SEJA ÉTICO

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sábado, 31 de julho de 2021

"Infância", Graciliano Ramos

“Infância”Graciliano Ramos; Rio de Janeiro, editora Record, s/ano, 269 páginas (Coleção Mestres da Literatura Contemporânea, vol. 6).
        Em 39 crônicas, Graciliano Ramos descreve passagens de sua infância, um período de muitos traumas, em que o pai e a mãe, sempre rigorosos, não lhe deram carinho e amor, mas muita repreensão e surras. Em uma delas, Graciliano lembra quando o cinturão do pai sumiu e ele colocou a culpa nele, aos berros, furioso, batendo em suas costas com um chicote. Pouco depois, o pai encontrou o cinturão onde estava deitado, mas foi incapaz de pedir desculpas ao filho.
         “Onde estava o cinturão? Impossível responder. Ainda que tivesse escondido o infame objeto, emudeceria, tão apavorado me achava. Situações deste gênero constituíram as maiores torturas da minha infância, e as consequências delas me acompanharam.”
        Em casa não encontrava compreensão, na escola sofria com a implicância dos colegas, que o xingavam e também batiam nele. Aos 9 anos, não sabia ler direito. E em uma noite, para sua surpresa, o pai mandou que buscasse um livro em seu quarto e que lesse para ele, o que fez com muita dificuldade. O pai explicou a história do que o menino tinha lido. Na noite seguinte, mais uma vez. Na terceira, Graciliano tomou a iniciativa de pegar o livro para ler com pai, mas ele não estava disposto, e na noite posterior o pai o afastou, carrancudo.
        “Nunca experimentei decepção tão grande. Era como se tivesse descoberto uma coisa muito preciosa e de repente a maravilha se quebrasse. E o homem que a reduziu a cacos, depois de me haver ajudado a encontrá-la, não imaginou a minha desgraça. A princípio foi desespero, sensação de perda e ruína, em seguida uma longa covardia, a certeza de que as horas de encanto eram boas demais para mim e não podiam durar.”
         “Infância” foi lançado em 1945. Graciliano Ramos é o primeiro de 16 filhos, nasceu na cidade de Quebrangulo, em Alagoas, em 27 de outubro de 1892, e faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de março de 1953, aos 60 anos. Além de escritor, foi também jornalista e político. Eu pretendo ler o seu livro “Memórias do Cárcere”, em que ele descreve o tempo em que esteve preso, acusado sem provas e sem processo, por uma pretensa participação na Intentona Comunista de 1935, durante o governo de Getúlio Vargas. Fica o registro da minha leitura de “Infância”. fr 

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Incêndio em Cinemateca destrói parte da História do cinema brasileiro

Mais um exemplo do descaso que se tem com a cultura e a memória do nosso país. Ontem, um galpão da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, administrada pelo governo federal, pegou fogo. Há alguns meses, os funcionários da Cinemateca já tinham realizado uma manifestação denunciando o estado de abandono do local e alertando para possíveis tragédias. O mesmo prédio já tinha sofrido um incêndio em 2016 e uma enchente em fevereiro do ano passado. A Cinemateca tem em seu acervo cópias de filmes, arquivos, roteiros e equipamentos antigos que contam uma parte importante do cinema brasileiro. Como eu costumo dizer, a cada ano o Brasil vai perdendo um pedaço da sua História. Lamentável! fr 

Atletas com nomes impronunciáveis na Olimpíada de Tóquio

Alguns atletas têm chamado muito a atenção durante a Olimpíada de Tóquio não pelos seus resultados mas pelos seus nomes enormes e difíceis de pronunciar. A nadadora Maryam Sheikhalizadehkhanghah, de 17 anos, nasceu em Teerã, no Irã, país em que as mulheres têm enormes dificuldades para praticar esportes. Mulheres disputando provas de natação com maiô, por exemplo, é uma delas, já que elas são proibidas de expor o corpo em público. Maryam precisou sair do Irã com a família para o vizinho Azerbaijão, local de origem de seus ascendentes, e solicitar a cidadania daquele país. Outros atletas com nomes bastante curiosos são o iraniano Saeid Mohammadpourkarkaragh e a tailandesa Prapawadee Jaroenrattanatarakoon, os dois do levantamento de peso. Queria ver o Galvão Bueno transmitindo a participação deles! 😄😄😄 fr  

Entenda a razão de a Rússia não poder ouvir o hino, nem ver sua bandeira durante a Olimpíada

       
      Durante a Olimpíada de Tóquio, a delegação russa não pode ouvir ser executado o hino do seu país durante as entregas das medalhas, nem a sua bandeira pode ser hasteada. É executado um trecho do ‘Concerto para piano e orquestra nº1’, de Tchaikovsky, e a bandeira usada é a do Comitê Olímpico Russo, assim como a imprensa não se refere à ‘Rússia', mas, sim, ao Comitê, ou, genericamente, “atletas russos”. A sigla ROC significa ‘Russian Olympic Commitee’, em inglês. Isto ocorre devido à punição ao país pelo escândalo de doping.
        No final de 2019, a AMA (Agência Mundial Antidoping) anunciou que a Rússia tinha sido punida com a exclusão da Olimpíada de Tóquio e da próxima Copa do Mundo de futebol, a ser realizada ano que vem, no Catar. Foram descobertos diversos casos de doping de atletas e manipulação de dados de laboratórios naquele país entre os anos de 2011 e 2015. A agência identificou 643 casos em 30 esportes durante Olimpíadas e Campeonatos Mundiais de atletismo, e o mais grave, com a participação do próprio governo russo.
        A punição tem sido considerada por muitos como muito branda, já que, na prática, é a Rússia que tem disputado a Olimpíada, e as medalhas conquistadas irão para aquele país. Assim como a Rússia está participando das eliminatórias para o Mundial do Catar. Por outro lado, a justificativa para a permissão da participação do país nessas competições é para não prejudicar os atletas que não tiveram participação comprovada nas práticas ilegais. fr

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Processo contra nadador dos EUA que mentiu ter sido assaltado durante Rio-2016 prescreve

        Durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, os nadadores Ryan Lochte, Jimmy Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger, dos Estados Unidos, inventaram uma mentira para esconder o péssimo comportamento que tiveram na cidade. Eles saíram para se divertir à noite, beberam demais, ficando bêbados, e vandalizaram um posto de gasolina na Barra da Tijuca. Ryan Lochte tem onze medalhas em Olimpíadas e 27 em Mundiais.
        À imprensa mundial, eles afirmaram ter sido ameaçados e assaltados por homens que teriam se identificado como policiais. A Polícia Civil do Rio de Janeiro não acreditou na versão, investigou e desmascarou os nadadores. Ryan Lochte deixou o Brasil logo no dia seguinte, mas dois chegaram a ser impedidos de viajar. Jimmy Feigen fez um acordo e pagou 35 mil reais, revertidos em material esportivo, doado a uma instituição beneficente da Rocinha. E todos acabaram liberados, mas foram punidos pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos.
        No Rio, Lochte foi indiciado por falsa comunicação de crime, o que está previsto no Código Penal, mas o processo na Justiça fluminense se arrastou desde então e prescreveu no dia 30 junho, sendo arquivado. Ou seja, não deu em nada. Os estrangeiros vêm para o Brasil, comportam-se como querem, e, se forem famosos ou tiverem dinheiro, não acontece nada. Queria ver se fossem brasileiros que tivessem feito o mesmo nos Estados Unidos... Ryan Lochte não conseguiu classificar-se para disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio. fr     

quarta-feira, 28 de julho de 2021

"Memórias de Adriano", Marguerite Yourcenar

Memórias de Adriano”, Marguerite Yourcenar, tradução de Martha Calderato; Rio de Janeiro, editora Record, s/ano, 334 páginas (Coleção Mestres da Literatura Contemporânea, vol. 5).

       A autora criou uma autobiografia do imperador Adriano (76-138), baseada em vários anos de pesquisa, mesclando informações históricas com passagens ficcionais. O texto está na primeira pessoa, e Adriano estaria escrevendo uma carta ao filho adotivo Marco Aurélio, então com 17 anos, e que viria a sucedê-lo anos mais tarde. Aos 60 anos, uma idade avançada para a época, e doente, considerando-se próximo da morte, Adriano relataria em suas memórias passagens importantes de sua vida, visando orientar o sucessor.
       “Como acontece frequentemente, é justamente aquilo que não fui que a define [sua vida] com maior exatidão: bom soldado, mas não grande guerreiro; apreciador da arte, mas não o artista que Nero acreditava ser na hora da morte; capaz de crimes, mas não um criminoso.”
       Nessas memórias, Adriano fala sobre a família; sua admiração pela cultura grega; o casamento aos 28 anos, sem amor, com Sabina, sobrinha-neta de seu antecessor, o imperador Trajano; suas paixões, inclusive por outros homens; e suas carreiras militar e política. Adriano nasceu na região de Hispânia Bética, no território da atual Espanha, e era primo de Trajano. Ele contou com o apoio da esposa do imperador para ser adotado como filho e escolhido para sucedê-lo no trono, contra a vontade de muitos de seus inimigos.
        Adriano assumiu no ano de 117 e governou o Império Romano até a sua morte, em 138, sendo considerado um bom administrador. Preocupou-se com o tratamento mais humano aos escravos, defendeu os direitos das mulheres, reorganizou a estrutura administrativa do governo, e criou diversas cidades.
       Como imperador, passou a maior parte do tempo viajando pelas provinciais romanas: “Em vinte anos de poder, passei doze sem domicílio fixo. Vivia, alternadamente, nos palácios dos mercados da Ásia, nas tranquilas residências gregas, nas magníficas vilas providas de banhos e calefatores dos residentes romanos na Gália, em cabanas, ou em propriedades rurais.”
        Enfrentou e venceu a rebelião da Judeia de forma dura e implacável, impondo o ensino da cultura grega e o politeísmo, proibindo a prática de circuncisão e a presença de judeus. “A Judéia foi riscada do mapa e, por minha ordem, passou a chamar-se Palestina. Durante os quatro anos de guerra, cinquenta fortalezas e mais de novecentas cidades e aldeias foram saqueadas e aniquiladas; o inimigo perdeu perto de seiscentos mil homens ; os combates, as febres endêmicas, as epidemias custaram-nos mais de noventa mil.”
        Sem filhos, com 60 anos e doente, Adriano decidiu escolher o seu herdeiro, tendo que adotá-lo, como foi feito com ele. A sua primeira opção, Lúcio, acabou morrendo doente. Decidiu, então, adotar o senador Antonino Pio, de 50 anos aproximadamente, acertando que ele, por sua vez, adotaria Ânio Vero, então com 17 anos, cujo nome passou a ser Marco Aurélio. Antonino governaria de 138 a161. E Marco Aurélio, neto de Adriano, foi imperador romano de 161 a 180.
        Cada vez mais fraco, Adriano passou a desejar a morte, chegando a pedir que o seu chefe da caçadas o matasse, mas ele se recusou. Pediu também a um jovem médico, que diante da insistência fingiu concordar, saindo para pegar o veneno. Foi encontrado horas depois, morto com o veneno, por não querer desrespeitar o juramento de sua profissão. Adriano desistiu de apressar sua morte, o que veio a ocorrer meses depois, aos 62 anos. 
        “Memórias de Adriano” foi lançado em 1951, após um longo período de 30 anos em que a autora pesquisou sobre a vida do imperador e sua época, escreveu e reescreveu o texto. Marguerite Yourcenar nasceu na Bélgica em 1903, e naturalizou-se estadunidense em 1947; faleceu em 1987. No início da minha leitura, li o livro sem muito prazer, mas depois o meu amor pela História fez com que eu o lesse com mais interesse. Fica o registro. fr

terça-feira, 27 de julho de 2021

Brasil conquista primeira medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio 🏄

É ouro! O Brasil conquistou hoje a primeira medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio, no Japão. Olimpíadas de 2020, que estão sendo realizadas em 2021 por conta da pandemia de coronavírus. Ítalo Ferreira venceu o japonês Kanoa Igarashi e ganhou a medalha de ouro no surfe, na primeira vez que este esporte está sendo disputado em Olimpíadas. Ítalo Ferreira é o atual campeão mundial do WSL, o Circuito Mundial de Surfe, conquista de 2019, já que ano passado não houve disputa. Até o momento, no quarto dia de disputas, o Brasil está na 14ª colocação no quadro de medalhas, com cinco ao todo, sendo uma de ouro, duas de prata e duas de bronze. Na foto: o australiano Owen Wright (bronze), Ítalo Ferreira (ouro) e o japonês Kanoa Igarashi. fr

domingo, 25 de julho de 2021

Princesa Isabel e sua família no exílio, em 1890

Foto histórica da princesa Isabel e sua família na França, em 1890, de acordo com o anotado, após, portanto, a proclamação da República. Além do marido, o conde d’Eu, estão na foto os três filhos do casal: Pedro, Antonio e Luis. A primeira filha, Luisa Vitória, nasceu morta em 1874. A princesa Isabel iria assumir o trono do Brasil após a morte ou a abdicação de D. Pedro II, mas a proclamação da República em 15 de novembro de 1889 depôs o seu pai. Ela, o marido, filhos e os pais partiram para o exílio na Europa dois dias depois. Inicialmente viajaram para Portugal, mas se estabeleceram na França. A mãe, Teresa Cristina, a imperatriz consorte do Brasil, morreu na cidade do Porto em 28 de dezembro de 1889. fr


sábado, 24 de julho de 2021

Nos EUA, não sabem dizer nem onde está o seu país no mapa, muito menos os demais 😱😱😱

A rede ABC, dos Estados Unidos, entrevistou, há alguns anos, várias pessoas e pediu a elas que apontassem em um mapa do mundo, sem identificação, quais os países que elas conheciam. Nenhum deles, mesmo aqueles com nível universitário, soube apontar nenhum país, nem mesmo o próprio país onde nasceram e vivem. A ABC pediu também que citassem algum livro que leram, e as pessoas também não sabiam dizer nenhum. Nem mesmo um moça que diz ter trabalhado como bibliotecária conseguiu lembrar de um único livro. Este é o país que aponta o dedo para o mundo inteiro, arrogantemente, considerando-se o melhor país do mundo. Que tristeza!  fr 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Dica de filme: "Uma segunda chance" (1991)

UMA SEGUNDA CHANCE (“Regarding Henry”)
EUA, 1991, Drama
Direção: Mike Nichols
Com: Harrison Ford, Annette Bening, Bill Nunn, Mikki Allen, Donald Moffat
Henry (Harrison Ford) é um advogado criminal, apenas preocupado em defender os clientes do seu escritório, independente de se fazer Justiça a quem tenha razão. Ele mantém um relacionamento distante com a esposa, e não é um pai carinhoso, tratando as pessoas de maneira impessoal e egoísta. Ao voltar para casa após um jantar, ele vai a um mercado comprar cigarros, justamente quando o estabelecimento está sendo assaltado, e leva dois tiros. Após acordar de um período inconsciente, Henry tem que reaprender tudo do básico, inclusive a ler e escrever, não se lembrando mais das pessoas, nem da sua vida até então. Com a ajuda do fisioterapeuta do hospital, ele passa a adquirir valores muito mais humanos, transformando completamente a sua vida. O roteiro é do também diretor J. J. Abrams. Um filme muito bacana! fr

segunda-feira, 19 de julho de 2021

A lua também pode ser vista durante o dia (e admirada)

Olha só que interessante. Hoje à tarde eu notei a lua bem visível da minha varanda, muito bonito. O céu bem azul, praticamente sem nuvens. Lógico, eu já tinha visto a lua durante o dia outras vezes, mas, hoje, eu resolvi registrar (abaixo). A ideia que se faz é que a lua somente aparece à noite, mas não, ela está sempre presente no céu. Pesquisei, claro, um pouco mais na internet. A lua, ao contrário do sol, não tem luz própria. A sua luminosidade vem do sol. A lua funciona como um espelho, que reflete a luz do sol até nós, ou seja, à Terra. A lua gira em torno da Terra, e o nosso planeta gira em torno do sol, portanto, sol e lua podem estar ao mesmo tempo visíveis de dia, dependendo em que posição a Terra esteja. Quando a lua é cheia ou nova não é possível ser vista durante o dia. A verdade é que muitas pessoas não se dão conta disso, não dão muita importância, devido à rotina de correria, mas vale à pena parar e admirar sempre que puder! fr
 

sábado, 17 de julho de 2021

A importância de saber escrever corretamente.

Pontue a sua vida!

Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

"Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres."

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna?
Eram quatro concorrentes.

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não!
A meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã.
Não a meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original.
Puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não!
A meu sobrinho? Jamais!
Será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade.
Um deles, sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não!
A meu sobrinho? Jamais!
Será paga a conta do padeiro? Nada!
Dou aos pobres.

Moral da estória:
Assim é a vida. Pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras.
Nós é que colocamos os pontos. E isso faz toda a diferença.

Pontue corretamente sua vida, para não dar margem a erros de interpretação.
(Da internet.)

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Cliente foi convidado a sair de restaurante por estar comendo demais!

       Terça-feira, dia 13, o pintor João Carlos disse ter sido “convidado a sair” de um restaurante no bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo, por estar comendo demais! 😊😊Ele foi a um rodízio de massas que cobrava apenas R$ 19,90 para a pessoa comer o que conseguisse, sem limite. Quando quis comer o 15º prato, um funcionário foi dizer a ele que era para deixar o restaurante, não precisava nem pagar o valor do rodízio. João Carlos, então, gravou um vídeo no local reclamando:
       “Os caras mandaram eu parar, não querem me servir mais, não, pessoal. Falaram que devolvem meu dinheiro para eu me retirar do estabelecimento. Estou fazendo esse vídeo aqui para vocês verem que isso não se faz, eu estou pagando. Me botaram para correr. O cara falou que não vai me servir mais, não. Só porque comi 14 pratos, com esse 15, e os caras mandaram me retirar do rodízio.”
        O vídeo, claro, ganhou grande repercussão na internet, chegando à imprensa, e o restaurante apressou-se a convidá-lo a retornar para comer o que quisesse, por conta do estabelecimento. E ele voltou na quinta-feira, dia 15, e disse ter comido 35 pratos. Para não ficar mal, o restaurante Ragazzo divulgou uma nota desmentindo ter impedido o rapaz de seguir comendo, e que tudo não passou de “produção de conteúdo para as redes sociais particulares” por parte dele. Que coisa! fr

quinta-feira, 15 de julho de 2021

A pobreza aumentou no Rio de Janeiro

Andando pela cidade do Rio de Janeiro facilmente se constata o aumento da população de rua. Nas fotos que eu fiz esta semana, abaixo, pode-se se ter uma noção dessa realidade. A primeira, na Av. Augusto Severo, na Glória, e a segunda, na Rua São José, rua que fica de frente para o prédio do Tribunal de Justiça. Pessoas com barracas, ou utilizando as proteções dos pontos de ônibus. Além disso, vejo muitas lojas e restaurantes fechados devido à diminuição de clientes por causa da pandemia do coronavírus. Por outro lado, também há uma recuperação que se esboça na cidade. Esta semana, por exemplo, uma loja do Magalu abriu na Rua Dias da Cruz, no Méier, e uma filial do Economia inaugurou na Rua José Bonifácio, em Todos os Santos, onde tinha farmácia e existiu um supermercado há décadas, eu ainda era criança, e ficou esse tempo todo fechado. Eu torço para que essa pandemia acabe de uma vez por todas, e as coisas melhorem para todos nós! fr

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Filha usa vinho guardado há 17 anos pelo pai para fazer sangria

Imagina a situação: um espanhol, de 56 anos, guardou uma garrafa do vinho francês Petrus durante 17 anos, ou seja, desde o ano de 2004, quando foi comprado. A intenção era abri-la em um momento especial. Mas a filha, de 19 anos, convidou uns amigos para uma reunião na sala de casa e, sem saber o quanto aquele vinho era especial para os pais, abriu a garrafa para fazer uma sangria, ou seja, uma mistura de vinho, frutas, açúcar, gelo e outros ingredientes, a gosto. A garrafa do vinho custa algo em torno de 2.500 euros, o correspondente, hoje, a cerca de 15.500 reais. O espanhol lamentou muito a sua distração e prejuízo: “A garrafa costumava ficar escondida no porão, mas eu a tirei recentemente para mostrá-la a um amigo, e não tive tempo de guardá-la.”. Sangria cara essa!... 😵fr

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Dica de livro: "O nome da rosa"

“O nome da rosa”
, Umberto Eco, tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero Ereitas de Andrade; Rio de Janeiro, editora Record, s/ano, 571 páginas (Coleção Mestres da Literatura Contemporânea, vol. 4).

        Eu conclui a leitura de mais um livro. Lançado em 1980, este foi o primeiro romance do italiano Umberto Eco (1932-2016), professor de Semiótica, filósofo, linguista e bibliófilo. O autor explica logo no início como surgiu a ideia de escrever o livro. Em agosto de 1968, em Praga, pouco antes da invasão soviética, ele encontrou um livro de “um certo abade Vallet”, na verdade a tradução para o francês que ele fez de um manuscrito em latim do século 14, escrito por um noviço de nome Adson, no mosteiro de Melk, na Áustria.
        Umberto Eco ficou fascinado com a história, e traduziu o texto à mão em vários cadernos; o original do livro acabou se perdendo, ficando com um conhecido. Eco passou a pesquisar sobre o assunto. O noviço Adso narra, provavelmente no final do século 14, quando já estava bem idoso, acontecimentos passados no final de novembro de 1327,
        “Pensando bem, bastante escassas eram as razões que pudessem inclinar-me a publicar a minha versão italiana de uma obscura versão neogótica francesa de uma edição latina seiscentista de uma obra escrita em latim por um monge germânico em fins do século XIV.”, reflete o autor. Mas, após pouco mais de uma década após ter encontrado o livro de Vallet, decidiu-se por desenvolver a sua história, baseada nos relatos de Adso de Melk.
        O livro mescla personagens fictícios com personalidades históricas, e faz diversas citações em latim, mas sem tradução. É narrado em primeira pessoa pelo monge Adson, já idoso, em sua cela no mosteiro de Melk, e conta os acontecimentos que viveu e presenciou no final de 1327, quando ainda era um adolescente noviço. Adso era discípulo e escrivão do frei franciscano Guilherme de Baskerville, um ex-inquisidor inglês que foi incumbido pelo imperador Ludovico de investigar a morte suspeita de um monge em uma abadia na Itália, cujo nome Adso prefere não informar.
        Frei Guilherme era bastante experiente e perspicaz, o que lhe envaidecia muito, descrito por Adson como já “muito velho”, com os seus 50 anos prováveis, o que era uma idade bem adiantada para a Idade Média. A investigação ocorre dentro de um contexto histórico, que precisa ser entendido pelo leitor, basta uma pesquisa rápida sobre os personagens envolvidos. E se o leitor gostar de História, como eu, fica tudo mais prazeroso.
        Em 1327, havia uma grande disputa entre o imperador Ludovico, Luís 4 do Sacro Império Romano-Germânico, e o papa francês João 22, que decidiu governar em Avignon, em seu país natal, não em Roma. Ludovico governava uma grande região da Europa, que incluía a Itália. João 22 condenava o princípio da pobreza evangélica, defendida pelos Franciscanos, por acreditar que isso enfraqueceria a Igreja diante dos mais poderosos.
        O papa perseguiu vários grupos franciscanos, considerados hereges. E justamente nesse clima, foi realizado um encontro na abadia entre representantes do papa e do imperador, inimigas por suas interpretações opostas do Evangelho. Não houve nenhum resultado devido às mortes ocorridas naqueles dias, que levaram a um julgamento inquistório sobre um pretenso culpado, que, na realidade, não era o verdadeiro criminoso responsável pelas mortes.
        Á medida em que frei Guilherme interpelava os monges da abadia convenceu-se que havia um grande mistério por trás da morte que deveria investigar. E esse mistério tinha a ver com a biblioteca do mosteiro, a de maior acervo cristão à época, mas também com livros vistos como hereges, cujo acesso ele e ninguém mais estava autorizado, somente o bibliotecário e o seu ajudante. Os livros somente podiam ser consultados com autorização do bibliotecário, ou, em alguns casos, do próprio abade.
        Naquele tempo, anterior à invenção da Imprensa pelo alemão Johannes Gutenberg, que somente viria ocorrer no século seguinte, os livros precisavam ser manuscritos, e para se ter uma cópia de alguma obra, deveria ser exaustivamente transcrito. Frei Guilherme e Adso descobrem relacionamentos proibidos entre monges e entre estes com mulheres da localidade, além de rivalidades entre os religiosos.
        O mistério torna-se ainda maior durante os sete dias em que os dois estiveram na abadia com a ocorrência de mais mortes. E tudo levava a um livro que foi roubado da biblioteca e alguém queria retomá-lo para que não fosse lido por mais ninguém. Na Idade Média, muitos religiosos defendiam que o riso deveria ser combatido, por ser algo associado ao maligno, e que as pessoas precisavam valorizar comportamentos mais austeros.
        Aqueles que tinham essa convicção procuravam justificá-la com a discutível crença de que Jesus Cristo nunca tinha rido, ou, pelo menos, não havia registro disso nos textos bíblicos. Jorge de Burgos, um ancião cego, que conhecia todos os livros do acervo da biblioteca por ter exercido essa função anos antes, quando podia enxergar, era um dos que acreditavam nessa regra:
        “As comédias eram escritas pelos pagãos para levar os espectadores ao riso, e nisso faziam mal. Jesus Nosso Senhor nunca contou comédias nem fábulas, mas apenas límpidas parábolas que alegoricamente nos instruem sobre como alcançar o paraíso, e assim seja. (...) O riso sacode o corpo, deforma as linhas do rosto, torna o homem semelhante ao macaco.”
        A seguir, vou adiantar alguns acontecimentos do livro, portanto, quem não desejar ter conhecimento antecipado, precisa decidir se quer continuar lendo o meu texto ou não.
        Frei Guilherme e Adso acabam por descobrir o responsável pelas mortes na abadia, e a razão delas terem acontecido. Jorge de Burgos protegeu durante anos a única cópia do segundo livro da Poética, de Aristóteles, considerado perdido, e no qual o filósofo trataria da Comédia. De fato, o filósofo escreveu um livro com o título “Poética”, sobre a poesia e a arte em geral, e acredita-se que tenha existido um segundo livro, ou seja, uma continuação, da qual ele trataria da Comédia, mas este nunca foi encontrado. A intenção de Jorge de Burgos era impedir o que ele considerava a desvirtuação da ordem, com a legitimação do riso, em que as pessoas do povo não temessem mais os seus líderes.
        “O riso distrai, por alguns instantes, o aldeão do medo. Mas a lei é imposta pelo medo, cujo nome verdadeiro é temor a Deus. E deste livro poderia partir a fagulha luciferina que atearia no mundo inteiro um novo incêndio: e o riso seria designado como arte nova, desconhecida até de Prometeu, para anular o medo. (...) se o riso é o deleite da plebe, que a licença da plebe seja refreada e humilhada, e amedrontada com a severidade. (...) Os simples não devem falar. Esse livro teria justificado a ideia de que a língua dos simples é portadora de alguma sabedoria. Era preciso impedir isso, foi o que fiz.”
        Descoberto, o monge Jorge de Burgos passou a rasgar o livro, a fim de evitar que ele pudesse ser lido por mais alguém. Frei Guilherme e Adson tentaram impedi-lo, mas ele conseguiu agarrar o lume (artefato a óleo utilizado para iluminação à época) e jogá-lo nos livros, dando início a um incêndio. O livro de Aristóteles, a biblioteca e praticamente todos os edifícios da abadia foram destruídos, assim como o monge morreu.
        Jorge de Burgos foi o responsável pela morte do abade, ao prendê-lo em uma passagem da biblioteca e ele morrer sem ar, as demais mortes estavam ligadas ao interesse dos monges em conhecer o conteúdo do livro misterioso. Jorge manipulou outros monges, de acordo com os seus interesses para que o livro permanecesse inacessível. “O nome da rosa” era uma expressão usada durante a Idade Média para representar o enorme poder das palavras. O livro foi adaptado para o cinema em 1986, com a direção do francês Jean-Jacques Annaud, e Sean Connery como o frei Guilherme. fr 

"O nome da rosa" (1986)

O NOME DA ROSA (“Le nom de La rose”)
Co-produção França, Itália e Alemanha Ocidental; 1986, Suspense
Direção: Jean-Jacques Annaud
Com: Sean Connery, Christian Slater, Feodor Chaliapin Jr., Ron Perlman, F. Murray Abraham
       Eu já tinha visto o filme há muito tempo, mas resolvi assistir novamente, agora que eu acabei de ler o livro do Umberto Eco. É a história de mortes misteriosas em uma abadia na Itália, em plena Idade Média, motivadas por um livro que desejam esconder. O filme faz muitas alterações em relação ao texto do livro de Umberto Eco, além de inverter a ordem de alguns acontecimentos. Algumas mudanças são compreensíveis para a adaptação, mas muitas não têm nada a ver com a história original.
       O personagem Salvatore, por exemplo, é descrito por Umberto Eco com feições animalescas, e no filme isso foi exagerado, ele ganhou uma corcunda e até revirava o cemitério em busca de ratos. Isso não faz sentido, já que ele era o ajudante do responsável pela despensa da abadia e tinha acesso fácil à comida. E Salvatore tentou matar frei Guilherme de Baskerville, jogando nele um tijolo do alto da abadia, o que nunca aconteceu no livro.
       Outra inclusão no filme foi a prática de autoflagelo por Berengário, o ajudante do bibliotecário, também não descrita no livro. No filme, o frei Guilherme sofre um acidente dentro da biblioteca, quase caindo de um alçapão e morrendo; mais uma vez isso não acontece na obra de Eco. As piores alterações, em minha opinião, mostram frei Guilherme contestando o inquisidor Bernardo Gui, representante papal, para defender pessoas acusadas de heresia.
       As decisões da Inquisição não podiam ser confrontadas, o que fez com que Bernardo Gui decidisse que Guilherme deveria ser levado à presença do papa João 22 para uma punição. Salvatore, Remigio e a jovem camponesa com quem Adso teve relações sexuais, foram condenados à fogueira pelo inquisidor e queimados no próprio local, sendo que a moça conseguiu ser salva pelos moradores da região, que perseguiram Bernardo Gui, e este, ao tentar fugir, tem a sua carruagem atolada e jogada de um penhasco, vindo a morrer. No final do filme, o noviço Adso chega a ficar em dúvida se seguiria com o seu mestre ou ficaria com a jovem, decidindo partir.
       No livro de Umberto Eco, nada disso aconteceu! Frei Guilherme não entrou em choque direto com Bernardo Gui, que partiu com os três acusados de heresia para terem suas sentenças confirmadas pelo papa, inclusive com a jovem camponesa, antes mesmo do incêndio que destruiu a abadia e a biblioteca. Quem não leu o livro, claro, não tem como identificar todas essas alterações, e outras, e pode até gostar do filme. Sean Connery está muito bem como frei Guilherme. Mas, para quem leu, com certeza fica uma sensação de que o filme conta uma outra história, e o livro é apenas o ponto de partida. fr 

"O nome da rosa" (trecho do filme)

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Frases interessantes da internet

Frases interessantes da internet, sem autoria informada:

81. “Que bom seria se as pessoas fossem felizes como aparentam; estivessem apaixonadas como publicam; e fossem tão sinceras como dizem.”

82. “Só o dono da casa sabe onde ficam as goteiras. Então, não aceite críticas de quem não sabe nada do que você passa. Somente você sabe das suas lutas e das suas dores.”

83. "Não há glória ou mérito na vitória obtida fora dos regulamentos, ou para a qual não se desenvolveu esforço pessoal."

84. "Não roube. O governo não suporta concorrência." (No vidro de um carro.)

85. "Não podemos evitar que os pássaros da tristeza voem sobre nossas cabeças; mas podemos evitar que façam ninhos em nossos ouvidos." (Provérbio chinês)

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Os melhores programas da TV brasileira (4) - SHOW DO MILHÃO

          Eu gosto muito de programas de perguntas, lembro do J. Silvestre, mas eu era criança na época. O ‘Show do Milhão’ foi um programa do SBT, apresentado pelo Silvio Santos, e fez muito sucesso entre 1999, inicialmente com o nome ‘Jogo do Milhão’, e 2003, chegando a virar vários tipos de jogos. O prêmio máximo era, claro, de um milhão de reais, que somente chegou a ser entregue uma única vez, para o bancário aposentado sul-mato-grossense Sidiney de Moraes, em 2003.
          Sidiney de Moraes contou, depois, que estudou muito, e chegou a comprar uma enciclopédia, além de assistir todos os programas e anotar em vários cadernos as perguntas que apareciam. O participante podia pular três vezes as perguntas que desconhecesse a resposta; pedir ajuda às cartas, tirando uma de quatro cartas, que eliminariam 1 a 4 respostas; e pedir ajuda aos universitários, que, em geral, nunca sabiam nada. 😀😀 Foram 18 perguntas, das quais duas Sidiney não sabia e pulou.
          A pergunta decisiva foi sobre a data de nascimento e a data de registro do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva: 6 e 27 de outubro. O Silvio Santos sempre bajulando os presidentes da República! 😀😀 Sidiney de Moraes afirmou ter dado 100 mil reais para cada um dos dois filhos, e quantias menores para outras pessoas, além de comprar um apartamento e um carro, guardando o restante. A esposa dele 
faleceu em 2007.
          O programa ‘Show do Milhão’ deve retornar à programação do SBT em breve, com a apresentação de Celso Portiolli. A participação de Sidiney de Moraes foi em dois programas, o primeiro até a pergunta de 500 mil reais, e semanas depois a pergunta de um milhão. Assista abaixo.fr

terça-feira, 6 de julho de 2021

O mundo em peso condena o bloqueio dos EUA a Cuba

O mundo mais uma vez se manifestou contra o bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba, desde 1962, que já causou cerca de 150 bilhões de dólares de prejuízos à economia cubana ao longo desse tempo. No dia 23 de junho, a ONU (Organização das Nações Unidas) votou uma resolução proposta por Cuba contra o bloqueio, exigindo que ele seja, enfim, encerrado. O mundo em peso manifestou-se contra o bloqueio: foram 184 países votando a favor do seu encerramento, três que se abstiveram e somente dois votos contra (os Estados Unidos, claro, e Israel). De acordo com a revista Carta Capital, o Brasil foi um dos três países que se abstiveram de votar, junto com Ucrânia e Colômbia. É uma posição surpreendente, já que em 2019, o governo do presidente Jair Bolsonaro votou contra, após anos seguidos em que o Brasil se manifestou favorável ao fim do bloqueio. Em 2020, não houve votação da resolução devido à pandemia do coronavírus.

É o 29º ano que o mundo condena o bloqueio, mas a resolução da ONU não tem o poder de impor a vontade mundial aos Estados Unidos. O bloqueio somente pode ser encerrado através de decisão do Congresso estadunidense. É curioso os Estados Unidos insistirem nesse ataque a Cuba, mesmo após o fim da Guerra Fria, e até hipócrita, já que se a motivação era o fato de Cuba ser uma ditadura comunista, por que, então, não fazem também um bloqueio à China, a maior ditadura comunista do mundo? A verdade é que os Estados Unidos não estão preocupados com a democracia ou com os direitos humanos em Cuba, nem em lugar nenhum do mundo, mas apenas com os negócios que deixa de lucrar no país caribenho. Lucros dos quais os Estados Unidos não abrem mão continuando comercializando com a China, onde têm diversas empresas instaladas. Negócios são negócios!

Minha opinião:

Não simpatizo com o comunismo, muito menos com regimes ditatoriais, sejam eles de esquerda ou de direita! Mas nenhum país deve se comportar como um xerife, impondo a sua opinião aos demais. Quem mais perde com os prejuízos de bilhões de dólares anuais é o povo cubano. Tem que haver outras medidas diplomáticas para conduzir um país à democracia. O grande problema é que as grandes potências mundiais não admitem que países dentro de sua área de dominação, como é o caso da América Latina para os Estados Unidos, adotem posturas independentes. Eu desejo a Cuba o mesmo que desejo ao meu país e a todos os outros países do mundo: democracia, justiça social, desenvolvimento e distribuição de renda, mas sem abrir mão de sua soberania. Seja para os Estados Unidos, a Rússia ou que país for. fr

Há 29 anos o mundo exige o fim do bloqueio, será que todos estão errados?

 

domingo, 4 de julho de 2021

Justiça obriga CBF explicar porque o Brasil é o único país a não ter a camisa 24 na Copa América

        A humanidade avança com o tempo em vários aspectos, como as inovações tecnológicas e científicas, por exemplo, mas permanece atrasada no que diz respeito ao preconceito e à ignorância. A Justiça do Rio de Janeiro determinou que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) explicasse a razão de a seleção brasileira não ter a camisa 24 em seu elenco na Copa América, atualmente disputada no Brasil. A numeração passa do número 23 imediatamente para o 25.
        O juiz da 10ª Vara Cível atendeu à solicitação do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, e na sexta-feira, dia 2, deu um prazo de 48 horas para a CBF esclarecer a situação, sob pena de multa diária de R$ 800. Ontem, a Confederação deu uma explicação nada convincente, afirmando que a decisão se deu devido à ampliação pela Conmebol do número de jogadores por cada seleção, antes de 23 atletas.
        "A comissão técnica sentiu-se confortável em convocar apenas mais um jogador, além dos 23 inicialmente inscritos, e, para esse jogador, em razão de sua posição (meio-campo) e por mera liberalidade, optou-se pelo número 25. Como poderia ter sido 24, 26, 27 ou 28, a depender da posição desportiva do jogador convocado: em regra, numeração mais baixa para os defensores, mediana para volantes e meio campo, e mais alta para os atacantes."
        Como se vê, uma “explicação” ridícula, que tenta justificar o injustificável. O Brasil é o único dos dez participantes da Copa América, a excluir a camisa 24, número associado, em nosso país, à homossexualidade. Grande besteira, e enorme atraso. Como se um homem deixasse de ser hetero apenas pelo número da camisa que veste. Mas, como todo preconceituoso é covarde, ele nunca assume claramente suas posições, preferindo sempre se esconder atrás de desculpas esfarrapadas. Uma vergonha para o nosso país! fr 

sábado, 3 de julho de 2021

"O menino da bolha de plástico" (1976)

O MENINO DA BOLHA DE PLÁSTICO (“The boy in the plastic bubble”)
EUA, 1976, Drama
Direção: Randal Kleiser
Com: John Travolta, Glynnis O’Connor, Robert Reed, Diana Hyland, Ralph Bellamy
Eu assisti a este filme quando era adolescente, depois nunca mais vi passar na televisão. Hoje, eu consegui assistir na Rede Brasil, valeu a pena ter pedido à emissora que passassem o filme. Foi o primeiro papel de protagonista de John Travolta, então com apenas 22 anos. Produzido para a TV dos Estados Unidos, ele conta a história de Tod Lubitch, que nasceu com uma rara doença em que o seu sistema imunológico não tinha defesas contra germes e vírus, e um simples resfriado poderia matá-lo. Desde que nasceu, ele viveu dentro de um recipiente que o protegia do exterior, primeiro no hospital, e depois em casa, em um quarto adaptado para sua proteção. Ele não podia ter contato com ninguém, nem mesmo os seus pais, e tudo com que tinha contato tinha que ser esterilizado antes. Na adolescência, Tod apaixona-se pela vizinha, uma menina de sua idade. O filme é baseado em casos reais, como o do menino David Vetter, nascido em 1971, que chegou a passar por um transplante de medula óssea em 1984, doada por sua irmã, mas acabou morrendo dias depois. Foi constatado que David sofreu infecção por um vírus na medula doada pela irmã, não detectado nos exames anteriores ao transplante. Bom, depois de tanto tempo, enfim, consegui rever o filme. fr

Reportagem do Fantástico, da Rede Globo, sobre o menino David Vetter (1975)

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Carro-voador é testado na Eslováquia e mostra como vai ser o futuro

       Não parece haver limites para as inovações tecnológicas. O que há 50, 100 ou 200 anos seria algo impensável, e até mesmo inaceitável para muitos, hoje em dia é visto como algo do cotidiano, totalmente comum. Por exemplo, ligar uma televisão e ver e ouvir pessoas ao vivo; viajar pelos céus em aviões ou pelo mar em navios; transplantes de órgãos humanos; telefones celulares e luz elétrica, para citar apenas alguns exemplos.

       Mais uma invenção que promete ser incorporada nos próximos anos: o carro-voador. Na segunda-feira passada, dia 28, um protótipo foi experimentado na Eslováquia, fazendo um voo entre os aeroportos internacionais de Nitra e Bratislava em 35 minutos. É o carro-avião híbrido AirCar, com motor Honda e gasolina comum. De acordo com o inventor, o professor Stefan Klein, o carro voador pode voar em uma altura de dois mil e quinhentos metros, o que é superior à altura do maior edifício existente atualmente no mundo, o Burj Khalifa, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com 828 metros.
       Segundo Stefan, o carro pode voar por cerca de mil quilômetros, já atingiu a velocidade de 170/h e voou por 40 minutos. O carro-voador necessita de dois minutos e 15 segundos para passar de carro a aeronave, podendo transportar duas pessoas e um limite de peso total de 200 quilos. Mas, para decolar e pousar tem que ser em uma pista, não conseguindo fazê-lo verticalmente, como outros protótipos já apresentados pelo mundo.
       O mercado promete ser muito promissor, já que há milhares de pessoas interessadas em comprar veículos híbridos como este, e várias empresas desenvolvendo projetos semelhantes. Há projetos para desenvolver modelos com capacidade para mais pessoas, inclusive táxis e ônibus voadores. Enfim, é a ficção-científica tornando-se realidade. Eu fico imaginando como será o futuro, com o céu ocupado por diversos carros, táxis e ônibus voadores, que confusão vai ser! É esperar para ver. Em 1962 e 63 o desenho ‘Os Jetsons” já previu o uso desses carros. fr