fiéis dizerem nome de católico

Na programação da TV Record e das emissoras de rádio de propriedade da Igreja Universal do Reino de Deus, o ‘bispo’ Edir Macedo proíbe que se diga o novo nome da Avenida Suburbana, no Rio de Janeiro, onde fica localizada a sede da seita, o ‘Macedão’ (foto). A mudança ocorreu em 1999, e foi uma homenagem ao arcebispo Dom Hélder Câmara, religioso que dedicou a sua vida para a defesa dos pobres, e lutou contra a ditadura militar.



Em sua opinião, por que isto acontece?

( A ) Intolerância religiosa.

( B ) O ‘bispo’ Macedo não aceita que a avenida onde ele tem a sede de sua seita tenha o nome de um católico.

( C ) O ‘bispo’ Macedo não gosta de católicos.

( D ) Fundamentalismo religioso.

( E ) O ‘bispo’ Macedo queria que a avenida tivesse o nome dele.

( F ) O ‘bispo’ Macedo não aceita que pensem diferente do que ele diz. Todos os outros estão errados. Somente ele tem razão.

( G ) Soberba.

( H ) Frustração. O ‘bispo’ Macedo sempre nutriu o desejo de ser uma liderança mundial, a exemplo do Papa. No entanto, não consegue o respeito nem das demais denominações evangélicas do Brasil.

( I ) Desrespeito ao direito individual à liberdade religiosa.

( J ) Ignorância.

( K ) Inveja.

( L ) Preconceito religioso. No Brasil, é crime!

( M ) Incapacidade de conviver com opiniões divergentes.

( N ) Vaidade.

( O ) Desprezo ao Poder Público, e às suas decisões. A homenagem a Dom Hélder Câmara foi publicada no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro em 08 de setembro de 1999, portanto, há quase DEZ ANOS!

( P ) Egoísmo.

( Q ) Ambição. O ‘bispo’ Macedo quer que a sua seita cresça cada vez mais, e, conseqüentemente, aumentar a arrecadação com o pagamento de mais dízimos. Com mais dinheiro, ele poderá comprar mais emissoras de rádio e de televisão, além de imóveis para novas igrejas.

( R ) Se o ‘bispo’ Macedo pudesse, a liberdade religiosa seria abolida no Brasil. E todos os brasileiros com mais de 18 anos contribuiriam com o pagamento de dízimo para a IURD.

( S ) Mesquinhez.

( T ) Porque o ‘bispo’ Macedo tem uma mentalidade comercial, e vê a Igreja Católica e as demais religiões como concorrentes. Negócios são negócios...

( U ) Capitalismo selvagem.

( V ) Falta de amor no coração, e de inteligência no cérebro.

( W ) Ódio religioso.

( X ) Pura estupidez.

( Y ) Megalomania. O objetivo político do ‘bispo’ Macedo é conseguir eleger algum ‘testa-de-ferro’ para a presidência da República, e, assim, aumentar o seu poder por todo o país.

( Z ) Todas as alternativas anteriores.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Água ou Coca-Cola?

Água ou Coca-Cola?

ÁGUA

Um copo de água corta a sensação de fome durante a noite para praticamente 100% das pessoas em regime. É o que mostra um estudo da Universidade de Washington.

Falta de água é o fator nº 1 da causa de fadiga durante o dia. Estudos preliminares indicam que de 8 a 10 copos de água por dia poderiam aliviar significativamente as dores nas costas e nas juntas em 80% das pessoas que sofrem desses males.

Uma mera redução de 2% da água no corpo humano pode provocar incoerência na memória de curto prazo, problemas com matemática e dificuldade em focalizar um écran de computador, ou uma página de impressora.

Beber cinco copos de água por dia diminui o risco de câncer no cólon em 45%, pode diminuir o risco de câncer de mama em 79% e em 50% a probabilidade de se desenvolver câncer na bexiga.

Você está bebendo a quantidade de água que deveria todos os dias?


COCA-COLA

Em muitos estados nos Estados Unidos, as patrulhas rodoviárias carregam dois galões de Coca-Cola no porta-bagagem para serem usados na remoção de sangue na estrada, após um acidente.

Se você colocar um osso em uma tigela com Coca-Cola, ele se dissolverá em dois dias.

Para limpar o banheiro: despeje uma lata de Coca-Cola dentro do vaso e deixe por uma hora, após dê descarga.

O ácido cítrico na Coca-Cola remove manchas na louça.

Para remover pontos de ferrugem de um pára-choque cromado de automóvel, esfregue-o com um chumaço de papel de alumínio (usado para embrulhar alimentos) molhado com Coca-Cola.

Para limpar corrosão dos terminais de baterias de automóveis, despeje uma lata de Coca-Cola sobre os terminais e deixe efervescer sobre a corrosão.

Para soltar um parafuso emperrado por corrosão, aplique um pano encharcado com Coca-Cola sobre o parafuso enferrujado por vários minutos.

Para remover manchas de graxa das roupas, despeje uma lata de Coca-Cola dentro da máquina com as roupas com graxa, adicione detergente. A Coca-Cola ajudará a remover as manchas de graxa.

A Coca-Cola também ajuda a limpar o embaçamento do pára-brisa do seu carro.

O ingrediente ativo na Coca-Cola é o ácido fosfórico. Seu pH é 2,8. Ele dissolve uma unha em cerca de quatro dias. Ácido fosfórico também rouba cálcio dos ossos, e é o maior contribuinte para o aumento da osteoporose. Há alguns anos, fizeram uma pesquisa na Alemanha para detectar o porquê do aparecimento de osteoporose em crianças a partir de 10 anos (pré-adolescentes). Resultado: excesso de Coca-Cola, por falta de orientação dos pais.

Para transportar o xarope de Coca-Cola, os caminhões comerciais são identificados com a placa de Material Perigoso, que é reservado para o transporte de materiais altamente corrosivos.

Os distribuidores de Coca-Cola têm usado a Coca para limpar os motores de seus caminhões há pelo menos 20 anos.

Mais um detalhe: a Coca-Cola Light tem sido considerada cada vez mais pelos médicos e pesquisadores como uma bomba de efeito retardado por causa da combinação Coca + aspartame, suspeito de causar lúpus e doenças degenerativas do sistema nervoso.


A PERGUNTA É:


Depois de melhor informado, você irá preferir um copo de água, ou um copo de Coca-Cola?


Não tenho tempo


Angela Carneiro




Sem Tempo




Me falta tempo para ler todos os livros que quero.


Me falta tempo para passeios e praias e as locadoras com seus filmes, Felinis que não vi, e os museus que me esperam, me falta tempo.


Me falta tempo para amar os flertes e aprofundar as amizades de coquetéis, me falta tempo para arrumar o armário, jogar coisas fora, passar a limpo a caderneta de telefone, redecorar o quarto.


Me falta tempo para o orfanato e ajudar o meu vizinho a pendurar o quadro na parede.


Me falta tempo para aprender japonês, pintar em tecido, tocar piano, tecer meus planos.


Me falta tempo para as aquarelas que sonho, preciso anotar meus sonhos.


Mas me falta tempo.


Tempo para os amigos antigos que já me esqueceram, tempo para as músicas e cds, tempo para o estrangeiro, ilhas e cantões a conhecer.


Me falta tempo para os poemas que a poesia me exige e gravar os programas de TV.


No entanto, quantas vezes não tenho nada, absolutamente nada para fazer.