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domingo, 31 de maio de 2020

Ninguém é dono da língua, e todo mundo pode cometer erros de português

          Ontem, assistindo a SIC, televisão de Portugal, uma legenda estava com um erro, o que me chamou mais atenção do que a própria reportagem. Um erro de português, mais especificamente de concordância verbal: “57% dos inquiridos passou a cozinhar mais”. Percebi logo, o verbo deveria ter ido para o plural.  
          Consultei a coleção “Língua viva”, do professor Sérgio Nogueira Duarte, para fundamentar. No capítulo 2, ele ensina que o verbo deve concordar com o número quando houver um especificador no plural, como no caso da frase acima: “57% dos inquiridos PASSARAM a cozinhar mais”. Se o especificador estivesse no singular, o verbo concordaria no singular: “57% da pesquisa PASSOU a cozinhar mais”.
 

          Eu não estou querendo criticar a emissora, muito menos os portugueses, que costumam falar de uma maneira muito mais correta do que nós, brasileiros. Mas, justamente porque muitos portugueses criticam tanto a nós, brasileiros, por falarmos errado, eu quis mostrar que ninguém é perfeito, nem dono da língua. Eu já li na imprensa um caso de uma professora universitária, que chamou a atenção de um aluno brasileiro, mandando-o “falar português” em sala de aula. Felizmente, acredito, é uma minoria de casos assim tão radicais.
          Eu mesmo devo cometer vários erros de português, alguns por desatenção, outros tantos por não me lembrar das aulas do ensino médio. Pode acontecer com todos. É preciso que as pessoas tenham um pouco mais de tolerância com os erros involuntários dos outros, porque todos estão sujeitos a cometer erros. fr

sábado, 30 de maio de 2020

O melhor e mais caro café do mundo é feito a partir das fezes de um animal... 😲 😲 😲

         Eu gosto de um cafezinho de vez em quando. Agora, aquele que é considerado o melhor café do mundo eu não sei se iria querer experimentar... É o café Civeta, ou Kopi Luwak (palavras indonésias que significam, respectivamente, café e civeta). Ele é produzido principalmente nas ilhas de Sumatra, Java, Bali e Sulawesi, no arquipélago da Indonésia, usando as fezes de um pequeno mamífero chamado civeta.
         A origem provável desse café é estimada no século 18, durante a colonização holandesa na região. Os plantadores locais eram proibidos de usar as frutas de café para o seu próprio consumo. Percebendo que o civeta engolia a fruta e a expelia praticamente intacta, digerindo somente a polpa, os plantadores resolveram aproveitar os grãos que saiam junto das fezes dos animais, juntando-os à colheita. Alguém, um dia, resolveu experimentar esses grãos para fazer um café, e descobriu que o seu sabor era muito diferenciado, dando origem à sua produção para exportação.
         Durante a digestão do civeta, são liberados em seu organismo ácidos e enzimas sobre a fruta de café ingerida, provocando uma fermentação natural. O café civeta tem aroma de frutas vermelhas, não tem acidez e pouco amargor. E não faz mal à saúde de quem o consome, de acordo com os especialistas. A produção do café civeta é pequena, é de pouco mais de 200 quilos por ano, o que torna o seu preço muito alto, e o café o mais caro do mundo.
        O quilo do café Civeta chega a custar, em média, US$ 1.200, o que representa, pela cotação de hoje, mais de 6.500 reais! Existem denúncias de maus tratos aos animais, que estariam sendo mantidos presos em jaulas para a produção do café. Os produtores costumam garantir que a colheita das fezes é feita no ambiente onde vivem os animais.
        Outros cafés são produzidos de maneira semelhante, com a utilização de outros animais. Na Tailândia, o Black Ivory Coffee é feito após a ingestão do fruto do café pelos elefantes. Em Taiwan, a fruta do café é comida pelos macacos, que cospem os grãos, a serem utilizados para a produção do café. E no Brasil, mais especificamente no Espírito Santo, tem o Jacu Bird Coffee, feito após a digestão do grão do café pelo pássaro jacu, que o engole inteiro, e, depois, é retirado de suas fezes. Bom, eu até teria coragem de provar o café Civeta. Mas, não iria pagar esse preço exagerado, com certeza não. 😊 😊 😊  fr

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Trump anuncia rompimento com a OMS em plena pandemia do coronavírus

Hoje, à tarde, assisti na Band News, ao vivo, o anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do rompimento do seu país com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Em um momento em que se enfrenta as consequências da disseminação do novo coronavírus, e já morreram mais de 300 mil pessoas no mundo, um terço nos EUA, aquele país prefere se afastar da principal entidade mundial da área de Saúde.
E, consequentemente, enfraquecê-la, já que são o país que mais contribui com recursos financeiros. De acordo com o Banco Mundial, foram US$ 400 milhões ano passado, o que correspondeu a cerca de 15% do orçamento da OMS. Os EUA já haviam suspendido a contribuição à organização mês passado, anunciando o rompimento hoje.
"Nós detalhamos as reformas que [a OMS] deve fazer e tratamos com eles diretamente, mas eles se recusaram a agir. Como eles falharam em fazer as necessárias e pedidas reformas, hoje vamos encerrar nosso relacionamento com a Organização Mundial de Saúde, e redirecionar esses fundos para outras necessidades globais urgentes de saúde pública", justificou Donald Trump.
O presidente acusa a China por ser responsável pelo surgimento do novo coronavírus, e de não ter comunicado a OMS sobre a real ameaça de sua disseminação. Segundo ele, a OMS tem sido conivente com o governo chinês. Em novembro deste ano, Trump deverá concorrer à reeleição, e vem sendo acusado pela imprensa e a oposição do seu país de não ter levado a sério o perigo do novo coronavírus, demorando a tomar as medidas necessárias para combatê-lo, como o distanciamento social. No meio dessa briga política, quase dois milhões de pessoas já foram infectadas nos EUA, e 103.580 morreram. Parece muito com um país sul-americano que nós conhecemos... Triste!  fr

quinta-feira, 28 de maio de 2020

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Governador do Rio de Janeiro é investigado por corrupção na compra emergencial de material para o combate ao coronavírus

           Mais um governador do Rio de Janeiro está sendo investigado sob suspeita de corrupção. É impressionante constatar, não, confirmar, que nem mesmo em um momento de pandemia mundial, em que dezenas de milhares de pessoas estão morrendo no Brasil, os políticos param de roubar. Ontem de manhã, a Polícia Federal realizou buscas em onze endereços, entre os quais o Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC), - apreendendo o telefone celular e o computador dele - , além da sua residência no bairro do Grajaú e do escritório da esposa. 
           Autorizada pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), a Operação Placebo tem por objetivo investigar um esquema de desvio de dinheiro público na compra emergencial de equipamento para o combate ao novo coronavírus. Witzel deveria depor ontem na Polícia Federal, mas solicitou ter acesso primeiro aos autos, antes de se manifestar. Ele divulgou uma nota em que afirma não ter cometido nenhuma irregularidade, e que estaria sendo vítima de perseguição por parte do presidente da República.
          O ex-subsecretário de Saúde do Rio de Janeiro, Gabriell Neves, foi preso no início deste mês, acusado de compras irregulares de respiradores, testes rápidos e máscaras para o atendimento das vítimas do novo coronavírus. Ele já havia sido exonerado pelo governador em abril, quando surgiram as acusações. Os contratos emergenciais, sem licitação, alcançaram cerca de um bilhão de reais.
          Jair Bolsonaro (sem partido), ao ser perguntado pela imprensa, limitou-se a rir e dar os parabéns à Polícia Federal. Wilson Witzel é o quinto governador, dos últimos seis que o estado do Rio de Janeiro teve nos últimos anos, a ser investigado por corrupção. E os outros cinco já estiveram presos, sendo que Sérgio Cabral Filho ainda cumpre mais de 200 anos de prisão. É uma vergonha! Roubam e não se importam que milhares de pessoas estejam adoecendo e morrendo no Rio e em todo o país.  fr

terça-feira, 26 de maio de 2020

Empresas jornalísticas deixam de cobrir presidente em frente ao Palácio do Alvorada por falta de segurança

          Empresas jornalísticas anunciaram, ontem, terem sido obrigadas a se afastar da cobertura em frente ao Palácio do Alvorada, local onde o presidente Jair Bolsonaro costuma falar e responder algumas perguntas. O Grupo Globo, o jornal Folha de São Paulo e a TV Bandeirantes afirmam que os seus profissionais têm sido insultados e agredidos por apoiadores do governo.
Essas pessoas aglomeram-se próximo aos jornalistas, de quem ficam afastados apenas por uma pequena grade, que não costuma ser respeitada. E gritam ofensas em direção aos jornalistas, que estão trabalhando. Os seguranças do local não tomam nenhuma atitude para coibir a violência.
Alguns já foram até fisicamente agredidos, como uma repórter da Bandeirantes, que foi atingida com uma bandeira na cabeça por uma mulher. A profissional estava cobrindo manifestação de apoio ao presidente.  
A fim de proteger a segurança de seus empregados, as empresas tomaram a decisão de não cobrir o local, que já havia sido adotada pelo jornal Correio Braziliense há mais de um mês:
“Há pelo menos 45 dias, o Correio não faz mais a cobertura presencial de Jair Bolsonaro, no portão do Palácio da Alvorada. A decisão foi tomada não apenas porque o jornal percebera que os apoiadores do presidente estavam cada vez mais exaltados. A retirada da equipe de cobertura deu-se também por motivos de saúde pública, pois a recomendação das autoridades é para que se evitem aglomerações e o contato próximo com pessoas sem a máscara de proteção.
         A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) manifestou, em nota, apoio às posturas dos veículos de comunicação: “Esses ataques ganharam corpo e se tornaram mais graves, havendo, inclusive, agressões físicas a repórteres por parte da claque bolsonarista (…). A ABI saúda esta decisão e parabeniza as Organizações Globo e o Grupo Folha”.

Minha opinião: É lamentável e preocupante que em um país que se considera uma democracia, a liberdade de imprensa e o trabalho dos jornalistas sejam atacados bem próximo ao presidente, e este não manifeste uma única palavra contra. Em qualquer democracia, a imprensa é, e deve ser sempre, vista como imprescindível para a garantia constitucional que o cidadão tem de ser informado sobre o que acontece em seu país. Mesmo que desagrade aos políticos e governantes que, no momento, ocupam cargos públicos. E diante de tudo isso chega a ser também triste ver o papel de alguns veículos de comunicação, que apoiam cegamente o governo, como a TV Record e o SBT. Como pretendem conseguir benefícios em audiência e patrocínios diante da hostilidade com que o presidente trata a Rede Globo e outras empresas, comportam-se de forma omissa frente aos ataques que veem sendo cometidos contra os jornalistas da concorrência. Vergonhoso!  fr

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Cadeirante com réplica de arma tenta assaltar joalheria

Um cadeirante em uma cadeira motorizada foi preso, hoje, ao tentar assaltar uma joalheria na cidade de Canela, no Rio Grande do Sul. Apesar de ter paralisia cerebral e não poder mexer os braços, além de ser mudo, ele segurava com os pés um bilhete anunciando o assalto: “Passa tudo. Não chama atenção”. Na cadeira de rodas ele mantinha uma réplica de arma de fogo. Testemunhas chamaram a polícia, que o conduziu para a delegacia. Que coisa! 😲 fr 

domingo, 24 de maio de 2020

"A Feiticeira" (1ª a 5ª temporadas)

 
          Quando eu era criança, havia muitas reprises de seriados na TV, e uma das que eu gostava de assistir era “A Feiticeira” (“Bewitched”), que mostrava a vida nada normal de uma bruxa vivendo em família em um bairro de classe média nos Estados Unidos. Samantha é uma jovem que conheceu o publicitário James Stephens, eles se casaram e constituíram uma família. Nada mais “normal” se não fosse o fato de Sam ser uma bruxa, e o marido querer que ela seja uma mulher como as outras à época, uma dona de casa de classe média, sem fazer nenhuma bruxaria. É aí que começam as confusões... rsrs

         O seriado teve oito temporadas, sendo originalmente exibido na rede de TV estadunidense ABC, de 17 de setembro de 1964 a 25 de março de 1972. Eu terminei de rever recentemente todas as cinco primeiras temporadas através do conteúdo disponibilizado pela minha operadora de TV paga; alguns poucos que faltaram eu assisti no Youtube. As duas  primeiras temporadas foram originalmente em preto e branco, e as demais já a cores. Mas eu assisti tudo colorido, porque foi feito um processo de colorização no computador.
 

         A atriz Elizabeth Montgomery (1933-1995) era a feiticeira Samantha. James Stephens foi interpretado por dois atores. Nas cinco primeiras temporadas por Dick York (1928-1992), mas ele foi obrigado a deixar a série devido às fortes dores que sentia na coluna, desde que sofreu um acidente de carro, que o faziam faltar às gravações. Ele não aparece em vários episódios das quarta e quinta temporadas, e a desculpa encontrada era que James estava viajando a trabalho. Em seu lugar, entrou Dick Sargent (1930-1994). O nome do personagem, no original, é Darrin, mas a tradução no Brasil optou pela mudança, a fim de facilitar a assimilação pelo público.

A verdade é que esse James Stephens era muito chato, com os dois atores, vivia sempre estressado, reclamando o tempo todo. Como é que alguém tem uma feiticeira do bem como esposa e não permite que ela use os seus poderes? Não para vantagens indevidas, claro, mas para facilitar a vida de sua família, e ajudar as pessoas. E esteja sempre rabugento? Se fosse comigo, eu não seria tão chato! kkkkk
 

         A mãe de Samantha era a bruxa Endora (Agnes Moorehead, 1900-1974), que vivia visitando a filha, e não gostava de James, a quem chamava pelo nome errado, de propósito. Ela não aceitava o fato da filha ter escolhido abrir mão de usar os seus poderes para poder viver com um mortal. Maurice, o pai de Sam, separado de Endora, aparecia bem menos. Maurice Evans, o ator que interpretou o personagem, foi o macaco dr. Zaius em dois filmes da sequência "Planeta dos Macacos".

A Tia Clara, uma bruxa mais idosa e bastante atrapalhada, vivia colocando James em confusão, sem querer, é claro. É a tia preferida de Samantha e também muito querida por James. A atriz que a interpretou, Marion Lorne (1883-1968), foi tão cativante com o público, que, ao morrer, o seu personagem não foi substituído por outra atriz. A sua participação é, mesmo, um destaque, gostava muito das suas confusões. kkkkkk Nas últimas temporadas, entrou a tia Esmeralda (Alice Ghostley – 1923-2007), como babá dos filhos dos Stephens, uma bruxa também bem atrapalhada.
 

O casal Stephens teve dois filhos. A menina era Tabatha, que nasceu também bruxa, para desespero do pai. O nome foi a avó Endora que escolheu, por sua conta, mas James acabou aceitando. Inicialmente, um bebê aparecia nos episódios, e, mais tarde, duas atrizes gêmeas fizeram a personagem na primeira temporada, alternando-se: Erin e Diane Murphy. Nas temporadas seguintes, devido às mudanças físicas adquiridas com o tempo, elas passaram a se diferenciar, e Erin passou a ser a única Tabatha.

Mais tarde, nasceu o irmão, Adam, mas este puxou o pai, e não tinha poderes, era apenas mortal. Ele também foi interpretado por dois irmãos gêmeos: David e Greg Lawrence. A utilização de duas crianças para cada personagem foi devido à legislação estadunidense, que proibia crianças muito novas passarem muito tempo em trabalhos profissionais, daí a necessidade de alterná-las. Ainda havia outros bruxos, tais como o médico dr. Bombay (Bernard Fox – 1927-2016); o tio de Samantha, Arthur (Paul Lynde – 1926-1982), sempre com suas piadas sem graça e inoportunas; e a prima inconsequente, Serena, também interpretada pela atriz Elizabeth Montgomery.
 

Os vizinhos dos Stephens eram o casal da casa em frente, o aposentado Abner (George Tobias - 1901-1980) e a esposa intrometida, Gladys Kravitz, que causavam confusões muito engraçadas.  Ela estava sempre olhando da janela para ver o que Samantha e o marido estavam fazendo, e ficava espantada toda vez que flagrava uma das magias de Sam, ou de sua filha. E corria para contar ao marido, insistindo que ele fosse conferir, e acabava sempre sem conseguir provar o que falava, o que fazia parecer estar maluca. Gladys Kravitz foi interpretada por duas atrizes. Alice Pearce (1917-1966) faleceu, vítima de câncer, ainda durante as gravações da segunda temporada. Em seu lugar, entrou Sandra Gould (1916-1999).

         Entre os personagens de mais destaque, em minha opinião, ainda tem o patrão de James, o dono da agência de publicidade, Larry Tate (David White – 1916-1990). Apesar de ele e a esposa serem amigos da família, Larry estava constantemente ameaçando James de demissão, caso não fizesse o que ele queria para agradar aos clientes. A direção do programa, na maioria dos episódios, foi de William Asher (1921-2012), o terceiro dos quatro maridos da protagonista, Elizabeth Montgomery, com quem teve três filhos. Montgomery estava grávida do primeiro filho durante a primeira temporada de “A Feiticeira”. Os outros dois filhos nasceram em temporadas seguintes, e o período de gravidez foi aproveitado na série, dando origem aos dois filhos na ficção.
 

A abertura da série foi feita pela Hanna-Barbera (assista, mais abaixo, a abertura usada nas cinco primeiras temporadas, com o ator Dick York). Samantha fazia os seus feitiços mexendo o nariz, e, para isso, a atriz mexia os lábios de um lado para outro. Tabatha, para facilitar a atriz, ainda uma criança, mexia o nariz com o dedo. À época das filmagens, os efeitos especiais não eram os mesmos de atualmente, e a maioria dos feitiços eram feitos manualmente, com truques com fios transparentes, por exemplo. Mas eram muitos bons, ainda hoje.

A série mostrava uma sociedade machista, em que o homem era o responsável pelo sustento da família, e a mulher casada era a “dona de casa”, que cuidava do lar e dos filhos. As roupas das pessoas no seriado chamam a atenção. Os homens, quase sempre, vestindo terno, e as mulheres calçando luvas. Entre os atores que fizeram participações no seriado, que eu anotei, estão: Raquel Welch; Adam West e Magde Blake (o Batman e a tia Harriet, da série clássica da TV); Jonathan Harris, June Lockhart e Billy Mumy (o dr. Smith, a Maureen Robinson e o Will Robinson, da série “Perdidos no espaço”); e Bill Daily ( o major Healey, de “Jeannie é um gênio”).

Em 2005, foi lançado o filme “A Feiticeira” (“Bewitched”), com Nicole Kidman e o chato Will Ferrell. Na estória, Ferrel era um ator em um mau momento da carreira, que iria interpretar James Stephens na refilmagem do seriado, e procurava uma atriz para interpretar Samantha. Ele encontra Isabel, uma bruxa que desejava viver uma vida normal, sem feitiçaria, e a considera perfeita para o papel, apesar de não ser atriz. Ela aceita porque acredita ser a oportunidade de conseguir o que queria. O filme ainda teve a participação de atores como Shirley MacLaine, Michael Caine e Steve Carell, e não teve muito sucesso junto à crítica e ao público. Eu também não gostei.fr

Abertura de "A Feiticeira"

"O malefício", episódio 27 da 3ª temporada de "A Feiticeira"

sábado, 23 de maio de 2020

Dica de livro: "A escrava Isaura"

“A escrava Isaura”, Bernardo Guimarães; São Paulo, editora Martin Claret, Coleção A obra prima de cada autor, 2006, 176 páginas.
         
           Aproveitando esse período forçado dentro do apartamento por conta da ameaça do novo coronavírus, li “Escrava Isaura”, do escritor mineiro Bernardo Guimarães. A estória ocorre durante os “primeiros anos do reinado do Sr. D. Pedro II”. Juliana, a mãe de Isabel, era escrava, mucama da esposa do comendador Almeida, uma pessoa fria e sem moral, dono de uma fazenda na cidade de Campos dos Goytacazes.
           O fazendeiro obrigava Juliana a ter relações com ele, e quando a esposa descobriu, castigou a escrava mandando-a para a senzala, onde ela foi acolhida pelo feitor Miguel, um português que tratava os escravos com humanidade. Os dois tiveram uma filha, Isaura, uma menina branca, mas nascida na escravidão.
Ao descobrir a união de Juliana e Miguel, o comendador despediu o feitor, e passou a submeter a escrava a severos castigos, o que a levou à morte. Isaura não chegou a conhecer a mãe, mas passou a receber a proteção da esposa do comendador, que a tratou como filha, dando-lhe ótima educação, ensinando-a a ler e a escrever, tocar piano, dançar, falar italiano e francês. Com mais idade, Isaura passou a ser sua mucana, assim como a mãe dela tinha sido. Além de a mais bela moça da região, admirada pelos homens e invejada pelas mulheres, era boa com todos, mas ciente e resignada com a sua condição de escrava.
O único filho do comendador Almeida era Leôncio, um jovem que puxou os defeitos do pai: “era um digno herdeiro de todos os maus instintos e da brutal devassidão do comendador”. Arrogante, perdulário e prepotente, ele nunca gostou de estudar, passou a morar na Europa, gastando o dinheiro da família. Aos 25 anos, decidiu voltar para Campos e casar-se, a fim de conseguir parte de sua herança mais cedo. O seu casamento com Malvina, filha de um rico negociante da Corte, foi uma união combinada pelos pais, e ele nunca chegou a amá-la.
Após o casamento, Leôncio passou a morar na fazenda com Malvina e a mãe. O comendador, já muito idoso e doente, decidiu morar na Corte, aproveitando o fim da vida, o que não causou nenhuma contrariedade à sua esposa, que sabia de sua infidelidade e caráter. A administração da fazenda foi passada a Leôncio, que se encantou logo com a beleza de Isaura, assim que a viu, após anos sem encontrá-la, afinal passara anos fora do Brasil.  
Com a morte da mãe de Leôncio, Malvina começou a se afeiçoar por Isaura, que passou a ser sua mucama, amiga e companheira. A mãe de Leôncio, no final da vida, desejava incluir Isaura em seu testamento, deixando registrado que, após a sua morte, ela deveria ser libertada e receber um legado suficiente para se manter. Mas, o comendador sempre protelou essa decisão, e isto nunca foi feito. Eu considero que foi, na realidade, uma atitude egoísta da mãe de Leôncio, que poderia ter intercedido pela alforria de Isaura há bem mais tempo, mas temia perder sua companhia. Malvina passou a cobrar do marido a liberdade de Isaura.
 A beleza de Isaura encantou o irmão de Malvina, Henrique, em visita à fazenda; o pajem André, e o jardineiro Belchior, um homem corcunda e considerado repulsivo. Ela, no entanto, não aceitava nenhuma das promessas que recebia, nem mesmo do próprio Leôncio, porque desejava um homem  a quem amasse.
Malvina flagrou uma das investidas do marido sobre Isaura, e ficou revoltada com o seu comportamento, exigindo que Leôncio libertasse Isaura e a mandasse embora. Leôncio não aceitava se afastar de Isaura, nem quando o pai dela conseguiu recolher os dez contos de réis exigidos pelo comendador para pagar pela sua liberdade.
Com a morte do comendador, Leôncio assumiu todas as propriedades. Inconformada com a negativa do marido, Malvina foi para a casa dos pais, com Henrique. Leôncio passou a castigar Isaura, mandando-a trabalhar com as escravas tecendo lã e algodão, e, como ela não aceitava suas propostas,  passou a ameaçar colocá-la no tronco: “ou o meu amor, ou o meu ódio”. O destino de Isaura estava repetindo os últimos dias de sua mãe, que morreu com os castigos físicos sofridos a mando do comendador, e ela estava disposta a se matar para se livrar desse sofrimento. Desesperado, Miguel usou o dinheiro que tinha para a alforria da filha, e fugiram para Recife.
Vivendo com novos nomes, os dois procuraram não chamar a atenção, mas, novamente a beleza de Isaura acabou sendo o seu maior problema na sociedade do século 19. Álvaro, um jovem rico, liberal, republicano e abolicionista, apaixonou-se por Isaura ao vê-la quando fazia um passeio a cavalo. E o amor foi correspondido. Isaura e Miguel cederam à insistência do rapaz, que não sabia do passado dos dois, e o acompanharam a um baile.
Isaura acabou sendo reconhecida por um ganancioso estudante da região, que a viu em um dos anúncios que Leôncio mandou publicar em jornais do país, descrita, com seus detalhes físicos, e quis a recompensa oferecida. Durante o baile, conseguiu um mandado de apreensão e a presença de um oficial de justiça para deter Isaura. (Como é que ele conseguiu tudo tão rápido, não ficou esclarecido?.... 😃 😃 😃) No final, Martinho não conseguiu receber a recompensa.
Isaura e Miguel foram detidos, apesar da interferência de Álvaro, que não se importava de Isaura ser uma escrava, condição que ele considerava um absurdo. “Pode um homem ou a sociedade inteira contrariar as vistas do Criador, e transformar em uma vil escrava o anjo que sobre a Terra caiu das mãos de Deus?...”
Isaura voltou para a senzala, e o pai foi obrigado a pagar as despesas que Leôncio teve para buscar a filha, passando a pagar com trabalho. Leôncio conseguiu desculpar-se com Malvina, e que ela voltasse para a fazenda. Com a intenção de se vingar de Isaura e de Álvaro, ele impôs a Miguel e à filha, que aceitassem o casamento dela com o corcunda Belchior. Leôncio falsificou uma carta que seria de Álvaro, em que ele dizia estar se casando, e prometeu a Miguel o perdão da dívida e uma ajuda na nova vida deles.
Diante da suposta mudança de Álvaro, Isaura acabou conformando-se com o destino infeliz. A reviravolta se deu com a chegada do jovem à fazenda, em Campos, afirmando que era o novo proprietário de todos os bens de Leôncio, inclusive Isaura, a quem deu a imediata alforria. O cruel fazendeiro, assim com o pai, nos últimos dias de vida, tinha esbanjado a fortuna, e feito dívidas que representavam o dobro do que possuía. Em desespero, Leôncio entrou em casa e se matou com um tiro.
O livro foi publicado em 1875, quando a campanha abolicionista ganhava força no país, e alcançou um grande sucesso, que permanece até hoje. O autor, Bernardo Guimarães, é o patrono da cadeira número 5 da ABL (Academia Brasileira de Letras). Em 1976, a Rede Globo adaptou o texto para novela, com Lucélia Santos no papel principal, exportando-a para mais de cem países no mundo. Em 2004, a TV Record também filmou a estória, mas sem o mesmo sucesso da concorrente.
À época, a escravidão ainda era considerada algo aceitável para a maioria das pessoas, e era algo reconhecido pelas leis. Não apenas no Brasil, mas em outros países. Eu acredito que tenha sido, justamente, para vencer essa visão da época, que o autor tenha decidido que a personagem seria uma escrava branca. Assim, talvez, foi a maneira de fazer com que muitos dos seus leitores e leitoras tenham se colocado no lugar de Isaura. fr

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Novo coronavírus antecipa os vencedores de campeonatos nacionais pelo mundo

         Com a disseminação do novo coronavírus,  a maioria dos países decidiu interromper os seus campeonatos nacionais. Alguns têm optado por encerrar a competição e decidir o seu campeão pela classificação onde ela parou, ou não ter um campeão. Na França, o Paris Saint-Germain (PSG) do brasileiro Neymar foi declarado campeão, conquistando o sétimo título nacional nos últimos oito anos. A Bélgica fez o mesmo, e o Club Brugge é o campeão daquele país. Outro país a declarar antecipadamente o seu campeão foi a Escócia, e o vencedor é o Celtic.
Países como Países Baixos (Holanda), Argentina e México decidiram que os seus campeonatos nacionais não terão campeões este ano. Assim como no futebol, outros esportes estão passando pela mesma situação. É claro que diante do número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus e ficaram doentes, e até morreram, o que está ocorrendo no esporte é um mal menor. Mas os efeitos do coronavírus têm se espalhado por diversos setores da vida no mundo, e no esporte não poderia ser diferente. Outros países poderão vir a ter que encerrar os seus campeonatos, declarando um campeão ou decidindo não ter um. É um mal menor, mas não pode deixar de ser lamentado também. fr

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Número de mortes pela Covid-2019 no Brasil ultrapassa 20 mil

Hoje, quinta-feira, o Brasil alcançou a triste marca de 20.047 mortes devido à Covid-2019, sendo 1.188 somente registradas nas últimas 24 horas (não significa que tenham ocorrido no mesmo período,  mas, sim, registradas). E 310.087 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus; 164.080 em acompanhamento e 125.960 recuperadas. Os números são oficiais, divulgados pelo Ministério da Saúde, portanto, os números reais de contaminados e mortes devem ser ainda maiores, infelizmente. Triste! fr

terça-feira, 19 de maio de 2020

Ex-presidente Collor pede desculpas às pessoas que prejudicou em 1990 com o confisco da poupança

           Ontem, dia 18, o senador Fernando Collor de Melo, pediu desculpas, em sua conta no Twitter, pelo confisco das contas de poupança, logo no dia seguinte em que tomou posse como presidente da República, em janeiro de 1990. “Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos.” À época, foram bloqueados por 18 meses valores que excediam a NCz$ 50.000, ou seja, cinquenta mil cruzados novos, em contas correntes; de poupança; ou depósitos de overnight, um investimento no mercado financeiro.
Muita gente teve suas vidas arruinadas da noite para o dia, inclusive muitos sofreram ataques cardíacos ou se mataram por verem suas economias de anos serem bloqueadas. Collor acabou com a vida de milhares de famílias. E ficamos, também, sabendo depois que o governo avisou muitos empresários e amigos na véspera para que retirassem seu dinheiro, antes da decretação da medida. Um dos maiores e mais vergonhosos crimes contra a população na história brasileira.
Eu mesmo tive dinheiro bloqueado em minha conta de poupança, dinheiro que eu poupava mês a mês para poder um dia comprar meu apartamento, o que eu somente pude vir a fazer anos mais tarde. E, para piorar, depois dos 18 meses, o dinheiro somente nos foi devolvido em 12 vezes. E devolvido a menos, tanto que o Poder Judiciário foi inundado nos anos posteriores por milhares de ações contra o prejuízo. Outra vergonha, já que as pessoas precisaram recorrer à Justiça, já que os governos seguintes não obrigaram os bancos a fazê-lo.
Eu fui, novamente, prejudicado, porque tive a infelicidade de entrar na Justiça com um advogado desonesto e incompetente, e acabei não conseguindo reaver as perdas, e ainda tive novo prejuízo. Graças a Deus, eu, com saúde, posso tocar minha vida à custa do meu trabalho. O prejuízo a gente recupera, trabalhando. Mas os responsáveis ficaram livres, sem nenhuma punição.
O então presidente Fernando Collor, que acabou sofrendo um impeachment, em 1992, e ficou apenas oito anos afastado da política, voltou e atualmente é senador por Alagoas. A então ministra da Economia Zélia Cardoso de Mello, prima do então presidente, continua vivendo tranquilamente em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Nenhum deles foi punido pelo crime do confisco, que destruiu a vida de milhares de famílias brasileiras. Uma vergonha tudo isto acontecer em nosso país. Em outros lugares, onde o rigor da Lei não fica apenas no papel, essa gente teria sido punida!  fr

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Testes iniciais são positivos para fabricação de uma vacina contra o novo coronavírus

             O mundo inteiro está paralisado de medo por conta do novo coronavírus, as economias paradas e grande parte da população mundial trancada em suas residências. Mas, em meio a tantas notícias ruins que se ouve e lê na imprensa, hoje eu vejo uma notícia muito boa. A empresa de biotecnologia ‘Moderna’, dos Estados Unidos, anunciou que conseguiu resultados preliminares positivos em testes na fase inicial de uma vacina contra o novo coronavírus, em um pequeno grupo de oito voluntários saudáveis. As pesquisas ainda estão sendo realizadas, mas, claro, é uma boa notícia.
            Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), atualmente estão sendo desenvolvidas 118 vacinas contra o novo coronavírus no mundo. É previsto para julho, o início de testes com milhares de voluntários. No processo de pesquisa, existem algumas etapas a serem ultrapassadas até a criação e distribuição de uma vacina para a população mundial.  
           Após garantir a segurança do uso da vacina em seres humanos, é necessário obter o seu registro sanitário. Somente, então, ela poderá ser distribuída no mundo. Em entrevista ao jornal The New York Times, o diretor médico da empresa afirmou que, se tudo der certo, a distribuição de uma vacina contra o coronavírus poderá ser iniciada no final ainda deste ano, ou no início de 2021. Vamos torcer muito!
           O Brasil já é o terceiro país onde mais morrem pessoas vítimas do Covid-2019 no mundo. Até o momento, foram confirmados 256.523 contaminados no país, 100.459 recuperados e 16.895 mortes. Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro são onde são registrados mais óbitos. No mundo, o total de confirmados é de 4.805.430 pessoas, 1.787.539 recuperadas e 318.554 mortes. fr

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Que é do sorriso?

QUE É DO SORRISO?
Cecília Meireles
 
            Chegou o amigo estrangeiro, andou pela cidade, tomou bondes, lotações, fez compras, visitou repartições públicas, ouviu dizer por toda parte: “Vamos ao teatro? Vamos ao teatro?” – e foi também ao teatro. Enfim, portou-se mais do que como bom turista: como bom amigo desta cidade que ele admira e ama. Depois, perguntou-me, com extrema delicadeza: “Que é do sorriso que vocês tinham antigamente? Que é do sorriso que eu sempre encontrava no Rio? Procuro-o por aqui e por ali – e não o vejo mais!”
            Eu nunca tinha notado que fôssemos tão sorridentes. E comecei a prestar atenção. E a indagar. Na verdade, achei as senhoras de testa franzida; e as que a não franziam, temendo rugas, tinham um olhar tão severo que me inspirava algum terror. Fui conduzindo suavemente o meu inquérito: “Que é do seu sorriso? Daquele sorriso de outrora... isto é, do começo do ano... do mês passado...?” As senhoras ficaram impacientes: “Que sorriso? Como se pode sorrir com o preço do bife e uma casa em que todos só querem comer filé mignon? Quem é que pode sorrir olhando para um quilo de carne de baleia?”
Com pessoas idosas, divaguei acerca do nosso desaparecido sorriso, e cada uma tinha suas amarguras: veja as filas para a condução! veja os preços dos remédios! veja as lambretas! veja a praia de Copacabana! veja o strip-tease! veja isto, veja aquilo...
Assim, do setor econômico-financeiro íamos deslizando para o da educação. Mas não paramos aí, porque havia quem dissesse: “Veja fulano! sicrano! beltrano! veja as leis! veja o abuso das leis!” – “Veja os partidos! veja a demagogia! tem ouvido os discursos? tem lido os jornais?” – e assim, já nos caminhos (tortuosos) da política, íamos encontrar explicações para esta coisa tão pequena: um sorriso desaparecido.
Por fim, falaram os jovens. Estavam todos desgostosos. Uns com o motor do carro, outros com o corte dos cabelos, alguns por não terem sido premiados nisto ou naquilo, outros por não terem sido promovidos; este, porque lhe roubaram uma ideia; aquele, porque fez um mau negócio.
Depois, havia o dólar, havia as explosões atômicas, medos, mentiras, ambições... Havia o país e o mundo refletindo-se nesta boa cidade amável de outrora. Como podiam sorrir os seus habitantes?
Notei que, na verdade, ninguém mais sorri. Mesmo as jovens belezinhas, carregando seus penteados e colares, quando querem fazer um jeitinho gracioso com a boca – seja pelas tintas, pelos dentes ou mesmo pelas disposições gerais, fazem apenas uma careta moderna, que nos causa tristeza. Que é do antigo sorriso? – Que é do sorriso? – Quando voltará?

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Dica de filme: "O que fazer?"

O QUE FAZER? (“The angriest man in Brooklyn”)
EUA, 2014, Drama, Comédia
Direção: Phil Alden Robinson
Com: Robin Williams, Mila Kunis, Peter Dinklage
Henry Altmann (Robin Williams) tornou-se uma pessoa amarga após a morte de um filho e afasta-se de outro, que prefere seguir a carreira de dança a trabalhar com ele no seu escritório de advocacia. O relacionamento com a esposa também desmorona. Em uma consulta que deveria ser de rotina, ele é atendido pela jovem doutora Sharon Gill. Ela substituiu o colega em um plantão, para que ele comemorasse o aniversário de casamento, sendo eles amantes. Durante a consulta, bastante irritado por aborrecimentos no caminho para o hospital, Henry reclama com a médica pela demora do atendimento. A médica, por sua vez, desanimada com a sua vida pessoal e profissional, informa, já sem paciência, que ele estava com uma doença terminal, e somente teria 90 minutos de vida. Saindo do hospital, Henry procura se despedir das pessoas que julga importante em sua vida, e da família, mas se dá conta do quanto se afastou delas. fr

O que fazer?

sábado, 9 de maio de 2020

Brasil já tem mais de 10.000 mortes pela Covid-2019, enquanto os políticos brigam entre si

          Enquanto o presidente da República descumpre todas as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e passa péssimos exemplos à população, o número de mortes por conta da Covid-2019 no Brasil só aumenta. Hoje, o Ministério da Saúde informou que já morreram 10.627 pessoas no país em decorrência da contaminação pelo novo coronavírus, sendo 730 mortes somente nas últimas 24 horas. E já foram registradas 155.939 casos de contaminação, no total. Claro, estes são apenas números oficiais, a situação é muito pior, já que não estão sendo feitos testes em massa. 

O Brasil já é o sexto país com mais mortes em decorrência do novo coronavírus em todo o mundo. À frente, estão os Estados Unidos, com 78.320 pessoas; Reino Unido, 31.662; Itália, 30.395; França, 26.313 e a Espanha, com 26.299 mortes. Este levantamento foi feito pela Universidade Johns Hopkins, no estado de Maryland, nos Estados Unidos, considerada uma instituição de referência nas pesquisas sobre a doença. É muito triste tudo isso. O Brasil precisa de lideranças que vejam o interesse maior da população, e não os seus próprios. E deixem de ficar brigando por questões políticas mesquinhas, colocando a população em risco. É urgente salvar vidas! fr

sexta-feira, 8 de maio de 2020

"Marvin" (Titãs)

"Marvin"
Titãs
Composição: R. Dunbar, G. N. Johson, Nando Reis e Sérgio Britto
 
Meu pai não tinha educação
Ainda me lembro, era um grande coração
Ganhava a vida com muito suor
E mesmo assim não podia ser pior
Pouco dinheiro pra poder pagar
Todas as contas e despesas do lar
Mas Deus quis vê-lo no chão
Com as mãos levantadas pro céu
Implorando perdão
Chorei, meu pai disse: "Boa sorte",
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte
E disse
"Marvin, agora é só você e
não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer"
Três dias depois de morrer
Meu pai, eu queria saber
Mas não botava nem um pé na escola
Mamãe lembrava disso a toda hora
Todo dia antes do sol sair
Eu trabalhava sem me distrair
Às vezes acho que não vai dar pé
Eu queria fugir, mas onde eu estiver
Eu sei muito bem o que ele quis dizer
Meu pai, eu me lembro, não me deixa esquecer
Ele disse
"Marvin, a vida é pra valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino eu sei de cor"
E então um dia uma forte chuva veio
E acabou com o trabalho de um ano inteiro
E aos treze anos de idade eu sentia
todo o peso do mundo em
minhas costas
Eu queria jogar mas perdi a aposta, e
Trabalhava feito um burro nos campos
Só via carne se roubasse um frango
Meu pai cuidava de toda a família
Sem perceber segui a mesma trilha
Toda noite minha mãe orava
"Deus, era em nome da fome
que eu roubava"
Dez anos passaram, cresceram
meus irmãos
E os anjos levaram minha mãe
pelas mãos
Chorei, meu pai disse: "Boa sorte"
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte
Ele disse
"Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer".
"Marvin, a vida é pra valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino eu sei de cor".

quarta-feira, 6 de maio de 2020

"O Mistério dos MMM"

“O Mistério dos MMM”, Orígenes Lessa e outros; Rio de Janeiro, Ediouro, Coleção Prestígio, 125 páginas.
 
Este é um livro escrito a 20 mãos. São dez capítulos, e cada um é de autoria de um autor distinto. Os autores são: Viriato Corrêa, Dinah Silveira de Queiroz, Lúcio Cardoso, Herberto Sales, Jorge Amado, José Condé, João Guimarães Rosa, Antônio Callado, Orígenes Lessa e Rachel de Queiroz. O primeiro deu início à estória, e os seguintes foram dando continuidade, à sua maneira. “O Mistério dos MMM” é de 1964, e a coordenação foi de João Condé, que, em prefácio, afirma não ter passado aos autores nenhum roteiro prévio, e que “cada um procurou criar as situações mais embaraçosas para o outro”. O livro é um suspense policial, desenvolvido na cidade do Rio de Janeiro. Em uma quarta-feira de Cinzas, dois corpos são encontrados no apartamento de um banqueiro, em Copacabana. Na realidade, o corpo de um homem e a perna, amputada no joelho, de uma mulher. No local, foram encontrados maços com cartas de três diferentes mulheres, todas assinadas pela letra M, e que indicam ter relação com os crimes. A partir daí, os crimes tomam as manchetes dos jornais cariocas, e a polícia é desafiada a descobrir quem os cometeu. fr

terça-feira, 5 de maio de 2020

Dica de filme: "Janela indiscreta"

JANELA INDISCRETA ("Rear window")
EUA, 1954, Suspense, Hitchcock
Direção: Alfred Hitchcock
Com: James Stewart, Grace Kelly, Raymond Burr, Thelma Ritter, Wendell Corey

Eu gosto muito deste filme, um clássico, já vi algumas vezes. L. B. Jeffries (James Stewart) é um fotógrafo profissional, acostumado a viajar pelo mundo para fazer perigosas coberturas jornalísticas. Após ter quebrado a perna em uma delas, ele é obrigado a ficar em seu apartamento, sem ter nada para fazer. A sua única opção para passar o tempo é ficar olhando de sua janela para os apartamentos dos prédios em frente.
           Com o tempo, acaba conhecendo um pouco da vida de cada um dos vizinhos. Mas, o que chama mais a atenção dele, é o vendedor de joias Lars Thorwald (Raymond Burr), que, após desentendimentos com a esposa, é visto por ele saindo de madrugada carregando uma mala. No dia seguinte, o vizinho despacha um grande baú, e, com o desaparecimento da sua esposa, uma mulher que necessitava de cuidados médicos, Jeffries passa a desconfiar que ela foi assassinada.
           O fotógrafo, então, pede ajuda a um amigo, o detetive Thomas J. Doyle (Wendell Corey), que passa a investigar o suspeito. As suas desconfianças passam a ganhar cada vez mais força. A namorada, Lisa Fremont (Grace Kelly), e a enfermeira Stella (Thelma Ritter), que visitam Jeffries diariamente, passam a se envolver na busca da verdade. Os três acabam por se arriscar demais, colocando as suas vidas em risco quando Thorwald descobre estar sendo espionado.
           O filme “Janela Indiscreta” recebeu quatro indicações para o Oscar de 1955, mas não venceu em nenhuma das categorias: Diretor, Roteiro Adaptado, Fotografia – Cor e Mixagem de Som. O diretor Alfred Hitchcock faz a sua tradicional aparição neste filme, no apartamento de um dos vizinhos de Jeffries. É uma das suas marcas, e a gente fica esperando ele aparecer.
           Os prédios onde os vizinhos apareciam, sempre de longe, fazem parte de um cenário de filmagens em um dos estúdios da Paramount. Em 1998, a rede de televisão ABC, dos Estados Unidos, fez uma refilmagem, com o personagem principal sendo interpretado por Christopher Reeve, mais conhecido pelos filmes em que fez o Super-Homem. Eu assisti a esse filme, mas não gostei muito. É inevitável a comparação com o clássico. fr