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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Pavilhão Carlos Lopes

             No caminho de volta desde o Monumento ao 25 de Abril de 1974, no Parque Eduardo VII, para me encontrar com minha mãe, que ficara esperando por mim em um banco, vi um prédio que me chamou a atenção. Ele fica mais ao alto de quem está no parque, e você tem que subir uma escada, e vai, aos poucos, tendo a visão da sua fachada. Eu ainda perguntei a alguns portugueses que passavam por ali que prédio era aquele, mas ninguém soube me informar. Ele estava fechado, mas mesmo assim valeu a pena ter subido até lá e conhecido o lugar. Além de bonito, o prédio é também repleto de história. Isto porque depois eu fui pesquisar na internet.
 
             É o Pavilhão Carlos Lopes, homenagem ao atleta português medalha de ouro na maratona da Olimpíada de Los Angeles de 1984, e vencedor da Corrida de São Silvestre em 1982 e 1984. O edifício é um projeto dos arquitetos Guilherme e Carlos Rebello de Andrade e Alfredo Assunção Santos, e foi inicialmente construído no Brasil em 1922, para a Exposição Internacional do Centenário da Independência, no Rio de Janeiro. Somente deixou o Rio em 1929, desmontado e por navio. Foi reconstruído no local atual, na Av. Sidónio Pais nº 16, próximo do Parque Eduardo VII, recebendo o nome de Palácio das Exposições e inaugurado em 1932.
Em 1946, passou a receber eventos esportivos, inclusive o Campeonato Mundial de Hóquei em Patins de 1947, vencido por Portugal. Foi rebatizado em 1984 para homenagear Carlos Lopes. Em 2003, foi fechado por falta de condições e segurança, e ficou anos abandonado, até ser reaberto em fevereiro de 2017, após grande reforma, para eventos culturais e esportivos. A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou o direito de utilização do espaço para a Associação de Turismo de Lisboa, pelo prazo de 50 anos.
De acordo com descrição na página da Câmara Municipal de Lisboa, na internet: “A fachada principal surge revestida por painéis de azulejos, em azul e branco, produzidos pela Fábrica de Sacavém, em 1922, representando no plano iconográfico cenas da história de Portugal com temas dedicados a Sagres, à Batalha de Ourique, à Ala dos Namorados na Batalha de Aljubarrota e ao Cruzeiro do Sul. As esculturas denominadas ‘Arte’ e ‘Ciência’, localizadas na parte da frente do edifício, são peças executadas pelo escultor Raul Xavier (1894-1964).”
Interessante! Esse prédio podia ter passado despercebido, mas eu acabei tendo minha atenção e curiosidade despertadas, e fui até ele. E acabei descobrindo que ele tem uma ligação histórica com o Brasil e o Rio de Janeiro. Valeu a pena. fr

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