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sábado, 30 de dezembro de 2023

Mosteiro de São Bento de São Paulo I

        O tradicional Mosteiro de São Bento de São Paulo fica localizado no Largo de São Bento s/nº, no Centro da cidade, ocupando o mesmo espaço há quatro séculos, sendo que o prédio atual tem mais de cem anos. Ele fica bem próximo à Rua 25 de Março, conhecido lugar de comércio popular, que eu também visitei. O Mosteiro foi fundado em 14 de julho de 1598, com a chegada dos monges beneditinos vindos de Portugal. Inicialmente, foi construída uma igreja modesta dedicada a São Bento em uma das melhores localizações da região, doada pela Câmara de São Paulo aos monges no ano de 1600. No local, anteriormente estava instalada a residência do cacique Tibiriçá, importante líder indígena que teve grande importância na fundação da cidade.
        A construção levou anos e somente foi concluída em 1634, devido aos poucos recursos disponíveis, conseguidos através de doações. Em 1720, a igreja passou a chamar-se Nossa Senhora de Assunção. No final do século 19, o alemão Dom Miguel Kruse assumiu a direção do Mosteiro, tomando medidas que o modernizaram. Em 1903, fundou o Colégio de São Bento, considerado atualmente um dos melhores ensinos da capital paulistana. Em 1908, inaugurou a Faculdade de Filosofia de São Bento, a primeira da área do país. Dom Miguel também decidiu substituir o prédio antigo do Mosteiro por um maior, seguindo uma tendência no início do século 20 de urbanização nas grandes cidades brasileiras.
        O início da construção da nova sede do Mosteiro foi em 1910, com o projeto do arquiteto alemão Richard Berndl, e o prédio atual somente foi inaugurado em 1922. A decoração interna, incluindo os murais, foi realizada principalmente pelo monge holandês D. Adelbert Gresnicht, oriundo da Abadia de Maredsous, na Bélgica. As esculturas dos 12 apóstolos que ficam na nave do templo são do pintor e escultor belga Adrien Henri Vital van Emelen. O relógio e o órgão são alemães, o primeiro instalado em 1921 e o segundo é de 1954 e tem mais de 6.000 tubos. O papa Bento 16 ficou hospedado no Mosteiro de São Bento quando esteve em São Paulo em 2007. No Mosteiro são realizadas missas com canto gregoniano, e ele ainda tem uma biblioteca, cujo acesso a pesquisadores precisa ser solicitado; uma padaria própria, que vende pães, bolos e doces feitos pelos monges; e uma loja. Principal fonte de pesquisa: Wikipédia. fr

Mosteiro de São Bento de São Paulo II

Mosteiro de São Bento de São Paulo III

Mosteiro de São Bento de São Paulo (vista aérea)

 

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Mercado Municipal de São Paulo I

O Mercado Municipal de São é localizado no Centro da cidade, na Rua Cantareira nº 306, e o seu entorno chama a atenção pelo grande movimento de automóveis, ônibus e pessoas. O prédio tem dois andares e teve a sua inauguração atrasada. Com a Revolução Constitucionalista de 1932, foi utilizado como depósito de armas e munições. Somente após o fim do conflito, o prédio pôde ser utilizado como programado. Foi inaugurado em 25 de janeiro de 1933, dia em que se comemora o aniversário da capital paulista. O projeto é do engenheiro Felisberto Ranzini. Os vitrais são de autoria do artista russo Conrado Sorgenicht Filho. São 12.600 metros quadrados de área e cerca de 300 boxes, em que se vendem bebidas, frutas, legumes, verduras, temperos, carnes, peixes e outros tipos de alimentos. E tem, também, barzinhos e restaurantes para comer e beber e apresentações musicais, que atraem grupos de jovens e turistas. Trabalham no Mercado mais de 1.500 funcionários. O Mercadão, como é popularmente conhecido, foi tombado em 2004 pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). A administração do Mercado foi concedida pela prefeitura a uma empresa privada em 2021, com a condição de realização de reformas em contrato, que ainda não foram concluídas. fr
  
           

Mercado Municipal de São Paulo II

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Parque Jardim da Luz I

O Parque Jardim da Luz, na Praça da Luz, é o mais antigo parque público de São Paulo. Com 113.400 metros quadrados, foi inaugurado em 1825, portanto, prestes a completar 200 anos de existência, e foi a principal área de lazer dos paulistanos até as primeiras décadas do século 20. Após conhecer a Estação da Luz; o Museu da Língua Portuguesa; e a Pinacoteca de São Paulo, que fica no interior do parque, eu passeei pelo interior do Parque. Ele não passa uma sensação de muita segurança, como, aliás, a maioria dos espaços públicos no país, infelizmente.  Originariamente, foi construído como um Jardim Botânico, e transformado em jardim público no final do século 19. No parque, tem coreto, lagos, uma gruta e diferentes espécies de árvores e plantas, como o Jenipapeiro, Jaqueira, a Magnólia-Branca, o Alecrim-de Campinas, Palmeiras e o Andá-Açu, por exemplo. E dezenas de espécies de animais, como o Cágado-Pescoço-de-Cobra, mas a enorme maioria é de aves, além de peixes como tilápias, carpas e acares. Tem um busto em homenagem ao italiano Giuseppe Garibaldi, que participou da vários conflitos militares em diferentes países, incluindo no Brasil, na Revolução Farroupilha. O monumento é do escultor Emílio Gallori, e foi inaugurado em 1910, com a presença do jornalista e escritor Olavo Bilac. O Parque perdeu uma grande extensão de terreno em 1860, quando o governo do estado entregou à Cia Inglesa uma parte para a construção de uma estação de trem da The São Paulo Railway, mais tarde a Estação da Luz. Com isso, várias árvores e plantas foram perdidas. Andando pelo parque, veem-se várias esculturas expostas ao ar livre, de artistas brasileiros e estrangeiros. O Parque Jardim da Luz foi tombado em 1981, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT). Veja as fotos que eu fiz, ficaram muito bonitas. fr

Parque Jardim da Luz II

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Museu da Língua Portuguesa

 

O Museu da Língua Portuguesa foi inaugurado em 2006, na Estação da Luz, em São Paulo, com o projeto dos arquitetos Paulo e Pedro Mendes da Rocha, pai e filho. O idioma é um dos mais falados no mundo, graças, principalmente, a nós, brasileiros. O museu tem três andares. No primeiro, estão as exposições temporárias; no segundo, que tem pouca iluminação, os visitantes passam por vários painéis, em que mostram, por exemplo, a origem do idioma, a influência recebida de outras línguas, os países que têm a língua portuguesa como idioma oficial e as diferenças de sotaque. No terceiro andar, tem um auditório e pode-se ir até ao Terraço Paulo Mendes da Rocha, de onde se vê a Torre do Relógio da Estação da Luz e a região em torno do museu. Um grande incêndio em 21 de dezembro de 2015 destruiu dois andares do museu, fazendo com que ele ficasse fechado à visitação pública por quase seis anos para a restauração de suas instalações; foi reinaugurado apenas em 31 de julho de 2021. Como a maior parte do acervo é virtual, não houve nenhuma perda. O Museu da Língua Portuguesa é administrado por uma entidade privada sem fins lucrativos, o IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, através de contrato firmado com o governo do Estado de São Paulo em julho de 2012. fr

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

A Estação da Luz, em São Paulo


A Estação da Luz, em São Paulo, ocupa 13.200 metros quadrados e é utilizada por 250 mil pessoas em dia útil da semana. Inaugurada em 1867, inicialmente ela ocupou um terreno localizado entre a Rua Mauá e o Jardim da Luz. Com o grande crescimento da capital paulista e o constante crescimento da demanda, a nova Estação da Luz foi construída de 1895 a 1901, passando a ficar localizada no endereço atual, no bairro da Luz, tendo o seu edifício projetado pelo arquiteto inglês Charles Henry Driver. O material usado para a sua estrutura foi importado da Inglaterra. À época, a região tinha um grande destaque na cidade de São Paulo, e a estação era utilizada pela elite econômica e política, inclusive por autoridades brasileiras e estrangeiras em seus deslocamentos. Durante muitos anos, era através da estação que a produção do café paulista foi transportada. Mas, com o tempo, acabou decaindo muito. Um incêndio em 1946 destruiu grande parte da estação, que foi reconstruída e ampliada de 1947 a 1951. A Estação da Luz foi restaurada de 2002 a 2006, quando foi inaugurado em suas instalações o Museu da Língua Portuguesa, que eu também visitei e do qual comentarei mais à frente aqui no meu blog. Em 1982, a Estação da Luz foi tombada pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico), e em 1996, pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). fr