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sábado, 6 de agosto de 2016

Abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro encanta o mundo

Ontem o Rio de Janeiro encantou o mundo com a abertura da 31ª Olimpíada, no Maracanã. Uma festa linda, apesar do baixo orçamento à disposição. E ver o 14-Bis, pilotado por "Santos Dumont", levantando voo e sendo mostrado ao mundo inteiro foi sensacional!

O início da cerimônia, às 20 horas, foi ao som da música "Aquele Abraço", de Gilberto Gil. O locutor oficial anunciou a presença do presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), o alemão Thomas Bach. Mas não anunciou a presença do presidente em exercício, Michel Temer, evidentemente para que ele não levasse uma sonora vaia. Paulinho da Viola com o seu violão cantou o hino nacional brasileiro, mas, como sempre acontece em eventos esportivos, somente a primeira parte, o que eu não concordo, o hino deveria ser sempre executado inteiro.

Imagens projetadas em um grande palco instalado no gramado do Maracanã e centenas de dançarinos e figurantes mostraram o surgimento da vida, do Brasil, as florestas, os índios, a chegada dos portugueses, dos negros escravos, dos imigrantes árabes e japoneses. Depois, ao som da música "Construção", de Chico Buarque de Hollanda, a formação das grandes cidades, com uma projeção tridimensional, que dava a nítida impressão que os prédios levantavam do chão e que os dançarinos pulavam de um para outro.

Em seguida, um momento marcante, com "Santos Dumont" pilotando o 14-Bis, levantando voo do palco e saindo do Maracanã, ao som de "Samba do Avião", de Tom Jobim. Nesse momento, a transmissão mundial pela TV mostrou para uma audiência de cinco bilhões de pessoas imagens preparadas do 14-Bis sobrevoando um pouco da cidade.

A ex-modelo brasileira Gisele Bündchen entrou no palco e desfilou, ao som de "Garota de Ipanema", de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, com o neto deste, Daniel Jobim tocando no piano. A cerimônia também teve funk, Elza Soares, Zeca Pagodinho e Marcelo D2, capoeira, Jorge Ben Jor cantando "País Tropical".

Uma mensagem projetada mostrou uma mensagem em português e em inglês alertando para o aquecimento global, uma ameaça pela enorme emissão de CO², e os riscos do aumento do nível polar, causado pelo derretimento da calota polar. Cidades podem ser parcial ou integralmente submersas pelo mar.

Após 50 minutos de um show que encantou o Brasil e deve ter feito o mesmo pelo mundo afora, teve início a entrada das delegações. A primeira, como é tradicional em todas as Olimpíadas, foi a da Grécia, e depois as demais em ordem alfabética, o país anfitrião fechando. Os atletas de cada delegação colocaram sementes em pequenos vasos, que serão plantados em uma floresta urbana a ser feita no bairro de Realengo, a chamada "Floresta dos Atletas".

Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, entrou também a equipe olímpica de atletas refugiados, levando a bandeira do COI. São da Síria, República Democrática do Congo, Etiópia e Sudão do Sul. E, fechando, entrou a delegação brasileira, para delírio geral. A medalha de bronze no pentatlo moderno em Londres-2012, Yane Marques, foi a porta-bandeira.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, e do COI discursaram. O presidente do Comitê Olímpico do Quênia, o bicampeão olímpico Kip' Keino, recebeu o primeiro prêmio Laurel Olímpico. O presidente em exercício Michel Temer declarou oficialmente aberta a Olimpíada em uma frase lacônica, mas mesmo assim ainda recebeu uma vaia geral no Maracanã. A bandeira olímpica entrou, e foram feitos os juramentos dos atletas, dos treinadores e dos árbitros. Outros artistas se apresentaram: Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta. As baterias, porta-bandeiras e passistas das escolas de samba cariocas também entraram.

O momento tão esperado teve início com a entrada de Gustavo Kuerten, o Guga, levando a tocha olímpica. Depois de correr alguns metros, ele a passou para Hortência, e esta fez o mesmo, passando ao maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, que teve a honra de acender a pira olímpica. Vanderlei é bicampeão dos Jogos Panamericanos e medalha de bronze na Olimpíada de Atenas, em 2004, quando foi atacado por um ex-padre irlandês quando liderava a maratona; recebeu depois também a medalha Pierre de Coubertin do COI pelo seu espírito olímpico. Depois, o fogo olímpico foi levado para a Cinelândia, onde foi acesa a pira do povo, pelo adolescente Jorge Gomes, de 14 anos, praticante de atletismo. A pira olímpica ficará acesa até o final dos Jogos, na Cinelândia. A cerimônia foi encerrada faltando cinco minutos para a meia-noite. Felizmente, não ocorreu nenhum problema, nenhum ataque, em um momento que o mundo inteiro sofre com ameaças terroristas. A abertura carioca foi um marco nas história dos Jogos Olímpicos! fr

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