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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Dica de filme: "Habemus Papam"


Habemus Papam ("Habemus Papam")
Coprodução: Itália, França; 2011; Drama
Direção: Nanni Moretti
Com: Michel Piccoli, Nanni Moretti, Jerzy Stuhrmais
Antes, um aviso: o meu texto a seguir conta o final do filme; portanto, se deseja assisti-lo, não leia até o final!
              
Outro dia, assistindo a GloboNews, discutiam a abdicação do Papa Bento 16, anunciada para o próximo dia 28, e a jornalista Maria Beltrão fez referência ao filme "Habemus Papam". Eu, então, passei a procurar o filme e, depois de muita insistência, o encontrei no youtube. Dublado e com boa qualidade de imagem. No filme, os cardeais se reúnem em conclave para a escolha de um novo Papa. Mas, o escolhido, após aceitar diante dos demais, acaba sentindo a responsabilidade às vésperas de ser anunciado ao mundo, na sacada do Vaticano. Ele entra em pânico e se recusa a saudar a multidão que aguarda o novo Papa. A partir daí, após um médico atestar que ele está em perfeitas condições físicas, o porta-voz do Vaticano procura um psicólogo, interpretado pelo diretor do filme, o italiano Nanni Moretti. Pressionado, ao ser levado para uma visita a uma outra psicóloga em Roma, o Papa consegue fugir e passa a conversar com pessoas, sem que elas soubessem quem ele era, tentando conseguir forças para enfrentar a situação. Durante três dias, nem os cardeais que ainda se encontravam reclusos no Vaticano, nem o mundo, sabiam quem seria o novo Papa; que o recém-eleito passava por aquela situação; e, pior, andando pelas ruas de Roma. Eu tinha grande expectativa em relação ao filme, acreditava que era uma comédia, mas acabei achando o filme cansativo. O final é surpreendente e, diante do momento que a Igreja Católica vive, é a melhor parte do filme. O Papa, enfim, vai à sacada saudar a multidão e, para espanto dos cardeais e surpresa geral das pessoas, diz não se sentir preparado para assumir a responsabilidade de ser Papa, e abdica. Fim. O filme é de 2011, portanto, recente, mas, que eu saiba, não teve grande repercussão no Brasil. Entrevistado recentemente pelo jornal italiano La Repubblica, o diretor disse que a estória do seu filme não era algo que pudesse parecer crível. Mas acabou por se aproximar da realidade vivida pela Igreja Católica atualmente, o que é muito curioso.   fr

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