Brasil e Equador empataram, ontem, em 0x0, em Guayaquil, pela 15ª rodada das eliminatórias sul-americanas, em um jogo sem emoção, na estreia do italiano Carlo Ancelotti como treinador da seleção brasileira. Com o resultado, o Brasil vai garantindo, aos trancos e barrancos, uma das vagas para o Mundial do ano que vem, na América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México), faltando apenas mais três rodadas. Estamos em quarto lugar, com 22 pontos, mas podemos ser ultrapassados pela Colômbia, que tem 20 pontos e jogará, hoje, com o Peru, podendo ir aos 23, se vencer. A Argentina, já garantida no Mundial, segue em primeiro, com 34 pontos, dez à frente do Equador, o segundo (por isso, os jogadores equatorianos comemoraram o empate de ontem), com 24; o Paraguai está em terceiro, também com 24 pontos, mas atrás pelos critérios de desempate. Na próxima terça-feira, o Brasil enfrentará o Paraguai, no estádio Neo Química Arena, estádio do Corinthians, em São Paulo. Se o Brasil tivesse vencido, ontem, a imprensa iria endeusar o Carlos Ancelotti, dizendo que ele já teria mudado a cara da seleção, impondo o seu “estilo de jogar”. Mas não venceu. E não jogou bem. A verdade é que ainda é cedo para analisar o italiano, que veio como o “salvador da pátria”. É muito provável que o Brasil se classifique para o Mundial, até por que se classificam seis seleções, e mais uma vai para a repescagem, enfrentando uma seleção de outro continente, ainda não definido pela FIFA, mas, provavelmente, da Oceania ou Ásia, ou seja, um adversário bem mais fraco. Portanto, o Brasil deve continuar a ser o único país do mundo a participar de todas edições de Mundiais. A questão é classificar-se de maneira tão sofrida, aos trancos e barrancos, quando estamos acostumados a ser o líder das eliminatórias. Já o Carlo Ancelotti está tranquilo. Se o Brasil vai mal, ele vai dizer que já pegou a seleção em uma situação ruim, no final das eliminatórias, não teve tempo de trabalhar para mudar as coisas. E se ele tiver que sair, não será nenhuma tragédia para ele. Ele vai pegar o boné e voltar a treinar um clube na Europa, ou, talvez, na ditadura da Arábia Saudita. E vai sair com a conta bancária ainda mais recheada, já que está sendo muito bem pago pela CBF. Este não vai perder de jeito nenhum! fr
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