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domingo, 26 de outubro de 2014

Rio de Janeiro diz não à intolerância religiosa

Hoje, foi realizado o 2º turno da eleição para governador do estado do Rio de Janeiro. Eu considero péssima a administração de Sergio Cabral Filho. Ele renunciou ao cargo para disputar o cargo de senador, o que acabou não acontecendo. Em seu lugar, assumiu o vice, Luiz Fernando Pezão. Para o segundo turno, foram Pezão (PMDB) e o bispo licenciado da Igreja Universal, Marcelo Crivella (PRB). Votei no Pezão não por ter alguma simpatia a ele ou a gestão que ele representa. Mas porque a alternativa consegue ser ainda muito pior. Não dá para votar em um candidato que representa a intolerância religiosa e a mistura de política com religião. Ontem, dois templos da Universal no estado foram lacrados por fiscais do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por ter se encontrado material irregular de campanha de Crivella e um cadastro de eleitores, fiéis da igreja, inclusive com títulos de eleitor. Além de tudo isso, Crivella aliou-se à família Garotinho. Eu tive que optar claramente entre duas opções péssimas e escolher a menos pior. Eu votei conscientemente sabendo que estava procurando evitar um dano maior para o Rio e o país.

Cerca de uma hora e meia após o fim da votação, encerrada às 17 horas, o resultado final foi divulgado. Pezão foi eleito com 4.343.298 votos (55,78% dos votos válidos). Marcelo Crivella teve 3.442.713 votos (44,22% dos votos válidos). Ao todo, foram 9.421.190 votos apurados, sendo 7.786.011 válidos (82,64%). E ainda: 319.823 votos em branco (3,39%), 1.315.356 votos nulos (13,96%) e 2.713.771 abstenções. Como sempre, uma enorme quantidade de votos inválidos e abstenções. E como em toda eleição, um "recado" das urnas aos políticos, recado esse que, como das vezes anteriores, é simplesmente ignorado pelos políticos, que estão se lixando para esse tipo de "manifestação". O recado que realmente conta é votar, é tomar uma postura, um lado, nem que seja, como no meu caso, optar pelo mal menor.   fr

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