Cerimônia podia mostrar mais a cultura brasileira
A Copa do Mundo do Brasil começou. A cerimônia na Arena
Corinthias, em São Paulo, foi rápida, teve 25 minutos. Em pouco tempo, como
poderiam mostrar muito da riqueza cultural de um país com as dimensões do
nosso? Pelo falado na TV, a abertura ficou a cargo de dois belgas, mostrando
que a festa não era mesmo brasileira, e sim uma visão estrangeira. Mostraram a
natureza, a diversidade e a paixão do brasileiro pelo futebol, tudo em ritmo
acelerado. E para finalizar, um show com artistas estadunidenses, Jennifer Lopez
e o rapper Pitbull (quem?). E a Claudia Leite fazendo uma ponta. fr

Nada de
destaque à música brasileira, apesar da Copa do Mundo ser aqui, e o mundo
inteiro querer conhecer um pouco da nossa cultura. Afinal, não falam tanto em
globalização? Seria uma ótima oportunidade de mostrar que o Brasil tem muita
coisa de valor para mostrar ao mundo. Mas a festa era no Brasil, não nossa. A
começar pelo enorme tapete que cobria o gramado, no início da cerimônia, com
uma mensagem escrita apenas em inglês: "Welcome to Brazil". Bem que
podiam ter colocado também em português, nem que seja para mostrar ao mundo que
aqui se fala português (será?). E o tão aguardado pontapé inicial, dado por um
rapaz paraplégico vestindo um exoesqueleto, não recebeu grande destaque, apesar
de sua importância e da participação do Brasil na pesquisa que o desenvolveu. Apesar
da TV não ter mostrado, a imprensa divulgou que estiveram presentes vários
chefes de Estado e de governo: da Croácia, do Uruguai, Chile, Equador, Bolívia,
Paraguai, Gana, Catar, Suriname, Gabão, e o secretário-geral da ONU, Ban
Ki-Moon. Vimos, claro, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, e a presidente
brasileira, Dilma Rousseff. Dilma não escapou dos apupos do público presente, muitos até pesados. fr
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