(Na foto, o presidente da FIFA, Joseph Blatter)Mas, vamos pensar um pouco... Quem ganha verdadeiramente com a Copa do Mundo no Brasil?
Será que os milhões e milhões de brasileiros desempregados; moradores de favelas, ou sem-teto; aqueles que são obrigados a madrugar na fila do hospital para conseguir uma senha no dia seguinte, e torcer para que tenha médico; e os milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza estão pulando de alegria?
Ou serão alguns poucos brasileiros e brasileiras que já estão pensando nos negócios que conseguirão fechar por conta do evento; os donos de empreiteiras de olho na construção e reformas de estádios, e os dirigentes esportivos e os políticos que começam, desde já, a pensar nas verbas que poderão desviar do orçamento público destinado à Copa do Mundo?
Sem falar, claro, nas multinacionais instaladas no Brasil, acostumadas a enviar milhões e milhões de dólares por conta de seus fantásticos lucros anuais, e a pagar salários infinitamente menores do que os pagos nos seus países de origem, na Europa e nos Estados Unidos.
A enorme maioria da população brasileira assistirá aos jogos da Copa do Mundo do Brasil pela TV, já que os ingressos serão vendidos por preços fora da sua realidade.
No dia 30 de outubro, diversos políticos brasileiros estiveram em Zurique, na sede da FIFA, para a confirmação do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014. Presidente da República, governadores de estado, a ministra do Turismo (aquela mesmo que debochou dos passageiros retidos nos aeroportos brasileiros por conta dos sucessivos atrasos dos vôos), secretários, assessores, o Romário, Paulo Coelho, e um monte de convidados e convidadas. Todos hospedados, claro, em hotéis 5 estrelas, viajando em aviões, almoçando e jantando nos melhores e mais caros restaurantes. Tudo por conta dos cidadãos brasileiros, que são quem sempre pagam a conta no final.
O Brasil é reconhecidamente o melhor no futebol. É o único cinco vezes campeão mundial. Tem os melhores jogadores, e o grande ídolo de todos os tempos, Pelé. Ficamos todos, claro, muito felizes e orgulhosos. Mas, eu trocaria tudo isso por sermos o país com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no mundo. O país que oferece a seu povo as melhores condições de vida: educação, saúde, segurança e transporte públicos. E você, não?
Flávio RJ Lopes, 04/11/2007
Ou serão alguns poucos brasileiros e brasileiras que já estão pensando nos negócios que conseguirão fechar por conta do evento; os donos de empreiteiras de olho na construção e reformas de estádios, e os dirigentes esportivos e os políticos que começam, desde já, a pensar nas verbas que poderão desviar do orçamento público destinado à Copa do Mundo?
Sem falar, claro, nas multinacionais instaladas no Brasil, acostumadas a enviar milhões e milhões de dólares por conta de seus fantásticos lucros anuais, e a pagar salários infinitamente menores do que os pagos nos seus países de origem, na Europa e nos Estados Unidos.
A enorme maioria da população brasileira assistirá aos jogos da Copa do Mundo do Brasil pela TV, já que os ingressos serão vendidos por preços fora da sua realidade.
No dia 30 de outubro, diversos políticos brasileiros estiveram em Zurique, na sede da FIFA, para a confirmação do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014. Presidente da República, governadores de estado, a ministra do Turismo (aquela mesmo que debochou dos passageiros retidos nos aeroportos brasileiros por conta dos sucessivos atrasos dos vôos), secretários, assessores, o Romário, Paulo Coelho, e um monte de convidados e convidadas. Todos hospedados, claro, em hotéis 5 estrelas, viajando em aviões, almoçando e jantando nos melhores e mais caros restaurantes. Tudo por conta dos cidadãos brasileiros, que são quem sempre pagam a conta no final.
O Brasil é reconhecidamente o melhor no futebol. É o único cinco vezes campeão mundial. Tem os melhores jogadores, e o grande ídolo de todos os tempos, Pelé. Ficamos todos, claro, muito felizes e orgulhosos. Mas, eu trocaria tudo isso por sermos o país com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no mundo. O país que oferece a seu povo as melhores condições de vida: educação, saúde, segurança e transporte públicos. E você, não?
Flávio RJ Lopes, 04/11/2007
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