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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Manifestação de protesto contra pacote do governador

Hoje, uma grande manifestação de protesto de servidores públicos marcou o primeiro dia de discussões na Assembleia Legislativa (Alerj) sobre o pacotão proposto pelo governador Pezão. Várias categorias estavam presentes, entre elas policiais, bombeiros, professores e funcionários do Judiciário. Ruas em torno da Alerj e a própria entrada principal da casa foram interditadas às pessoas, com a forte presença da polícia militar. Eu estive lá, em apoio à manifestação, e contra a tentativa do governo de cobrar dos servidores e da população a conta pela situação de penúria pela qual passa o estado do Rio de Janeiro. O movimento estava tranquilo, com discursos e protestos. Em determinado momento, alguns manifestantes resolveram empurrar as cercas que estavam à frente da escadaria, e um policial atirou gás de pimenta contra eles. Com o vento, o gás se espalhou, atingindo a todos os que estavam próximos, manifestantes ou não. Eu estava com uma colega, do outro lado da calçada, conversando, e, como todos, sofri os efeitos do gás, com ardência nos olhos, nos lábios e no rosto. Eu deixei o local, voltando ao trabalho, mas o enfrentamento continuou, infelizmente. Em seguida, chegaram mais policiais, a cavalo, com cães e em viaturas do choque. Dois dos policias que tinham ido para reprimir a manifestação, abandonaram a tropa, recusando-se a continuar a fazer parte da repressão, e foram presos administrativamente. Um absurdo que a situação tenha chegado a esse ponto. Os nossos "governantes" levaram o estado à calamidade financeira, e passaram a tentar impor justamente aos servidores os sacrifícios para sanear as contas. Salários têm sido atrasados, inclusive para os aposentados, que estão em uma fase da vida com mais despesas por conta da idade, inclusive com remédios, não podendo deixar de comprá-los. Entre as medidas do pacotão do Pezão, está o aumento da cobrança previdenciária dos servidores estaduais e aposentados que recebem acima de R$ 5.189,82, de 11% para 14%, além de uma taxa extraordinária de 16% do salário por 16 meses. Ou seja, os servidores passariam a terem descontados de seus vencimentos 14% + 16% + 27,5% de Imposto de Renda, ou seja, um total de 57,5%, portanto, ficando com apenas pouco mais de 40% para poder viver, pagar as contas, comprar comida, remédios etc. Um absurdo. Além disso, o pacote prevê o fim do pagamento de triênios, mantidos aqueles já recebidos apenas. Ou seja, os políticos roubam, e os trabalhadores têm que pagar a conta. Uma vergonha!  fr





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