SEJA ÉTICO

SEJA ÉTICO: Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução do conteúdo deste blog com a devida citação de sua fonte.

terça-feira, 30 de junho de 2020

Dica de filme: "Meu amigo, o dragão"

MEU AMIGO, O DRAGÃO (“Pete's Dragon”)
EUA, 2016, Aventura, Família
Direção: David Lowery
Com: Oakes Fegley, Bryce Dallas Howard, Robert Redford, Oona Laurence
Um filme para todas as idades, pode ser visto também com as crianças; e os adultos também vão gostar. Pete (Oakes Fegçey) e os pais vão viajar para um passeio na floresta, mas sofrem um acidente com o carro na estrada. Órfão, o menino é encontrado por um dragão, a quem passa a chamar de Elliot, personagem de um livro infantil dado pelos pais. Após seis anos vivendo longe das pessoas, uma madeireira começa a derrubar as árvores do local, e a se aproximar de onde os dois vivem. Um dia, Pete é visto por Natalie (Oona Laurence), uma menina que deve ter sua idade, e, ao tentar fugir dos empregados da madeireira, cai de uma árvore, desacordado, sendo levado para o hospital. A guarda-florestal Grace Meacham (Bryce Dallas Howard) se interessa pela história do menino, que diz ter um amigo na floresta, um dragão. Grace passou a infância toda ouvindo o pai, interpretado por Robert Redford, contar sobre o dia em que, quando jovem, encontrou um dragão na mesma floresta. Elliot, por sua vez, procura pelo amigo, enquanto é caçado por um homem em busca de lucros e fama. O filme é baseado em um  conto de S.S. Field e Seton I. Miller, e uma refilmagem de outro, feito em 1977, com o mesmo nome, mas um musical, com o ator Mickey Rooney fazendo o papel do pai da guarda-florestal. Esse filme eu não consegui encontrar na internet para assistir. O dragão de 1977 é um desenho animado que “contracena” com os atores reais, enquanto o de 2016 é resultado de produção em computador e excelentes efeitos especiais. Reúna a família e assista. Boa diversão!  fr

"Meu amigo, o dragão" (2016)

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Repórter da CNN é assaltada durante transmissão ao vivo em São Paulo

Uma repórter da CNN foi assaltada por um homem, armado com uma faca, enquanto ela estava ao vivo. Aconteceu no sábado passado, dia 27, na zona norte de São Paulo, e a reportagem falava sobre a situação da cidade durante a chuva. A repórter teve dois celulares roubados, o da emissora e o particular. A polícia paulista anunciou, algumas horas depois, ter prendido o homem, que, segundo foi informado, tem 40 anos, e antecedentes criminais por roubo e furto. Ele teria sido colocado em liberdade no dia 2 de maio. Os celulares não foram recuperados. Pode ser que o homem estivesse drogado, mas, mesmo assim, mostra a situação que vivemos no país. Esses bandidos não têm medo de nada, e não se importam nem de cometer crimes em frente às câmeras. Felizmente, a repórter está bem, assustada, claro. fr   
.

domingo, 28 de junho de 2020

Botafogo volta ao campeonato fazendo protesto e goleando: 6x2

     No retorno precipitado do campeonato estadual, o Botafogo goleou a Cabofriense por 6x2 e pode confirmar a classificação para as semifinais na última rodada da Taça Rio. O jogo foi pela manhã, eu ouvi pelo rádio porque a TV não passou. Foram mais de três meses sem jogar, mas o Botafogo voltou e cumpriu a sua obrigação. Antes do jogo, os jogadores marcaram a posição do clube, mostrando uma faixa em protesto ao retorno dos jogos, em plena pandemia de coronavírus: “protocolo bom é o que respeita vidas”.                    
        Outro protesto foi do treinador Paulo Autuori, punido pelo TJD/RJ (Tribunal de Justiça Desportiva) após criticar a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro). Autuori foi suspenso por 15 dias ao criticar o retorno do futebol antecipado, qualificando a Ferj como “a federação dos espertos”, que só se preocupa em manter a “mamata”, porque é um feudo, que somente defende os seus próprios interesses.
      O Botafogo recorreu ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que concedeu liminar, derrubando a suspensão. Em protesto, Autuori afirmou preferir não ir a campo. Renê Weber, o auxiliar-técnico, ficou no banco no jogo de hoje.
A Cabofriense vem fazendo uma campanha horrível, com nove derrotas nos dez jogos disputados, e uma única vitória, sobre o Vasco, por 1x0, na Taça Guanabara.  O Botafogo está em segundo lugar no grupo A, empatado com sete pontos com o Boavista, mas em vantagem no número de gols marcados, como critério desempate.
Para o Botafogo se classificar para a semifinal da Taça Rio, basta vencer a Portuguesa e o Boavista perder ou empatar com o Flamengo, na próxima quarta-feira. Os dois outros jogos dos grandes, hoje, foram pelo grupo B: em São Januário, o Vasco venceu o Macaé por 3x1; e o Fluminense perdeu, à noite, no Estádio Nilton Santos para o Volta Redonda, por 3x0. fr  

Botafogo 6x2 Cabofriense

FICHA TÉCNICA: jornal Lance!
BOTAFOGO 6 X 2 CABOFRIENSE
Data/Hora:
 28/06/2020, às 11h (de Brasília)
Local: Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ)
Gramado: Bom
Público/ Renda: Portões fechados
Árbitro: Rodrigo Carvalhães de Miranda (RJ) Nota L!: 6,5 - Arbitragem segura, sem lances polêmicos. Acertou no pênalto a favor da Cabofriense.
Assistentes: Luiz Claudio Regazone (RJ) e Michel Correia (RJ)
Cartão amarelo: Cícero (BOT) 
Cartão Vermelho: Não houve.
Gols: Pedro Raul (3´/1ºT, 1-0 e 8´/2ºT, 3-1), Cícero (39’/1ºT, 2-0), Emerson Carioca (4´/2ºT, 2-1), Diego Sales 15´/2ºT, 3-2), Bruno Nazário 29´/2ºT, 4-2), Luis Henrique 34´/2ºT, 5-2) e Caio Alexandre (44/2ºT, 6-2)
Botafogo: Diego Cavalieri; Marcelo Benevenuto, Ruan Renato, Cícero (Luiz Otávio, 40´/2ºT) e Danilo Barcelos; Alex Santana (Caio Alexandre, 18´/2ºT), Honda e Bruno Nazário (Lecaros, 40´/2ºT); Luis Henrique, Pedro Raul e Luiz Fernando (Fernando, 18´/2ºT). Técnico: Renê Weber
Cabofriense: George, Watson, Lucas Cunha, Fábio e Victor Feitosa; Luan (Uellinton, 31´/2ºT), Emerson Carioca, Gama (João Pereira, 35´/2ºT) e Pedrinho (Natan, 17´/2ºT); Diego Sales (Fabiano, 16'/2ºT) e Kaká. Técnico: Luciano Quadros

sábado, 27 de junho de 2020

Torcedores ingleses fazem aglomerações e muita sujeira na festa do título da Premier League, apesar da Covid-2019

          Bagunça, sujeira, bebedeira, barulho e muito desrespeito à situação que o mundo e o Reino Unido vivem, com a morte de milhares de pessoas pela Covid-2019, e a necessidade de afastamento social. Este exemplo de falta de civilidade aconteceu ontem, dia 26, em um dos países que mais se gaba de ser "desenvolvido", a Inglaterra.
Tudo isso por conta da conquista do título inglês pelo Liverpool, na quinta-feira, com a derrota do vice-líder Manchester City para o Chelsea por 2x1. A conquista do título acabou com um jejum de três décadas do clube, que pela primeira vez ganha a competição já com a nova denominação, “Premier League”, criada em 1992. E com sete rodadas de antecedência. O time inglês tem os brasileiros Alisson, Roberto Firmino e Fabinho.
       O comportamento da torcida do Liverpool foi criticado pela imprensa e pelas autoridades inglesas. Foram mais de dois mil torcedores a festejar o título nas proximidades do estádio de Anfield, de propriedade do clube. Há relatos de pessoas consumindo muita bebida alcoólica, urinando em prédios, e disparando fogos de artifício. Um desses fogos atingiu o primeiro andar de um edifício histórico da localidade, e houve necessidade de se chamar os bombeiros para apagar o início de incêndio.
         O comportamento dos torcedores obrigou a prefeitura de Liverpool a reforçar o policiamento nas ruas e determinar a dispersão das pessoas até amanhã. O clube precisou pronunciar-se através de uma nota oficial, classificando os acontecimentos como "totalmente inaceitáveis":
“Nossa cidade ainda está em crise de saúde pública e esse comportamento é totalmente inaceitável. Ainda existe o perigo de um segundo pico da COVID-19 e precisamos trabalhar juntos para garantir que tudo o que alcançamos até agora durante a quarentena não seja estragado.”
O prefeito de Liverpool, Joe Anderson, também manifestou a sua irritação:
“Estou frustrado, irritado e chateado. Entendo que, na quinta-feira, quando eles se reuniram nos arredores de Anfield, a paixão falou mais alto e tivemos que aceitar. Mas nesta sexta-feira, o que vimos foi premeditado, planejado, pensado. Os torcedores do Liverpool Football Club não tiveram consideração pela nossa cidade, pelas outras famílias, pelo NHS [Sistema Nacional de Saúde britânico].”  
Minha opinião: Se tudo isso tivesse acontecido no Brasil, ou em outro país menos “desenvolvido”, o mundo todo criticaria e diria que é por ser em um país atrasado, sem civilidade. Mas, aconteceu na Inglaterra. E não é a primeira vez que vemos notícias como esta em países europeus ou nos Estados Unidos. Com que moral depois eles podem criticar os outros? fr

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Prefeito assume incapacidade de impedir superlotação dos ônibus em plena pandemia do coronavírus

O Rio de Janeiro é o segundo estado mais atingido pela disseminação do coronavírus no país, e a capital a cidade que está em pior situação. Paradoxalmente, as autoridades vêm reduzindo as restrições e, cada vez mais, permitindo a abertura do comércio, shoppings e, até, jogos de futebol. A consequência óbvia disso é o aumento do número de pessoas saindo às ruas, e lotando o transporte público, como se já estivéssemos em uma situação “normal”. Segunda-feira, dia 22, foi publicada no Diário Oficial do Município uma resolução do prefeito Marcelo Crivella (partido Republicanos) permitindo passageiros em pé dentro dos ônibus e BRTs.
Uma das medidas tomadas em março para o combate ao coronavírus tinha sido justamente proibir o excesso de passageiros dentro do transporte público, mas, a verdade é que ninguém fiscaliza, ninguém coíbe, e muitos ônibus têm circulado lotados, como sempre. De acordo com o que eu li na imprensa, a resolução é uma autorização, que precisa, ainda, ser regulamentada para vigorar, portanto, ainda é proibido aos ônibus e BRTs transportar passageiros em pé.
Como a prefeitura não tem condições de evitar que aconteça a superlotação, o prefeito, então, oficializou que pode viajar em pé. Ou seja, diante da incapacidade do poder público de evitar aglomerações dentro dos ônibus, ele tornou permitido. Um absurdo! Sempre foi errado os ônibus estarem lotados, como latas de sardinha, por questões de segurança e higiene, hoje em dia, então...
         A resolução estabelece que poderá estar dentro dos ônibus um número limitado de passageiros em pé, “desde que respeitada a taxa de ocupação de dois passageiros em pé por metro quadrado de área útil”. Esse número deverá ser informado nos ônibus. Entre os itens da resolução, está a obrigatoriedade de se usar máscaras dentro dos ônibus e BRTs, e aquele que a descumprir pode ser advertido e até “convidado a se retirar do recinto ou veículo”. Se for necessário, com o auxílio da Guarda Municipal ou Polícia Militar.
          É determinado, ainda, ser de obrigação dos concessionários de ônibus providenciar a desinfecção interna e a higienização diária dos veículos, e disponibilizar álcool 70% nos terminais e estações de embarque dos BRTs. A fiscalização do cumprimento da resolução caberá à Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (SUBVISA), e à Secretaria Municipal de Transportes (SMTR). E o descumprimento da resolução “sujeitará os infratores às sanções cabíveis, conforme previsto na legislação vigente”.

Minha opinião: O Brasil é o país das leis; temos leis, emendas, resoluções, portarias, decretos e todo tipo de ordenamento jurídico que se possa imaginar... no papel. O mais difícil é que tudo o que está previsto nessa resolução do prefeito seja fiscalizado e cumprido. Até agora, mesmo sendo proibido o excesso de passageiros em pé dentro dos ônibus, o que se viu foi justamente isso, ou seja, ônibus lotados. Eu sempre escrevi aqui, no meu blog, que o transporte público é um dos maiores disseminadores de doenças que existe no Brasil. São imundos, e as concessionárias não limpam e higienizam os veículos diariamente, como deveriam. As pessoas têm que segurar em barras nojentas, que grudam nas mãos. Depois, acabam colocando as mãos no rosto, principalmente crianças e idosos. E ainda pagamos super caro por um serviço de quinta categoria, sem conforto, sem segurança e sem higiene. Não acredito que alguma coisa vá mudar com essa resolução, infelizmente. O coronavírus agradece! fr

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Dica de filme: "A janela secreta"

A JANELA SECRETA (“Secret window”)
EUA, 2004, Suspense
Direção: David Koepp
Com: Johnny Depp, John Turturro, Maria Bello, Timothy Hutton
Eu gosto muito desse tipo de filme. Após flagrar a traição da esposa, Amy, (Maria Bello), o escritor Mort Rainey (Johnny Depp) vai para sua casa à beira de um lago tentar escrever. Mas passa a sofrer ameaças de um homem misterioso, John Shooter (John Turturro), que o acusa de ter plagiado seu conto. Ele exige uma retratação e a mudança do final do conto, que teria sido alterado por Rainey, e dá um prazo de três dias para isso ser feito. A perseguição passa a se tornar violenta, colocando em risco a vida do escritor. “A janela secreta” é baseado em um conto de Stephen King. Filmaço! fr

A janela secreta (2004)

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Em tempos de coronavírus no Rio, sair à rua gera muita apreensão

Ontem, após um mês inteiro sem sair à rua, eu fui ao shopping, perto de onde eu moro, para tirar umas cópias de alguns documentos para resolver um compromisso de família. E aproveitei também para ir ao supermercado, também no mesmo shopping. Eu tenho priorizado fazer pelo telefone as compras de frutas, legumes etc., e receber a entrega, deixando as compras maiores no supermercado. E procuro fazer um pequeno estoque, para não precisar sair muito.

Ao ter que sair ontem, foi inevitável ficar com uma apreensão de ter que andar na rua novamente, principalmente porque os números de infectados e mortes na cidade do Rio de Janeiro são altíssimos. De acordo com os dados oficiais, o estado do Rio já tem mais de 100 mil infectados e 9,1 mil mortes, sendo que, apenas na capital, foram seis mil. E o pior de tudo é que as pessoas em geral não demonstram a mesma preocupação, muitas fazem aglomerações, andam muito perto umas das outras, e não devem ter também muito cuidados em lavar as mãos.

E, no sentido contrário da realidade, as autoridades já começaram a diminuir as medidas de afastamento social, abrindo o comércio e, com isso, enchendo os ônibus, trens e metrô. Países que tentaram voltar à “normalidade”, como Portugal, tiveram aumento do número de mortes e estão sendo obrigados a retomar as medidas de isolamento social.

O que me preocupa mais é ter comigo uma pessoa idosa, minha mãe, e, por isso, preciso ter cuidado dobrado para não pegar e passar esse maldito coronavírus para ela. Que saudades de poder andar nas ruas sem tanto medo (só o medo da violência, que já é outro problema...). Que venha logo uma vacina contra o coronavírus! fr

Dirigentes do Flamengo e Vasco lideram a volta precipitada do futebol no Rio, apesar do elevado número de mortes pela Covid-2019 na cidade

          Apesar dos números elevados de infectados e mortes pela Covid-2019 no Rio de Janeiro, os dirigentes de futebol estão querendo o retorno do campeonato. Flamengo e Vasco da Gama são os que estão fazendo mais força. Botafogo e Fluminense defendiam que se aguardasse a diminuição dos casos de contágio, para proteger a vida de todos os envolvidos: jogadores, comissão técnica, e funcionários dos clubes e dos estádios, por exemplo.
         O Flamengo já até voltou a jogar, no dia 18, quando venceu o Bangu por 3x0, com o Maracanã sem público. Os dirigentes reconheceram ter tido um prejuízo de R$ 152.609,16, e ainda assim eles insistem no retorno precipitado dos jogos. O Botafogo e o Fluminense não aceitavam voltar a jogar este mês, como queria a Federação de Futebol do Rio (Ferj), que chegou a marcar jogos para eles no dia 22 de junho, e solicitavam que os seus jogos somente fossem marcados para julho.
       O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu, ontem, que Botafogo e Fluminense devem jogar a partir do dia 28 deste mês pela 4ª rodada e 1º de julho pela quinta. Minha opinião: Eu não entendo a razão de tanta pressa para que o Rio de Janeiro, o segundo estado com o maior número de mortes pela Covid-2019 do país, volte à “normalidade”. Não estamos vivendo uma realidade “normal”. De que adianta querer que as pessoas voltem a trabalhar, com a justificativa de não perderem o emprego, e elas perderem a vida? fr

Nota oficial do Botafogo (23/6)

O Botafogo de Futebol e Regatas vem a público manifestar o seu posicionamento após a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na tarde desta terça-feira (23/6), que definiu as partidas do time profissional na Taça Rio do Campeonato Carioca para a partir dos dias 28 de junho e 1ª de julho, referente às 4ª e 5ª rodadas, respectivamente.

1. Desde o início da pandemia, o Botafogo se posicionou contra o retorno dos jogos com a pressa difundida pela maioria dos clubes do Rio de Janeiro. Além de desconexão com a realidade, uma vez que as estatísticas da COVID-19 seguem em níveis alarmantes, é questão de insensibilidade com as mortes e um mau exemplo para a sociedade — o futebol, como se sabe, pauta costumes, gestos e atitudes da população. Definitivamente, retornar competições dessa forma assoberbada não é a melhor mensagem para o momento por parte de tão importantes influenciadores. Por essa conjunção de fatores, o Clube adiou o seu retorno aos treinos e foi a última equipe carioca a retomar atividades presenciais.

2. Membros conceituados da sociedade médica foram categóricos ao afirmar que, após 90 dias de paralisação de treinos com bola, necessita-se de um período de cerca de três semanas para que se tenha condições adequadas de preparação física. Apesar da recomendação, o Botafogo aceitou reduzir, nos debates no Conselho Arbitral e nos tribunais, o seu tempo de treinos de modo que se alcançasse um consenso para realização de suas partidas apenas a partir de 1º de julho.

3. É constrangedor ser obrigado a competir no único país que planeja jogos de futebol convivendo com registros, em média, superiores a 1.000 mortes e 30.000 contaminações por dia. O único no mundo a iniciar partidas com essa marca de óbitos e casos. A pressa é sem explicação: não há outras competições, nacionais ou internacionais, agendadas. Não há calendário futuro. Jogar com essas marcas é falta de respeito aos mortos e seus familiares. É sob um recorde fúnebre. Para não enlamear mais o campeonato em que as pessoas perderam o bom senso, o Botafogo está fazendo sacrifícios para encerrar esse triste momento.

4. O Botafogo lamenta a inflexibilidade e postura de alguns componentes Conselho Arbitral da FERJ que durante todo o período de debates desrespeitaram posições contrárias, seja com reuniões paralelas ou movimentos claramente ensejados para minar quem apresentava discordância de opiniões. Muitos dos quais colocaram seus interesses acima da vida humana. Certamente, colaboraram para prejudicar a imagem do futebol carioca e o próprio produto que buscam ter sucesso.

5. O Botafogo informa que não vai recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Clube respeita o que foi definido pela Justiça Desportiva, pois entende que esse é fórum adequado para a discussão do assunto. O Comitê Executivo de Futebol e a Comissão Técnica foram convocados para que seja definido o plano de trabalho da equipe profissional a partir da decisão comunicada pelo STJD. Quando o Botafogo voltar a disputar uma partida, certamente será sob protesto e luto por aqueles que nos deixaram nesse momento difícil.

6. O Botafogo segue convicto de suas posições ao longo dos últimos meses e orgulhoso por estar no lado certo da história.

Botafogo de Futebol e Regatas

Jogadores do Fluminense lançaram manifesto contra volta do campeonato (17/6)

Frases: Honda, jogador japonês do Botafogo

Justiça precisa obrigar presidente a usar máscara em plena pandemia mundial do coronavírus

          A que ponto nós chegamos!? Ontem, uma decisão liminar da Justiça Federal passou a obrigar o presidente da República, Jair Bolsonaro, a usar máscara em espaços públicos no Distrito Federal. Chega a ser chocante que precise a Justiça obrigar um presidente a fazer o óbvio em um momento em que mais de um milhão de pessoas já contraíram o coronavírus, e mais de 50 mil já morreram, vítimas da Covid-2019. Em caso de descumprimento, o presidente poderá pagar multa diária de dois mil reais.
         A decisão do juiz Renato Borelli foi motivada por um pedido de um advogado em uma ação civil pública. E ainda determina à União que exija de seus servidores e colaboradores o uso do equipamento de segurança quando estiverem trabalhando, estabelecendo uma multa diária de 20 mil reais aos que não cumprirem. Caberá ao governo do Distrito Federal a fiscalização do uso da máscara pela população e também aplicação de multa, cujo valor deverá ser fixado. Na decisão, o juiz considera ser “no mínimo, desrespeitoso o ato de sair em público sem o uso” da máscara, o que coloca em risco a saúde dos demais.
          O presidente Jair Bolsonaro tem saído às ruas reiteradas vezes sem usar a máscara, apertando as mãos e abraçando as pessoas, além de provocar aglomerações, tudo o que as autoridades médicas no mundo inteiro pedem para não acontecer. O uso de máscara é obrigatório no Distrito Federal, e aqueles que descumprem podem ser multados em dois mil reais. E para aumentar ainda mais a vergonha pelo comportamento do nosso governo, um dos multados até o momento foi justamente o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante uma manifestação pública em Brasília. Como nada que já é ruim não pode ainda piorar, leio que a Advocacia Geral da União, responsável por prestar assessoria jurídica ao presidente, já entrou com recurso à decisão da Justiça Federal. É demais! fr

terça-feira, 23 de junho de 2020

Paula e Bebeto (Caetano, Gal e Milton Nascimento) 🎶🎶🎶🎶


Paula e Bebeto
Composição: Caetano Veloso e Milton Nascimento

É vida, vida, que amor brincadeira, à vera
Eles se amaram de qualquer maneira, à vera
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar
Pena, que pena, que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor vale amar
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor valerá
Eles partiram por outros assuntos, muitos
Mas no meu canto estarão sempre juntos, muito
Qualquer maneira que eu cante esse canto
Qualquer maneira me vale cantar
Eles se amam de qualquer maneira, à vera
Eles se amam é pra vida inteira, à vera
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá
Pena, que pena, que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Homem se recusa a usar máscara contra o coronavírus, e acaba morrendo após agredir gerente com uma faca

Mais um caso noticiado pela imprensa mostrando o quanto o ser humano está perdido, sem valores, sem empatia, solidariedade, respeito, e amor. Não bastasse a quantidade absurda de pessoas que estão morrendo todos os dias no Brasil, vítimas do coronavírus, muitos ainda estão brigando por quererem defender um pseudo direito de não participar do engajamento contra a pandemia. É triste. Esse radicalismo não leva ninguém a coisas boas, somente ruins. O Brasil precisa urgentemente de lideranças que tenham a capacidade de unir as pessoas; de desestimular brigas por diferenças políticas, ideológicas, de gênero ou o que for. Infelizmente, as atuais somente as estimulam. Lamentável! fr

sábado, 20 de junho de 2020

Brasil passa de 1 milhão de contaminados e 50.000 mortes pela Covid-2019

Infelizmente, o número de infectados e mortes no Brasil pela Covid-2019 continua aumentando. Hoje, o acumulado ultrapassou 1 milhão de diagnósticos (1.070.139), sendo 30.972 registrados nas últimas 24 horas. E o número de vidas perdidas para essa doença chegou a 50.058, das quais 968 apenas nas últimas 24 horas. A quantidade de doentes com alta dos hospitais passa um pouco do 500 mil. Os números totais não incluem os das últimas 24 horas do estado de Rondônia, que não os divulgou no período em que foram reunidos todos os demais. O Brasil é o segundo país onde há maior número de contaminação e mortes no mundo, atrás somente dos Estados Unidos. Não é coincidência. São justamente os dois países onde os presidentes tentaram minimizar a gravidade da pandemia, afirmando que não passava de uma “gripezinha”.
Esses números somente puderam ser divulgados aos brasileiros porque os veículos de comunicação se uniram em um consórcio. Foi a maneira encontrada para que pudessem divulgar informações sobre a disseminação do coronavírus no Brasil, já que o presidente Jair Bolsonaro decidiu restringir a divulgação dos dados oficiais à imprensa. Publicações como G1, UOL, e os jornais O Globo, Extra, Estado de São Paulo e Folha de São Paulo passaram a apurar diariamente junto às secretarias de Saúde dos estados os dados de contaminados, os que tiveram alta dos hospitais e o número de mortes. É muito triste acompanhar a doença se espalhando pelo país, e tanta gente, de várias idades, morrendo. E principalmente por saber que muitas mortes poderiam ter sido evitadas, se os nossos governantes tivessem deixado suas vaidades pessoais de lado. Enquanto os políticos brigam entre si, a doença atinge a população, não importando em quem as pessoas votaram nas últimas eleições.  fr

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Supostamente com o coronavírus foi amarrado por não usar máscara


As pessoas estão assustadas com a disseminação do novo coronavírus, que vem provocando a morte de milhares de pessoas. E o medo muitas vezes gera atitudes muito radicais, como esta que eu li na internet, hoje. Um homem, supostamente infectado, foi agarrado e amarrado por vizinhos que o denunciaram à polícia. Ele estaria sendo irresponsável e inconsequente, não se cuidando, nem usando máscara ou evitando sair à rua. Os policiais o levaram a uma unidade de saúde para fazer o teste, ainda sem resultado, e, segundo a matéria, não se sabe se algum dos vizinhos foi detido ou mesmo se o homem foi liberado. Fiquei pensando, como as pessoas podem saber se o homem está infectado? Elas têm o direito de amarrá-lo? Não bastaria fazer uma denúncia à polícia? Poderia ter acontecido no Brasil, mas não, aconteceu em Portugal. Não é só por aqui que acontecem essas coisas, é o mundo que está cada vez mais sem tolerância e paz. Infelizmente! fr

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Como é que esquecem 3 barras de ouro no trem? 😲 😲 😲 😲

Eu li na internet que as autoridades na Suíça estão procurando o proprietário de uma sacola esquecida dentro de um trem, no trajeto de St. Gallene, no norte do país, a Lucerna, no centro. Bom, até aí nada de diferente do que costuma acontecer no transporte público do mundo inteiro. Só que dentro da sacola tinha três barras de ouro, pesando mais de três quilos e avaliadas em mais de 12 mil francos suíços, o correspondente a exatos 1.004.148,60 reais, de acordo com a cotação de hoje, dia 17 de junho.
Esse tesouro foi encontrado em outubro do ano passado, e desde então as autoridades têm tentado localizar o esquecido, ou esquecida. Como não conseguiram, resolveram divulgar o acontecido, através de um comunicado no jornal oficial da região. As barras de ouro estão guardadas na procuradoria de Lucerna, aguardando que a pessoa lembre que perdeu uma pequena fortuna em um vagão de trem ano passado.
O esquecido tem cinco anos para se lembrar e ir buscar o seu tesouro. Agora, eu fico pensando, tem que ser muito distraído para perder três barras de ouro. E outra coisa, como é que vão comprovar quem é o verdadeiro dono? Vai ter fila de pessoas dizendo que o ouro é delas. 😄 😄 😄 Que coisa! fr

terça-feira, 16 de junho de 2020

O Maracanã completa 70 anos!

      Hoje, o Maracanã completa 70 anos. Eu já tive a oportunidade de assistir jogos em praticamente todos os locais do estádio. Na arquibancada, na tribuna de imprensa, e de dentro do campo, para cobrir a histórica final de 1989, em que o Botafogo foi campeão em cima do Flamengo, após 21 anos sem títulos. Lembro também de ter ido ao show do Roberto Carlos quando criança. E no show do Milton Nascimento no Maracanãzinho, quando se comemorou acho que os 30 anos de “Travessia”.
          O complexo do Maracanã é composto pelo próprio estádio, o Maracanãzinho, o Parque Aquático Júlio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros. O Maracanã foi construído em função da Copa do Mundo que o Brasil sediou em 1950, sendo inaugurado oficialmente no dia 16 de junho. O nome do estádio inicialmente ficou associado ao prefeito do Rio de Janeiro, à época Distrito Federal, o marechal Ângelo Mendes de Moraes.
          Em 1966, passou a se chamar oficialmente Estádio Jornalista Mário Filho, cronista esportivo e proprietário do Jornal dos Sports, além de irmão do escritor Nelson Rodrigues. A homenagem foi pelo forte apoio que ele deu à construção do estádio, que, entretanto, é mais conhecido dentro e fora do país simplesmente como “Maracanã”. A palavra “maracanã” é tupi, e significa “semelhante a um chocalho”. A região era há muito tempo habitada por várias espécies de aves, entre elas o papagaio Maracanã-Guaçu, que fazia um som parecido com o chocalho, por isso ter sido chamada assim. O nome foi usado também para batizar o rio que fica próximo ao estádio, depois ao próprio, e, em 1981, ao bairro onde estão localizados.
          O primeiro jogo no Maracanã foi no dia 17 de junho, um amistoso em que a seleção de São Paulo venceu a do Rio de Janeiro por 3x1. O primeiro gol foi marcado por Didi, à época jogando no Fluminense. No dia 24, O Brasil fazia a sua estreia na Copa do Mundo e o primeiro jogo oficial do Maracanã, vencendo o México por 4x0. A seleção brasileira ainda fez outros jogos no Maracanã: 2x0 Iugoslávia, dia 1 de julho; 7x1 Suécia, dia 9; 6x1 Espanha, dia 13; e a triste final perdida para o Uruguai por 2x1, dia 16, com 199.854 pessoas presentes, o recorde de público do estádio e do Brasil até hoje.
          O Maracanã é administrado pelo governo do estado do Rio de Janeiro, apesar do seu nome ser estádio “municipal”, e já passou por várias reformas. Em 2000, quando recebeu a final do Campeonato Mundial de Clubes da FIFA, vencido pelo Corinthians, a sua capacidade foi reduzida. O estádio deixou de ser o “maior do mundo”, e passou a ter capacidade máxima de 78.838 pessoas. O Maracanã sediou outros eventos internacionais.
. No esporte, pode-se citar, por exemplo, as cerimônias de abertura e encerramento do Pan-Americano de 2007, além da final no futebol, vencida pelo Equador por 2x1 sobre a Jamaica.
. A cerimônia de encerramento da Copa das Confederações da FIFA, em 2013, e a final, vencida pelo Brasil por 3x0 sobre a então campeã mundial Espanha.
. A cerimônia de encerramento da Copa do Mundo de 2014, e a final vencida pela Alemanha sobre a Argentina por 1x0. (O Mundial para o Brasil terminou naquele vexame de 7x1 para os alemães, em Belo Horizonte, mas vamos deixar isso pra lá...) O Maracanã passou a ser o segundo estádio no mundo a sediar duas finais de Mundiais no futebol, além do Estádio Azteca, no México.
. E também as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de 2016, e a final do futebol, em que o Brasil conquistou a sua primeira medalha de ouro no futebol masculino, vencendo a Alemanha na disputa na marca dos pênaltis por 5x4, após um empate de 1x1 no tempo normal.
          O Maracanã também foi palco de apresentações de artistas internacionais, como Frank Sinatra, Madonna, Rolling Stones, Kiss, Tina Turner e Paul McCartney, além do Rock in Rio. Recebeu também o papa João Paulo II em duas de suas visitas ao Brasil, em 1980 e em 1997. Em seu gramado pisaram alguns dos melhores jogadores do mundo. E foi no Maracanã que o Pelé marcou o seu milésimo gol, na vitória do Santos sobre o Vasco, por 2x1. Parabéns ao Maracanã, não o maior, mas o mais importante estádio do mundo! fr

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Os diferentes tipos de sangue e a combinação que determina o da criança

O sangue tem diferentes tipos, e foi nos primeiros anos do século 20 que o cientista austríaco Karl Landsteiner fez a descoberta, que passou a salvar muitas vidas. Até então, muitas pessoas morriam após receber a transfusão de sangue. Landsteiner recebeu o prêmio Nobel de Medicina em 1930 pelo seu trabalho. Cada um dos tipos sanguíneos tem suas características próprias, e alguns são incompatíveis. Os tipos de sangue são: A, B, AB ou O, podendo ser positivo ou negativo, e o que determina qual deles a pessoa vai ter são as características dos pais.
A diferenciação dos tipos de sangue se dá pela presença ou ausência dos antígenos A e B. O tipo de sangue A possui o antígeno A; o B o antígeno B; e o O não possui esses antígenos, ou seja, não possui nenhuma proteína. E o sangue é positivo quando tem a presença também do antígeno D; e negativo quando ele é ausente. A importância de saber o seu tipo é para o caso de você necessitar um dia de transfusão de sangue.
Outra situação é quando ocorre a chamada eritroblastose fetal, em que uma mulher com o fator RH negativo, não importa qual o tipo de sangue, tem um filho com um homem com RH positivo. Se o fator positivo for transmitido para a criança, pode ocorrer uma rejeição pelo organismo da mulher, com a produção de anticorpos contra o feto, resultando em doenças e até mesmo na morte do bebê.
O risco é maior no nascimento do segundo filho, já que o surgimento dos anticorpos somente ocorre durante o nascimento. Precisaria, portanto, já estarem formados esses anticorpos para que eles atacassem o que o organismo da mulher consideraria uma “ameaça”, ou seja, o feto (o segundo filho). Atualmente, existem tratamentos para o combate da eritroblastose fetal, inclusive uma vacina que a mulher recebe antes do nascimento do seu segundo filho, a fim de inibir sua ocorrência.
Eu preparei um quadro demonstrativo, abaixo, com informações úteis para as pessoas imprimirem e poder consultar sempre que necessário. Na internet, existem inúmeros quadros, mas somente informando a compatibilidade dos diferentes tipos sanguíneos, ou somente quais as possibilidades de uma criança nascer com determinado tipo de sangue. O quadro que eu publico agora no meu blog reúne as duas tabelas, facilitando a consulta. fr

domingo, 14 de junho de 2020

EUA lançam programa Artemisa para a exploração do espaço

Desde 1969, quando Neil Armstrong fez o famoso passeio pelo único satélite natural da Terra, que a Lua vem sendo cobiçada pelos países mais ricos do mundo. A NASA, agência espacial dos Estados Unidos, divulgou recentemente o Programa Artemisa, em que pretende enviar mais astronautas à Lua, incluindo a primeira mulher. Mas, além disso, elaborou o que vem sendo chamado de Acordos de Artemisa, em que ambiciona a exploração comercial do satélite. O nome é uma referência à deusa grega, considerada deusa da Lua, além da caça, dos animais e vida selvagem. A NASA afirma ter convidado outras agências espaciais do mundo a fazerem parte do programa.
         Utilizando como parâmetro o Tratado do Espaço Sideral, promulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1967, esses acordos procuram estabelecer regras para a exploração do espaço. Governos e empresas privadas devem respeitar os princípios da paz e cooperação, comprometendo-se a se ajudarem em casos de emergências e a divulgar dados e descobertas científicas. Além disso, seguir uma correta utilização dos dejetos no espaço, e proteger os locais históricos da Lua, como o da aterrissagem da Apolo 11 de Neil Armstrong.
         Outra preocupação é com a extração dos recursos da Lua, de Marte e de asteroides em geral. Os interessados na exploração devem informar previamente o local escolhido, e os seus objetivos, a fim de evitar conflitos por uma mesma região. Seria o estabelecimento de “zonas seguras”.   A divulgação desses acordos já provocou reações. O diretor da agência espacial russa Roscosmos, Dmitry Rogozin, considera uma apropriação indevida do espaço: “O princípio de invasão é o mesmo, seja na Lua ou no Iraque".
         Com certeza, é um assunto que vai suscitar muita polêmica, afinal o espaço é, a princípio, considerado um bem comum à humanidade, mas o atual governo dos Estados Unidos não parece pensar assim. A coordenadora do Programa de Leis Espaciais da Universidade de Mississippi, Michelle Hanlon, cita o Tratado do Espaço Sideral, que não permite a apropriação por parte de  países e empresas particulares de territórios no espaço. Mas é omisso quanto aos recursos lá existentes. Segundo ela, o interesse é garantir a posse do que se encontrar durante as viagens espaciais:
         - Tanto os Estados Unidos como a Rússia criaram o precedente de que se pode tomar coisas da Lua e reivindicá-las a si próprio. (...) Se formos olhar isso da maneira mais pessimista ou cínica, não há dúvida de que as zonas seguras são uma forma de reivindicar direito sobre propriedade. É uma forma de dizer 'não chegue perto de mim'.
 
Minha opinião:
         A tendência é que as pessoas vejam a exploração do espaço como algo bom, em que o nosso planeta esteja indo ao encontro de outras civilizações. Se pensarmos assim, tudo bem. Mas, desde que as descobertas advindas dessa exploração beneficiem a toda a humanidade, a começar pela criação de novas tecnologias para o uso nas mais diferentes áreas da vida humana. E que elas não acabem por ampliar ainda mais a distância já existente entre os países mais ricos e os demais.
         Eu acredito na possibilidade de existirem vidas inteligentes em planetas espalhados pelo universo. À medida que a tecnologia existente vai se aprimorando, é natural que os projetos de ir a planetas mais distantes passem a se tornar mais viáveis. Um dia, chegar à Lua era considerado por muitos como algo impossível. Hoje, já se fala em viver em Marte. Quanto mais longe, mais complexas as consequências.
         Cada vez mais, as estórias dos livros e filmes de ficção científica ficam mais próximas de se tornar realidade. A viagem ao espaço precisa ser com fins pacíficos, e que o ser humano não reproduza em outros planetas a lamentável prática predatória em busca de lucros. Caso contrário, acabará por destruir o nosso planeta e outros mais que vier a conseguir habitar. fr

Frases: Stephen Hawking

"Se os extraterrestres nos visitassem, o resultado seria mais importante do que quando Cristóvão Colombo chegou à América, o que não foi positivo para os índios americanos. Extraterrestres evoluídos poderiam ser nômades e querer conquistar e colonizar os planetas que forem conhecendo."


Stephen Hawking
(Físico e cosmólogo inglês)

sábado, 13 de junho de 2020

O livro perdido

O LIVRO PERDIDO
Fernando Sabino
             - Quando eu estava na faculdade, havia lá um velho professor chamado Spinelli, ele ensinava direito penal. Tinha ideias anarquistas, vivia nos falando no caso Sacco e Vanzetti.
Um dia ele me chamou depois da aula e disse: Heitor, sabe que seu pai foi meu aluno? Bom aluno por sinal. Emprestei-lhe  um livro, aliás gostaria que ele me devolvesse. E me disse o título do livro, do gênero ‘O anarquismo em face da filosofia existencial’, ou ‘A existência em face da filosofia anarquista’, não estou bem certo. Era desses livros de época, já esquecidos, que ninguém tem interesse em reeditar.
Quando cheguei em casa, falei com o velho no livro, e ele me olhou por cima dos óculos com cara de espanto. Também, pudera! tinha mais de vinte anos de formado, mal se lembrava do professor Spinelli.
Na aula seguinte, daí uns vinte dias, o professor me cobrou: como é, Heitor, falou com seu pai? Tinha falado sim, ele ia procurar o livro, afinal já havia muitos anos, não é professor? Assim que encontrasse ele faria questão de devolver.
O tempo foi passando e o professor sempre me perguntando pelo diabo do livro. Eu desconversava como podia: a biblioteca do meu pai era muito grande, ele ainda estava procurando. Chegava em casa e perguntava ao velho: encontrou o livro do professor Spinelli? Meu pai, com ar vago: o livro de quem, meu filho? E me olhava a quilômetros de distância, como se eu estivesse falando grego: sei lá que livro é esse, menino. Na faculdade, o professor me torrando a paciência: desculpe insistir, mas aquele livro que emprestei a seu pai...
Eu já andava meio baratinado, sem saber o que fazer. Saí procurando o livro em tudo quanto é livraria e sebo da cidade, para ver se acabava logo com aquilo, pois já andava matando aulas seguidas por causa do professor Spinelli, ia acabar reprovado. E não encontrei, ninguém jamais tinha ouvido falar no raio do livro.
Um dia resolvi enfrentar a situação e abri o jogo. Esbarrei com o Spinelli no corredor da faculdade e antes que ele abrisse a boca, despejei: já falei com meu pai uma porção de vezes sobre o livro, o senhor não me leve a mal, professor, mas por que não fala com ele o senhor mesmo?
Com essa ele não contava. Gaguejou um pouco e acabou dizendo que seria pouco delicado: não vejo seu pai há tanto tempo, é possível que ele nem se lembre direito de mim. O que era a mais pura expressão da verdade: eu na hora tive vontade de perguntar como queria que se lembrasse do tal livro.
Em todo caso, mal chegava em casa eu insistia: papai, o livro do professor... Um dia ele acabou perdendo a esportiva: se você me falar mais uma vez nesse maldito livro, meu filho, eu te dou um ensino que você nunca mais esquece. Eu ainda tentei uma saída honrosa: e o que é que eu falo com o professor? Ele me despachou dizendo que era para eu falar com o professor que pegasse o tal livro e...
Bem, até para isso, primeiro era preciso encontrar o livro. Comecei a fuçar de cabo a rabo a biblioteca do meu pai, nas horas em que ele não estava em casa. Percorri prateleira por prateleira, volume por volume, com uma determinação homicida: ou eu encontro, ou eu mato o professor Spinelli.
Até que um dia... Foi num sábado, me lembro que meus pais tinham ido jantar fora, eu estava sozinho em casa, podia mexer no escritório à vontade. Ao meter a mão atrás de uma fila de grossos volumes cobertos de poeira, tirei do fundo da prateleira um livrinho cinzento e mofado, era ele! Pouco mais que um folheto meio esfrangalhado. No dia seguinte comuniquei a meu pai a novidade: papai, encontrei! E ele, levantando pachorrentamente os olhos de outro livro: encontrou o quê, meu filho?
Fui assistir à aula do professor Spinelli, que há tempos não me via nem pintado. Ele me olhou com surpresa, que houve com você, Heitor? Esteve doente? Meu primeiro impulso foi o de brandir o livro na cara dele, falar olhe o que eu trouxe aqui! E mandar que ele enfiasse o livro onde meu pai tinha sugerido. Mas com um prazer sádico resolvi fazer render aquilo até onde pudesse e então esperei que ele tocasse no assunto.
O que não demorou muito: você por acaso tem alguma notícia daquele livro que emprestei a seu pai... Tenho sim, professor, respondi: o livro foi encontrado. Os olhinhos dele brilharam: ah, é? Foi encontrado? E posso saber quando me vai ser devolvido? Eu peguei o livro e lhe estendi: aqui está, professor.
Bem, agora escuta só: o homem segura o livro com todo cuidado como se ele pudesse se desmanchar nas suas mãos, folheia com dedos delicados, lê um e outro pedaço, sorri satisfeito, torna a fechá-lo e me estende de volta, dizendo: toma, eu estava querendo emprestar a você, para que você lesse.
 Eu o olhava, estupefato, enquanto ele insistia: faço questão que você conheça, é um livro importante, verdadeira obra-prima. Saí dali meio aparvalhado, levando o livro de volta. Contei a meu pai quando cheguei em casa, mas não cheguei a ler o livro. Os anos passaram, eu me formei e nunca mais vi o professor Spinelli.
Pois outro dia, não é que entro num ônibus e vou me sentar justamente ao lado dele. Os mesmos olhinhos miúdos por trás dos óculos sem aro, o mesmo nariz fino, a mesma careca brilhando – apenas um pouco mais murcho. Me reconheceu logo, e era fatal – algo me dizia que ia falar no tal livro, nosso único assunto em comum.
E não deu outra coisa. Depois de dizer que eu não era dos mais aplicados, estudava pouco, perguntou se eu me lembrava de um livro que ele me havia emprestado... Me lembro, professor, como não? Só me lembro disso – me deu vontade de dizer: é a recordação mais forte que eu tenho do meu tempo de faculdade, responsável por algumas das minhas neuroses, se eu hoje sou assim deve ser em parte por causa daquele livro. E ele então, muito sério: eu ficaria grato de você me devolvesse, gostaria de emprestar a um ex-aluno meu...
E agora, que é que eu faço? Ele pediu meu endereço e disse que faz questão de vir ele próprio buscar. Estou perdido. Tenho de achar esse livro, para que ele seja emprestado ao tal aluno, passe às mãos de outro, e assim por diante, enquanto o professo Spinelli existir. E o professor Spinelli, evidentemente, existirá até o final dos tempos.