SEJA ÉTICO

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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Quino, o pai da Mafalda, morreu hoje, aos 88 anos


     Triste notícia! Li agora há pouco, à tarde, que o argentino Quino, criador da questionadora Mafalda, morreu hoje. Descanse em paz! Mafalda é eterna!

Joaquín Salvador Lavado Tejón, o Quino, morreu aos 88 anos em Mendoza, sua cidade natal, para onde tinha retornado, da Europa, em 2017, após o falecimento de sua esposa. Não foi divulgada a causa da morte, mas a imprensa argentina informa que o artista sofreu, recentemente, um avc (acidente vascular cerebral) , o mesmo que levou também o meu pai, há três anos. Coincidência ou não, a sua mais famosa criação, a menina Mafalda completou ontem, dia 29 de setembro, 56 anos desde a publicação de sua primeira tirinha, na revista ‘Primera Plana’.

Eu gosto muito do humor inteligente e instigativo da Maflada, e tenho publicado aqui, no meu blog, várias de suas tirinhas. E li o livro ‘Toda Mafalda: da primeira à última tira’, que reúne 1930 delas, da primeira, em 1964, até a última, de 1973. Eu indiquei o livro aqui também, na seção de livros. Em 1973, Quino anunciou que não desenharia mais a personagem, e justificou como razão não conseguir fazer novas tirinhas de forma atual. Uma pena! Assunto não faltou desde então.

A Mafalda refletia sobre temas profundos, como o individualismo do ser humano, e refletia sobre os problemas políticos, como guerras, desarmamento e miséria no mundo. Por isso, atraiu um público adulto muito grande pelo mundo, onde foi traduzido para vários idiomas. Na foto, abaixo, ele aparece ao lado de sua criação, em estátua no bairro de San Telmo, Buenos Aires. Na Argentina. Meus pêsames, Mafalda! fr

O mundo e as relações internacionais

Precisamos mesmo de aceitação de fora...?

Lendo bem devagar... 😊 😊 😊

Primeiro debate presidencial dos EUA foi marcado pelo bate-boca

Ontem, o mundo inteiro acompanhou o primeiro debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos. De um lado, Donald Trump (Republicanos), buscando a reeleição; de outro, Joe Biden (Democratas). As três principais emissoras brasileiras de notícias (Globo News, CNN Brasil e Band News) transmitiram ao vivo, com tradução simultânea. O interesse, claro, é pela importância que os EUA têm no mundo, para o bem e para o mal. As decisões do seu presidente interferem sempre em vários países, muitas vezes negativamente. Eu assisti a primeira hora do debate, não aguentei mais do que isso. Não foi um debate, estava mais para um bate-boca, apenas. Os dois candidatos interrompiam-se o tempo todo, principalmente Donald Trump, que não respeitou as regras do debate, nem o próprio mediador, o jornalista Chris Wallace. Foi uma troca de acusações mútuas, nada mais. E nós, brasileiros, achando que os debates dos nossos políticos são de baixo nível... até são!, mas não apenas aqui! fr

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Soldado de brinquedo dos tempos de criança

Eu tenho guardado um soldado do Forte Apache, acho que da Gulliver, dos tempos de criança. Eu brinquei muito com ele, era o meu preferido, tanto que está bem gasto. Para uma criança, não importa o valor material do brinquedo, ela brinca com aquilo que gosta. Não sei se hoje em dia é assim, parece que as crianças nem sabem o que eram brincadeiras do meu tempo, como ‘esconde-esconde’, ‘amarelinha’, ‘batatinha-frita 1,2,3’, ou brincar de peteca, futebol ou bolinha de gude. As crianças, pelo menos as de classe média, só devem brincar com jogos eletrônicos, principalmente no celular, dentro do apartamento e sem ver outras crianças. Os tempos mudam, nem sempre para melhor. fr

Cuidado com mensagens suspeitas pelo celular


Um alerta a todo mundo: têm muitos golpes rolando na internet. Eu tenho recebido mensagens SMS solicitando que eu clique em um link para liquidar um suposto débito meu junto ao Banco do Brasil. Eu não tenho, nunca tive, conta nesse banco. E também meu nome não é ‘Daniele’, claro. Esses golpistas mandam essas mensagens para um monte de pessoas, se uns dez ou vinte distraídos caírem todos os dias, eles já conseguem o que querem. Eles estão em busca de hackear os dados das pessoas, principalmente os dados bancários, e, assim, dar um golpe nelas. Não corra riscos, não clique em links suspeitos! fr

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Quem dava vida ao Robô de 'Perdidos no Espaço'

          

        Quem assistiu a série clássica da televisão ‘Perdidos no espaço’ (‘Lost in Space’), criada entre os anos de 1965 e 1968, com certeza lembra do carismático Robô da família Robinson. Mas, muitos não devem saber a sua história. Dois atores davam vida ao personagem metálico. Os movimentos eram comandados por Bob May (1939-2009), que ficava literalmente dentro do Robô.
  E a voz era de Richard Norton Tufeld (1926-2012), que também fazia as narrações do seriado. Uma das falas mais lembradas do Robô era quando ele alertava os Robinson e o doutor Smith para situações perigosas: “Perigo! Perigo!”. E ele tinha também uns comentários muito bem humorados, sempre ironizando o preguiçoso e nada ético doutor Smith, interpretado pelo ator Jonathan Harris. 
 O criador do Robô foi Robert Kinoshita (1914-2014), diretor de arte do seriado. Ele já tinha criado outros robôs para produções do cinema e televisão, anos antes. O robô de ‘Perdidos no espaço’ não tinha um nome específico, era chamado apenas de ‘Robô’ pelos tripulantes da nave Jupiter 2, e o seu modelo era o B9. 
 Apesar de ter nascido nos Estados Unidos, em Los Angeles, durante a Segunda Guerra Mundial, Kinoshita e a esposa foram mandados para um dos campos de concentração construídos naquele país. A razão foi a sua ascendência, quando teve início uma perseguição aos japoneses que viviam nos EUA, após o ataque à base naval de Pearl Harbor, em Honolulu, no Havaí, em dezembro de 1941. Kinoshita faleceu em 9 de dezembro de 2014, aos 100 anos de idade. A série até hoje pode ser vista no Brasil, em reprises na Rede Brasil. fr

Frases: Padre Fábio de Melo

“Vire a página. Dê um ponto final nas coisas que te fazem mal. A vida é um círculo, não um quadrado. Tenha pressa de ser feliz, porque nós não sabemos quanto tempo nos resta.”


PADRE FÁBIO DE MELO

domingo, 27 de setembro de 2020

"Mistérios do detetive Murdoch"

         Eu descobri uma série excelente, no canal Mais Globosat, “Mistérios do detetive Murdoch” (“Murdoch Mysteries”). Eu terminei de maratonar, recentemente, todos os episódios das 13 temporadas já exibidas, através da operadora de TV a cabo que eu assino. Esta é uma série de suspense feita no Canadá, baseada inicialmente em três livros de Maureen Jennings, e o primeiro episódio foi ao ar na televisão canadense em janeiro de 2008. O desenvolvimento das estórias seguintes foi feito por uma equipe de roteiristas.

A adaptação para a televisão foi de Cal Coons e Alexandra Zarowny, mas, anos antes, foram realizados três filmes, com outros atores. A série foi exibida originariamente pela Citytv do Canadá  até a quinta temporada, quando a emissora anunciou que ela seria retirada de sua programação. Felizmente, o canal CBC decidiu assumir o programa, tornando possível a sua continuação.

É impressionante (e triste!) que uma série tão bacana não seja exibida na TV aberta, para atingir um público muito maior. A Rede Globo, ou outra emissora, poderia ter colocado a série em sua programação. Mas, como a nossa televisão é muito dependente das produções de Hollywood, deixaram ela de fora. O mundo parece se resumir apenas ao que é feito em língua inglesa.

As estórias acontecem em Toronto, iniciando em 1895, abordando os casos investigados pela 4ª Delegacia, principalmente os métodos inovadores de seu detetive, William  Murdoch. Entre essas inovações, ele recorre à identificação de criminosos através de impressões digitais, detector de mentiras, lanterna de luz ultravioleta para visualizar vestígios de sangue e à sua capacidade de observação.

Murdoch é também um cientista amador, capaz de produzir seus próprios equipamentos de trabalho, como um colete à prova de balas, somente inventando muitos anos depois. O ator que o interpreta é Yannick Bisson. Nos episódios da série, são mostrados temas complexos, que ainda são muito controvertidos nos dias de hoje, pode-se imaginar na época em que se passa a série. Assuntos como tortura, corrupção, aborto, preconceito racial, homossexualismo e eutanásia são inseridos no contexto das tramas.

         A delegacia é chefiada pelo inspetor Thomas Brackenreid (Thomas Craig), sujeito violento e com métodos bastante condenáveis, como torturar suspeitos e manipular provas. Ele faz o que for para favorecer os amigos e familiares, ou seja, ética zero! O detetive Murdoch, sempre tão correto e exemplar, não apenas tinha conhecimento, como nada fazia para denunciar o chefe. Uma contradição do personagem.

A médica legista, chefe do necrotério, doutora Julia Odgen (Hélène Joy), auxilia o detetive Murdoch em seus casos, realizando as autópsias e discutindo com ele as suas linhas de investigação. Ao longo da série, os dois personagens vão se aproximando, em um relacionamento bastante complicado, mesmo após o seu casamento.  

Murdoch é um homem metódico, racional, fechado, e de religião católica, em uma cidade dominada por uma maioria protestante; enquanto Julia Odgen é uma mulher contestadora dos rígidos padrões conservadores da época. Odgen, após passar a clinicar em um hospital como cirurgiã, faz uso de práticas bastante polêmicas, como a eutanásia e o aborto, batendo de frente com as leis da época, e a consciência e os valores religiosos do marido.

         A delegacia tem dois policiais de destaque, cada um à sua maneira, é claro. George Crabtree (Jonny Harris) é o meu preferido, porque é o que dá um toque de humor em muitas das situações de tensão e suspense do seriado. Ele é subestimado pelo inspetor, mas tem grande influência na resolução dos crimes. É um apaixonado por assuntos como o Egito antigo, lobisomens, vampiros e extraterrestes, buscando sucesso como escritor.

Henry Higgins (Lachlan Murdoch), por outro lado, é o policial sem grande solidez de caráter. Preguiçoso, malandro, irresponsável, não tem problema de consciência em roubar perfumes em uma cena de crime, por exemplo, ou se apropriar de ideias de Crabtree para impressionar o inspetor. Apesar disso, tem momentos de valor, procurando fazer o que é certo.  

          A investigação dos crimes envolve muitas vezes personagens reais e históricas. Entre elas, os cientistas Nikola Tesla, Alexander Graham Bell e Thomas Edison; o primeiro-ministro inglês Winston Churchill; o presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt; e os escritores Arthur Conan Doyle e Mark Twain. A série também tem algumas referências indiretas a acontecimentos marcantes que somente viriam ocorrer muitos anos mais tarde, como o assassinato de Kennedy, a criação da barreira nas cobranças de faltas do futebol e a invenção da televisão.

         Eu destaco algumas curiosidades que eu considero interessantes sobre a série e os seus personagens. Os suspeitos levados para a delegacia do detetive Murdoch eram interrogados em uma sala própria para isso, frequentemente observados de fora por outras pessoas. Como se vê nos filmes de Hollywood, só que nestes existe uma parede de vidro espelhado, para que aqueles que estão dentro não possam ver quem está fora, a fim de evitar qualquer tipo de intimidação.

Na delegacia da série, é apenas uma porta comum, dividida ao meio por um vidro transparente, ou seja, os criminosos podiam ver perfeitamente quem os estava observando! Além disso, qualquer um entrava e saia da delegacia com facilidade, tendo acesso, inclusive, à sala do detetive. Até mesmo os criminosos!

         A doutora Odgen e a sua assistente não utilizavam luvas, óculos ou qualquer tipo de proteção esterilizada durante as autópsias, apenas um avental. E os médicos durante as cirurgias também não. Durante o final do século 19, início do 20, ainda não deviam ter esses cuidados para evitar infecções. Aliás, a cidade de Toronto devia ser muito violenta naquela época, porque em praticamente todos os episódios tem crimes diferentes para serem investigados. kkkkk E o necrotério praticamente está sempre com muito trabalho, ocupado com algum corpo envolvido em morte suspeita.

         O detetive Murdoch é um fissurado em trabalho, pouco se interessando por lazer. Ele e a doutora Odgen chegaram ao ponto de discutir o andamento de uma investigação durante a cerimônia do seu casamento, saindo da igreja direto para uma estação de trem para prender uma suspeita de assassinato. Isto que é dedicação! Eu indico a série, e estou aguardando a 14ª temporada. O seriado não é recomendado pera menores de 16 anos. fr

Uma série de mistério e suspense

"Mistérios do detetive Murdoch" (abertura)

sábado, 26 de setembro de 2020

Einstein e a sua foto mais famosa 😋😋😋


O cientista alemão Albert Einstein (1879-1955) é muito conhecido pela sua inteligência muito à frente do seu tempo, mas, curiosamente, a imagem mais famosa que se tem dele não é ligada ao trabalho. É a engraçada foto em que ele aparece fazendo uma careta, mostrando a língua. Ela foi tirada no dia do seu aniversário de 72 anos, dia 14 de março de 1951, quando saia de um clube em Nova Jersey, Estados Unidos, após já ter posado para os fotógrafos.

Einstein estava em um carro, acompanhado do diretor do Instituto de Estudos Avançados dos Estados Unidos, Frank Aydelotte, e da esposa dele. O fotógrafo Arthur Sasse, da agência de notícias United Press International, ainda insistiu para mais uma foto, e o cientista, com bom humor, colocou a língua para fora. Provavelmente já cheio de ter os seus movimentos acompanhados o tempo todo.

Depois de divulgada, Einstein gostou do resultado e até mandava cópias dela, apenas com o seu rosto em destaque, assinadas para amigos. Uma das fotos, mas mostrando todos no carro, também assinada, foi leiloada em Los Angeles por 125 mil dólares em 2017. Albert Einstein  era um físico teórico, responsável pela Teoria da Relatividade Geral, e recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1921. fr

"Disparada" (Jair Rodrigues)


DISPARADA
Interpretação: Jair Rodrigues
Composição: Geraldo Vandré e Théo de Barros

Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora de lugar, eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um Rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei
Então não pude seguir, valente em lugar tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
Se você não concordar, não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu, querer mais longe que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu,
Por qualquer coisa de seu, querer mais longe que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Não compre animais silvestres!


Prefeito Marcelo Crivella é condenado pelo TRE e declarado inelegível por 8 anos

            O prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) foi declarado, ontem, inelegível por oito anos por crimes de abuso de poder político pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). A decisão foi unânime: sete votos a zero! E a inelegibilidade começa a contar a partir do ano de 2018, ou seja, dois anos já se passaram. Crivella é candidato à reeleição em novembro, e informou que irá recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A oposição defende que ele não possa concorrer já este ano, mas a Justiça Eleitoral ainda deve julgar o seu registro. Nas eleições de 2018, o político usou a estrutura pública da Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) para promover a campanha do filho, Marcelo Hodge Crivella, a deputado federal, e Alessandro Costa a deputado estadual. Nenhum dos dois foi eleito. Crivella também foi condenado ao pagamento de uma multa de 106 mil reais. O Rio de Janeiro tem prefeito e governador acusados e punidos por práticas ilegais. Vergonha!  fr

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Botafogo empata com Vasco fora de casa, e classifica-se para as oitavas da Copa do Brasil

          O Botafogo passou, ontem, pelo Vasco e classificou-se para as oitavas de final da Copa do Brasil. O jogo foi no Estádio São Januário e terminou empatado em 0x0, o que favoreceu o Fogão, que já tinha vencido o Vasco na semana passada, por 1x0. O primeiro tempo foi muito movimentado por ambas as equipes, e o Botafogo foi muito determinado. No segundo, com o tempo passando, claro, o Vasco passou a jogar no desespero, e o Fogão soube se defender muito bem, afinal era sua a vantagem do empate, quem precisava fazer o gol era o adversário.
          O argentino Benitez era um dos mais descontrolados do Vasco, empurrando com violência e pelas costas os adversários. E chegou a criar uma confusão quando empurrou o Honda, gerando um empurra-empurra generalizado. Ele foi o retrato do desespero vascaíno, devia ter sido expulso, mas recebeu somente um cartão amarelo. O jogo não teve muitos lances de perigo, valeu mais pela disputa.
          Os jogos das oitavas serão definidos em sorteio pela CBF, em data a ser divulgada. Com a classificação, o Botafogo receberá R$ 2,6 milhões, espero que sejam bem utilizados pelos dirigentes. Afinal, não adianta receber premiações, mas ter tantas ações de ex-jogadores na Justiça do Trabalho. É preciso ter uma boa administração!  fr
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FICHA TÉCNICA
VASCO 0 X 0 BOTAFOGO 
Competição: Copa do Brasil (quarta fase) 
Data: 23 de setembro de 2020, quarta-feira Hora: 21h30 (de Brasília) 
Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ) 
Árbitro: Raphael Claus (SP) 
Assistentes: Neuza Ines Back (SP) e Alex Ang Ribeiro (SP) 
Cartões amarelos: Leandro Castan, Henrique, Fellipe Bastos, Andrey, Benítez (VAS); Rafael Forster, Benevenuto, Honda (BOT) 
Cartão vermelho: não houve 
Gols: Nenhum 
Vasco: Fernando Miguel, Yago Pikachu (Carlinhos), Miranda, Leandro Castan e Henrique (Neto Borges); Andrey, Fellipe Bastos (Marcos Júnior) e Martín Benítez; Ribamar (Vinícius), Germán Cano e Talles Magno (Ygor Catatau). Técnico: Thiago Kosloski 
Botafogo: Gatito Fernandez, Kevin, Marcelo Benevenuto, Kanu, Rafael Forster e Victor Luis; Caio Alexandre (Rentería), Honda e Bruno Nazário (Rhuan); Kalou (Davi Araújo) e Matheus Babi (Pedro Raul). Técnico: Paulo Autuori 
(Fonte: UOL)

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Uma cidade apagada do mapa pelos nazistas durante a Segunda Guerra



        A pequena cidade de Lídice, na República Tcheca, antiga Tchecoslováquia, tem um monumento que chama a atenção para uma triste história, dentre tantas outras, ocorrida na Segunda Guerra Mundial. Em setembro de 1938, foi assinado o chamado ‘Acordo de Munique’, na Alemanha, entre os líderes Hitler; Benito Mussolini, da Itália; Arthur Chamberlain, do Reino Unido; e Édouard Daladier, da França.
        Com o pretexto de buscar a paz mundial, eles aceitaram a reivindicação alemã e desrespeitaram a autonomia tchecoslovaca, permitindo a ocupação daquele país por Hitler, em março de 1939. A Alemanha ocupou as regiões norte e oeste da sua fronteira com aquele país, a região dos Sudetos, onde viviam populações de origem alemã, mas, depois, dominou todo o país. 
        Um governo tchecoslovaco foi criado em Londres, com lideranças exiladas. A Tchecoslováquia somente veio a livrar-se do controle da Alemanha, com a sua derrota na guerra. Em 1942, o governo paralelo de Londres, com o apoio da inteligência britânica, enviou dois exilados à Tchecolosváquia com a missão de matar o seu interventor alemão, Reinhard Heydrich, uma das principais lideranças nazistas. 
        Os dois eram o eslovaco Josef Gabčík e o tcheco Jan Kubiš, que entraram no país saltando de paraquedas de um avião. Para a sua missão, conhecida como ‘Operação Antropoide’, eles contaram com o apoio da resistência no país. O atentado ocorreu em 27 de maio, quando Heydrich se dirigia, de carro, de sua residência para a sede do governo interventor, em Praga. 
        Gabčík tentou abrir fogo contra o nazista, mas sua submetralhadora não funcionou, o que gerou a reação de Heydrich, atirando em resposta. Kubiš atirou uma granada em direção ao carro, ferindo o interventor alemão com os estilhaços. Reinhard Heydrich foi hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo no dia 4 de junho. 
        O oficial que o substituiu teve ordens diretas de Hitler de punir os responsáveis com o máximo rigor, gerando uma reação que ficou marcada pela crueldade alemã. Aproximadamente 1.500 tchecos foram mortos pelos nazistas. Josef Gabčík, Jan Kubiš e outros membros da resistência foram denunciados por um de seus membros. Eles foram encurralados em uma igreja católica, onde estavam escondidos e, após horas de combate, foram mortos.
 

        A represália alemã foi brutal, buscando ser exemplar para todos os outros países ocupados na Europa. No dia 10 de junho, a pequena cidade de Lídice sofreu um castigo à parte dos nazistas, que, em sua investigação, chegaram à conclusão que ela teria ajudado os autores do atentado. Todos os homens adultos foram executados e as mulheres e as crianças enviadas para campos de concentração, onde provavelmente acabaram morrendo; e os prédios foram explodidos. Lídice foi apagada do mapa para mandar um recado às outras resistências europeias. 
        Após o fim da Segunda Guerra e da ocupação alemã, a cidade de Lídice foi reconstruída. Atualmente, existe no local um memorial em bronze às crianças e adolescentes da região mortas nos campos de concentração. A escultura foi iniciada pela artista tcheca Marie Uchytilová em 1969, com recursos próprios, levando anos para dar prosseguimento à obra. Em 16 de novembro de 1989, ela faleceu, e o trabalho foi finalizado pelo seu marido, Jiří Václav Hampl, tendo sido concluído somente no ano de 2000. 
        Reinhard Heydrich foi o oficial nazista de maior patente a ser morto durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi um dos principais responsáveis pela perseguição à oposição a Hitler na Alemanha, e teve importante participação na execução do extermínio dos judeus na Europa. Era chamado por Hitler de “o homem com o coração de ferro”, e ficou conhecido também como o “açougueiro de Praga” pela sua crueldade.  fr
(Fontes de referência: Wikipedia, Revista Planeta 01/8/2019)

Dica de filme: "Operação Antropoide"

OPERAÇÃO ANTROPOIDE (“Anthropoid”) 
Reino Unido, República Tcheca, França; 2016, Segunda Guerra Mundial 
Direção: Sean Ellis 
Com: Cllian Murphy, Jamie Dornan, Charlotte le Bon, Toby Jones 
Filme sobre a Operação Antropoide, cuja missão era matar Reinhard Heydrich, o interventor nazista da Tchecoslováquia durante a Segunda Guerra Mundial, e um dos principais seguidores de Hitler. O atentado não obteve êxito de imediato, fazendo com que Heydrich fosse hospitalizado, mas ele morreu alguns dias depois. Hitler ordenou ao oficial substituto que punisse os responsáveis de forma a servir de exemplo a todos os países europeus ocupados. Milhares de pessoas foram assassinadas ou enviadas a campos de concentração. Um belo filme. fr

"Operação Antropoide" (2016)

 

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Coronavírus adia também a São Silvestre

Mais um evento esportivo sofre com o coronavírus. Foi anunciado, hoje, o adiamento da tradicional Corrida de São Silvestre, que não será disputada este ano, tendo sido adiada para o dia 11 de julho do ano que vem. Assim, em 2021 devem ocorrer duas provas: além da remarcada para julho, a que costuma ocorrer no dia 31 de dezembro. Os organizadores justificaram a decisão devido aos altos índices de contaminação registrados no país, e, em especial, em São Paulo, local da prova. fr

O Brasil precisa urgentemente dessas vacinas...

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Gosto muito de queijos, mas Gorgonzola tô fora... 😋 😋 😋

Eu gosto muito de queijos, e comprei um pouco de queijo Tipo Gorgonzola para experimentar, Mas o gosto é muito forte, ruim. É um tipo de queijo de origem italiana, e na Itália é o terceiro mais consumido. Ele pode ser consumido puro – pelo menos para aqueles que curtem, não é o meu caso – ou harmonizado com algumas frutas ou mel. E é isso que eu estou fazendo, comendo com mel. Mas, depois que acabar, não pretendo mais comprar Gorgonzola, vou me manter naqueles que eu já conheço e gosto. 😊 😊 fr

domingo, 20 de setembro de 2020

Mais um empate faz o Botafogo afundar mais na tabela

Não dá! Hoje, jogando em casa, no Estádio Nilton Santos, mais um empate do Botafogo no Campeonato Brasileiro, desta vez com o Santos: 0x0. Eu ouvi o jogo pelo rádio, e só deu Santos, tanto que o goleiro botafoguense, Gatito Fernández, foi o melhor jogador. Este foi o SÉTIMO empate em dez jogos, além de duas derrotas e somente uma vitória. É o clube com mais empates e menos vitórias da competição. Uma campanha sofrível!

O Botafogo está em 18º lugar na tabela, com dez pontos, ou seja, na zona de rebaixamento. E se o Goiás vencer o Ceará no domingo que vem, o que é um resultado perfeitamente possível, mesmo fora de casa, ultrapassa o Botafogo, chegando aos 11 pontos, e jogando o Fogão para penúltimo lugar! Ou o Botafogo reage logo, ou vai ser um ano dramático, lutando para não cair para a segunda divisão. fr

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Botafogo vence o Vasco e abre vantagem na Copa do Brasil

O Botafogo venceu hoje o primeiro dos dois jogos decisivos contra o Vasco, e abriu uma vantagem, podendo empatar na próxima quarta-feira para passar às oitavas de final da Copa do Brasil. Foi um presente de aniversário antecipado para mim. E na Copa Libertadores da América, o Flamengo tomou uma goleada de 5x0 do Independiente del Valle, no Estádio Casa Blanca, em Quito, no Equador. Que pena!... 😃 😃 😃 fr


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FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO X VASCO
Data/Hora: 17/09/2020, às 19h
Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG-Fifa) e Felipe Alan Costa de Oliveira (MG)
Gramado:
Cartões amarelos: Matheus Babi e Keisuke Honda (BOT); Talles Magno (VAS)
Cartões vermelhos:
Gols: Matheus Babi (22'/2ºT)
BOTAFOGO: Gatito Fernández; Marcelo Benevenuto, Kanu, Rafael Forster; Kevin (Fernando 37'/2ºT), Honda, Caio Alexandre (Rentería 23'/2ºT), Victor Luís; Bruno Nazário (Rhuan 26'/2ºT), Matheus Babi, Kalou. Técnico: Paulo Autuori.
VASCO: Fernando Miguel; Yago Pikachu, Miranda, Leandro Castan, Henrique; Fellipe Bastos (Bruno Gomes 17'/2ºT), Marcos Júnior, Benítez (Bruno César 39'/2ºT); Ygor Catatau (Gabriel Pec 39'/2T), Germán Cano (Ribamar 17'/2ºT), Talles Magno. Técnico: Ramon Menezes. (Fonte: Lance!)

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Goleiro trapalhão diverte o mundo do futebol 😅 😅 😅

       

Sensacional e hilário! Esta aconteceu durante a 11ª rodada do campeonato alemão de 2017, no dia 4 de novembro. O goleiro do Mainz, Robin Zentner, recebeu a bola atrasada e, de forma muito displicente, chutou o ar, pensando que a marca do pênalti fosse a bola. kkkkkkkkkkkk Para sorte dele, o jogador adversário, do Borussia M'gladbach, não aproveitou. O jogo terminou empatado em 1x1. Mas, com certeza, o lance da rodada foi esse. Muito engraçado!!!! O narrador da Fox Sports aqui do Brasil se escangalhou de rir. fr  😅 😅 😅 😅 😅

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Deus é brasileiro?

DEUS É BRASILEIRO?
Carlos Eduardo Novaes

            Dizem que há no ceú uma sala enorme chamada Departamento das Nações onde trabalham os santos que protegem os países aqui na Terra. Atualmente são 157 santos (um para cada país) que passam oito horas por dia atrás de suas respectivas mesas olhando para uma telinha e manipulando chaves, alavancas, botões, interruptores. À distância parece que estão todos se divertindo com “vídeo-games”. Na verdade, os santos se esforçam para proporcionar as melhores condições de vida aos seus países. Como em qualquer repartição pública, uns trabalham mais do que outros. São Ericsson, por exemplo, protetor da Dinamarca, se dá ao luxo de deixar sua mesa de controle no automático e vive papeando pelos corredores. Já Santo Ortega, que protege a Nicarágua, não tem tempo nem de ir ao banheiro.
            O funcionamento do departamento é simples. Sempre que surge um novo país, S. Pedro manda colocar mais uma mesa na sala, providencia as ligações, e convoca um santo para protegê-lo.
            - S. Benedito pega lá o Zimbábue.
            - Mas logo o Zimbábue, S. Pedro?
            - Você queria o quê? Começar pela Suécia?
            S. Pedro dá o santo de acordo com o país. Olha lá de cima se o país é pequeno, acidentado, pobre, escolhe um santo competente e trabalhador. Caso sinta que o país não precisa de muita proteção, convoca um santo menos talentoso. Quando o Canadá tornou-se independente, S. Pedro colocou um amigo seu, ex-companheiro de pescarias. O santo é da maior incompetência , mas para proteger o Canadá basta aparecer todos os dias e assinar o ponto. Assim foi com o Brasil. Um dia, em 1822, um funcionário acordou S. Pedro.
            - S. Pedro, surgiu um novo país na América Latina.
            São Pedro abriu a escotilha e olhou lá de cima. Ficou deslumbrado.
            - Puxa, isso não é um país. É quase um paraíso. Olha só as dimensões, a extensão da costa, as matas, a fauna, os rios, o clima...
            - E dizem que em se plantando tudo dá.
            - É fantástico! Vou deslocar um santo à toa. Um país desses não precisa de proteção.
            S. Pedro nomeou seu afilhado, S. Brás, para proteger o Brasil. S. Brás estava “encostado” no céu. Não conseguia trabalho. Já havia passado duas vezes pelo Depto. Das Nações. A primeira no século XIV quando, encarregado de proteger a França, provocou a Guerra dos Cem Anos. A segunda no início do século XIX. Foi tomar conta da Espanha e acabou vendendo a Flórida para os Estados Unidos. Mas S. Brás declarou ter aprendido muito com essas experiências. Iria proteger o Brasil como ninguém.
            - Por favor, S. Brás, não toque em nada em cima dessa mesa – disse S. Pedro. – O Brasil tem uma vocação natural para o sucesso. Deixa que ele vai sozinho.
            S. Pedro mostrava-se confiante no futuro do país. Principalmente porque nos corredores do céu corria o boato de que Deus era brasileiro.
            S. Brás era o santo mais folgado do departamento. Todos os dias entrava na sala, dava uma espiadinha na tela, comentava sobre a cordialidade do povo brasileiro, ligava o automático e saía para tomar café e conversar com os protetores da Suécia, Dinamarca, Noruega. Os colegas morriam de inveja de S. Brás, afinal, pelo que se dizia, protetor do país de Deus. Até que em meados de 64, uma noite, S. Brás foi chamado às pressas no Bar Celestial.
            - Acho bom você dar uma olhada no seu país. Tem muita gente reclamando lá embaixo.
            Na verdade, não era nada de tão especial. Mas como S. Brás ainda não tivera oportunidade de mostrar serviço, considerou a situação crítica. Olhou a mesa, meteu a mão numa alavanca e puxou-a. Embaixo da alavanca estava escrito: “golpe de estado”. Imediatamente uma luz vermelha começou a piscar, soou uma campainha e todos correram à mesa do Brasil. S. Pierre, protetor da França, ficou horrorizado.
            - S. Brás! Como é que você faz uma coisa dessas?
            S. Brás estava zonzo.
            - Eu... eu... eu... tenho que proteger o meu país.
            - Mas não é assim. Não vai dar certo. Nunca deu certo. Vá lá! Aperte o botão da “democracia”, rápido!
            S. Brás estava confuso no meio daquele tumulto. Meteu o dedo num botão. Era o botão da “Repressão”.
            - Esse não! – gritou S. Pierre – Aquele... aquele!
            - Qual? – S. Brás foi lá e apertou o botão da “Censura”.
            - Meu Deus! Você enlouqueceu, S. Brás?
            S. Brás já não sabia mais o que fazer. Abriu a válvula das “multinacionais”, puxou a alavanca do “arrocho salarial”, desligou o interruptor das “reivindicações operárias”. Desencadeou uma reação em cadeia. A mesa de controle tremia, apitava, acendia luzes. S. Brás estava mais perdido do que o Governo com a política econômica. Quanto mais mexia nos botões, mais bagunçava o país. Chegou a um ponto em que nada mais dava certo. Como na história do cobertor curto, quando cobria o Trabalhador, descobria o Empresário; quando cobria o Empresário, descobria o Banqueiro; quando cobria o Banqueiro, descobria o Exportador; quando cobria o Exportador, descobria o Agricultor; quando cobria o Agricultor, descobria o Consumidor...
            - Só há uma saída. Vamos falar com Deus!
            - Deus era a última esperança. Se Deus é realmente brasileiro, como se fala, Ele dará um jeito nessa situação. A comissão de santos entrou no gabinete de Deus e... surpresa: encontraram-No de quimono, comendo arroz de pauzinho. Todos viram, perplexos, que na verdade Deus era japonês. Claro que é! De outra forma como um país todo pedregoso, do tamanho do Ceará, entulhado de gente, derrotado na Segunda Guerra, com duas bombas atômicas nas costas, poderia ser uma das três maiores potências mundiais?
            Vocês acham que se Deus fosse brasileiro nós teríamos uma inflação de três dígitos? Um déficit público de trilhões? Teríamos que mendigar dinheiro pelo mundo afora? Então, por favor, paremos definitivamente com essa história de que Deus é brasileiro e tratemos de nos contentar com S. Brás, que, continua lá na mesa de controle fazendo tudo para proteger o país.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Botafogo empata 6º jogo em 8 rodadas do Brasileiro

        Ontem, o Botafogo empatou com o Atlético do Paraná, na Arena da Baixada, em Curitiba, por 1x1. Mais um jogo em que estava vencendo e cedeu o empate no finalzinho. O Fogão abriu o placar aos 34 minutos do segundo tempo, levou o gol de empate aos 42 e podia ter perdido o jogo, porque minutos depois o adversário perdeu um pênalti. Com o Corinthians, em São Paulo, levou o gol de empate aos 47 (2x2); e com o Flamengo aos 55 minutos (1x1), ambos na etapa final.
Se esses três jogos tivessem sido três vitórias, ao invés de três empates, seriam mais SEIS PONTOS, que colocariam o Botafogo em 6º lugar, com 15 pontos, ao invés do 16º lugar em que está hoje, e com um jogo a menos. Em oito jogos, o Glorioso empatou seis vezes, é muita coisa! Já empatamos mais vezes neste curto período do que em todo o Campeonato Brasileiro do ano passado. Não dá!
Faltando poucos minutos para acabar o jogo, tem que haver muita concentração e determinação do time todo, não se pode levar um gol de empate nos minutos finais. Além disso, tem os constantes erros de arbitragem, que prejudicam muito. É preciso mudar logo, ganhar jogos em sequência, para darmos um salto na classificação, e logo, porque senão a situação vai ficar mais difícil. fr

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Dica de livro: "Veronika decide morrer", Paulo Coelho


“Veronika decide morrer”, Paulo Coelho, Rio de Janeiro, Editora Objetiva, 1998, ‘Coleção Paulo Coelho’, 186 páginas.
Gostei, foi o melhor livro do Paulo Coelho que eu li até hoje. O autor descreve na terceira pessoa, inclusive referindo-se a si próprio desta maneira, a história de Veronika, uma moça de 24 anos, que tentou o suicídio, em Lubljana, capital da Eslovênia. A jovem vivia uma vida tranquila, acomodada em sua rotina, com um trabalho satisfatório, pais que a amavam e sem dificuldade em conseguir namorados, por ser muito bonita.
Veronika não se considerava uma pessoa triste, deprimida, mas achava sua vida sem sentido, tediosa. E as notícias que via na imprensa mostravam um mundo repleto de problemas que ela não podia ajudar a mudar, o que lhe dava a sensação de inutilidade.
“(...) tudo em sua vida era igual, e – uma vez passada a juventude – a tendência era que tudo passasse a decair, a velhice começasse a deixar marcas irreversíveis, as doenças chegassem, os amigos partissem. Enfim, continuar vivendo não acrescentava nada; ao contrário, as possibilidades de sofrimento aumentavam muito.”  
Paulo Coelho conta que a história lhe foi contada pela filha do médico responsável pela instituição psiquiátrica em que Veronika foi internada após sua tentativa de suicídio. E, de imediato, interessou-se por ela, até por ter se identificado com o que a jovem viveu. Quando jovem, o autor foi internado pelos pais três vezes na Casa de Saúde Dr. Eiras, no Rio de Janeiro, um hospital psiquiátrico.  
         Este é um livro em que o autor relata uma história que aconteceu no final de 1997, na Eslovênia, país recém independente da antiga Iugoslávia. Ao contrário dos outros livros dele que eu já li, este não se baseia em experiências místicas, magia e no mundo oculto, mas em acontecimentos mais concretos. Apesar de uma curta experiência relatada por uma das personagens, que experimenta sair do corpo e percorre diferentes lugares.
         Mostrando como as pessoas acabam aceitando uma rotina que não lhes faz felizes, Paulo Coelho passa uma mensagem, em minha opinião. A necessidade de as pessoas procurarem encontrar aquilo que vai lhes trazer realização, e não fazer o que os outros esperam delas. Muitas vezes, abandonamos nossos sonhos para viver uma vida que não é a que desejávamos.
E aqueles que ousam sonhar, são vistos como “diferentes”, ou “malucos”. Como Veronika tentou falar a uma enfermeira do asilo de Villete, quando foi internada, mas estava com um tubo na boca: “Ninguém pode julgar. Cada um sabe a dimensão do próprio sofrimento, ou da ausência total de sentido de sua vida.” Foi feito um filme em 2009, baseado no livro de Paulo Coelho. “Veronika decides to die”, dirigido por Emily Young e com Sarah Michelle Gellar no papel principal. fr

"Veronika decide morrer" (trechos que eu destaquei)

         “– Vou lhe contar uma história –
         – Um poderoso feiticeiro, querendo destruir um reino, colocou uma poção mágica no poço onde todos os seus habitantes bebiam. Quem tomasse aquela água, ficaria louco.
         ‘Na manhã seguinte, a população inteira bebeu, e todos enlouqueceram, menos o rei – que tinha um poço só para si e sua família, onde o feiticeiro não conseguira entrar. Preocupado, ele tentou controlar a população, baixando uma série de medidas de segurança e saúde pública: mas os policiais e inspetores haviam bebido a água envenenada, e acharam um absurdo as decisões do rei, resolvendo não respeitá-las de jeito nenhum.
         ‘Quando os habitantes daquele reino tomaram conhecimento dos decretos, ficaram convencidos de que o soberano enlouquecera, e agora estava escrevendo coisas sem sentido. Aos gritos, foram até o castelo e exigiram que renunciasse.
       ‘Desesperado, o rei prontificou-se a deixar o trono, mas a rainha o impediu, dizendo: ‘vamos agora até a fonte, e beberemos também. Assim, ficaremos iguais a eles.’
       ‘E assim foi feito: o rei e a rainha beberam a água da loucura, e começaram imediatamente a dizer coisas sem sentido. Na mesma hora, os seus súditos se arrependeram: agora que o rei estava mostrando tanta sabedoria, por que não deixá-lo governando o país?
         ‘O país continuou em calma, embora seus habitantes se comportassem de maneira muito diferente de seus vizinhos. E o rei pôde governar até o final dos seus dias.” (Páginas 37-38)

[Zedka, uma das internas do asilo de Villete, em Lubljana, na Eslovênia, para tratar de depressão.]
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         “Veronika sabia, desde criança, qual era sua verdadeira vocação: ser pianista!
       Sentira isso desde a primeira aula, com doze anos de idade. Sua professora também percebera seu talento, e a incentivara a tornar-se uma profissional. Entretanto, quando – contente com um concurso que acabara de ganhar – dissera à mãe que ia largar tudo para dedicar-se apenas ao piano, ela a olhara com carinho, e respondera: ‘ninguém vive de tocar piano, meu amor.’
         ‘Mas você me fez ter aulas!’
         ‘Para desenvolver seus dons artísticos, só isso. Os maridos apreciam, e você pode destacar-se nas festas. Esqueça esta história de ser pianista, e vá estudar advocacia: esta é a profissão do futuro.’
         Veronika fizera o que a mãe pedira, certa de que ela tinha experiência suficiente para entender o que era realidade. Terminou os estudos, entrou na faculdade, saiu da faculdade com um diploma e notas altas – mas só conseguiu um emprego de bibliotecária.
         ‘Devia ter sido mais louca.’ Mas – como devia acontecer com a maioria das pessoas – descobrira tarde demais.” (Página 89)
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         “Na opinião de Mari, esta dificuldade não se devia ao caos, ou à desorganização, ou à anarquia – e sim ao excesso de ordem. A sociedade tinha cada vez mais regras – e leis para contrariar as regras – e novas regras para contrariar as leis; isso deixava as pessoas assustadas, e elas já não davam um passo sequer fora do regulamento invisível que guiava a vida de todos.
         Mari entendia do assunto; passara quarenta anos de sua vida trabalhando como advogada, até que sua doença a trouxera a Villete. Logo no início de sua carreira, perdera rapidamente a ingênua visão da Justiça, e passara a entender que as leis não haviam sido criadas para resolver problemas, e sim para prolongar indefinidamente uma briga.
         Pena que Allah, Jeovah, Deus – não importa que nome lhe dessem – não tivesse vivido no mundo de hoje. Porque, se assim fosse, nós todos ainda estaríamos no Paraíso, enquanto Ele estaria ainda respondendo a recursos, apelos, rogatórias, precatórias, mandados de segurança, liminares – e teria que explicar em inúmeras audiências sua decisão de expulsar Adão e Eva do Paraíso – apenas por transgredir uma lei arbitrária, sem nenhum fundamento jurídico: não comer o fruto do Bem e do Mal.
         Se Ele não queria que isso acontecesse, por que colocou a tal árvore no meio do Jardim – e não fora dos muros do Paraíso? Se fosse chamada para defender o casal, Mari seguramente acusaria Deus de ‘omissão administrativa’, porque, além de colocar a árvore em lugar errado, não a cercou com avisos, barreiras, deixando de adotar os mínimos requisitos de segurança, e expondo todos que passavam ao perigo.
         Mari também podia acusá-lo de ‘indução ao crime’: chamou a atenção de Adão e Eva para o exato local onde se encontrava. Se não tivesse dito nada, gerações e gerações passariam por esta Terra sem que ninguém se interessasse pelo fruto proibido – já que devia estar numa floresta, cheia de árvores iguais, e portanto sem nenhum valor específico.
         Mas Deus não agira assim. Pelo contrário, escreveu a lei e achou um jeito de convencer alguém a transgredi-la, só para poder inventar o Castigo. Sabia que Adão e Eva terminariam entediados com tanta coisa perfeita, e – mais cedo ou mais tarde – iriam testar Sua paciência. Ficou ali esperando, porque talvez também Ele – Deus Todo-Poderoso – estava entediado com as coisas funcionando perfeitamente: se Eva não tivesse comido a maçã, o que teria acontecido de interessante nestes bilhões de anos?
         Nada.” (Páginas 98-99)

[Mari é uma das internas do asilo de Villete, em Lubljana, na Eslovênia, mas que se internou por vontade própria, para tratar da síndrome do pânico.]
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         “Meu Deus, eu não acredito em você, mas me ajuda.” (Página 11)  -  [Mari, uma das internas do asilo de Villete, em Lubljana, na Eslovênia.]