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sexta-feira, 30 de junho de 2023

Luís Castro abandona projeto no meio e vai treinar time de Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita

    E, para piorar, o treinador português Luís Castro vai deixar o Botafogo com menos da metade do Campeonato Brasileiro. Ele aceitou uma excelente proposta para treinar o Al-Nassr, da Arábia Saudita, o clube onde joga Cristiano Ronaldo. O que o Luís Castro ganhou à frente do Botafogo, após pouco mais de um ano? Nada! Ele menosprezou o campeonato estadual, fazendo com que o Botafogo ficasse de fora das finais. Com ele no comando, o Fogão foi eliminado da Copa do Brasil pelo Athletico-PR, levando uma virada após estar vencendo por 2x0 em Curitiba, e não conseguiu vencê-lo por dois gols de diferença no Estádio Nilton Santos. Na Copa Sul-Americana, jogou duas vezes com o fraco Magallanes e não conseguiu vencer nenhuma. E, agora que o Botafogo é líder do Campeonato Brasileiro, às vésperas de um importante clássico com o Vasco, ele vai abandonar o barco.
    Em minha opinião, qualquer profissional pode aceitar uma proposta para ganhar mais em outro clube, como é o caso. Os treinadores são profissionais. Mas, Luís Castro vai abrir mão de levar adiante uma campanha excelente no Botafogo, podendo disputar um título, para ganhar mais em um clube na Arábia Saudita, uma ditadura sem nenhuma tradição no futebol. Por mim, o Luís Castro nem deveria ter vindo! Mas, já que veio, poderia ter continuado. Provavelmente, ele não tem confiança na qualidade do seu próprio trabalho, e não deve acreditar que o Botafogo tenha chance de disputar o título. Se acreditasse que o Botafogo pode ser campeão, saberia que, depois, poderia ser contratado por um clube muito mais importante no mundo, ganhando também muito dinheiro. Então, que vá embora logo! Eu sei que o John Textor não vai fazer isso, mas acredito que o mais justo seria contratar o técnico Enderson Moreira, que foi mandado embora mesmo depois de ter comandado o Botafogo na conquista do título da Segunda Divisão, ano passado. fr

Botafogo deixa escapar vaga direta para as oitavas da Sul-Americana em casa

       Jogando no Estádio Nilton Santos, ontem, o Botafogo decepcionou e deixou escapar a classificação direta para as oitavas de final da Copa Sul-Americana. Bastava uma vitória sobre o Magallanes, do Chile, com uma diferença de gols igual a LDU, que também jogou ontem, e o Botafogo garantia a vaga. Mas, mesmo jogando melhor, deixou o adversário empatar. A LDU não desperdiçou a oportunidade e venceu, em Quito, o César Vallejo, do Peru, por 3x0. O Botafogo tinha tudo para vencer e por um placar maior, teve mais chances, mesmo que não tão perigosas assim, mas não foi capaz de fazer mais gols. Marlon Freitas fez o gol botafoguense aos 18 minutos do primeiro tempo, com um lindo corta- luz de Tiquinho Soares. O Magallanes mandou uma bola na trave aos 16 minutos do segundo tempo, e empatou aos 34, aproveitando uma bobeada do Botafogo no meio-campo.
      Em casa, o Botafogo deveria ter entrado em campo com espírito de decisão, mas apenas ficou no empate. E se tivesse vencido o mesmo Magallanes, na estreia da competição, no Chile, teria se classificado, ontem, com mais facilidade, mas também empatou, em 2x2. Agora, por ter terminado em segundo lugar no grupo A, atrás da LDU, vai ter que disputar uma vaga para as oitavas com o desconhecido Patronato da Argentina, que foi eliminado da Taça Libertadores, por ter ficado em terceiro lugar em seu grupo. O zagueiro Joel Carli, de 36 anos, encerrou a carreira, ontem, entrando no final do jogo. O argentino disputou 190 jogos pelo Botafogo, e deve assumir um cargo na estrutura do futebol. fr

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FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 1 X 1 MAGALLANES

Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 29 de junho de 2023 (Quinta-feira)
Horário: 21h(de Brasília)
Árbitro: Bismark Santiago (Colômbia)
Assistentes: Sebastian Vela (Colômbia) e Richard Ortiz (Colômbia)
VAR: Yadir Acuña (Colômbia)

Cartões amarelos: Rafael, Tiquinho Soares, Adryelson e Gustavo Sauer (Botafogo); Ivan Vásquez e Zapata (Magallanes)
Cartões vermelhos: Marlon Freitas (Botafogo); Espinoza (Magallanes)

GOLS
Botafogo: Marlon Freitas, aos 18min do segundo tempo
Magallanes: Zapata, aos 34min do segundo tempo

BOTAFOGO: Lucas Perri, Rafael (Di Plácido), Víctor Cuesta, Adryelson (Joel Carli) e Hugo; Marlon Freitas, Tchê Tchê (Danilo Barbosa) e Eduardo; Gustavo Sauer (Junior Santos), Tiquinho Soares e Victor Sá (Luís Henrique)
Técnico: Luís Castro

MAGALLANES: Rodríguez, Matías Vásquez (Contreras), Acevedo, Berardo e Espinoza; Canales (Aránguiz), Jorquera (Souper), Ivan Vásquez e Jones; Alfaro (Zapata) e Flores (Barría)
Técnico: Mario Salas

Fonte: Gazeta Esportiva.

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Zelador desliga freezer que estava fazendo barulho irritante e acaba com 20 anos de pesquisa de Instituto científico nos EUA

Nos Estados Unidos, o zelador do Instituto Politécnico Rensselaer, em Nova Iorque, simplesmente desligou o freezer do laboratório onde estavam armazenados mais de 20 anos de uma importante pesquisa científica da instituição. Segundo ele, o freezer estava fazendo “um barulho insuportável” e, por isso, ele o desligou. O desastre ocorreu no dia 17 de setembro de 2020, e o Instituto decidiu processar não o funcionário, mas a empresa de limpeza Daigle Cleaning Systems Inc., sua contratante, por não o ter orientado e o supervisionado corretamente. A ação pede uma indenização de mais de um milhão de dólares, o correspondente a cerca de quatro milhões e oitocentos mil reais, por danos materiais e honorários advocatícios, mas ainda não teve uma sentença.  O freezer continha culturas e amostras de células que deviam ser mantidas a uma temperatura de -80ºC, e uma simples variação de três graus resultaria em prejuízos à pesquisa. Uma oscilação de temperatura de três graus para cima ou para baixo faria o alarme disparar. E foi o que ocorreu à época. O freezer apresentou problemas, disparando o alarme, com um som “irritante”, segundo o zelador, que resolveu desligá-lo. O Instituto alega que tomou medidas de emergência para poder aguardar a chegada de um técnico e que teria colocado um aviso informando o problema e alertando para que não se mexesse no aparelho. E que, se o freezer não tivesse sido desligado, fazendo com que a temperatura subisse a -32ºC, as amostras estariam preservadas. A equipe do laboratório tentou recuperá-las, mas a maioria tinha sido destruída. Que situação!  fr  

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Turista imbecil picha muro do Coliseu de Roma com o seu nome e o da namorada

Um turista idiota foi filmado pichando com uma chave o seu nome e o da sua namorada (Ivan + Hayley), que estava ao seu lado, no muro do Coliseu de Roma, na Itália. Segundo a imprensa, a cena foi registrada e divulgada em uma rede social por um outro turista, que ainda falou para ele, em inglês: “Tá falando sério, cara? Isso é estúpido, idiota!” (Mas, no vídeo divulgado pelo G1, dá para ouvir alguém falar, em português: “Sem graça, hein!”, só falta serem brasileiros!) Caso seja identificado, o imbecil pode receber uma multa que pode chegar a 97 mil reais e até ser condenado a um ano de cadeia. O coliseu é um dos mais importantes registros históricos da humanidade, com quase dois mil anos, tendo sido construído de 72 d.C. a 80 d. C., e resistiu ao tempo, aos terremotos e saques. Ele era utilizado para espetáculos públicos, como combates entre gladiadores. O ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, manifestou a sua indignação: “Considero muito grave, indigno e um sinal de grande incivilidade que um turista desfigure um dos lugares mais famosos do mundo, um patrimônio histórico como o Coliseu, para gravar o nome da sua namorada.” Como eu sempre digo, imbecis têm no mundo todo! fr

terça-feira, 27 de junho de 2023

Empresa de "callcenter" continua trabalhando, mesmo com funcionária morta... na Espanha

        Uma atendente de Central de Atendimento morreu durante o trabalho e a empresa obrigou os funcionários a continuar trabalhando com o corpo da colega ao lado! Antes que digam que “isso só acontece no Brasil”, vou adiantando que ocorreu na terça-feira, dia 13, na Espanha! De acordo com o jornal “El País”, Immaculada, de 57 anos, sofreu um infarto e morreu sentada à sua mesa, e as tentativas dos colegas de reanimá-la não deram resultado. Mesmo com Imma, como era mais conhecida, morta e coberta com uma manta, a multinacional espanhola de “callcenters” Konecta, determinou que todos continuassem trabalhando por mais duas horas e 40 minutos, até a chegada da perícia. A empresa alegou exercer uma atividade “essencial”. Representantes da confederação que representa os funcionários do setor na Espanha foram ao escritório da empresa e disseram-se surpresos com o que viram, e criticaram a falta de humanidade da empresa:
        - Quando entramos no sexto andar, tudo parecia um filme de terror. Ao lado da mulher, alguém atendia uma chamada. O serviço continuou como se nada tivesse acontecido.
      Minha opinião: Caso triste e lamentável, que demonstra como todos nós somos considerados descartáveis em uma sociedade individualista e mais preocupada com o consumismo e os lucros. Aconteceu na Espanha, mas poderia ter sido em qualquer parte do mundo, inclusive no Brasil. Falta de sensibilidade e empatia! As pessoas são vistas apenas como mão de obra barata, que podem ser substituídas a qualquer momento. É mais um exemplo que reforça a minha opinião: o ser humano é uma experiência que não deu certo! fr

domingo, 25 de junho de 2023

Palmeiras 0x1 Botafogo (ficha técnica)

Botafogo vence o todo poderoso Palmeiras e abre 7 pontos de vantagem!

O Botafogo está contrariando muita gente! Venceu, hoje, o poderoso Palmeiras no Estádio Allianz Parque, em São Paulo, por 1x0, gol do artilheiro do Campeonato Brasileiro, Tiquinho Soares, e abriu sete pontos em relação ao segundo colocado, agora o Grêmio. Após o jogo, eu fiquei assistindo o canal Sport TV e os comentaristas estavam falando sobre “a derrota do Palmeiras”, não sobre “a vitória do Botafogo”, líder do campeonato. Ficam torcendo para os clubes de São Paulo, é muito bairrismo! Esta é apenas a 12ª rodada, tem muita coisa pela frente. Eu não sei o que vai acontecer, nem se o Botafogo vai manter essa campanha vitoriosa, mas é importante que se destaque o Botafogo pelo que ele vem apresentando. Em doze rodadas, o Botafogo venceu dez jogos, está com 30 pontos, o artilheiro e a defesa que menos gols sofreu, apenas sete gols.  Mas, os comentaristas, principalmente os de São Paulo, parece que estão apenas esperando que o Fogão caia de produção, não estão acreditando nele. Com a vitória, o Botafogo acabou com a invencibilidade de 31 jogos do Palmeiras jogando no seu estádio. E o treinador do Palmeiras, o português Abel Ferreira, mostrou, mais uma vez, que é um sujeito mal educado, desrespeitoso e um péssimo esportista. Ao final do jogo, o seu compatriota, o treinador do Botafogo Luís Castro, foi em sua direção para cumprimentá-lo, uma prática habitual dos treinadores. Abel simplesmente ignorou Luís Castro e foi rápido para o vestiário. Eu torço para que esse Abel Ferreira volte logo para Portugal, ou que vá para um país ainda mais longe, e que a CBF NUNCA faça a asneira de contratá-lo para treinar a seleção brasileira; nem o Botafogo. Esse sujeito não está à altura de treinar o Brasil! fr

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Botafogo vence Cuiabá e abre cinco pontos sobre o segundo: segue o líder!

Foi difícil, mas o Botafogo venceu o Cuiabá, ontem, por 1x0, na Arena Pantanal, e abriu cinco pontos sobre o segundo colocado, o Palmeiras, que perdeu, na quarta-feira, para o Bahia, também por 1x0. O jogo não passou na TV, eu assisti os melhores momentos; o Cuiabá teve mais chances, mas não a competência necessária para fazer o gol. O Botafogo fez o gol aos 14 minutos do segundo tempo, através de Tiquinho Soares, cobrando pênalti Ele é o artilheiro do Campeonato Brasileiro, com nove gols. E o paraguaio Matías Segovia ainda perdeu um gol sozinho, cara a cara com o goleiro do Cuaibá, aos 52 minutos; poderia ter sido 2x0. Ontem, o Flamengo foi derrotado pelo Bragantino, em Bragança Paulista, por 4x0! Onze rodadas, o Botafogo segue líder, com 27 pontos, nove vitórias e duas derrotas. No domingo, vai ser o confronto dos dois primeiros colocados, em São Paulo: Palmeiras x Botafogo, jogaço. Segue o líder! fr

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Escolas do Rio de Janeiro não poderão mais oferecer alimentos ultraprocessados aos alunos


A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou na terça-feira, dia 13, em segundo turno e de forma unânime, o projeto de lei nº 1662/2019, que proibirá a oferta e venda de produtos ultraprocessados nas escolas públicas e particulares do município. O projeto define alimentos ultraprocessados como sendo “aqueles cuja fabricação envolve diversas etapas, técnicas de processamento e ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial”. São os conhecidos e muito propagados na mídia: refrigerantes, biscoitos com recheio, salgadinhos de pacote, balas, barras de cereais e sorvetes, por exemplo. As sanções previstas para as escolas que descumprirem são: notificação para regularização em um prazo de dez dias, advertência e, no caso de escola particular, multa diária de 1.500 reais até a irregularidade ser sanada. O objetivo é oferecer às crianças e adolescentes uma educação alimentar e combater a obesidade infantil, substituindo os produtos industrializados por outros, naturais e mais saudáveis. O projeto havia sido aprovado em primeira votação em agosto de 2021, mas, devido a pressões da indústria alimentícia, teve a sua votação adiada algumas vezes. Ele segue para a sanção do prefeito Eduardo Paes, que já adiantou que o fará, e, depois, as escolas terão um prazo de 180 dias para “se adaptar às mudanças”. A cidade de Niterói já aprovou e sancionou uma lei semelhante. Uma ótima notícia! fr

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Seleção brasileira perde muito em amistosos que não valem nada!

        A seleção brasileira perdeu, ontem, para o Senegal, de virada, por 4x2, em Lisboa. Esse é mais um daqueles amistosos que não acrescentam NADA à seleção! Jogar com seleções sem tradição no futebol mundial só traz prejuízos. Se o Brasil vencer, como venceu Guiné, no sábado passado, por 4x1, não faz mais do que a obrigação; mas, se perder, perde muito mais do que um amistoso, perde prestígio e respeito. Foi o que aconteceu ontem.
       A Confederação Africana, entidade que representa e administra o futebol internacional naquele continente, tirou onda do Brasil após o jogo. Em suas redes sociais, ela provocou: “Camarões, Marrocos e Senegal: encontre algo em comum entre os três”. A postagem nem precisou dar a resposta, todo mundo lembra: essas três seleções venceram o Brasil recentemente. Camarões derrotou a nossa seleção no Mundial do Catar, em dezembro do ano passado, por 1x0; Marrocos venceu o Brasil em março deste ano, por 2x1; e, ontem, o Senegal.
        Esses amistosos que a CBF marca contra seleções sem prestígio não trazem nenhum resultado positivo. Não testam os nossos jogadores, porque nas principais competições, o Brasil vai enfrentar adversários muitos superiores. E são amistosos apenas para nós, porque para essas seleções que enfrentam o Brasil é como se fosse final de Copa do Mundo! A única coisa que a CBF ganha é dinheiro, claro.
        E, agora, a CBF está contratando o treinador italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, para treinar a seleção brasileira. Mas, ele disse que somente poderá assumir o cargo no ano que vem! E a CBF aceitou ficar esperando por ele. É o mesmo que reconhecer para o mundo inteiro que no Brasil inteiro não tem um único treinador com capacidade para ser o comandante da nossa seleção. O Brasil, cinco vezes campeão mundial, vai ficar esperando que um treinador possa assumir a sua seleção; e vai pagar uma fortuna para um treinador que nem a seleção do país dele, a Itália, quer mais ele na sua seleção! 
        E além de tudo isso, os jogadores, em sua maioria, não jogam no Brasil; e não têm nenhuma identidade com os torcedores brasileiros. Para eles, a vitória é mais prestígio pessoal, melhores contratos e mais dinheiro; e a derrota é apenas um mau resultado eventual. Eles pegam o avião e voltam para as suas casas... na Europa! Estão esculhambando com o prestígio da seleção brasileira! fr

terça-feira, 20 de junho de 2023

República Tcheca passa a ter a maior ponte suspensa do mundo

A República Tcheca tem, desde maio do ano passado, a maior ponte suspensa do mundo, a Sky Bridge 721, em 1.100 metros acima do nível do mar, e com 721 metros de comprimento, superando a Ponte 516 Arouca, em Portugal, que tem 516 metros de comprimento. A Sky Bridge 721 fica na cordilheira de Kralicky Sneznik, no nordeste do país, próximo à fronteira com a Polônia, e une os cumes de duas montanhas. O limite máximo de visitantes na ponte é de 500 pessoas, e é fechada por questões de segurança se os ventos chegarem a 135 km/p. A maior ponte suspensa do mundo (até aparecer outra ainda maior!) demorou dois anos para ficar pronta e teve um custo de cerca de 200 milhões de coroas tchecas (cerca de 40 milhões de dólares). fr

domingo, 18 de junho de 2023

Rio de Janeiro homenageia Pelé com nome de avenida em frente ao Maracanã

A CIDADE DO RIO DE JANEIRO prestou uma homenagem a Pelé, falecido em dezembro do ano passado, rebatizando a Avenida Radial Oeste com o nome Avenida Rei Pelé. A avenida tem início na altura da Avenida Maracanã e termina na confluência das ruas São Francisco Xavier e Oito de Dezembro. E passa pela estação de trem do bairro e pelo Estádio do Maracanã, onde Pelé fez o seu milésimo gol, no dia 19 de novembro de 1969, na vitória de 2x1 do Santos contra o Vasco da Gama. O decreto nº 51.916 determinando a mudança foi publicado no Diário Oficial do Município do Rio do dia 3 de janeiro, entrando em vigor no mesmo dia. A antiga Radial Oeste corresponde a um trecho da Avenida Presidente Castelo Branco, um dos principais articuladores do golpe militar de 1964 e o primeiro presidente da ditadura que se iniciou com ele. A prefeitura podia ter alterado o nome de toda a extensão dessa avenida também. Infelizmente, no Brasil ainda se mantém homenagens a quem não respeita o Brasil, nem a democracia (seja de direita ou de esquerda)! fr

sábado, 17 de junho de 2023

Até 1977, criminosos eram executados na guilhotina na França


Até 1977, criminosos eram executados na guilhotina na França. Nesse ano, em 10 de setembro, o imigrante tunisiano Hamida Djandoubi foi decapitado na prisão de Baumettes, localizada na cidade de Marselha, pelo crime de tortura e assassinato de uma mulher. A última execução pública naquele país ocorreu em 17 de junho de 1939, na cidade de Versalhes, com a morte do alemão Eugen Weidmann, por cinco assassinatos (foto). Uma multidão esteve presente para assistir, e alguns chegaram a molhar lenços com o sangue do executado para guardar como “lembranças”. Christopher Lee, o ator conhecido pelos seus papéis como Drácula, assistiu à execução de um dos prédios próximos. A pena de morte na França somente foi abolida em 30 de setembro de 1981. O uso da guilhotina foi proposto em 1789 pelo médico Joseph Ignace Gillotin, com o objetivo de ser uma execução mais rápida e indolor aos condenados. Dezenas de milhares de pessoas foram executadas na guilhotina na França, principalmente durante a Revolução Francesa, entre elas o rei Luís 16 e a rainha Maria Antonieta.
fr

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Filme de 1961 deu origem à série "Viagem ao Fundo do Mar"

VIAGEM AO FUNDO DO MAR (“Voyage to the Bottom of the Sea”)
EUA, Ficção Científica, 1961
Direção: Irwin Allen
Com: Walter Pidgeon, Robert Sterling, Joan Fontaine, Barbara Eden, Peter Lore
O Seaview é um submarino nuclear projetado e comandado pelo almirante Nelson (Walter Pidgeon), muito contestado no Congresso dos Estados Unidos, e chefiado pelo capitão Lee Crane (Robert Sterling). A bordo estão o congressista Liewellyn Parker (Howard McNear), um dos maiores críticos ao projeto, e a psiquiatra Susan Hiller (Joan Fontaine), para analisar as reações da tripulação em situação de estresse. Ao navegar no Pólo Norte, a tripulação descobre que o céu está em chamas devido a um fenômeno climático e que a temperatura está subindo perigosamente, levando pânico, destruição e mortes pelo mundo. Nelson e o Comodoro Lucius Emery (Peter Lorre) são chamados à sede da ONU (Organização das Nações Unidas) para participarem com cientistas do mundo todo de uma reunião extraordinária a fim de buscar uma solução. Com a elevação da temperatura no mundo, o planeta se tornaria inabitável em pouco tempo, causando a extinção dos seres vivos. Nelson propõe que o Seaview dispare um míssel atômico no Cinturão de Van Allen, mas é contestado pelos presentes, que consideram que a ideia resultaria na destruição da Terra, não em sua salvação. Ele precisa fugir da ONU e levar o seu plano em frente, enquanto tenta conseguir a aprovação do presidente dos Estados Unidos (como se este fosse o dono do mundo! 😵) Barbara Eden, que, anos depois, viria ser a protagonista de “Jeannie é um gênio”, é a tenente Cathy Connors, noiva do capitão Crane. O filme deu origem à série de mesmo nome, com um elenco totalmente diferente. fr

terça-feira, 13 de junho de 2023

A série de TV "Viagem ao Fundo do Mar" (1964-1968)

     

        Quando eu era criança, gostava muito de assistir as séries que passavam na TV, e que hoje são consideradas clássicas. Uma delas eu maratonei inteira recentemente, e assisti a todas as suas quatro temporadas, divididas em 110 episódios, cada um com aproximadamente 50 minutos de duração. É “Viagem ao Fundo do Mar” (“Voyage to the Bottom of the Sea”), exibida originariamente nos Estados Unidos pela ABC de 14 de setembro de 1964 a 31 de março de 1968. Foi a primeira e a que ficou mais tempo no ar das quatro séries de sucesso criadas e produzidas na década de 1960 por Irwin Allen, que inclui “Perdidos no Espaço” (1965-1968), “O Túnel do Tempo” (1966-1967) e “Terra dos Gigantes” (1968-1970), sendo que essas eu já comentei aqui no meu blog em postagens anteriores.
        A série “Viagem ao Fundo do Mar” foi criada em função do sucesso do filme do mesmo nome, lançado em 1961, escrito, produzido e dirigido também por Irwin Allen. O elenco do filme, porém, é praticamente todo diferente. Apenas Del Monroe (1932-2009) e Mark Slade (nascido em 1939), que interpretaram os marinheiros Kiwski (Kowalski na série) e Smith, respectivamente, foram para a televisão. O personagem Smith apareceu muito pouco, apenas na primeira temporada (eu nem me lembro dele!). Como curiosidade, posso citar que a atriz Barbara Eden, de “Jeannie é um Gênio”, fez o papel de noiva do capitão Crane no filme. Eu procurei e consegui encontrar o filme na internet, assisti e comentarei sobre ele à parte, em breve, em uma nova postagem.
        Os 32 episódios da primeira temporada foram gravados em preto e branco, somente o episódio piloto foi a cores, porém também exibido em preto e branco na TV. A partir da segunda, a série passou a cores. O produtor Irwin Allen utilizou várias cenas prontas e os figurinos do filme na série de TV, para economizar gastos. A equipe de produção precisou fazer uma pesquisa em museus e bibliotecas sobre o interior dos submarinos utilizados na Segunda Guerra Mundial, inclusive os da Alemanha nazista que foram capturados em combate. Ela não tinha conhecimento a respeito do assunto, que era considerado confidencial pelos militares na década de 1960, em plena Guerra Fria. Somente mais tarde, a Marinha enviou representantes para visitar os estúdios e prestar alguma orientação.
        A série é sobre as aventuras do submarino nuclear Seaview, projetado e comandado pelo almirante Harriman Nelson e chefiado pelo capitão Lee Crane. Apesar de o seu objetivo ser pesquisar a vida marinha, o SSRN Seaview integrava a frota armada nuclear dos Estados Unidos e envolvia-se constantemente em perigosas situações que colocavam o mundo em risco. Os episódios ocorrem no futuro, nas duas décadas seguintes à exibição original; inicialmente no ano de 1973. E, apesar do que o nome da série sugere, não se passavam apenas no fundo do mar. A partir da terceira temporada, o Seaview passou a ter um “mini submarino voador”, que podia voar e levar passageiros a qualquer lugar. Em muitos episódios, as histórias desenvolviam-se em terra firme, principalmente em ilhas, e em alguns até em outros planetas.
        Episódio piloto: A construção do Seaview foi considerada como ultrassecreta, e a sua base submarina ficava a 150 metros abaixo do Instituto Nelson de Pesquisas Náuticas, em Santa Bárbara, na Califórnia: “Poucos homens sabem de sua existência, e menos ainda chegam, sequer, a suspeitar de seu objetivo”. “Forças mundialmente poderosas” e seus “agentes do mal” pretendiam matar o almirante Nelson e destruir o submarino. Ao sair do seu Instituto para uma reunião em Washington, o carro onde estavam o almirante Nelson e o capitão John Philips foi metralhado por um helicóptero. O atentado resultou na morte de Philips, que foi substituído pelo capitão Lee Crane, com outro ator, David Hedison. Curiosamente, o ator que interpretou o primeiro capitão, William Hudson, fez uma participação relâmpago de menos de cinco minutos e sem tem aberto a boca para falar nada!
        A série foi gravada em plena Guerra Fria, e, no início, os inimigos do Seaview eram os países inimigos da democracia e da liberdade, ou seja, as nações comunistas. O submarino sofria constantes sabotagens e espionagem, e o grande medo à época era um possível confronto nuclear. A partir da segunda temporada, novos inimigos passaram a ameaçar a tripulação. Eram monstros marinhos e seres extraterrestres que sempre eram hostis e pretendiam dominar o planeta Terra, assunto que despertava bastante interesse por conta da corrida espacial, disputada à época pelos Estados e a antiga União Soviética. Outras ameaças eram fantasmas, e até mesmo figuras mitológicas como duendes, lobisomens, o abominável homem das neves, sereias e múmias.
        A tripulação ainda enfrentou animais pré-históricos e nazistas em “estado de animação suspensa”. Ao final do episódio piloto, o almirante comentou: “A tarefa do Seaview jamais termina. Enquanto houver forças malignas ativas no mundo, enquanto houver mistérios na natureza a explorar, temos uma tarefa a cumprir. Missões tão ou mais perigosas que essa.” O engraçado é que, apesar de estarem acostumados a enfrentar todas essas ameaças, os tripulantes não acreditavam quando um companheiro alertava o surgimento de um novo monstro. 😄😄😄 Os efeitos especiais eram os que existiam à época, os “monstros” eram homens vestidos com fantasias, mas, mesmo assim, a gente curtia bastante. A tecnologia, por sua vez, era bem desenvolvida para a década de 1960, e os computadores eram enormes, comparados aos atuais.        
      Na terceira temporada, a ABC fez reduções no orçamento, o que resultou no comprometimento da qualidade dos efeitos especiais, cenários, figurinos e equipe de roteiristas. Ela foi exibida nos Estados Unidos em 1966, simultaneamente a duas outras séries de Irwin Allen: “Perdidos no Espaço” e “O Túnel do Tempo”. “Viagem ao Fundo do Mar” terminou em sua quarta temporada, segundo comentários da imprensa devido ao descontentamento dos atores principais Richard Basehart e David Hedison com os roteiros.
      Elenco: Almirante Harriman Nelson (Richard Basehart, 1914-1984): entre seus trabalhos, eu destaco a participação no clássico “Moby Dick”, de 1956, com Gregory Peck. Capitão Lee Crane (David Hedison, 1927-2019), que protagonizou o filme “A Mosca da Cabeça Branca”, em 1958, do qual eu já comentei aqui, no meu blog. Hedison não queria aceitar o convite de Irwin Allen, mas quando soube que Richard Basehart estava confirmado no papel do almirante, mudou de ideia. Eu vou publicar, mais à frente, em breve, o trecho de uma entrevista em que David Hedison conta como se deu a sua entrada na série, é muito interessante, não deixe de ver!
       A tripulação do Seaview tem, ainda, o tenente-comandante Chip Morton (Robert Dowdell, 1932-2018). O “Chefe” foi interpretado por dois atores: Curley Jones (Henry Kulky, 1911-1965, atuou na primeira temporada, até falecer, vítima de ataque cardíaco), e Sharkey (Terry Becker, 1921-2014). O marinheiro Kowalski (Del Monroe, 1932-2009), no filme o seu nome era Kowski. O marinheiro Patterson (Paul Trinka, 1932-1973); e o médico do Seaview, chamado somente de “doutor” (Richard Bull, 1924-2014).
      Entre os atores convidados a participar dos episódios da série, eu destaco alguns, que também atuaram em outros seriados que eu curtia: Yvonne Craig, a Batgirl de “Batman & Robin”; James Doohan, o engenheiro-chefe Scott, e George Takei, o oficial-tenente Sulu, ambos da série “Jornada nas Estrelas”. June Lockhart, a Maureen Robinson de “Perdidos no Espaço”; Edward C. Plat, o Chefe de “Agente 86”; James Darren, o doutor Tony Newman, John Zaremba, o doutor Raymond Swain, e Whit Bissell, o general Heywood Kirk, todos da série “O Túnel do Tempo”. Kevin Hagen, o inspetor Kobick, de “Terra de Gigantes”; e Vincent Price, ator muito conhecido pelos seus filmes de terror.
      Mais algumas curiosidades: no episódio “O Monstro das Profundezas” da segunda temporada, dois prisioneiros fogem de uma prisão nas Bahamas e são resgatados pelo Seaview, de onde tentam fugir no mini submarino voador para o Brasil, “onde não há extradição”. No episódio “Os Terríveis Brinquedos” da terceira temporada, seres extraterrestres colocam uma espécie de controle remoto em brinquedos que são enviados para o Seaview. Imagine, seres muito mais avançados do que nós, humanos, e o máximo que eles conseguem é usar brinquedos com controles remotos para dominar o Seaview...😄
        Alguns episódios aproveitam passagens já utilizadas em outros, por economia. E o respeito à hierarquia militar chegava a ser engraçado. Mesmo estando um ao lado outro, quando uma ordem devia ser transmitida ela era passada do almirante para o capitão, que a repassava para o vice, que a dava para o chefe, que a transmitia à tripulação. Em uma tripulação de 125 homens, o marinheiro Kowalski era sempre o “voluntário” escolhido pelo Chefe para qualquer missão mais perigosa. E constantemente os atores eram sacudidos de um lado para o outro, em praticamente todos os episódios; “curiosamente” os objetos em cima das mesas permaneciam imóveis. 
        Como eu costumo fazer com as séries clássicas que eu maratono para comentar aqui, no meu blog, anotei 23 diretores diferentes nos 110 episódios. Os que mais trabalharam foram: Justus Addiss, em 16 episódios; Jerry Hopper, em 15; Sobey Martin, em 14; e Harry Harris, em 12. Irwin Allen, o criador da série, dirigiu dois episódios da primeira temporada, incluindo o primeiro. Amanhã, eu também vou publicar a abertura de “Viagem ao Fundo do Mar”. Fontes principais que eu usei para pesquisa: Wikipédia e Infantv. fr

quinta-feira, 8 de junho de 2023

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Botafogo consegue empate importante para classificação às oitavas na Sul-Americana

O Botafogo conseguiu um empate com a LDU, em 0x0, ontem, em Quito, no Equador e manteve a liderança do grupo A da Copa Sul-Americana. Ambos têm o mesmo número de pontos, nove, mas o Fogão fica à frente por ter mais gols marcados. A LDU teve mais chances de ataque, mas não a competência necessária para fazer um gol sequer. E o goleiro Lucas Perri fez duas defesas bem difíceis. Acabou sendo um ótimo resultado para o Botafogo, e a vaga direta para as oitavas de final ficará com o primeiro colocado. Portanto, basta o Fogão vencer o Magallanes do Chile por uma diferença de gols maior do que se a LDU vencer a Universidad César Vallejo no próximo dia 29 de junho, na última rodada da fase de grupos. O Fogão e a LDU jogarão em casa. Em outras palavras, se o Botafogo tiver o mesmo resultado e placar que a LDU estará classificado. O segundo colocado precisará disputar uma vaga contra um dos eliminados da fase de grupos da Taça Libertadores. fr
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FICHA TÉCNICA
SUL-AMERICANA - 5ª RODADA
LDU 0X0 BOTAFOGO

Local: Casa Blanca, Quito (EQU)
Data e horário: Terça-feira (6/6), às 23h (Brasília)
Árbitro: José Argote (VEN)
Assistentes: Alberton Ponte e Carlos Lopez (VEN)
VAR: Juan Soto (VEN)
Cartões Amarelos: Rafael, Marlon Freitas, Cuesta, Hugo, Junior Santos (BOT)
Cartão Vermelho: -
Gols
LDU (Luis Zubeldía)

Dominguez; Quinteros, Mina, Facundo Rodríguez, Quiñonez (Ramíres); Martínez, Piovi; Ibarra, Alvarado, Jhojan Julio (González); Angulo (Anangonó)

BOTAFOGO (LUÍS CASTRO)
Perri; Rafael (Di Plácido), Adryelson, Cuesta, Neto; Tchê Tchê, Marlon Freitas, Eduardo; Sauer (Lucas Fernandes), Víctor Sá (Luis Henrique), Janderson (Junior Santos)

Fonte: Lance!

terça-feira, 6 de junho de 2023

Brasil aumenta 72,2 km²

O Brasil já é um dos maiores países do mundo e, recentemente, aumentou 72,2 km². O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, em março, que a área total do país passou de 8.510.345.540 km² para os atuais 8.510.417.771 km². De acordo com o órgão, essa ampliação ocorreu após as novas demarcações nas fronteiras internacionais dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Rondônia. Mas não houve mudanças em suas fronteiras, apenas na “mensuração de superfícies em trechos da fronteira nos estados citados”. Com a atualização, o IBGE divulgou os mapas com os novos limites de 174 municípios brasileiros, sendo que as mudanças na divisão político-administrativa ocorreram no período de 1º de maio de 2021 e 31 de julho de 2022. fr

domingo, 4 de junho de 2023

A Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro é uma das 10 maiores do mundo


        A Biblioteca Nacional é localizada no Rio de Janeiro e é uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo e a maior da América Latina, de acordo com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Ela tem como missão coletar, registrar, salvaguardar e dar acesso à produção intelectual brasileira, preservando a memória bibliográfica e documental do país. Além da pesquisa em seu acervo, entre os serviços disponibilizados ao público está o registro de direitos autorais de obras intelectuais para maior segurança jurídica do seu autor. Eu sou frequentador da Biblioteca Nacional há anos, e já fiz várias pesquisas lá para os meus trabalhos de monografia para graduação e pós-graduação.
        O acervo atual da Biblioteca Nacional é de cerca de dez milhões de itens, e teve origem com a chegada da família real em 1808, fugindo da invasão das tropas de Napoleão. O príncipe regente D. João trouxe o acervo da Livraria Real, organizada a partir de 1755, quando ocorreram o terrível terremoto e incêndio que praticamente destruíram a cidade de Lisboa. Eram 60 mil itens à época, incluindo livros, mapas, manuscritos, medalhas, estampas e moedas. Em cumprimento a um decreto de 27 de julho de 1810, esse acervo inicial foi levado para ficar no Hospital da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Primeiro de Março, no Centro do Rio.
        Em 29 de outubro, foi fundada a Real Biblioteca e um decreto determinou a sua abertura para os estudiosos, com a devida autorização do governo. Nos anos seguintes, o acervo foi ampliado, com a doação de cerca de 2.500 itens, incluindo manuscritos e impressos, do Frei José Mariano da Conceição Veloso, botânico e desenhista, e 1576 itens do espólio do poeta Manuel Inácio da Silva Alvarenga. Foram também compradas as coleções do arquiteto José da Costa e Silva e do conde Barca, além da chegada de mais livros de Lisboa. Em 1814, o acesso ao acervo foi permitido ao público em geral.
        Em 1821, atendendo exigência das Cortes portuguesas, D. João VI e sua família retornaram a Portugal, acompanhados da estrutura política de governo e levando junto os manuscritos da Coroa. Em seu lugar, ficou o filho, príncipe regente D. Pedro. No ano seguinte, é criada a determinação de ser enviado à Biblioteca Nacional um exemplar de todas as obras e periódicos impressos na Tipografia Nacional. Ela viria a dar origem muitos anos mais tarde à Lei do Depósito Legal, segundo a qual todas as publicações em território nacional, seja qual for o processo, devem ser remetidas à entidade para preservação da Memória Nacional.
        Em 1822, o Brasil declarou a sua independência, e, em protesto, o padre Joaquim Dâmaso, primeiro prefeito da Real Biblioteca, decidiu retornar a Portugal. E levou com ele mais de cinco mil códices, volumes manuscritos antigos, dos cerca de seis mil que vieram com D. João. Ou seja, quase tudo! E a Real Biblioteca passou a ser chamada Biblioteca Imperial e Pública. E em 1825, o Brasil comprou o acervo da Biblioteca que havia sido trazido pela família real, pagando uma quantia enorme à época, 800 contos de réis. A negociação foi regulamentada pela Convenção Adicional ao Tratado de Paz e Amizade entre os dois países. Ou seja, tudo o que ficou no Brasil foi pago, e muito bem pago, por nós, brasileiros.
        Novas aquisições continuaram sendo feitas nos anos seguintes, ampliando o acervo da Biblioteca Nacional, como os quase cinco mil volumes da coleção de José Bonifácio de Andrade e Silva, o patriarca da Independência brasileira, doados em 1838 pelos seus herdeiros. Em 1858, o acervo da Biblioteca foi transferido para outro endereço, na Rua do Passeio, em um prédio adquirido pelo governo imperial, e que sedia atualmente a Escola de Música da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). O nome atual, Biblioteca Nacional, passou a ser usado em 1876. E em 1881, a instituição publicou o Catálogo da Exposição de História do Brasil, com 1.758 páginas e mais de 98 índices. É considerado pela Biblioteca uma publicação de enorme relevância pelo seu conteúdo e abrangência.
        Em 1885, o acervo da Biblioteca já era de 140 mil volumes impressos, sem contar os manuscritos ou o conjunto iconográfico, e três anos mais tarde de quase 171 mil. Após a proclamação da República, D. Pedro II e sua família foram obrigados a deixar o Brasil, e o imperador destituído doou a sua biblioteca particular à instituição, com aproximadamente 100 mil obras. É a maior doação já feita à Biblioteca Nacional, com milhares de livros, mapas, fotografias, periódicos, partituras e outros documentos impressos e manuscritos. O acervo de fotografias é de 21.742 imagens, e D. Pedro II pediu que ele fosse denominado “Coleção D. Thereza Christina Maria”, em homenagem à sua esposa. Esta coleção fotográfica foi incluída pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Registro Internacional da Memória do Mundo. Foi necessário fazer reformas e criar novos espaços no prédio para receber tanto material.

 

        O acervo da Biblioteca seguiu aumentando a cada ano, inviabilizando a permanência no mesmo prédio. Em 1895 um inventário mostrou haver sob a sua guarda 231.132 livros impressos, 115.513 códices encadernados, 23.519 manuscritos históricos, 23.516 manuscritos biográficos, 22.863 moedas e medalhas, em um total de 416.543 itens. Em 1900, passou a um total de 705.332 itens, sendo 292.541 somente de livros impressos. E já nessa época, a procura pelos serviços da Biblioteca aumentava bastante, com uma média de 74 leitores por dia, que consultavam cerca de 100 livros diariamente. Diante de tudo isso, a Biblioteca Nacional precisou mudar de endereço. Cinco anos depois, foi lançada a pedra fundamental da sua atual sede, na Avenida Central, atual Rio Branco número 219, na Cinelândia, com a presença do presidente da República, Rodrigues Alves.
        O diretor da Biblioteca Nacional, Manoel Cícero Peregrino da Silva, viajou em 1907 para a Europa e para os Estados Unidos, onde passou oito meses visitando importantes bibliotecas públicas a fim de conhecer as tecnologias e material necessários para implantação no Brasil. Funcionários também foram enviados ao exterior para fazerem cursos de especialização e comprar ou copiar documentos sobre o Brasil. O novo prédio, na Cinelândia, foi inaugurado em 29 de outubro de 1910, com o projeto do construtor e engenheiro general Francisco Marcelino de Souza Aguiar. Em 1915, foi criado o primeiro curso de Biblioteconomia da América Latina e o terceiro do mundo, na própria Biblioteca Nacional, seguindo o modelo da École de Chartres, na França. O prédio da Biblioteca foi tombado em 1973 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
        Em 1981, a Biblioteca Euclides da Cunha passou a ser subordinada à Biblioteca Nacional, e em 1990 ambas passaram a formar a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), com o Instituto Nacional do Livro, e sua Biblioteca Demonstrativa, de Brasília. A administração da Biblioteca Nacional é do seu presidente, designação que passou a ser utilizada na década de 1990, cargo de indicação do presidente da República. Eu visitei recentemente a Biblioteca Nacional para fazer fotos mais recentes da sua fachada e do seu interior. Em uma delas, pode-se ver o Salão de Obras Gerais, onde, segundo me contaram as funcionárias, Carlos Drummond de Andrade ia constantemente, sempre se sentando na primeira cadeira da fileira quatro.
        O Acervo Especial de Obras Raras da Biblioteca reúne itens únicos, raros, que façam parte de alguma edição especial ou apresentem “algum traço de distinção”, como o autógrafo de uma personalidade, como D. Pedro II, por exemplo. As obras dessa coleção ficam protegidas em um espaço próprio, e são colocadas eventualmente em exposição ao público. Entre elas, pode-se citar o pergaminho do século 11 com manuscritos em grego sobre os quatro Evangelhos, o item mais antigo da instituição e de toda a América Latina; a Bíblia de Mogúncia, atual Mainz, na Alemanha, de 1462; e a primeira edição de “Os Lusíadas”, de 1572.
        Algumas mudanças foram feitas na Biblioteca nos últimos anos. Devido a furtos de importantes livros e obras do seu acervo, ela passou a controlar o acesso aos salões de pesquisa. Atualmente, para entrar nos salões, é preciso ter um cartão de identificação com foto, caso contrário é necessário fazer um cadastro, e identificar-se a um segurança antes de passar pela porta de vidro. Eu tenho um cartão de identificação. De acordo com uma funcionária com quem eu conversei, há anos não fazem esse tipo de cartão, nem ela tem.
        Eu me lembro de que no tempo em que frequentava a Biblioteca para fazer pesquisas das monografias de conclusão de curso das minhas graduações e para a Iniciação Científica, além da pós, era necessário apenas deixar bolsas e mochilas em armários, recebendo uma identificação do respectivo armário utilizado. Aqueles que entravam sem pertences podiam entrar facilmente nas salas, sem nenhum controle. E câmeras de vigilância também foram instaladas em vários pontos das salas de pesquisa. Tudo isso mudou, e por um motivo muito forte!
        Considerado o maior ladrão de livros raros do Brasil, Laéssio Rodrigues de Oliveira furtou, durante mais de 20 anos, milhares de itens, entre livros, jornais, revistas, fotografias, pinturas e documentos de várias instituições, em valores que atingiam à época centenas de milhares de dólares. Entre elas, a própria Biblioteca Nacional, o Palácio Itamaraty, Fundação Oswaldo Cruz e o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e a Biblioteca Mário de Andrade e a USP, em São Paulo. De acordo com levantamentos feitos pela Biblioteca Nacional, Laéssio realizou dois grandes furtos em suas instalações nos anos de 2004 e 2005, quando ela era presidida pelo editor e colecionador Pedro Correa do Lago, também curador da coleção do Itaú Cultural.
        A partir de 2004, Laéssio foi preso algumas vezes e confessou os seus crimes. Em 2018, ele mandou, da cadeia, correspondências a algumas de suas vítimas. Em uma delas, confessou ter furtado gravuras do pintor alemão Emil Bausch e as vendido ao colecionador Ruy Souza e Silva, e que este as teria revendido ao Itaú Cultural. No mesmo ano, o Itaú Cultural devolveu à Biblioteca Nacional quatro peças furtadas por Laéssio. Foram três desenhos sobre a Amazônia, do alemão Keller-Leuzinger, pintados entre os anos de 1865 e 1868, e a litografia Rio de Janeiro Pitoresco, do suíço Abraham-Louis Buvelot e do francês Louis-Auguste Moreau. Há várias outras obras que estão no acervo do Itaú Cultural e estão sendo, desde então, periciadas para definir sua real procedência.
        Em entrevistas, Laéssio Rodrigues contou que a série de furtos começou no Museu da Imagem e do Som de São Paulo, onde encontrou muita facilidade para retirar de lá uma revista “Fon Fon” da década de 1940. A publicação despertou seu interesse por ter uma reportagem de capa sobre Carmen Miranda, de quem ele colecionava fotos. Percebendo a fragilidade da segurança nas instituições e o descaso que elas tinham com os seus acervos, Laéssio seguiu furtando, com muita facilidade, e passou a aceitar encomendas de colecionadores, a quem revendia os itens furtados.
        Ele chegou a estudar três anos do curso de Biblioteconomia para se especializar na área. Em tom irônico, chegou a explicar: “Entrei na faculdade para saber como me portar no meio dos bibliotecários, apenas para roubar melhor”. A sua história deu origem ao documentário “Cartas para um ladrão de livros”. É uma vergonha constatar a pouca importância que o nosso patrimônio histórico e cultural recebe por parte daqueles que são responsáveis pela sua guarda, conservação e proteção! A fonte principal que eu utilizei para a minha pesquisa foi a própria Biblioteca Nacional e reportagens publicadas pela imprensa sobre os furtos de obras raras no Brasil. Veja as minhas fotos da Biblioteca Nacional, mais abaixo. Amanhã, publico fotos históricas. fr

A Biblioteca Nacional por fora

 

O interior da Biblioteca Nacional

 

Por dentro da Biblioteca Nacional