"Não Verás País Nenhum", Ignácio de Loyola
Brandão, Editora Codecri, 1982.
O livro é um alerta. O autor descreve um Brasil arrasado,
onde as pessoas vivem apavoradas com os assaltos constantes. A imprensa é
controlada. Jornais já não existem mais porque acabaram as árvores. A água é
racionada, e até mesmo a urina humana é reciclada para consumo. A liberdade de
ir e vir acabou, a locomoção das pessoas por locais específicos depende de
passes. O país foi internacionalizado. A Amazônia e o Nordeste tornaram-se
grandes desertos e já não pertencem mais ao Brasil, foram divididos entre os
países mais ricos. Os brasileiros que viviam nessas áreas foram expulsos de lá.
Os animais morreram e as plantas são consideradas obras de arte, vendidas a
preços exorbitantes. As pessoas são pagas com fichas, trocadas por água ou
lanches produzidos em laboratórios. O livro pode parecer, em seu início principalmente,
exagerado ou pessimista demais, mas consegue prender a atenção até o final. E
serve como alerta conscientizador para uma situação que pode se tornar
realidade, se a postura dos países e das pessoas em geral não mudar. fr
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