Ontem, assisti ao último dos seis ensaios abertos da peça
"A Visita da Velha Senhora", texto do suíço Friedrich Dürrenmatt,
escrito em 1955. A peça mostra a estória de Claire Zahanassian, considerada a
mulher mais rica do mundo, que resolve visitar Güllen, o lugarejo pobre de sua
mocidade. Sua visita é muita aguardada pela população e autoridades do local,
ansiosos por receber uma doação para ajudar a região, mergulhada no atraso e no
marasmo. Zahanassian se dispõe a doar um bilhão, com a condição de poder ter a
justiça que lhe foi negada quando jovem. Ela saiu de Güllen, escorraçada. O homem
com quem teve um relacionamento pagou para dois rapazes mentirem em seus
depoimentos, desmentindo que o filho que ela esperava fosse seu. A criança
morreu. Depois de prostituir-se, ela conheceu homens ricos, e, com o tempo, foi
adquirindo suas fortunas. Ao retornar a Güllen, então, condicionou a sua doação
a que matassem o antigo amante, atualmente um comerciante e futuro prefeito da
cidade. De início, a proposta foi repudiada, mas, aos poucos, todos, inclusive
o padre, o delegado e o prefeito, passaram a considerá-la a melhor opção para o
lugarejo pobre. É justamente a questão do poder do dinheiro a questão central
da peça, que é encenada no centro do palco, tendo o público à sua volta. Eu
gostei, e tive a minha curiosidade despertada para saber como terminaria a estória,
até o seu final. "A Visita da Velha Senhora" estreia no dia 29 de
janeiro de 2015 na Sala Multiuso do Centro Cultural do Poder Judiciário, no
Centro do Rio de Janeiro. Elenco, entre outros: Claire Zahanassian (Maria Adélia),
Alfredo Schill (Marcos Ácher), Rogério Freitas (prefeito), Eduardo Rieche, Sávio
Moli, Paulo Japyassú. Direção de Silvia
Monte; tradução de Mário da Silva. fr
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