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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Na China, em pleno Centro do Rio

      Hoje, passei grande parte do dia no Centro do Rio, por conta de um curso que estou fazendo. Das 8h30 às 17h30. Em pleno feriado (em homenagem a São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro), as ruas estavam praticamente vazias, em nada lembravam a movimentação e correria do dia a dia.
     À tarde, houve um intervalo para o almoço. Quase nenhum restaurante estava aberto. Eu fui almoçar em um restaurante (que também serve lanches) na Rua da Quitanda, o único que eu encontrei aberto por perto do curso. Daí em diante, o que aconteceu bem poderia ser usado como roteiro de um episódio do Chaves.
     O restaurante é de uma família de chineses, mas nem todos falam bem o português. A moça que veio me atender, com certeza filha dos donos, falava rápido em um português carregado de eles (pelo menos as palavras que eu consegui entender... rs). Não deu certo. Ela chamou uma senhora, provavelmente a mãe, esta se fazia entender bem. Feito o pedido, tive que esperar, sei lá, uns 10 minutos... Eu e outros clientes, que aguardavam às suas mesas.
     Quando, enfim, o prato chegou, pedi ao rapaz (o filho, pelo jeito) que me trouxesse azeite, para a salada. E nada dele entender. Nem repetindo algumas vezes, soletrando (a-zei-te), ele entendeu... ficava só olhando para a minha cara. Putz! Pedi para a mãe dele, que explicou a ele o que era.  O azeite (e mais um monte de temperos que eu nem queria), chegaram. Pedi guardanapos (é, a mesa estava vazia mesmo.... rs). E quem pensa que agora ele entendeu? Nada! Repeti, soletrei também e até mímica eu tentei. Ele fez uma cara de quem, dessa vez, tinha entendido: “caludo!” Não!!!! Mais uma vez tive que pedir para a tradutora do restaurante, a mãe.
     Pode parecer engraçado, mas eu estava com uma certa pressa. E, com certeza, todos os outros clientes... Eu queria almoçar e poder voltar ao curso, e não perder o início da aula. Teve uma moça, coitada, que esperou um bocado por um lanche, e acabou desistindo de comer no restaurante, e pediu para levar para “viagem”, porque tinha que voltar para o trabalho correndo.
     Além da enorme confusão linguística e a demora em atender os clientes, a família trabalhava sem muita preocupação com a higiene pessoal (não usavam uniformes, como se espera em um restaurante), e se vestiam de qualquer maneira. Pelo jeito, na China eles não dão muita importância para coisas como higiene e limpeza... rs
     A família é grande. Além da mãe e dos dois filhos, ainda tinha o marido e mais duas filhas, e mais duas crianças pequenas (de uns 7 anos, acho), que ajudavam a recolher os pratos de algumas mesas. E uma senhora, de mais idade, provavelmente a avó, que ficava sentada no lado de fora, tomando conta de uma criança ainda menor do que as outras (a rua é só de pedestres).
     E na hora de pagar ainda descobri que o cardápio estava desatualizado, e me foi cobrado a mais pelo almoço, que, diga-se de passagem, não foi nada caprichado para o tempo que demorou: arroz, feijão, bife (ou, segundo a filha que me atendeu primeiro, “calne de cavalo”...) e salada. E para beber, suco de laranja com acerola. Bom, diante da falta de opções, fazer o quê...? E o restaurante é até bem situado, com uma bela fachada. É um prédio no Centro histórico da cidade, muito bonito.
     Eu até que levei na boa, e cheguei até a achar engraçada toda essa situação. Outros clientes também riam (a filha/atendente chegava com o prato, levava em uma mesa, mas não era para lá, nem para a do lado... só perguntando para mãe. rsrs). Mas, não recomendo a ninguém. A não ser que alguém queira se ver em um quadro do Chaves, ou do antigo “Os Trapalhões”...
     Amanhã, volto ao Centro para mais uma aula, mas somente pela manhã. O pior é que domingo é novamente das 8h30 às 17h. Ou seja, tenho que torcer para encontrar algum lugar para almoçar onde pelo menos entendam o que eu falo! kkkkkkkkkkkkkkk
fr


Um comentário:

NiL Almeida disse...

rsrsrs (confesso que to rindo aqui! rs)

Quem tem fome, tem pressa..rs
Ai ai, pior que o curso perdido nao ia ser nada bom, já que estava aí por ele, né?
...passei pra te desejar um fim de semana divertido, e se tiver outro almoço desses, será.rs
Um abraço grande querido e tudo de bom, muito sucesso em seu curso, sei que daki uns dias será um diplomata. Isso é ótimo! :)

Beijinhos