A utilização do sistema biométrico,
mais especificamente das digitais, era até pouco tempo considerada uma maneira
eficaz de combater a fraude no comparecimento ao serviço, em eleições e na
movimentação bancária. Era! Dia 10, a médica Thauane Nunes Ferreira, de 29
anos, do Samu (Serviço de Atendimento de Urgência) da cidade paulista de Ferraz
de Vasconcelos, foi flagrada marcando o ponto de outros médicos e enfermeiros com
a ajuda de próteses de silicone. Ela foi presa, mas liberada no mesmo dia
através de um habeaus corpus. A médica alegou estar cumprindo ordens do
diretor do Samu municipal, Jorge Cury, a quem os envolvidos pagariam R$ 1.200,
por turno de 24 horas aos fins de semana. Com isso, ficariam com o tempo
disponível para trabalhar em outros locais. O diretor negou as acusações.
Uma vergonha! Criam-se métodos mais
rigorosos para combater a fraude, mas, por outro lado, descobrem-se maneiras de
contorná-los. Este foi apenas um caso descoberto, provavelmente deve haver
muitos outros acontecendo impunemente pelo país. E o pior é tomar conhecimento
que médicos se sujeitam a esse comportamento imoral e desonesto, desrespeitando
o juramento de Hipócrates que fizeram de se manter sempre fiéis "aos preceitos da
honestidade, da caridade e da ciência" e nunca se servirem da sua
profissão "para corromper os costumes ou favorecer o crime". Esse
tipo de gente não se importa nem um pouco em ser responsável pela falta de
atendimento ao povo, que é quem lhe paga o salário. Não são médicos de verdade,
e sim vagabundos! fr
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