SEJA ÉTICO

SEJA ÉTICO: Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução do conteúdo deste blog com a devida citação de sua fonte.

sábado, 30 de julho de 2022

Apostador ganha sozinho 1,3 bilhão de dólares em loteria nos EUA

Ontem, foi realizado mais um sorteio da Mega Millions, uma das principais loterias dos Estados Unidos, presente em 45 estados daquele país. Acumulado desde abril, o prêmio foi para um único apostador (ou apostadora), que receberá UM BILHÃO E TREZENTOS E TRINTA E SETE MILHÕES DE DÓLARES! Sozinho!! Essa quantia corresponde, hoje, a quase sete bilhões de reais. Bilhões mesmo, com ‘B’. Desse total, parte vai ser descontada em impostos, o feliz ganhador, que fez uma única aposta de dois dólares em um posto de gasolina no subúrbio de Chicago, no estado de Illinois, vai receber 780,5 milhões de dólares, o correspondente a pouco mais de quatro bilhões de reais. É um desconto e tanto! Mas ainda vai sobrar muito para o felizardo. Os números sorteados foram: 13-36-45-57-67. Este é o terceiro maior prêmio pago em loterias nos Estados Unidos. E a loja onde foi vendido o bilhete sorteado também é premiada, vai receber 500 mil dólares. Eu desejo que esse dinheiro faça a pessoa sorteada muito feliz, e que ela possa distribuir esta felicidade por muito mais gente. fr

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Polícia prende motorista de aplicativo que furtou pneus de carro em shopping na Barra

De acordo com a Polícia, o criminoso é um motorista de aplicativo, de 49 anos, que estacionou ao lado do carro, no estacionamento do Shopping Metropolitano, na Barra da Tijuca, e furtou os pneus para uso próprio. Os policiais o localizaram após analisar as imagens do circuito interno do shopping, que prometeu pagar por novos pneus para o dono do carro que teve os seus pneus furtados. fr 


quinta-feira, 28 de julho de 2022

Piadinhas 😄😄😄

 - Como deixar alguém curioso?

- Eu conto depois.

  

- Carlos, aonde vai tão circunspecto e assaz atribulado?

- Eu ia ao banheiro, mas, agora, vou procurar um dicionário.

  

A funcionária reclama do baixo salário que recebe e resolve reclamar com o patrão.

- O meu salário não está compatível com as minhas aptidões!

- Eu sei, eu sei! Mas, por lei, nós não podemos pagar menos do que um salário mínimo.

😄😄😄😄😄😄😄😄

sábado, 23 de julho de 2022

O tempo passa, o tempo voa, mas a poupança Bamerindus não ficou numa boa!

O Bamerindus foi um banco brasileiro, com sede em Curitiba, no Paraná, que existiu com esta razão social de 1971 a 1997, quando faliu e teve parte do seu controle assumido pelo HSBC e outra pelo Banco Central. Nas décadas de 1980 e 1990, as propagandas de sua poupança fizeram muito sucesso e entraram para a história da propaganda brasileira. O “jingle” era “o tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus continua numa boa”. Foram feitas várias peças publicitárias para a televisão com o grupo “os Três do Rio”, com a participação eventual de outros artistas. Eu me lembro delas, eram bem divertidas. Mas a poupança Bamerindus não continua “numa boa”, muito menos o banco! Assista abaixo várias dessas peças publicitárias. fr

sexta-feira, 22 de julho de 2022

"O homem de giz", C. J. Tudor

“O homem de giz”, C. J. Tudor, tradução de Alexandre Raposo; Rio de Janeiro, editora Intrínseca, 2018, 272 páginas.

Em 1986, Eddie Adams, Hoppo, Nick, Mickey ‘Metal’ e Gav ‘Gordo’ eram cinco adolescentes na pequena cidade de Anderbury, na Inglaterra. Eles usavam um sistema de comunicação com desenhos de giz, que somente eles conheciam. Um dia, eles foram atraídos até um bosque por desenhos iguais aos que usavam, e encontraram o corpo mutilado de uma jovem. O crime chocou os moradores, e um professor foi acusado, mas o verdadeiro responsável pode não ter sido ele. Trinta anos depois, os cinco passaram a reviver esses acontecimentos trágicos do seu passado por conta do retorno de Mickey à pequena cidade, de onde tinha saído há anos, afirmando saber quem tinha assassinado a jovem. O mistério aumenta ainda mais quando ele é encontrado misteriosamente morto, e os demais passam a receber mensagens com desenhos de bonecos de giz. fr 

quarta-feira, 20 de julho de 2022

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Garrincha em uma de suas últimas entrevistas à televisão (1982)

Garrincha (1933-1983) é o maior ídolo da história do Botafogo e, junto a Pelé, do futebol brasileiro e mundial. Foram 612 jogos pelo Botafogo, onde foi campeão estadual três vezes (1957, 1961 e 1962) e campeão da tradicional Copa Rio-São Paulo duas (1962 e 1964). Garrincha foi bicampeão mundial pela seleção brasileira (1958 e 1962), tendo sido eleito o melhor jogador do Mundial do Chile. Mas, Garrincha não teve quem o orientasse em sua vida pessoal e profissional. Pessoa simples, não se preocupou com a parte financeira, e não ganhou o dinheiro que merecia, assinando até, segundo ele, contratos em branco com o Botafogo. Atualmente, a gente vê jogadores fracos que ficam milionários com o futebol. Se Garrincha jogasse hoje e fosse bem orientado, teria que receber o maior salário de todos. Além disso, tinha o vício da bebida, que destruiu a sua vida, fazendo com que morresse bem jovem, aos 49 anos. Assista abaixo a entrevista que o jornalista Flávio Prado fez com Garrincha em janeiro de 1982, um ano antes de sua morte, para a TV Record (à época não tinha ainda sido vendida para a Igreja Universal). Eu li o livro do Ruy Castro, “Estrela Solitária: Um Brasileiro Chamado Garrincha”, inclusive já recomendei a sua leitura aqui no meu blog, vale muito à pena, ótima leitura! fr

domingo, 17 de julho de 2022

A realidade repetindo a ficção

A novela "O Bem Amado", de Dias Gomes, foi exibida pela TV Globo em 1973. O prefeito Odorico Paraguaçu (interpretado pelo ator Paulo Gracindo) era um político sem ética, desonesto, intolerante e demagogo, que fazia qualquer coisa para atingir os seus objetivos políticos. Estamos em 2022, qualquer semelhança com o Brasil atual não é coincidência. fr

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Botafogo precisava fazer pelo menos três gols, levou mais dois e está fora da Copa do Brasil

O Botafogo perdeu, mais uma vez, para o América Mineiro, na quinta-feira, e foi eliminado da Copa do Brasil, deixando de ganhar uma premiação de 3,9 milhões de reais por não passar às quartas de final. Todo mundo já sabia que a missão era muito difícil, já que o Botafogo tinha perdido por 3x0 no jogo de ida, em Belo Horizonte, no dia 30 de junho. Era necessário vencer por uma diferença de quatro gols para se classificar direto, ou, pelo menos, três para levar para a disputa na marca dos pênaltis. Mas, jogando em casa, no Estádio Nilton Santos, a torcida acreditava que o Botafogo poderia vencer, mesmo que não conseguisse três gols, mas, pelo menos, vencer. E o que aconteceu foi que o Botafogo perdeu mais uma vez: 2x0. Duas derrotas, cinco gols sofridos e nenhum marcado. Eu comecei assistindo ao jogo na quinta-feira, e o time do Botafogo começou com vontade, atacando, mas não conseguiu resistir aos contra-ataques perigosos do adversário. Logo aos nove minutos, Gatito Fernández salvou em uma daquelas defesas de receber placa, mas aos 21 minutos não deu e o América fez o primeiro gol. Eu parei de assistir na hora, mudei de canal! Se já era difícil ter que fazer três, imagina quatro. E fazer quatro gols para levar para a disputa na marca dos pênaltis; para conseguir a classificação direto teriam que ser cinco gols. Eu continuo questionando como o Botafogo não consegue montar um time competitivo para disputar títulos, se clubes menores, como o próprio América Mineiro, conseguem. De que adianta ter a SAF, com o John Textor, que investe muito dinheiro no futebol do Botafogo, se até agora não se conseguiu que o time tivesse uma boa regularidade em campo? E para que contratar um treinador estrangeiro caro, o português Luís Castro, e demitir o Enderson Moreira, que levou o Botafogo ao título da Segunda Divisão? Não está dando certo!  fr

Botafogo 0x2 América Mineiro (ficha técnica)

FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 0 X 2 AMÉRICA-MG

Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 14 de julho de 2022 (quinta-feira)
Horário: 21 horas (de Brasília)
Árbitro: Braulio da Silva Machado (Fifa-SC)
Assistentes: Kleber Lucio Gil (Fifa-SC) e Alex dos Santos (SC)
VAR: Rodrigo D'Alonso Ferreira (SC)
Cartões amarelos: Erison, Tchê Tchê e Joel Carli (Botafogo); Patric e Danilo Avelar (América-MG)
GOLS
AMÉRICA-MG: Felipe Azevedo (aos 21 minutos do 1°T); Pedrinho, (aos 16 minutos do 2°T)
BOTAFOGO: Gatito Fernández, Saravia, Kanu, Joel Carli (Philipe Sampaio) e Hugo (DG); Tchê Tchê (Del Piage), Patrick de Paula (Matheus Nascimento) e Lucas Fernandes; Gustavo Sauer (Jeffinho), Vinícius Lopes e Erison
Técnico: Luís Castro
AMÉRICA-MG: Matheus Cavichiolli, Patric (Raúl Cáceres), Éder, Luan Patrick e Danilo Avelar (Marlon); Lucas Kal, Juninho e Matheusinho; Felipe Azevedo (Ramires), Henrique Almeida (Conti) e Pedrinho (Aloísio)
Técnico: Vagner Mancini

(Fonte: Gazeta Esportiva)

segunda-feira, 11 de julho de 2022

"A mosca" (1986) e "A mosca 2" (1989)















A MOSCA (“The fly”)
EUA, 1986, Terror e Ficção Científica
Direção: David Cronenberg
Com: Jeff Goldblum, Geena Davis


A MOSCA 2 (“The fly 2”)
EUA, 1989, Terror e Ficção Científica
Direção: Chris Walas
Com: Harley Cross, Eric Stoltz, Garry Chalk


Dois filmes muito, muito ruins! No primeiro, um cientista brilhante, mas tonto toda a vida, inventa uma máquina de teletransporte e se submete, sozinho, à experiência. Como no filme de 1958, uma mosca entra na cápsula com ele, e o resultado todo mundo sabe... E não bastasse, a namorada do cientista engravida! No segundo, a jovem dá a luz a um menino e morre durante o parto. O filho do cientista apresenta algumas anomalias: nunca dorme, tem um envelhecimento rápido e tem uma inteligência acima do normal. Ele tenta dar continuidade à pesquisa do pai, e já viu... Os dois filmes são gosmentos, com muito pus, nojentos mesmo, indicados àqueles que curtem filmes para estômagos fortes. 😝😝😝😄😄😄 fr

domingo, 10 de julho de 2022

"A maldição da mosca" (1965)

A MALDIÇÃO DA MOSCA (“The curse of the fly”)
Inglaterra, 1965; Terror e Ficção Científica; preto e branco
Direção: Don Sharp
Com: Brian Donlevy, George Baker, Carole Gray, Michael Graham
Último título da trilogia das moscas ligadas à família Delambre. Henri (?) é filho do criador da máquina de teletransporte do primeiro filme (não ficou claro porque o nome Henri, pelo menos para mim, já que o nome do filho era Philippe). Ele e seus dois filhos dão sequência às experiências fracassadas de sua família, com resultados igualmente desastrosos. Essa família não aprende! É ainda mais fraco do que o segundo filme. Nos créditos, “A maldição da mosca” termina com a pergunta “Será este o fim?”. Este terceiro filme realmente foi o fim de uma trilogia que seguia as experiências de uma família de cientistas, mas, duas décadas depois o tema seria novamente lembrado. E o pior é que conseguiriam fazer filmes ainda piores! Amanhã eu continuo. fr 

sábado, 9 de julho de 2022

"O monstro de mil olhos" (1959)

O MONSTRO DE MIL OLHOS (“Return of the fly”)
EUA, 1959; Terror e Ficção Científica; preto e branco
Direção: Edward Bernds
Com: Vincent Price, Brett Halsey, Dan Seymour, John Sutton, Danielle De Metz
Continuação lançada logo no ano seguinte de “A mosca da cabeça branca” para aproveitar o seu grande sucesso. Do elenco principal anterior, o filme mantém somente Vincent Price. Philippe (Brett Halsey), o filho do cientista do primeiro filme, André Delambre, já é adulto e, após a morte da mãe, resolve dar continuidade às experiências do pai, com a ajuda do tio François (Vincent Price), apesar deste ter tentado fazer com que ele mudasse de ideia. Alan (David Frankham) é convidado para trabalhar do projeto, mas rouba as anotações para que Max Berthold (Dan Seymour), um atravessador, as venda pelo maior preço a outro cientista. Alan era procurado pela polícia inglesa, e foi encontrado pelo inspetor Beecham (John Sutton), que, ao tentar prendê-lo, é morto e desintegrado na máquina, sendo depois reintegrado com as patas de um coelho de uma experiência não finalizada. Philippe suspeita do comportamento do “amigo” e o confronta, mas leva uma pancada, caindo desmaiado. Alan o coloca na máquina e, de propósito, também uma mosca, já que sabia do seu medo pelo inseto. O rapaz fica com a cabeça e uma pata de mosca, como o pai. Ele sai de casa e encontra o atravessador que revenderia a sua pesquisa e o mata, assim como mata Alan. Não se sabe como ele conseguiu descobrir quem era o atravessador, nem como soube onde encontrá-lo! Ao contrário do primeiro filme, Philippe volta ao laboratório e, com a ajuda do tio, consegue que a experiência seja revertida, voltando à condição humana. O filme claramente procura se aproveitar do sucesso que “A mosca da cabeça branca” teve; não gostei. fr  

sexta-feira, 8 de julho de 2022

Dica de filme: "A mosca da cabeça branca" (1958)

A MOSCA DA CABEÇA BRANCA (“The fly”)
EUA, 1958; Terror e Ficção Científica; preto e branco
Direção: Kurt Neumann
Com: David Hedison, Patricia Owens, Vincent Price, Herbert Marshall
      Este é um filme de 1958, ainda em preto & branco, que eu destaco por mostrar que naquela época assuntos como teletransporte e combinação de DNAs entre espécies diferentes já despertavam o interesse. A história mostra um jovem cientista que inventa sozinho em seu laboratório uma máquina que transporta objetos e seres vivos de um local a outro.
      As moléculas são desintegradas de uma cabine e posteriormente reintegradas em outra, em um processo a que o cientista chama de “Desintegrador-Integrador”. A invenção tem o mesmo princípio do teletransporte da série de TV “Jornada nas Estrelas”, que viria a ser lançada anos mais tarde, em 1966.
      O objetivo do cientista era nobre, revolucionar o mundo, instalando suas máquinas em todos os países, acabando com todo o tipo de transporte até então existente, como carros, trens, aviões e até mesmo naves espaciais. E poder enviar excedentes de alimentos para nações mais necessitadas, pondo fim à fome no planeta.
      Primeiro ele testa a sua máquina com o gato do filho pequeno e o animal some no espaço; mas tudo corre bem em um segundo teste com um hamster. Ao decidir experimentar com um ser humano ele resolve se submeter à experiência. Se ele sumisse como o gatinho do filho, o filme acabaria bem cedo... 😄😄😄 Mas, o que aconteceu foi ainda pior! Ao se fechar na máquina, ele não percebeu a presença de uma mosca na máquina, e o resultado foi a mistura dos seus DNAs.
      O cientista ficou com a cabeça e uma pata de mosca, e a pequena mosca ficou com a cabeça do cientista (por isso a tradução do título do filme!) e um braço. Sem poder falar, ele solicitou à esposa, por escrito, que encontrasse a mosca para que se tentasse reverter a experiência. Como não foi possível e o cientista estava rapidamente perdendo o controle de suas atitudes, ele preferiu pôr fim a tudo, queimando as suas anotações e pedindo à esposa que o matasse.
      O curioso é o cientista ter a capacidade de raciocinar mesmo após a sua cabeça, e, consequentemente o cérebro, terem se fundido ao corpo da mosca. 😄😄😄 Ele se posicionou abaixo de uma prensa de uma antiga fundição, e a esposa apertou o botão, esmagando a cabeça monstruosa da mosca. A moça ainda teve o sangue frio para programar a prensa uma segunda vez para esmagar também a pata de mosca, que tinha ficado de fora.
      A história é contada pela esposa do cientista, Hélène, interpretada por Patrícia Owens, que está presente em todo o filme. David Hedison é André Delambre, o cientista, ator que ficou muito conhecido por interpretar o capitão Lee Crane da série de TV da década de 1960, “Viagem ao Fundo do Mar”, que eu estou assistindo atualmente, desde o primeiro episódio. Vincent Price, ator cuja carreira ficou marcada pelos filmes relacionados ao terror, é François, irmão de André e apaixonado pela cunhada. Herbert Marshall é o inspetor Charas, que investiga o caso.
      O diretor alemão, radicado nos Estados Unidos, Kurt Neumann suicidou-se pouco antes da estreia de “The fly” nos cinemas, sem tomar conhecimento do seu sucesso. O filme é originalmente em preto e branco, mas eu também já assisti a uma versão colorizada, e é baseado em um conto de George Langelaan, publicado em 1957 na revista “Playboy”.
      “A mosca da cabeça branca” fez muito sucesso à época e tornou-se uma referência de produções antigas de terror. E deu origem a quatro filmes diretamente relacionados ao tema: “O retorno da mosca” (1959), “A maldição da mosca” (1965), “A mosca” (1986) e “A mosca 2” (1989).
      Eu assisti a todos e vou comentá-los aqui no meu blog nos próximos dias. Mas, de todos, “A mosca da cabeça branca” é o meu preferido, apesar dos efeitos especiais antigos e de algumas incoerências, como a do cientista ainda poder raciocinar e tomar decisões como antes, mesmo tendo a sua cabeça (e cérebro) transferida para a mosca. Nada que impeça se divertir com o filme, um clássico! fr 

"A mosca da cabeça branca" (trailer)

 

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Dose dupla de Quarteto em Cy

 
"Carta ao Tom 74" - composição: Toquinho e Vinicius de Moraes
"Falando de amor" - composição: Tom Jobim

terça-feira, 5 de julho de 2022

Dica de leitura: "Drácula", de Bram Stoker

“Drácula”, Bram Stoker, tradução de Adriana Lisboa; Rio de Janeiro, editora Nova Fronteira, 2011, 489 páginas.

      Eu já assisti a vários filmes sobre Drácula, um dos personagens de terror mais famosos do mundo, e resolvi ler o livro que deu origem a todas essas adaptações. “Drácula” foi escrito pelo irlandês Bram Stoker (1847-1912) e lançado em 1897. Eu registro em meu blog um resumo das minhas leituras, seguindo a minha interpretação e preferências pessoais, acerca do que mais me desperta o interesse.
      A história de “Drácula” é bastante conhecida, mesmo por quem nunca leu o livro, já que ela vem sendo adaptada há anos para o cinema, a televisão, teatro, histórias em quadrinhos, jogos e vários outros formatos. Ainda assim, no meu texto eu comento várias passagens do livro, portanto, quem não desejar ter conhecimento antecipado, pode decidir, a qualquer momento, se quer continuar lendo até o final ou não.
      A história do livro é contada pelo autor através de passagens registradas em diários pessoais e cartas dos personagens, reportagens de jornais e outros registros. Jonathan Harker é um advogado inglês enviado a um antigo castelo na região da Transilvânia, a fim de orientar um rico aristocrata, que estava comprando uma propriedade em Londres. O castelo fica no alto de um grande rochedo, 300 metros acima do topo de um precipício aonde os moradores locais não queriam ir à noite, por medo.
      O proprietário do castelo é ninguém menos do que o conde Drácula, “um homem alto e idoso, sem barba e com um bigode branco e comprido, vestido de preto da cabeça aos pés” e com caninos longos e pontudos, que saudou a chegada de Jonathan: “Entre, por sua livre e espontânea vontade!”. O castelo não tem espelhos, mas os seus móveis têm séculos de existência e são de grande valor, assim como os talheres e o serviço de chá, que são de ouro e “trabalhados de forma tão bela que devem ter um valor enorme”.
      Durante o dia o seu anfitrião sempre se ausentava, mas o quarto de Jonathan estava sempre arrumado e ótimas refeições estavam à mesa, apesar de o castelo não ter um único empregado. À noite, o conde interessava-se em saber tudo sobre Londres, os seus costumes e como era a cidade. As portas estavam sempre trancadas, e Jonathan se deu conta que era um prisioneiro no castelo, o qual passou a explorar, encontrando três vampiras sedentas de sangue, a quem o conde alimentou com um menino que ele trouxera em um saco.
      Em uma das noites, Jonathan viu Drácula sair pela janela do quarto, que ficava acima do seu, pela parede externa do castelo, como “um lagarto”, e, sabendo que seria entregue às vampiras quando não fosse mais útil a Drácula, arriscou descer até o quarto do conde. O curioso é que na página 62, Jonathan escreve em seu diário que a janela do seu quarto tinha barras. Ele encontrou Drácula deitado dentro de uma de 50 caixas, sobre “um monte de terra”.
      “Não saberia dizer se morto ou adormecido, pois seus olhos estavam abertos e imóveis, mas sem o aspecto vítreo dos olhos dos mortos, e a face tinha o calor da vida apesar de toda sua palidez”, descreve Jonathan em seu diário. Em seguida, ele retornou para o seu quarto. Essas 50 caixas de terra foram enviadas pelo conde para Londres a fim de serem espalhadas pela sua residência em Carfax, nome da localidade, e pelas outras propriedades que ele comprou naquela cidade, e onde ele poderia se esconder, caso necessário. É terra sagrada da Transilvânia.
      Após dois meses sendo mantido prisioneiro no castelo, Jonathan arriscou-se em uma fuga desesperada, conseguindo escapar, sendo encontrado e levado para um hospital em Budapeste, onde foi cuidado por freiras. Outra incoerência: Drácula podia controlar animas durante o seu repouso, então, por que não enviou lobos ferozes para impedir que Jonathan fugisse? Depois de recuperado, Jonathan retornou a Londres, onde reencontrou o conde Drácula meses depois.
      Com a ajuda de sua noiva, Mina Murray, e de outros quatro companheiros com quem se aliou por interesses comuns, Jonathan passou a perseguir o mestre dos vampiros. O grupo é formado pelo dr. John Seward, diretor de um hospício próximo da residência adquirida por Drácula em Carfax; Quincey Morrys, um estadunidense do Texas; e Arthur Holmwood, membro de uma tradicional família inglesa. Os três foram pretendentes da melhor amiga de Mina, a jovem Lucy Westenra, que escolheu o último para ficar noiva.
      A aliança foi completa pelo médico holandês Van Helsing, amigo e antigo professor do dr. Seward, e era quem tinha conhecimentos sobre os poderes e limitações dos vampiros. Os chamados “não mortos” não se alimentam como as pessoas normais, mas com sangue, quando ficam fortalecidos e podem até rejuvenescer; não projetam sombra e não refletem as suas imagens em espelhos.
      Drácula pode se transformar em lobo e morcego, e “pode chegar em meio ao nevoeiro que ele mesmo cria”. “Ele pode agir como quiser dentro de seus limites, quando habita em seu lar de terra, em seu túmulo, em seu lar infernal, num lugar profano”. Mas, o vampiro “não pode entrar em parte alguma antes dos outros, a menos que alguém da casa o convide a entrar” e “seus poderes terminam com o raiar do dia, como todas as coisas malignas”. E os pontos fracos dos chamados “não mortos” são a repulsa ao alho, ao crucifixo e à hóstia sagrada. A maneira de se matar um vampiro é cravando-lhe uma estaca no coração e cortando-lhe a cabeça.
      “O nosferatu não morre como a abelha, após ter picado uma vez. Ele é mais forte e, sendo mais forte, tem um poder ainda maior de fazer o mal. Este vampiro que está entre nós é forte como vinte homens; sua astúcia é sobre-humana, pois acumula-se há séculos. Ele conta ainda com a ajuda da necromancia, que, conforme diz a etimologia do termo, é a adivinhação feita através dos mortos, e todos os mortos de que ele pode se aproximar estão sob seu comando. Ele é cruel, ou mais do que isso; é desumano como o próprio Diabo, destituído de coração. Pode, com certas limitações, aparecer quando e onde lhe aprouver, e sob qualquer uma das formas de que dispõe. Pode, na medida do seu alcance, comandar os elementos; a tempestade, a neblina e o trovão. Pode comandar todos os seres inferiores: a ratazana, a coruja e o morcego, a mariposa, a raposa e o lobo. Pode crescer e diminuir de tamanho, e às vezes pode mesmo ir e vir sem ser notado.” Descrição, ainda, de Van Helsing.
      Lucy foi mordida no pescoço por Drácula quatro vezes seguidas, e precisou de quatro transfusões de sangue para ser salva: de Arthur, do dr. Seward, de Van Helsing e de Quincey Morrys. Chega a ser engraçado como eles tentavam protegê-la de Drácula, mas este conseguia atacá-la sucessivamente (não vou descrever em detalhes, para não tirar a graça de quem pretende ler o livro).
      Mesmo mordida por Drácula, Lucy não se transformara de imediato em uma vampira e pôde ser salva com as transfusões, mas após a quarta mordida Lucy acabou se transformando em uma “não morta”, e foi necessário ser morta “definitivamente” com uma estaca, a cabeça decepada e colocado alho em sua boca! Para combater o maior de todos os vampiros, o conde Drácula, e acabar com o terror que ele representava, o grupo estabeleceu um plano.
      Foram à sua casa em Carfax para esterilizar a terra de cada uma das 50 caixas, a fim de que o conde não tivesse mais onde se esconder. Van Helsing colocou hóstia sagrada nas 29 encontradas, e os outros foram às outras propriedades do conde fazer o mesmo com as demais: oito em Piccadilly, seis em Mile End e seis em Bermondsey. Faltava, portanto, uma caixa.
      Os homens decidiram poupar Mina, deixando-a de fora dessas perigosas missões, mas cometeram um erro enorme, não a protegeram colocando flores de alho, hóstias e crucifixos em seu quarto, deixando-a totalmente vulnerável aos ataques de Drácula. Mina foi controlada mentalmente, e o convidou a entrar no quarto, sendo mordida no pescoço, depois o conde “rasgou uma veia em seu próprio peito” para que ela provasse de seu sangue, em um “batismo” que a ligou ao vampiro, fazendo com que ela pudesse ver e ouvir onde Drácula estava.
      Outra incoerência: por que Mina convidaria o conde a entrar no quarto? E se Drácula tinha o poder de dominar a mente das pessoas e fazê-las convidá-lo a entrar onde estivessem, por que ele não o fez com todos os outros para, depois, matá-los? Van Helsing encostou uma hóstia sagrada na testa de Mina para protegê-la, mas essa a queimou, deixando uma cicatriz, que somente desapareceria quando ela não estivesse mais sob o poder de Drácula.
      A jovem estava em transformação, e pediu a todos que, em caso de vir a se tornar uma vampira, ela fosse morta com uma estaca e tivesse a cabeça decepada, a fim de poder ter paz. Sob a hipnose de Van Helsing, Mina relatava todos os dias ver e ouvir ondas batendo em um barco e água correndo. O grupo descobriu que o mestre de todos os vampiros pretendia fugir de volta à sua terra, na Transilvânia, embarcando em uma escuna com destino a Varga, na Bulgária, despachando-se dentro da única caixa restante com terra de sua região natal.
      Van Helsing e os demais partiram em sua perseguição, a fim de encontrá-lo durante o dia, assim que ele chegasse ao destino, indefeso, e poder matá-lo para sempre. Mas, Drácula também pôde penetrar na mente de Mina quando esta dormia e, assim, descobriu estar sendo perseguido, desviando a rota para Galatz, na Romênia. O grupo, então, partiu de trem atrás dele.
      Eu reparei mais uma incoerência: quando Drácula mordeu Mina, aproveitou também para invadir o escritório do dr. John Seward e queimou os manuscritos dos diários e outros documentos, sinal de que ele tinha conhecimento a respeito do que o grupo fazia e planejava. Mas, Van Helsin e os outros mantinham uma cópia datilografada de tudo em um cofre. Então, se Drácula tinha como saber o que o grupo fazia, por que não destruiu também o conteúdo do cofre, com as cópias? E por que não evitou, depois, que Van Helsing e os outros conseguissem chegar até as suas propriedades e esterilizassem as terras de suas caixas?
      Chegando a Galatz, conde Drácula contratou ciganos para que transportassem em uma carroça a caixa onde ele estaria deitado até o seu castelo, na Transilvânia, onde Van Helsing chegou primeiro, durante o dia, e matou de vez as três vampiras com a estaca no coração, cortando-lhes suas cabeças. O grupo cercou a carroça, travando uma luta com os ciganos para evitar que seguissem viagem e conseguissem chegar com Drácula a seu castelo, e pudessem matá-lo de vez antes do sol se por. Mina descreveu o fim da terrível aventura em seu diário:
      “Nesse instante, porém, vi o brilho e o movimento veloz do facão de Jonathan. Dei um grito agudo ao ver a lâmina cortar o pescoço do conde, enquanto a faca de Mr. Morris mergulhava em seu coração. Foi quase como um milagre, mas, diante de nossos olhos, e em menos de um segundo, todo o corpo se desfez em pó e desapareceu de nossa vista. Enquanto viver, guardarei a alegria de saber que mesmo no instante da dissolução final havia no rosto do conde uma expressão de paz tal como nunca imaginei possível a ele.”
    Após a morte definitiva de conde Drácula, a cicatriz na testa de Mina desapareceu, demonstrando ter acabado de vez a maldição que ela carregava. E o livro encerra com uma nota de Jonathan Harker, sete anos depois, contando ter retornado à Transilvânia com sua esposa, Mina: “Foi quase impossível acreditar que as coisas que tínhamos visto com nossos próprios olhos e escutado com nossos próprios ouvidos eram verdadeiras. Já não havia mais o menor traço delas. O castelo erguia-se como antes, alto, acima de uma terra árida e desolada”.
      O casal homenageou os amigos com a escolha do nome do filho, em especial ao amigo do Texas, que morrera no confronto com os ciganos: “É uma alegria a mais para Mina e para mim que o aniversário de nosso filho seja no mesmo dia em que Quincey Morris morreu. Sei que sua mãe acredita, em segredo, que algo do espírito de nosso valente amigo vive nele. Seu nome completo une todo o nosso pequeno grupo de homens, mas o chamamos de Quincey.”
      Eu gostei muito do livro, foi uma leitura prazerosa, que prendeu a minha atenção e interesse. O período de tempo descrito no livro, através das anotações pessoais dos personagens em seus diários, deu-se de 3 de maio a 6 de novembro, em algum ano do século 19. Bram Stoker estudou durante anos as lendas sobre vampiros, e o personagem Drácula foi inspirado no príncipe Vlad III, que viveu durante os anos de 1431 a 1476 e governou grande porção do atual território da atual Romênia. No século 5, essa região viveu constantes guerras pelo seu controle e Vlad III ficou conhecido pela forma cruel com que tratava os seus inimigos. A região da Transilvânia, na Romênia, atualmente aproveita a fama pelo personagem famoso e organiza passeios ao castelo onde Drácula supostamente teria vivido. Boa leitura!  fr 

"Drácula" deu origem a vários filmes

O livro de Bram Stoker é constantemente adaptado para o cinema, teatro, quadrinhos, e me lembro até da novela “Drácula, uma história de amor”, que a antiga TV Tupi tentou produzir em 1980. Escrita por Rubens Ewald Filho e com o ator Rubens de Falco no papel principal, a novela teve apenas quatro capítulos, devido aos problemas financeiros da emissora, que acabou fechada meses depois. No cinema, o primeiro filme inspirado no livro é “Nosferatu”, do diretor alemão Friedrich Wilhelm Murnau, em 1922. Como a viúva de Bram Stoker não autorizou a adaptação, os produtores alemães rebatizaram o conde como Orlock, não fazendo referência ao nome Drácula. O ator húngaro Béla Lugosi, é até hoje lembrado pelos filmes de terror que fez nos Estados Unidos, principalmente pela sua atuação como o conde Drácula. E outros tantos atores já viveram o papel, até mesmo em comédias. Mas, o ator que marcou para mim como Drácula foi o inglês Christopher Lee (1922-2015). Eu me lembro de ter assistido a um de seus filmes quando adolescente em uma sessão tipo “Corujão” da Globo, de madrugada, e foi o primeiro filme de terror que eu vi. Os filmes são inspirados no livro de Bram Stoker, mas estão cheios de alterações, como incluir um servo no castelo do conde; ou Drácula ser eletrocutado por um raio e morrer queimado, por exemplo. fr 

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Nota dez!

A menina chega, toda orgulhosa, para os pais e diz:

- Tirei DEZ em Português, Matemática e Ciências!

Os pais ficaram muito felizes, abraçaram a filha e a beijaram muitas vezes.

- Que bom, filha, parabéns! – disse a mãe.

- Obrigada, mamãe. Foi quatro em Português, quatro em Matemática e dois em Ciências.

Os pais estão chorando até agora... 

😄😄😄😄😄

domingo, 3 de julho de 2022

Filmes em VHS estão valorizados e procurados por colecionadores

Lembra do tempo em que você ia à locadora pegar filmes em VHS para assistir em casa? Hoje em dia, os mais novos nem sabem o que é VHS, as locadoras já estão fechadas e o mercado de streaming (distribuição de conteúdo pela internet sem necessidade de download) vem crescendo. Mas, quem ainda tem fitas VHS antigas pode ter verdadeiros tesouros guardados. O filme “De volta para o futuro”, de 1985, com Michael J. Fox, teve uma fita VHS ainda lacrada vendida em um leilão recente realizado no estado do Texas, nos Estados Unidos, por 75 mil dólares, o equivalente a pouco mais de 391 mil reais. Um recorde para fitas em VHS, de acordo com representantes da casa de leilões Heritage Auctions, em Dallas, no Texas, que realizou a venda. A fita pertencia ao colega de elenco Thomas F. Wilson, que interpretou o antagonista Biff Tannen. O ator também vendeu no leilão outras de suas cópias VHS. O mercado de filmes das décadas de 1970 e 1980 em VHS tem movimentado ainda outros negócios bem lucrativos. Quanto melhor o estado de conservação, claro, maior o valor de venda. Então, pense bem antes de se desfazer das suas fitas. fr

sábado, 2 de julho de 2022

O dia em que um taxista conheceu um tricampeão mundial

   Esta história é contada pelo taxista português João Justino, e eu tomei conhecimento dela através da internet. Em 1992, em uma de suas viagens, ele pegou um cliente no Aeroporto da Portela, em Lisboa, que pediu para ser levado para a cidade de Sintra, a uns 30 quilômetros de distância. O passageiro era um jovem brasileiro, vestido de maneira simples e discreta. Segundo o taxista, o cliente conhecia bem o caminho e indicou qual o melhor trajeto a pegar. O destino era uma bela casa, uma mansão, na realidade.
     A corrida deu 2.500 escudos, moeda de Portugal à época, anos antes da criação do euro. O taxista diz que recebeu o dinheiro em cinco notas e as colocou no bolso, sem conferir, segundo ele, em respeito aos clientes, como costumava fazer. Somente mais tarde, é que percebeu ter recebido cinco notas de cinco mil escudos, não cinco notas de quinhentos escudos, como pensava. O brasileiro confundiu-se no momento de pagar, já que as notas de quinhentos e cinco mil, conta João Justino, eram bem parecidas, e pagou 25 mil escudos, ao invés de 2.500.
     O taxista diz ter retornado ao local para devolver o troco a mais, tendo sido atendido por uma empregada a quem explicou o ocorrido. Ela foi dentro da casa, retornando, depois, com a resposta do rapaz, que dissera para o taxista ficar com o troco, como um agradecimento pela sua honestidade, e pediu-lhe que deixasse o número do seu telefone de contato. Somente naquele momento João Justino descobriu que aquele brasileiro era o tricampeão mundial Ayrton Senna.
     O brasileiro passou a chamar João Justino sempre que precisava de um táxi, e, segundo ele, chegou a levá-lo até o Algarve, onde Senna alugava outra mansão. Pouco tempo depois, Senna morreria durante o Grande Prêmio de San Marino, no dia 1º de maio de 1994. O taxista disse ter ficado muito triste com o acontecido, e guardou consigo os momentos de convivência com o piloto brasileiro.
     Essa história já aconteceu há muito tempo, não sei se o taxista português ainda está vivo, se estiver deve estar com pouco mais de 80 anos. Eu também não sabia que Senna tinha morado em Sintra, onde mora minha tia, sei que ele alugou uma mansão no Algarve, cheguei a passar pela região em 2018, quando estive em Portugal. É um local de residências de alto padrão, destinadas principalmente à venda e aluguel para estrangeiros. A avenida principal ganhou o nome de ‘Ayrton Senna da Silva’, em sua homenagem. fr

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Waldir Amaral, o melhor locutor esportivo do rádio

Quando criança e adolescente, eu ouvia os jogos do meu Botafogo pela Rádio Globo, com a narração de Waldir Amaral (1926-1997), a melhor de todas. Naquela época, a Globo era a número um em qualidade e audiência, infelizmente, hoje ela não é nem sombra daqueles tempos. A emissora deixou de ter os melhores programas, passou a tocar basicamente músicas. Nos anos 1980, eu também gostava de ouvir o programa do Waldir Vieira, à tarde; ele morreu em novembro de 1985, em uma suíte de motel, onde estava com uma amante. Eu me lembro de ouvir, à noite, o Gilson Ricardo pedindo, ao vivo, informações do paradeiro do radialista, porque a família dele estava preocupada com o seu sumiço; o seu corpo e a da jovem somente foram encontrados na manhã seguinte. A Rádio Globo decaiu muito nos últimos anos, e a emissora de São Paulo fechou em 2020. Uma pena! Eu espero que a Rádio Globo volte a investir em entretenimento, informação e esportes, até para ser mais uma opção para os ouvintes. Ouça abaixo, a narração vibrante de Waldir Amaral nas sensacionais goleadas que o Botafogo impôs ao Flamengo, no bicampeonato estadual de 1962, por 3x0, e ao Vasco da Gama, no bicampeonato de 1968. Eu não acompanhei esses jogos, até porque não era nem nascido em 1962, mas ouvi muitos outros pela Rádio Globo, anos mais tarde, desde criança, quando passei a acompanhar o futebol. Em minha opinião, a melhor narração de jogos de futebol: Waldir Amaral. Na reprodução abaixo, Waldir Amaral é o primeiro à esquerda. fr

Botafogo goleia o Vasco e é bicampeão em 1968 (narração de Waldir Amaral)

 

BOTAFOGO 4 x 0 VASCO

Data: 9 / 6 / 1968

Local: Maracanã (Rio de Janeiro)

Público: 141.689

Árbitro: Armando Marques

Gols: 1° tempo: Botafogo 2 a 0, Roberto e Rogério; Final: Botafogo 4 a 0, Jairzinho e Gérson

Botafogo: Cao, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo Cézar. Técnico: Zagallo.

Vasco: Pedro Paulo, Jorge Luiz, Brito, Ananias (Sérgio) e Ferreira; Bougleux e Danilo Menezes; Nado (Alcir), Ney, Walfrido e Silvinho. Técnico: Paulinho de Almeida. 

(Fonte: Wikipédia.)

Com show de Garrincha, Botafogo vence Flamengo no bicampeonato de 1962 (narração de Waldir Amaral)

 

BOTAFOGO 3 x 0 FLAMENGO
Data: 15 / 12 / 1962
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Público: 158.994 (147.043 pagantes)
Árbitro: Armando Marques
Gols: 1° tempo: Botafogo 2 a 0, Garrincha e Vanderlei (contra); Final: Botafogo 3 a 0, Garrincha
Botafogo: Manga, Paulistinha, Jadir, Nílton Santos e Rildo; Ayrton e Édison; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo. Técnico: Marinho Rodrigues.
Flamengo: Fernando, Joubert, Vanderlei, Décio Crespo e Jordan; Carlinhos e Nelsinho; Espanhol, Henrique, Dida e Gérson. Técnico: Flávio Costa.
Obs: Dida e Paulistinha foram expulsos.
Fonte: Jornal dos Sports de 16-12 e 28-12-1962.