No caminho de volta desde o Monumento ao 25 de Abril de 1974, no Parque
Eduardo VII, para me encontrar com minha mãe, que ficara esperando por mim em
um banco, vi um prédio que me chamou a atenção. Ele fica mais ao alto de quem
está no parque, e você tem que subir uma escada, e vai, aos poucos, tendo a
visão da sua fachada. Eu ainda perguntei a alguns portugueses que passavam por
ali que prédio era aquele, mas ninguém soube me informar. Ele estava fechado,
mas mesmo assim valeu a pena ter subido até lá e conhecido o lugar. Além de
bonito, o prédio é também repleto de história. Isto porque depois eu fui
pesquisar na internet.
É o Pavilhão Carlos Lopes, homenagem ao atleta
português medalha de ouro na maratona da Olimpíada de Los Angeles de 1984, e
vencedor da Corrida de São Silvestre em 1982 e 1984. O edifício é um projeto
dos arquitetos Guilherme e Carlos Rebello de Andrade e Alfredo Assunção Santos, e foi inicialmente construído
no Brasil em 1922, para a Exposição
Internacional do Centenário da Independência, no Rio de Janeiro. Somente deixou o Rio
em 1929, desmontado e por navio. Foi reconstruído no local atual, na Av. Sidónio Pais nº 16, próximo do Parque
Eduardo VII, recebendo o nome de Palácio das Exposições e inaugurado em 1932.
Em 1946, passou a
receber eventos esportivos, inclusive o Campeonato Mundial de Hóquei em Patins
de 1947, vencido por Portugal. Foi rebatizado em 1984 para homenagear Carlos
Lopes. Em 2003, foi fechado por falta de condições e segurança, e ficou anos
abandonado, até ser reaberto em fevereiro de 2017, após grande reforma, para
eventos culturais e esportivos. A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou o
direito de utilização do espaço para a Associação de Turismo de Lisboa, pelo prazo de 50
anos.
De acordo
com descrição na página da Câmara Municipal de Lisboa, na internet: “A fachada principal surge revestida por
painéis de azulejos, em azul e branco, produzidos pela Fábrica de Sacavém, em
1922, representando no plano iconográfico cenas da história de Portugal com
temas dedicados a Sagres, à Batalha de Ourique, à Ala dos Namorados na Batalha
de Aljubarrota e ao Cruzeiro do Sul. As esculturas denominadas ‘Arte’ e ‘Ciência’,
localizadas na parte da frente do edifício, são peças executadas pelo escultor
Raul Xavier (1894-1964).”
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