O Brasil está em ebulição.
A presidente Dilma
Rousseff (PT) enfrenta processo de impeachment.
O vice-presidente,
Michel Temer, é do PMDB, partido marcado pelo fisiologismo político,
e vez ou outra tem seu nome envolvido em acusações.
O presidente da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), terceiro na linha de sucessão
presidencial, está sendo investigado no STF (Supremo Tribunal Federal), e tem
contra si várias acusações, entre elas: recebimento de propinas, omissão de
bens e de contas na Suíça, além de falso testemunho.
O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB), quarto nome da linha de sucessão, já teve
que renunciar ao antigo mandato, em 2007, por conta de acusações de corrupção;
voltou à casa em 2011, e também é outro investigado pelo STF.
O principal nome da
oposição, senador Aécio Neves (PSDB) – neto de Tancredo Neves,
eleito presidente indiretamente em 1985, mas internado antes da posse e depois
vindo a falecer no hospital – também é constantemente envolvido em acusações e
suspeitas.
O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) foi conduzido coercitivamente pela Polícia
Federal para prestar depoimento sobre suposta participação no esquema de
corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Foi anunciado como ministro da
Casa Civil pela presidente, a fim de que ele passasse a ter imunidade
parlamentar e, assim, as investigações saíssem da primeira instância, em
Curitiba, a cargo do juiz federal Sérgio Moro, e fossem para o STF. Hoje, a sua
posse foi suspensa por uma liminar da Justiça Federal de Brasília.
Eu torço para que as
investigações prossigam, e atinjam qualquer político, de qualquer partido político.
E que os culpados sejam condenados, sejam eles quem forem. Não sou muito
otimista em relação ao futuro político imediato, já que na eventual saída da
presidente Dilma, seja por impeachment,
ou por sua renúncia, algo que a própria negou recentemente que venha a fazer,
entraria em seu lugar, o vice, Michel Temer, que não é digno de confiança. Os
demais na linha de sucessão também não. E até a próxima eleição para
presidente, em 2018, ainda faltam três anos de instabilidade política. E o país
ainda tem que conviver com a alta da inflação, aumento de desemprego e crise
econômica. Um péssimo cenário, e o maior prejudicado é sempre o povo. fr
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