SEJA ÉTICO

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terça-feira, 31 de maio de 2022

Não acontece só no Brasil: final da Champions é marcada por ingressos falsos e tumulto na entrada dos torcedores

No sábado passado, dia 28, foi realizada a final da Champions League, no Stade de France, na cidade francesa de Saint-Denis. O Real Madrid venceu o Liverpool por 1x0, gol do brasileiro Vinícius Júnior, e foi o campeão. Eu não assisti ao jogo porque não torço por nenhum dos dois, eu torço apenas pelo Botafogo e pela seleção brasileira. Mas, o que me chamou a atenção foram os problemas de organização da grande final. O início do jogo teve que ser atrasado em trinta minutos por conta da grande confusão em torno do estádio e o motivo foi a grande quantidade de ingressos falsos. Houve muitas reclamações por parte dos torcedores, tentativa de invasão  e os policiais chegaram a usar gás de pimenta para conter os mais exaltados, e, claro, atingiram a todos os que estavam próximos. De acordo com o ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, 70% dos ingressos eram falsos. Eu li na imprensa que houve 29 pessoas presas, metade britânicas, sendo nove por invasão de propriedade. Que confusão! E a França será sede da próxima Olimpíada, no ano que vem. Se tivesse acontecido no Brasil, ou em outro país latino-americano, iriam dizer que a nossa região é atrasada e não tem condições de organizar grandes eventos. Que coisa! 😕😕  fr

Ah! O ‘Lance!’ deu uma escorregada no subtítulo da sua matéria de ontem sobre a confusão no Stade de France: “Antes da decisão no Stade de France, houveram invasões ao estádio e confusão com torcedores do Liverpool”. Veja a reprodução abaixo. O verbo haver quando tem o sentido de acontecer, como é o caso acima, é impessoal, não tem sujeito, portanto, permanece no singular. Errar todo mundo pode errar, eu cometo os meus erros, mas isso mostra que os jornais atualmente estão desleixados na revisão dos seus textos. Alguém deveria ter corrigido o erro antes da publicação da matéria. fr

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Não acontece só no Brasil: Bandidos invadem campo para agredir jogadores... na França!

     Mais um triste capítulo na interminável sucessão de casos de violência no futebol. Ontem, dia 29, bandidos passando como torcedores invadiram o campo para agredir os jogadores... na França! Em disputa para decidir quem subiria para a primeira divisão e aquele que seria rebaixado para a segunda, o Saint-Étienne empatou no tempo regulamentar em 1x1 com o Auxerre, no Estádio Geoffroy-Guichard, na cidade de Saint-Étienne. Na disputa na marca dos pênaltis o Auxerre venceu por 5x4 e garantiu o seu retorno para a elite da Liga francesa, após dez anos sem disputá-la.
      Revoltados com o rebaixamento, bandidos disfarçados de torcedores invadiram o campo para agredir os jogadores do Saint-Étienne, inclusive munidos de paus e atirando sinalizadores contra eles. Felizmente, não há registro de feridos, já que todos conseguiram correr rapidamente para se esconder no vestiário. O clube é um dos maiores campeões franceses, já tendo conquistado o título da primeira divisão dez vezes. Como eu comento constantemente, a violência de falsos torcedores não acontece apenas no Brasil, é uma realidade mundial.
     Os verdadeiros torcedores não vão aos estádios para brigar, agredir ninguém, isso é coisa de bandidos. E, pelo jeito, a impunidade também é uma realidade mundial, já que as autoridades não conseguem acabar, nem mesmo diminuir os casos de violência. Esses bandidos deveriam ser identificados, presos e teriam que cumprir algum tempo de cadeia. Penas “alternativas” como pagamento de cestas básicas ou trabalhos comunitários são apenas paliativos, que acabam demonstrando que nada de mais sério acontece com os agressores. Uma lástima! fr

O momento da invasão de campo na França

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Funcionário da prefeitura de Magé asfaltou passagem do trem!! 😱












Essa é mais uma na coleção de notícias absurdas que ocorrem pelo mundo; e o Brasil não podia ficar de fora, claro. Funcionários da prefeitura de Magé, no estado do Rio de Janeiro, estavam tapando buracos no bairro do Suruí e asfaltaram um trecho da linha férrea, causando um transtorno na cidade. O absurdo ocorreu a partir das 15 horas do dia 16 deste mês. Durante uma hora e meia a circulação do trem da SuperVia na extensão entre Saracuruna, em Duque de Caxias, e Guapimirim ficou suspensa. Um trem foi obrigado a parar diante do trecho asfaltado, até para evitar um acidente. Os próprios moradores do local se mobilizaram para quebrar o asfalto e permitir a circulação dos trens. A prefeitura de Magé pediu desculpas, e o funcionário responsável pela ‘trapalhada’ teria sido afastado das funções, e não “asfaltado”, como o jornal ‘O Dia’ divulgou... 😄😄😄 fr


sábado, 21 de maio de 2022

Mais de 2 anos de pandemia não ensinaram nada às pessoas!

     Durante mais de dois anos, vivemos um período de muita tensão e medo com a disseminação da pandemia de coronavírus. Foram quase seis milhões de mortes pelo mundo, mais de 600 mil somente no Brasil, onde o governo faz o possível para diminuir a sua gravidade, infelizmente. Mas, esse número pode ser bem maior, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), já que vários países teriam subestimado as estatísticas oficiais. Na índia, por exemplo, o governo diz que teriam morrido pouco mais de 500 mil pessoas, mas a OMS acredita que o número verdadeiro chegue a dez vezes mais.
      Eu me recordo que durante esses dois anos, ouvi muita gente comentando que, após o fim dessa pandemia, o mundo seria diferente. As pessoas manteriam os cuidados com a higiene, orientados pela própria OMS. Entre eles, não tossir ou espirrar próximo às pessoas, mas fazê-lo com o maior cuidado para não atingir outros, que estejam próximos. Utilizar máscara em locais públicos quando estiverem com sintomas de gripe ou resfriado. E lavar constantemente as mãos com água e sabão, além de usar álcool 70%.
      Não compartilhei dessas opiniões otimistas. Infelizmente, mais de dois anos passados, vejo que eu estava certo. Infelizmente! Eu vejo constantemente as pessoas em locais de grande aglomeração, como transporte público, bares e estádios de futebol, sem máscaras. E a maioria das pessoas tossem e espirram sem a menor cerimônia, sem nenhuma preocupação com quem estiver próximo. E a pandemia ainda não acabou, apesar de os números terem diminuído bastante; era para que todos mantivessem os cuidados recomendados pela OMS, a fim de não contraírem o vírus. Infelizmente, as pessoas não aprenderam nada! fr

sexta-feira, 20 de maio de 2022

"A polêmica" (Artur Azevedo)

A POLÊMICA
Artur Azevedo

     O Romualdo tinha perdido, havia já dois ou três meses, o seu lugar de redator numa folha diária; estava sem ganhar vintém, vivendo sabe Deus com que dificuldades, a maldizer o instante em que, levado por uma quimera da juventude, se lembrara de abraçar uma carreira tão incerta e precária como a do jornalismo.
     Felizmente era solteiro, e o dono da “pensão” onde ele morava fornecia-lhe casa e comida a crédito, em atenção aos belos tempos em que nele tivera o mais pontual dos locatários.
     Cansado de oferecer em pura perda os seus serviços literários a quanto jornal havia então no Rio de Janeiro, o Romualdo lembrou-se, um dia, de procurar ocupação no comércio, abandonando para sempre as suas veleidades de escritor público, os seus desejos de consideração e renome.
     Para isso, foi ter com um negociante rico, por nome Caldas, que tinha sido seu condiscípulo no colégio Vitório, a quem jamais ocupara, embora ele o tratasse com muita amizade e o tuteasse, quando raras vezes se encontrava na rua.
     O negociante ouviu-o, e disse-lhe:
     ─ Tratarei mais tarde de arranjar um emprego que te sirva; por enquanto preciso da tua pena. Sim, da tua pena. Apareceste ao pintar! Foste a sopa que me caiu no mel! Quando entraste por aquela porta, estava eu a matutar, sem saber a quem me dirigisse para prestar-me o serviço que te vou pedir. Confesso que não me tinha lembrado de ti... perdoa...
     ─ Estou às tuas ordens.
     ─ Preciso publicar amanhã, impreterivelmente, no “Jornal do Comércio”, um artigo contra o Saraiva.
     ─ Que Saraiva?
     ─ O da rua Direita.
     ─ O João Fernandes Saraiva?
     ─ Esse mesmo.
     ─ E queres tu que seja eu quem escreva esse artigo?
     ─ Sim. Ganharás uns cobres que não te farão mal algum.
     A essa palavra “cobres”, o Romualdo teve um estremeção de alegria; mas caiu em si:
     ─ Desculpa, Caldas; bem sabes que o Saraiva é, como tu, meu amigo... como tu, foi meu companheiro de colégio...
     ─ Quando conheceres a questão que vai ser o assunto desse artigo, não te recusarás a escrevê-lo, porque não admito que seja mais amigo dele do que meu. Demais, nota uma coisa: não quero insultá-lo, não quero dizer nada que o fira na sua honra, quero trata-lo com luva de pelica. Sou o primeiro a lastimar que uma questão de dinheiro destruísse a nossa velha amizade. Escreves o artigo?
     ─ Mas...
     ─ Não há mas nem meio mas! O Saraiva nunca saberá que foi escrito por ti.
     ─ Tenho escrúpulos...
     ─ Deixa lá os teus escrúpulos, e ouve de que se trata. Presta-me toda a atenção.
     E o Caldas expôs longamente ao Romualdo a queixa que tinha do Saraiva. Tratava-se de uma pequena questão comercial, de um capricho tolo que só poderia irritar um contra o outro, dois amigos que não conhecessem o que a vida tem de áspero e difícil. O artigo seria um desabafo menos do brio que da vaidade, e, escrevendo-o, qualquer pena hábil poderia, efetivamente, evitar uma injúria grave.
     O Romualdo, que há muito tempo não pegava numa nota de cinco mil réis, e apanhara, na véspera, uma descompostura da lavadeira, cedeu, afinal, às tentadoras instâncias do amigo, e no próprio escritório deste redigiu o artigo, que satisfez plenamente.
     ─ Muito bem! ─ exclamou o Caldas, depois de três leituras consecutivas.
     ─ Se eu soubesse escrever, escreveria isto mesmo! Apanhaste perfeitamente a questão!
     E, depois de um passeio à burra, meteu um envelope na mão do Romualdo, dizendo-lhe:
     ─ Aparece-me daqui a dias: vou procurar o emprego que desejas. A época é difícil, mas há de se arranjar.
     O Romualdo saiu, e, ao dobrar a primeira esquina, abriu sofregamente o envelope: havia dentro uma nota de cem mil réis! Exultou! Parecia-lhe ter tirado a sorte grande!
     Na manhã seguinte, o ex-jornalista pediu ao dono da “pensão” que lhe emprestasse o “Jornal do Comércio”, e viu a sua prosa “Eu e o sr. João Fernandes Saraiva”, assinada pelo Caldas; sentiu alguma coisa que se assemelhava ao remorso, o mal-estar que acomete o espírito e se reflete no corpo do homem todas as vezes que este pratica um ato inconfessável, e aquilo era uma quase traição. Entretanto almoçou com apetite.
     À sobremesa entrou na sala de jantar um menino, que lhe trazia uma carta em cujo sobrescrito se lia a palavra “urgente”.
     Ele abriu-a e leu:
     “Romualdo. ─ Preciso falar-lhe com a maior urgência. Peço-lhe que dê um pulo ao nosso escritório hoje mesmo, logo que possa. Recado do ─ João Fernandes Saraiva”.
     Este bilhete inquietou o ex-jornalista.
     Com certeza, pensou ele, o Saraiva soube que fui eu o autor do artigo! Naturalmente alguém me viu entrar em casa do Caldas, demorar-me no escritório... desconfiou da coisa e foi dizer-lhe... Mas para que me chamará ele?
     O seu desejo era não acudir ao chamado; alegar que estava doente, ou não alegar coisa alguma, e lá não ir; mas o menino de pé, junto à mesa do almoço, esperava a resposta... Era impossível fugir!
     ─ Diga ao seu patrão que daqui a pouco lá estarei.
     O menino foi-se.
     O Romualdo acabou a sobremesa, tomou o café, saiu, e dirigiu-se ao escritório do Saraiva, receoso de que este o recebesse com duas pedras na mão.
     Foi o contrário. O amigo recebeu-o de braços abertos, dizendo-lhe:
     ─ Obrigado por teres vindo! Estava com medo de que o pequeno não te encontrasse! Vem cá!
     E levou-o para um compartimento reservado.
     ­─ Leste o “Jornal do Comércio” de hoje?
     ─ Não ─ mentiu prontamente o Romualdo. ─ Raramente leio o “Jornal do Comércio”.
     ─ Aqui o tens; vê que descompostura me passou o Caldas!
     O Romualdo fingiu que leu.
     ─ Isso que aí está é uma borracheira, mas não é escrito por ele! ─ bradou o Saraiva. ─ Aquilo é uma besta que não sabe pegar na pena senão para assinar o nome!
     ─ O artigo não está mau... Tem até estilo...
     ─ Preciso responder!
     ─ Eu, no teu caso, não respondia...
     ─ Assim não penso. Preciso responder amanhã mesmo no próprio “Jornal do Comércio” e, se te chamei, foi para pedir-te que escrevas a resposta.
     ─ Eu?...
     ─ Tu, sim! Eu podia escrever mas... que queres?... Estou fora de mim!...
     ─ Bem sabes ─ gaguejou Romualdo ─ que sou amigo do Caldas. Não me fica bem...
     ─ Não te fica bem, por quê? Ele com certeza não é mais teu amigo que eu! Depois, não é intenção minha injuriá-lo; quero apenas dar-lhe o troco!
     No íntimo o Romualdo estava satisfeito, por ver naquele segundo artigo um meio de atenuar, ou, se quiserem, de equilibrar o seu remorso.
     Ainda mastigou umas escusas, mas o outro insistiu:
     ─ Por amor de Deus não te recusas a este obséquio tão natural num homem que vive da pena! Tu estás desempregado, precisas ganhar algumas coisa...
     O Romualdo cedeu a este último argumento, e, depois de convenientemente instruído pelo Saraiva sobre a resposta que devia dar, pegou na pena e escreveu ali mesmo o artigo.
     Reproduziu-se então a cena da véspera, com mudança apenas de um personagem. O Saraiva, depois de ler e reler o artigo, exclamou: ─ Bravo! Não poderia sair melhor! ─ e, tirando da algibeira um maço de dinheiro, escolheu uma nota de duzentos mil réis e entregou-o ao prosador.
     ─ Oh! Isto é muito, Saraiva!
     ─ Qual muito! Estás a tocar leques por bandurra: é justo que te pagues bem!
     ─ Obrigado: mas olha... recomendo-te que mandes copiar o artigo, porque no “Jornal” pode haver alguém que conheça a minha letra.
     ─ Copiá-lo-ei eu mesmo.
     ─ Adeus.
     ─ Adeus. Se o Caldas treplicar, aparece-me!
     ─ Está dito.
     No dia seguinte, o Caldas entrou muito cedo no quarto do Romualdo, com o “Jornal do Comércio” na mão.
     ─ O bruto replicou! Vais escrever-me a tréplica!
     E batendo com as costas da mão no jornal:
     ─ Isto não é dele... Aquilo é incapaz de traçar duas linhas sem quatro asneiras... mas, ainda assim, quem escreveu por ele está longe de ter o teu estilo, a tua graça... Anda! Escreve!...
     E o Romualdo escreveu...
     Durante um mês, teve ele a habilidade de alimentar a polêmica, provocando a réplica, para que não estancasse tão cedo a fonte de receita que encontrara. Para isso fazia insinuações vagas, mas pérfidas, e depois, em conversa ora com um, ora com outro, era o primeiro a aconselhar a retaliação e o esforço.
     Tanto o Caldas como o Saraiva se mostraram cada vez mais generosos, e o Romualdo nunca em dias de sua vida se viu com tanto dinheiro. Ambos os contendores lhe diziam: ─ Escreve! Escreve! Eu quero ser o último!
     Por fim, vendo que a questão se eternizava, e de um momento para o outro a sua duplicidade podia ser descoberta, o Romualdo foi gradualmente adoçando o tom dos artigos, fazendo, por sua própria conta, concessões recíprocas, lembrando a velha amizade, e com tanto engenho se houve, que os dois contendores se reconciliaram, acabando amigos e arrependidos de terem dito um ao outro coisas desagradáveis em letra de forma.
     E o público admirou essa polêmica, em que dois homens discutiam com estilos tão semelhantes que o próprio estilo pareceu harmonizá-los.
     O Caldas cumpriu a sua promessa: o Romualdo pouco depois entrou para o comércio, onde ainda hoje se acha, completamente esquecido do tempo que perdeu no jornalismo.

"Contos escolhidos", Artur Azevedo, São Paulo, editora Click, 1997, 159 páginas (Coleção Livros O Globo, vol. 15).

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Língua portuguesa: diferença entre seu e teu

O diretor-geral de um banco estava preocupado com um jovem e brilhante diretor que, depois de ter trabalhado durante alguns meses na sala ao lado, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia.

Então, o diretor-geral do banco chamou um detetive particular e disse-lhe:

- Siga o diretor Lopes durante uma semana.

O detetive, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:

- O diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o seu carro, vai à sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho.

Responde o diretor-geral:

- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.

Logo em seguida, o detetive pergunta:

- Desculpe... posso tratá-lo por tu?

- Claro! À vontade, respondeu o diretor.

- Bom, então vou repetir, disse o detetive.

- O diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o teu carro, vai à tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho.

(Da internet, sem autoria.)

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Libra: liga do futebol brasileiro pode sair do papel

     Os clubes brasileiros estão discutindo a criação da Liga do futebol brasileiro, com a participação de representantes da Primeira e Segunda Divisões. No dia 3 de maio, dirigentes de oito clubes assinaram um documento que teve por objetivo iniciar a formação da Libra (Liga do Futebol Brasileiro). São eles o Red Bull Bragantino, Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Santos, Cruzeiro, Flamengo e Ponte Preta. Posteriormente, o Botafogo e o Vasco da Gama aderiram ao projeto.
    Atlético Paranaense e outros já se posicionaram contra a divisão dos recursos entre os filiados. Pela proposta inicial, a divisão seria de 40% igualitários, 30% proporcionais ao resultado esportivo e 30% à audiência, torcida nos estádios e participação em redes sociais. A contraproposta seria de 50%, 25% e 25%. A criação de uma liga nacional para organizar os campeonatos no Brasil é um desejo antigo, mas nunca se chegou a um consenso. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) continuaria cuidando da seleção.
     O futebol brasileiro é o mais vitorioso e tem os melhores jogadores, e tem um potencial enorme para ser o mais rentável do mundo. Atualmente, a Champions League da Europa paga ao campeão um total de 19 milhões de euros, o correspondente a pouco mais de 100 milhões de reais, na cotação de hoje. Para se ter uma ideia, a Copa do Brasil paga ao campeão um total de 73 milhões de reais ao final da competição. Ou seja, um valor bem próximo, mas sem a badalação que a Champions tem. Se houver organização e seriedade na Libra, com certeza o futebol brasileiro tem tudo para se tornar o mais atraente em termos de rentabilidade, e os seus campeonatos os mais assistidos pela televisão no mundo. fr

domingo, 15 de maio de 2022

Dica de filme: "Duplex"

DUPLEX (“Duplex”)
EUA, 2003, Comédia
Direção: Danny DeVito
Com: Bem Stiller, Drew Barrymore, Eileen Essell
Um jovem casal se encanta por um duplex no bairro do Brooklyn, em Nova Iorque e resolvem comprá-lo, mesmo tendo no andar de cima uma inquilina, a quem não poderiam despejar. Era a adorável senhora Connelly (Eileen Essell), uma idosa doente, que, de acordo com o corretor, não deveria ter muito tempo a mais de vida. Mas, aos poucos, Alex (Bem Stiller) e Nancy (Drew Barrymore) começam a se incomodar com o comportamento da inquilina. Ela dormia com a televisão ligada em som alto, impedindo que os dois conseguissem descansar à noite, e vivia pedindo para que os dois fizessem serviços pessoais para ela. Ele acabava não conseguindo escrever o seu livro, e ela perdeu o emprego por causa de uma confusão causada pela idosa. E o pior de tudo, a senhora Connelly demonstrava estar em condições de viver muito tempo, o que impediria que o casal utilizasse o segundo andar como queriam. Em desespero, os dois passam a planejar maneiras de matar a “pobre velhinha”, mas acabam por despertar a desconfiança de um policial da localidade. É muito engraçado! Curiosamente, a atriz inglesa Eileen Essell (1922-2015) já tinha atuado no teatro e na televisão, mas este foi apenas o segundo filme no cinema em sua carreira. fr

"Duplex" (trailer)

sábado, 14 de maio de 2022

Restauração desastrosa atrai turistas para pequena cidade da Espanha

      Se tem uma situação em que o ditado “há males que vêm para o bem” pode ser empregado é a restauração mal feita pela senhora espanhola do afresco ‘Ecce Homo’, do pintor Elías García Martínez, em 2012. Cecilia Giménez tentou restaurar a pintura de Jesus Cristo, mas o resultado foi um desastre, desfigurando completamente o trabalho, originariamente feito no início do século 20.
      Mas, se por um lado ela desfigurou a obra, por outro, ela colocou o pintor e a sua cidade, a pequena cidade de Borja, com apenas pouco mais de cinco mil habitantes, na província de Saragoça, na Espanha, em evidência mundial. Turistas do mundo inteiro passaram a visitar Borja para conhecer e tirar fotos ao lado da desastrosa restauração, na igreja do Santuário da Misericórdia, movimentando a economia local. E o pintor Elías García Martínez (1858-1934) passou a ter um reconhecimento que, em vida, nunca teve.
      Os amantes da arte podem não ter gostado nada da péssima qualidade do trabalho da restauradora amadora, mas, com certeza, os comerciantes e donos de restaurantes, pousadas e pequenos hotéis estão muito agradecidos. Cecilia Giménez fez a “restauração” para ajudar a igreja, sem cobrar nada, mas, após o resultado virar motivo de piada no mundo inteiro, diz que sofreu muito e chegou a ficar mais de um ano sem entrar na igreja. Hoje em dia, ela é homenageada pela prefeitura e virou personalidade local, sendo procurada pelos turistas para tirar fotos. fr

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Mulher compra busto em brechó e descobre ser da Roma antiga, com 2000 anos

      Uma mulher comprou um busto da Roma antiga, com aproximadamente 2000 anos de existência, em uma loja de produtos usados no Texas, nos Estados Unidos, por 34,99 dólares, o correspondente a 179,28 reais, nos valores de hoje. O busto de mármore é do século I a.C. ou do primeiro século d.C. (fonte: G1), e fez parte do acervo do Museu de História de Pompejanum, em Aschaffenburg, na Alemanha, atingido por bombas durante a Segunda Guerra Mundial.
      A colecionadora de arte Laura Young conta que encontrou o busto de mármore em um brechó em 2018, e somente teve conhecimento de sua importância após consultar especialistas. A obra de arte deve ter saído da Alemanha através de um soldado estadunidense:
      “Sabemos que muitos dos objetos [no museu] foram destruídos na campanha de bombardeio dos Aliados ou saqueados depois. Infelizmente, neste caso, pode ter sido um soldado dos EUA que o saqueou ou comprou [o busto] de alguém que saqueou o objeto.” (fonte: Revista Galileu)
      Os historiadores não conseguem precisar quem tenha sido retratado no busto, podendo ser Drusus Germanicus , irmão do imperador Tibério, ou um dos filhos de Pompeu, o grande. Com a orientação de um advogado especializado em Direito Internacional da Arte, Laura Young fez um acordo para a devolução do busto histórico à Alemanha, garantindo a sua permanência por um ano no Museu de San Antonio, no Texas. fr

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Boris Becker é preso por ocultar bens após pedir falência

O ex-tenista alemão Boris Becker, de 54 anos, três vezes campeão de Wimbledon e de Roland Garros, entre outros títulos, está preso em Londres por ter escondido das autoridades bens e aplicações, depois de ter pedido falência devido a dívidas. Ele cumpre pena de dois anos e meio na prisão de Wandsworth, considerada a pior da Inglaterra, superlotada, com constantes brigas entre os detentos e violência policial, e com péssimas condições de higiene, tendo, inclusive, ratos. fr

terça-feira, 10 de maio de 2022

Camisa de Maradona do gol com "mão de Deus" é leiloada por 45 milhões!😱

     A casa de leilões Sotheby’s, em Londres, vendeu na quarta-feira passada, dia 4, a camisa usada por Diego Maradona na vitória da Argentina sobre a Inglaterra pelo Mundial de 1986 por 7.142.500,00 de libras (o equivalente a 45.208.450,00), novo recorde para objetos esportivos. O comprador não teve o seu nome divulgado, mas o lance foi feito do Oriente Médio. A Argentina venceu a Inglaterra por 2x1, pelas quartas de final, no Estádio Azteca, no México, e Maradona fez os dois gols no segundo tempo.
      Aos seis minutos, o argentino subiu para disputar com o goleiro inglês e mandou a bola para as redes com a mão; depois, ele disse que fez o gol com “a mão de Deus”. O segundo gol foi marcado aos dez minutos, em um golaço em que Maradona se livrou de cinco jogadores, incluindo o goleiro. Este foi apontado em uma votação pela internet, realizada pela Fifa durante o Mundial de 2002, organizada pelo Japão e pela Coreia do Sul, como o gol mais bonito em Mundiais do século 20. Como naquela época, não existia o VAR, não adiantaram as reclamações dos ingleses; a Argentina avançou, vencendo a Bélgica na semifinal e a Alemanha Ocidental na final, tornando-se campeã.

      A camisa esteve na posse do ex-jogador Steve Hodge, meio-campo que atuou pela Inglaterra no Mundial de 1986, com quem Maradona teria trocado de camisa. Foi ele que, ao tentar interceptar o ataque argentino, acabou por chutar a bola para o alto e para trás, em direção ao goleiro, propiciando a disputa em que Diego subiu para fazer o gol com a mão. A primeira filha de Maradona, Dalma, no entanto, nega que a camisa leiloada tenha sido a usada pelo pai para fazer os dois gols, no segundo tempo: “Conhecendo papai, sei que ele não deu essa camisa para ninguém”. E a sua mãe, Claudia Villafañe, lamentou a atitude de Steve Hodge: “Não se faz isso com a simples gentileza entre esportistas, a não ser que este valor seja para caridade”.
      A Sotheby’s, porém, manteve a realização do leilão, afirmando ter confirmado a autenticidade da camisa como sendo a usada por Maradona no segundo tempo. A camisa de Maradona foi muito disputada, e um empresário argentino teve o seu lance superado faltando apenas 17 segundos para o término do leilão, que teve o seu início no dia 20 de abril. Maradona é apontado por muitos como o melhor jogador argentino de todos os tempos, e um dos melhores do mundo. Ele faleceu recentemente, no dia 25 de novembro de 2020, após uma parada cardiorrespiratória, aos 60 anos. fr

segunda-feira, 9 de maio de 2022

A volta da Mesbla, pela internet

A tradicional Mesbla está de volta! Mas apenas através da internet. Inaugurada no Rio de Janeiro em 1912 inicialmente como filial de uma empresa francesa e em 1924 passando a ser independente, com o nome Sociedade Anônima Brasileira Estabelecimentos Mestre et Blatgé, em 1939 passou a se chamar Mesbla. Nos anos 1980, contava com mais 28.000 funcionários e 180 lojas pelo país, chegando a ser a maior empresa de varejo. Foi apontada pela revista Exame, em 1986, como a melhor empresa do Brasil. Porém, prejuízos seguidos durante a década de 1990 foram provocando o fechamento de lojas e a demissão de milhares de funcionários, levando à falência da empresa em 1999. Na página da Mesbla podem-se comprar eletrodomésticos, móveis, roupas para cama, perfumes, brinquedos, livros e produtos de informática e cozinha.  Eu me lembro que frequentei as lojas da Mesbla, principalmente a do Passeio, no Centro, e no Méier, e torço para que a volta atinja também a venda presencial para gerar mais empregos e alternativas para o consumidor. fr 

domingo, 8 de maio de 2022

Botafogo derrota Flamengo em Brasília, com golaço de Erison 😃😃😃

Botafogo derrota o Flamengo no Estádio do nosso Mané Garrincha, em Brasília, com um golaço de Erison, aos cinco minutos do segundo tempo. Willian Arão (aquele que não quis cumprir o contrato com o Fogão e vai ter que pagar multa de milhões!) falhou bisonhamente, Erison se livrou fácil de David Luiz (aquele do 7x1 para a Alemanha!) e chutou da intermediária no ângulo direito do goleiro: GOLAÇO!!!!! Os flamenguistas estavam contando com a vitória antes do jogo e agora estão chorando.... E na disputa individual dos treinadores portugueses, o alvinegro Luis Castro levou a melhor sobre o rubro-negro Paulo Sousa! Valeu, Fogão!!! fr

Flamengo 0 x 1 Botafogo (ficha técnica)

FICHA-TÉCNICA
​Flamengo x Botafogo - 5ª rodada do Brasileirão
Estádio: Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Data e hora: 8 de maio de 2022, às 11h
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa/RS)
Assistentes: Bruno Boschilla (Fifa/RS) e Rafael da Silva Alves (Fifa/RS)
Árbitro de vídeo: Daniel Nobre Lins (RS)
Gramado: bom
Público/renda: 54.981 presentes / R$ 4.800.370,00
Cartões amarelos: Andreas Pereira (FLA) / Saravia, Luís Oyama, Luís Castro, Daniel Borges (BOT)
Cartões vermelhos: -
GOL: Erison, 6'/2ºT (0-1)
FLAMENGO (Técnico: Paulo Sousa)
Hugo Souza; Isla (Rodinei, 16'/2ºT), Willian Arão, David Luiz e Filipe Luis (Ayrton Lucas, 23'/1ºT); Thiago Maia (João Gomes, 16'/2ºT), Andreas Pereira (Lázaro, 34'/2ºT), Arrascaeta, Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol.
BOTAFOGO (Técnico: Luís Castro)
Gatito; Saravia (Hugo, 12'/2ºT), Kanu, Cuesta e Daniel Borges; Tchê Tchê, Luís Oyama e Lucas Fernandes (Del Piage, 31'/2ºT); Victor Sá, Gustavo Sauer (Diego Gonçalves, 29'/1ºT) e Erison (Matheus Nascimento, 31'/2ºT).
Fonte: Lance!

sábado, 7 de maio de 2022

Bandidos armados com fuzil assaltam joalheria... em PARIS!

Uma joalheria e relojoaria da Chanel foi assaltada nesta quinta-feira, dia 5, por quatro pessoas vestidas de preto, mascaradas e com capacetes, armadas com armas automáticas e, pelo menos, um fuzil. Não foi no Rio, nem em São Paulo... foi na região nobre do centro histórico de PARIS! O assalto foi à tarde, por volta de 14:30, de acordo com uma testemunha, durou menos de dez minutos e os bandidos fugiram em uma moto e em uma scooter. O gerente de uma loja próxima contou que telefonaram para a polícia, mas os policias acharam que se tratava de um ‘trote’ e desligaram. Foi necessário telefonar novamente e insistir para que levassem a sério o pedido de ajuda. De acordo com relatos de quem estava próximo à joalheria os ladrões saíram com três bolsas grandes da loja, mas não foi divulgado o valor roubado. Uma testemunha filmou a fuga dos ladrões. Deve ser horrível viver em uma cidade sem segurança!... 😜 fr

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Ex-presidente Lula é capa na 'Time'

      O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é capa da edição da revista ‘Time’, com o título “O segundo ato de Lula”. A publicação o define como o “líder mais popular do Brasil”, atualmente buscando o retorno à presidência. Em entrevista realizada no final de março, na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo, Lula falou sobre os 580 dias em que esteve preso na Polícia Federal de Curitiba, sobre a situação do Brasil e sobre a guerra na Ucrânia.
      Segundo Lula, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky é igualmente responsável pela guerra quanto o seu colega russo, Vladimir Putin, por não ter negociado o suficiente. E também critica o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por não ter se esforçado o suficiente a fim de evitar o conflito: “Os Estados Unidos têm um peso muito grande e ele poderia evitar isso, e não estimular. Poderia ter falado mais, poderia ter participado mais”. E destaca a necessidade de se reformular a ONU (Organização das Nações Unidas):
      - É urgente e é preciso a gente criar uma nova governança mundial. A ONU de hoje não representa mais nada. A ONU de hoje não é levada a sério pelos governantes. Porque cada um toma decisão sem respeitar a ONU. O Putin invadiu a Ucrânia de forma unilateral, sem consultar a ONU. Os Estados Unidos costumam invadir os países sem conversar com ninguém e sem respeitar o Conselho de Segurança. Então é preciso que a gente reconstrua a ONU, coloque mais países, envolva mais pessoas. Se a gente fizer isso, a gente começa a melhorar o mundo.
      Perguntado se queria falar sobre a sua noiva, Rosângela da Silva, com quem deve casar este mês, Lula preferiu não, dizendo que ela tinha autonomia para falar de si própria. Mas, afirmou estar feliz: “Estou apaixonado como se eu tivesse 20 anos de idade, como se fosse minha primeira namorada”. A respeito de sua prisão, determinada pelo ex-juiz Sergio Moro, considera que ela fez parte de um projeto de tomada do poder:
      - Eu tinha consciência do que estava acontecendo no Brasil: o impeachment da Dilma não poderia terminar na Dilma, porque não tinha nenhum sentido fazer o impeachment da Dilma e dois anos depois o Lula voltar a ser presidente da República. Então era preciso afastar o Lula. E como eles não tinham como afastar, eles resolveram construir um rosário de mentiras contra mim para poder me colocar na cadeia. Hoje eu estou aqui, livre, todos os meus processos foram anulados.
      A entrevista foi feita por Clara Nugent, e eu a li na página da ‘Time’, utilizando o Google Tradutor; os trechos que eu transcrevo em minha postagem foram traduzidos por Pâmela Reis no portal da revista. Curiosamente, a data que consta na capa da revista é de 23 de maio, mas a publicação já está disponível. Lula é o 10º brasileiro a estampar a capa da ‘Time’, uma das revistas mais influentes do mundo. Os outros foram: o herpetólogo (estudioso do ramo das ciências biológicas que estuda répteis e anfíbios) Afrânio do Amaral, em 1929; os políticos Júlio Prestes (1930); Getúlio Vargas (1940); Café Filho (1954); Juscelino Kubitschek (1956); Jânio Quadros (1961) e Artur da Costa e Silva (1967); o diplomata Osvaldo Aranha (1942); e o jogador de futebol Neymar (2013). fr

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Comemoração de vitória de Guga em Roland Garros é eleita a mais icônica da história

    O ex-tenista brasileiro Gustavo Kuerten venceu esta terça-feira, dia 3, a categoria “Celebração mais icônica” em votação pela internet feita pelo Hall da Fama Internacional do Tênis. Foi após a sua vitória sobre o estadunidense Michael Russell pelo torneio de Roland Garros, em 2001. Guga perdia o jogo por 2 sets a zero, e conseguiu virar para 3x2, em mais de três horas de disputa, passando para as quartas de final.
     Muito emocionado, Kuerten desenhou, com a sua raquete, um coração no piso da quadra de saibro e se ajoelhou para agradecer ao público o apoio, e mais tarde repetiu o gesto deitando-se (assista ao vídeo abaixo). Guga venceu nas quartas o russo Yevgeny Kafelnikov, e os espanhóis Juan Carlos Ferrero na semifinal e Alex Corretja na final, conquistando o título. Ele já tinha sido campeão de Roland Garros em 1997 e 2000, e chegou a ser o nº 1 do tênis mundial.
     Entre outros, também concorreram na categoria os tenistas Jimmy Connors, Jim Courier, Billie Jean King e Pat Cash. Maria Esther Bueno (1939-2018), campeã individual três vezes em Wimbledon, quatro no US Open e uma em Roland Garros, entre outros tantos títulos internacionais, foi mais uma representante brasileira, concorrendo na categoria “Momento de orgulho nacional”, mas não venceu. Em sua autobiografia “Guga, um brasileiro”, Kuerten comentou aquele dia tão especial:
     "Nada se comparava em emoção àquela catarse. Duas horas atrás eu era dado como morto. Mas agora que os céus haviam me dado uma segunda vida, ninguém mais me tirava o título. No momento que eu me levantei, coberto de saibro, tinha plena certeza de que seria campeão mais uma vez em Roland Garros". fr

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Crimes cometidos no espaço serão julgados pelas leis da Terra

     O Canadá aprovou uma alteração em seu Código Penal para poder punir crimes que possam vir a ser cometidos no espaço. A alteração foi aprovada pelo Congresso canadense no dia 28 deste mês por 181 votos, tendo recebido 144 votos contrários. Portanto, qualquer crime praticado por um astronauta canadense fora do nosso planeta será julgado pelas leis daquele país como se tivesse ocorrido em território do seu país. E também os crimes cometidos por astronautas estrangeiros contra os canadenses. O Canadá integra o projeto da Plataforma Orbital Lunar – Gateway, estação espacial em órbita lunar que servirá como um centro de pesquisas, suporte e estada, do qual fazem parte vários outros parceiros internacionais.
     Este é um assunto que vem sendo discutido há anos, principalmente desde a chegada do homem à Lua, em 1969. E agora, com a crescente participação de empresas particulares e bilionários na exploração do espaço, a questão tornou-se ainda mais preocupante. Em 2019, a astronauta estadunidense Anne McClain foi acusada por sua ex-companheira de ter acessado enquanto estava na Estação Espacial Internacional sua conta bancária sem autorização. Pesquisando, eu não encontrei nenhuma informação a respeito do resultado do processo. Esta foi a primeira acusação de um crime possivelmente cometido no espaço.
     Juridicamente, o espaço não pertence a ninguém especificamente, e sai à humanidade como um todo, mas, claro, as nações que vêm investindo mais e há mais tempo saíram na frente para a sua exploração. Entre os tratados internacionais sobre o espaço, o mais relevante é o Tratado do Espaço Exterior, segundo o qual o espaço não deve sua soberania reivindicada por ninguém, sua exploração deve obedecer a fins pacíficos e possíveis crimes cometidos devem obedecer a legislação dos países envolvidos (autor e réu).
    Minha opinião: Com o esgotamento das riquezas da Terra e a maneira predatória que o ser humano cuida do planeta, o espaço vem sendo cobiçado pelos países mais ricos e, também, por empresas e bilionários. Se o ser humano vier a cuidar dos outros planetas que ele pretende conquistar como cuida do nosso as perspectivas não são nada boas. A índole humana é de dominar, impor, mandar, e, até mesmo, pela violência, foi o que aconteceu quando os europeus chegaram no continente americano nos séculos 15 e 16. Eu acredito na existência de vidas inteligentes em outros planetas (por que existiria somente no nosso?), e caso o ser humano as encontre, infelizmente, é bem provável que queira fazer o mesmo. Mas, pode ser que, dessa vez, nós, seres humanos, façamos o papel de índios... fr

terça-feira, 3 de maio de 2022

Estão furtando e roubando de tudo!... Socorro!!!

     A bandidagem está cada vez mais sem medo e audaciosa. Na madrugada da terça-feira, dia 29, um homem com idade aproximada de 45 anos invadiu o prédio onde eu moro, passando pelo portão de ferro e pela porta de vidro. Entrou com muita facilidade, sem arrombá-los, possivelmente ele tinha alguma chave mestra ou as próprias chaves do prédio. Segundo a síndica e o zelador me disseram, ele ficou sondando a entrada para ver se alguém estava nas varandas, e se tinha alguém na entrada; o prédio não tem empregado à noite.
     Ele entrou e saiu algumas vezes, cortou e roubou os bicos das mangueiras de incêndio que ficam guardadas no térreo, no primeiro e segundo andares, dos demais não chegou a levar. O sujeito ficou uns 40 minutos dentro do prédio, não se preocupando com as câmeras. É muita ousadia. A síndica ainda me disse que em uma das vezes ele voltou com uma faca, que deve ter usado para cortar as mangueiras.
     Felizmente, o prejuízo é apenas material, porque muita coisa de pior poderia ter acontecido se algum morador o tivesse flagrado no momento do furto ou se ele tivesse uma chave mestra para entrar nos apartamentos. Os bandidos estão furtando os cabos dos postes e invadindo casas e prédios para furtar tudo o que podem usar para revender em ferros velhos, até portões, principalmente dependentes químicos, que vendem muito barato apenas para comprarem alguma droga.
     Mas, esse que invadiu o meu prédio na terça-feira estava bem vestido, não parece nem um pouco com um “cracudo”. A síndica já levou as imagens até a delegacia e registrou a ocorrência. Se a polícia investigar, é bem provável que encontre o sujeito, que parecia conhecer bem a área; até encontrou uma mulher na frente da portaria e saiu conversando com ela, antes de retornar para invadir o prédio.
     A síndica, porém, me disse que o policial que a atendeu afirmou não poder fazer “muita coisa”, já que não houve violência, ninguém foi ferido. Ou seja, a polícia precisa esperar alguém ser morto para fazer alguma coisa. Essas ocorrências não vêm acontecendo somente no Rio de Janeiro, é no Brasil todo. fr

segunda-feira, 2 de maio de 2022

A história e importância da Igreja da Candelária

     A Igreja católica de Nossa Senhora da Candelária é uma das mais bonitas e tradicionais do Brasil, localizada na Praça Pio X, no Centro do Rio de Janeiro. Em 2012, eu já tinha publicado uma matéria aqui no meu blog sobre a igreja. Mas, justamente pela sua importância na história brasileira, eu resolvi fazer nova matéria, mais ampla, com mais fotos, e contando a sua origem. Foi tombada em 1938 como patrimônio histórico e arquitetônico pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), incluindo todo o seu acervo em 1985. No dia 8 de setembro de 2022, a igreja completará 211 anos de sua inauguração.
     Mesmo sem registros documentais, a história da construção da Igreja da Candelária teve início por conta de uma promessa. No início do século 17, o casal espanhol Antônio Martins da Palma e Leonor Gonçalves passaram por uma forte tempestade em uma viagem para o Rio de Janeiro, e recorreram à santa de sua devoção, Nossa Senhora da Candelária. Fizeram a promessa que, se conseguissem passar pela tempestade com vida, mandariam construir uma capela em homenagem à santa no porto aonde chegassem em segurança. Eles desembarcaram aqui, no Rio de Janeiro, e cumpriram a promessa.
     A capela foi construída em uma grande extensão de terra plana, o que fez com que ela fosse conhecida como Igreja da Várzea. Não há consenso quanto ao período exato da construção, mas estima-se que tenha ocorrido entre os anos de 1600 e 1630, e a inauguração em 18 de agosto de 1634; o nome oficial escolhido foi Nossa Senhora da Candelária. Décadas depois, a capela estava bastante desgastada, e foi decidido que uma nova igreja seria construída no local. 
     A autorização para a construção de um enorme templo em estilo barroco veio a ser concedida pela Provedoria da Irmandade do Santíssimo Sacramento em 3 de junho de 1775, e a cerimônia da colocação da pedra fundamental três dias depois. O projeto original foi do engenheiro militar sargento-mor Francisco João do Roscio. Em 8 de setembro de 1811, foi realizada uma inauguração apenas do que já tinha sido construído da nova igreja, e a primeira missa foi rezada no altar-mor, com a presença do príncipe-regente D. João e outros membros da família real. À época, havia os altares esculpidos por Mestre Valentim, um dos principais artistas brasileiros, mas estes se perderam em reformas posteriores.
     A finalização das obras atrasou bastante devido à falta de dinheiro, e a inauguração definitiva da igreja demorou ainda mais quase 87 anos devido às dificuldades financeiras, e somente veio a ocorrer em 10 de julho de 1898. No projeto original, era prevista apenas uma nave, ou seja, o espaço central delimitado da entrada da igreja até a capela-mor e o seu altar, mas ganhou mais duas, que são os corredores laterais.
     E nessas naves laterais, foram incluídas duas capelas, a do Santíssimo Sacramento e a de Nossa Senhora das Dores, estabelecendo com a capela principal a forma de uma cruz latina. Justamente por sua construção ter demorado muito tempo para ser concluída, a Igreja da Candelária possui características de diferentes estilos, como art nouveau, barroco, clássico e neoclássico, por exemplo.
     As pinturas dos murais e as decorações da igreja são do brasileiro João Zeferino da Costa, pintor e professor da Academia Imperial de Belas Artes, atual Escola Nacional de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com a colaboração de outros artistas, seus alunos. No teto da nave central têm seis murais que registram a história da construção da igreja: a partida do casal espanhol, a tempestade, a chegada, o voto cumprido, a sagração (a benção da pedra fundamental, em 1775) e a inauguração em 1811. No teto acima da capela-mor, estão os murais com as imagens do “Esponsalício da Virgem”; “Anunciação da Virgem”; “Purificação da Virgem”; e “Assunção da Virgem”.
      No teto da cúpula, nas extremidades estão os personagens do Antigo testamento (Jessé, Isaías, David e Salomão), e no centro a Santíssima Virgem ou Virgem Maria e as Sete Virtudes (Fé, Esperança, Caridade, Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança). Os vitrais também foram trabalhos de João Zeferino da Costa. Os desenhos foram elaborados pelo artista em 1897, com a participação de quatro ajudantes, e feitos em Munique, na Alemanha, chegando ao Rio de Janeiro em 1899.
     Em 1901, foram inauguradas as portas de bronze da entrada principal da igreja, com esculturas em relevo, de autoria do escultor português Antonio Teixeira Lopes. A porta principal mostra a figura da Virgem Maria com o Menino Jesus. Os púlpitos, também em bronze, são de autoria do escultor português Rodolfo Pinto do Couto.
     Até 1944, quando foi inaugurada a Avenida Presidente Vargas, a Igreja da Candelária estava cercada por várias casas, como se pode ver pela foto de H. Holand, de cerca de 1930, abaixo. Centenas de prédios foram demolidos para a abertura da nova e larga avenida, dando à igreja posição de destaque no local. A entrada principal da igreja está voltada para a Baía da Guanabara.
      A Igreja da Candelária tem duas torres e em cada uma delas um relógio. Na torre esquerda de quem olha da rua, o relógio marca os dias da semana, e na direita, as horas. E tem, ainda, um Museu sacro, ou seja, voltado para a temática religiosa, inaugurado em 1973, e uma biblioteca, aberta em 2001, mas, de acordo com o que os seus funcionários me disseram quando eu lá estive, os dois estão fechados há anos, aguardando reformas. No interior da igreja, além do altar central, há duas capelas laterais. À esquerda de quem entra na igreja é a do Santíssimo Sacramento, e à direita a de Nossa Senhora das Dores.
      No lado de fora, o chafariz em bronze que fica à frente da igreja é do escultor brasileiro Humberto Cozzo, feito em 1934, originariamente instalado em frente ao Teatro Municipal e posteriormente colocado em outros locais. E desde 1988 encontra-se na Candelária, mas há anos não jorra água. A administração da igreja é da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Candelária, organização beneficente. Veja as fotos que eu fiz do interior e do exterior da Igreja da Candelária. As fontes principais que eu usei para escrever o meu texto foram: candelariorio.org.br e brasilianafotografica.bn.gov.br. fr

Minhas fotos da Igreja da Candelária _2




Minhas fotos da Igreja da Candelária _3