Ontem, acordei com a notícia da prisão de cinco dos sete
conselheiros do Tribunal de Contas do estado do Rio de Janeiro (TCE), e a
condução coercitiva do presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), o deputado
estadual Jorge Picciani, do PMDB, à Polícia Federal
para depoimento. Os conselheiros, dentre eles o presidente e o vice-presidente
do TCE, foram presos sob a suspeita de corrupção, mais precisamente por
receberem propina para não cumprir o seu papel, ou seja, fiscalizar corretamente
a aplicação dos recursos públicos por parte do governo Sergio Cabral Filho,
preso em Bangu 8. A Operação "Quinto do Ouro" teve esse nome em
referência à cobrança do quinto pela Coroa portuguesa no século 18, por todo o
ouro encontrado no Brasil, ou seja, 20% da produção de ouro. O deputado Jorge
Picciani coordenaria o pagamento de propina na fiscalização dos contratos
relacionados à Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de
Passageiros do Estado do Rio de Janeiro). A investigação foi baseada nas
denúncias de executivos das empreiteiras Andrade Gutierres e Odebrecht, e
depois do ex-presidente do TCE, Jonas Lopes de Carvalho Junior, preso no final
do ano passado. A verdade, triste verdade, é que quanto mais se investiga, mais
se descobre de podridão na política brasileira, em especial na política do
estado do Rio de Janeiro. O Rio foi tomado por quadrilhas de políticos e
empresários ladrões, corruptos, e encontra-se sem dinheiro para pagar os
servidores públicos e empresas terceirizadas. A UERJ, uma das mais importantes
universidades brasileiras, está sem aulas este ano por conta dos serviços de
segurança e limpeza terem sido interrompidos por falta de pagamento. É tudo uma
grande vergonha! Espero que continuem investigando e esses canalhas sejam
condenados, presos, e que sejam obrigados a devolver o dinheiro que roubaram. fr
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