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terça-feira, 1 de agosto de 2017

Segunda fase

Segunda fase, grupo B:

14/6/1978: Brasil 3x0 Peru – Estádio Ciudad de Mendoza, Mendoza
 
Foi o jogo mais equilibrado e de melhor qualidade do Brasil até o momento, principalmente o primeiro tempo. O primeiro gol brasileiro saiu aos 14 minutos do primeiro tempo, um golaço de falta, cobrada por Dirceu.  Treze minutos depois, o mesmo Dirceu fez o segundo, chutando de fora da área, e contando com a falha do goleiro peruano, Ramón Quiroga.
Zico somente entrou aos 25 minutos do segundo tempo, no lugar de Gil; até então no banco de reservas apareceu na trasmissão filmando o jogo. Um minuto depois, Roberto Dinamite foi puxado pela camisa e derrubado dentro da área. O próprio Zico cobrou e fez o seu primeiro gol em Mundiais. Na Copa do Mundo de 1986, no México, Zico viria a perder um pênalti contra a França, após também entrar no jogo pouco antes da cobrança, e o Brasil acabou eliminado na cobrança na marca dos pênaltis.
A seleção brasileira não exibiu muita qualidade técnica, mas muita disposição e forte marcação. Este foi também o jogo em que o goleiro Leão foi mais exigido, ao contrário dos anteriores. O goleiro peruano jogou com o calção branco, da mesma cor dos seus companheiros. No outro jogo do grupo B, disputado no mesmo dia, a Argentina venceu a Polônia por 2x0. fr
 
Escalação: Leão, Toninho, Oscar, Amaral, Toninho Cerezo (Chicão), Dirceu, Rodrigues Neto, Batista, Gil (Zico), Jorge Mendonça e Roberto Dinamite.
 
18/6/1978: Brasil 0x0 Argentina – Estádio Gigante de Arroyito, Rosário
 
Os jogadores argentinos jogaram com o uniforme tradicional com os calções e meiões pretos, da mesma cor do uniforme do árbitro, todo de preto, o que não deveria ocorrer. Acho que naquela época os árbitros ficavam mais restritos a cor preta nos uniformes. Logo no início do jogo, aos 10 segundos, Batista levou um chute de Luque, sem bola, mas o árbitro nem marcou a falta; faltou-lhe coragem para dar o cartão vermelho. Muito papel em campo, principalmente na área do gol defendido pelo goleiro brasileiro, como de costume nos jogos da Argentina. Aos nove minutos, Batista derrubou Kempes, e Gil chutou a bola em cima do argentino; o árbitro não deu o amarelo. Dois minutos depois, foi a vez de Toninho pegar o tornozelo de Ortiz, e também não receber amarelo. Aos 28 minutos, mais uma falta para amarelo que o árbitro não deu: Gil em Ardiles. Aos 40 minutos, Gil entrou de sola em um argentino, era para cartão vermelho, mas o árbitro somente marcou a falta. O árbitro húngaro Karolai Palotai foi muito condescendente no aspecto disciplinar, e somente deu o primeiro amarelo aos 44 minutos do primeiro tempo, após falta feia de Chicão em Kempes. Um jogo com pouco futebol e muitas faltas duras de ambos os lados. As poucas oportunidades criadas foram desperdiçadas: no primeiro tempo, Gil, aos 16 minutos, de frente com Fillol; Ortiz, aos 36 minutos, também de cara com Leão; e no segundo tempo, Rodrigues Neto chutando para a defesa do goleiro argentino, cara a cara. fr
 
Escalação: Leão, Toninho, Oscar, Amaral, Rodrigues Neto (Edinho), Batista, Chicão, Dirceu, Gil, Roberto Dinamite e Jorge Mendonça (Zico).
 
21/6/1978: Brasil 3x1 Polônia – Estádio Ciudad de Mendoza, Mendoza
 
Zico começou jogando, mas logo em seu primeiro ataque, aos dois minutos do primeiro tempo, ficou sentindo após um choque com um adversário. Saiu cinco minutos depois, sendo substituído por Jorge Mendonça. Aos quatro minutos, o árbitro errou contra o Brasil ao marcar impedimento em um ataque brasileiro de grande perigo. Aos 13 minutos, mesmo sem estar bem no jogo, a seleção brasileira fez o seu primeiro gol. Após Gil ser derrubado próximo à meia-lua adversária, Nelinho cobrou com força no ângulo esquerdo do gol polonês. Aos 44 minutos, Toninho, Oscar e Amaral se atrapalharam, a bola sobrou para Lato, dentro da área, fazer o gol de empate. Uma falha inacreditável da defesa brasileira. A torcida presente ao estádio, em sua maioria de argentinos, fez a festa. Aos oito minutos do segundo tempo, Toninho Cerezo fez mais uma falta feia, dando uma banda em um adversário, levando cartão amarelo, quando deveria ter sido expulso. Aos 12 minutos, Jorge Mendonça chutou a bola na trave e Roberto Dinamite, bem colocado, aproveitou o rebote para desempatar. A Polônia naquele momento estava melhor, apesar de também errar muito. O terceiro gol brasileiro foi resultado de muita insistência. Aos 16 minutos, após bonita jogada individual de Dirceu, que correu para evitar a saída de bola junto à bandeira de escanteio, e driblar Maculewicz entre as pernas, ele passou a Gil, este rolou para Jorge Mendonça que chutou na trave, em seguida Gil chutou no travessão. O Brasil continuou com a bola e no meio-campo, após disputa com o adversário, sobrou para Dirceu chutar da intermediária e mandar a bola novamente na trave, e, em seguida sobrou para Dinamite completar para o gol. Foram três vezes em que a bola bateu na trave! Aos 22 minutos, Lato perdeu excelente oportunidade, após falha de Amaral, mandando rente à trave do gol brasileiro. Aos 26 minutos, Jorge Mendonça fez falta feia em Szarmach, que ficou sem a chuteira e fez que ia atacá-la em Mendonça, muito engraçado! Mendonça não levou cartão amarelo. Aos 37 minutos, um jogador polonês perdeu um gol incrível, chutando para fora com o gol aberto. O jogo teve muitas faltas duras, e o árbitro errou muito. Com a vitória, o Brasil chegava aos cinco pontos, com cinco gols de saldo, contra três pontos da Argentina, que tinha apenas dois gols de saldo. Portanto, os argentinos iriam jogar com o Peru, à noite, sabendo que precisavam vencer de pelo menos quatro gols de diferença para passar o Brasil, e garantir a vaga para a final, o que acabou acontecendo, com a goleada de 6x0. fr
 
Escalação: Leão, Toninho, Oscar, Amaral, Toninho Cerezo (Rivellino), Zico (Jorge Mendonça), Dirceu, Nelinho, Batista, Gil e Rodrigues Neto.

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