sexta-feira, 4 de novembro de 2022

ONG critica monarquia britânica por usar pele de urso para fazer chapéus da guarda real

        Eu sou de opinião que determinadas tradições não se justificam em pleno século 21, e uma delas é a permanência de monarquias, mesmo constitucionais e democráticas. Um exemplo é a monarquia britânica, com os seus injustificáveis privilégios para a família real, em contraste à realidade do povo nos países que formam o Reino Unido. E no contexto da monarquia, um exemplo de tradição que não se justifica, nem hoje, nem nunca, é a guarda real britânica do Palácio de Buckingham, residência oficial do rei, em Londres, usar chapéus feitos com o pelo de ursos mortos com este fim, no Canadá. Essa “tradição” vem do século 17. 
     De acordo com a ONG estadunidense PeTA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais), para confeccionar cada chapéu cerimonial conhecido como “bearskin”, ou seja, “pele de urso”, é necessário matar um urso-negro selvagem. A ONG faz uma campanha contra a matança dos ursos desde 2003. Mesmo assim, o Ministério da Defesa do Reino Unido continua encomendando esses chapéus. Segundo a PeTA, de 2014 a 2019, foram comprados 891 chapéus “bearskin”, e em 2020, o Exército inglês adquiriu 110. Cada um desses chapéus custa, em média, 1.520 euros. 
        A organização defende o fim do uso de pele animal, e a sua substituição por pele falsa de luxo, que seria idêntica à original, e possibilitaria o fim da matança animal. As autoridades do Reino Unido defendem-se, alegando que o abate dos ursos é resultante de um programa autorizado pelo governo canadense com o objetivo de controlar o número desses animais. E também que a pele animal falsa não teria a mesma qualidade da verdadeira.
      Minha opinião: Seja como for, eu considero de muito mau gosto o uso de roupas com pele de animais mortos. E nenhuma tradição, ou mesmo o desejo de agradar aos turistas que visitam Londres, justifica manter o uso de pele animal nos uniformes utilizados pela guarda real britânica. E nem por ninguém. fr 

Nenhum comentário:

Postar um comentário