"Lisboa: 1939-1945: Guerra nas Sombras", Neill
Lochery, Editora Rocco, 2012, 311 páginas.
Em plena Segunda Guerra mundial, a capital portuguesa era
constantemente frequentada por espiões aliados e nazistas, e espiões duplos.
Portugal de Salazar decidiu manter-se neutro na guerra, e foi cortejado pelos
dois lados no conflito, mantendo relações diplomáticas e comerciais com ambos. A
sua riqueza em tungstênio, essencial à indústria de armamentos, e a localização
estratégica dos Açores, fizeram com que o seu apoio fosse bastante disputado.
Portugal vivia também sob o risco de uma intervenção da vizinha Espanha de
Franco e dos alemães, o que, se tivesse ocorrido, provocaria o ataque britânico
a pontos centrais do país, a fim de inviabilizar sua utilização pelos inimigos.
Assim, o papel de Portugal na guerra foi muito importante, e o ditador Salazar
soube, com muita habilidade, evitar que o seu país fosse também palco dos
confrontos à época, e garantir vantagens econômicas para a economia portuguesa,
dos dois lados. E também manter-se no poder mesmo após o fim da guerra. fr
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