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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Dois presidentes na Venezuela

           A situação política na Venezuela continua se agravando. Hoje, teve mais um acontecimento a esquentar ainda mais a crise no país. O líder da oposição, Juan Guaidó, declarou-se “presidente interino”, afirmando que não reconhece a legitimidade da reeleição do presidente Nicólas Maduro, em 20 de maio do ano passado. Países como os Estados Unidos e a Austrália, além de organizações multilaterais como a União Europeia, a OEA (Organização dos Estados Americanos) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos já não tinham reconhecido o processo eleitoral venezuelano. Maduro tomou posse para o segundo mandato em 10 de janeiro deste ano, mas nos últimos dias, várias manifestações têm sido organizadas pelo país contra e a favor de sua permanência à frente do governo, com a morte de oito pessoas.

Juan Guaidó chegou a fazer um juramento, diante de milhares de simpatizantes no Centro de Caracas: "Na condição de presidente da Assembleia Nacional, ante Deus, a Venezuela, em respeito a meus colegas deputados, juro assumir formalmente as competências do executivo nacional como presidente interino da Venezuela. Para conseguir o fim da usurpação, um governo de transição e ter eleições livres." Aos 35 anos, ele assumiu recentemente a presidência da Assembleia Nacional, o Congresso venezuelano, cuja maioria é de membros da oposição. Ele defende que a Constituição do país prevê a substituição, assumindo o líder da Legislativo federal no caso da ilegitimidade do presidente.

Hoje mesmo os Estados Unidos reconheceram o presidente autoproclamado, sendo seguidos de outros países, como o Canadá, Guatemala, Costa Rica, Colômbia, Peru, Chile, Paraguai, Argentina, Equador e o Brasil. O presidente Nicolás Maduro, por sua vez, afirmou que resistirá ao que classificou ser uma tentativa de golpe, e acusou os Estados Unidos de estarem por trás desse movimento.  E anunciou o rompimento diplomático com aquele país, determinando um prazo de 72 horas para que os diplomatas estadunidenses deixem o país. A crise econômica Venezuela é considerada extremamente grave, com a inflação passando de um milhão por cento ao ano; um desabastecimento de alimentos e remédios; e o êxodo estimado de mais de três milhões de venezuelanos, de uma população de pouco mais de 31 milhões de habitantes. fr

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