A imprensa divulgou ontem dados que são, ao mesmo tempo, muito
preocupantes e desanimadores. No estudo anual da organização Transparência
Internacional, que mapeia a percepção da corrupção no setor público em 180
países, o Brasil caiu 17 colocações e ficou em 96º lugar. O levantamento leva
em consideração o nível de corrupção do setor público, e como ela é vista por
especialistas e executivos de empresas. São analisadas questões como pagamento
de propina, desvios de dinheiro público, burocracia estatal, nepotismo e a
capacidade dos governantes em combater a corrupção. Na relação, referente ao
ano de 2017, os primeiros colocados são os países menos corruptos, e o últimos,
os mais corruptos. A colocação do Brasil vem caindo nos últimos cinco anos, o
que sinaliza o agravamento da corrupção no país. Em 2016, estávamos em 79º
lugar, e em 2014, em 69º. O Brasil está atrás de Ruanda, Burkina Faso, Sri
Lanka, Gana, Senegal e Timor Leste. Entre os países manos corruptos, estão Nova
Zelândia, Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suíça, os cinco primeiros da relação.
Outra má notícia foi a divulgação pela Anistia Internacional do relatório anual
‘O Estado de Direitos Humanos no Mundo 2017/2018’, que aponta um retrocesso na
garantia dos direitos humanos no Brasil. O levantamento é realizado em mais de
50 países pelo mundo, e aqui, no nosso país, contou com a participação de
representantes de índios, parentes de vítimas de violência policial e
familiares de presos. O curioso é que não há menção aos familiares dos policias,
vítimas dos bandidos. O estudo apontou o aumento de homicídios nas grandes
cidades; a atuação das polícias nas favelas; as péssimas condições carcerárias;
os conflitos por terras e recursos naturais que terminam em mortes, e a
violência contra minorias sexuais, adeptos de religiões de origem africana, e
os defensores dos direitos humanos. Realmente muito triste constatar que o
Brasil, apesar de ser uma das maiores economias do mundo, continua sofrendo por
conta da corrupção e da violência. Uma vergonha! fr
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