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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Botafogo faz campanha desastrosa, termina em último e é rebaixado mais uma vez

O Campeonato Brasileiro de 2020 terminou quinta-feira, dia 25, e marcou o terceiro rebaixamento do Botafogo em sua História centenária. A campanha alvinegra foi péssima, desastrosa, vergonhosa. Último colocado, dentre 20 clubes, o Botafogo perdeu 21 dos 38 jogos que disputou, fazendo apenas 32 gols e sofrendo 62! E venceu somente cinco jogos. Terminou o campeonato com 27 pontos, 14 a menos do primeiro clube que escapou do rebaixamento, o Fortaleza, que fez 41 pontos. Houve jogos em que o Botafogo foi prejudicado pela arbitragem, é verdade, foram pontos perdidos por erros dos árbitros. Mas, também foram muitos os jogos em que o time não demonstrou vontade, raça, disposição para buscar a vitória. A disputa do Brasileiro de 2021 está prevista para iniciar no dia 29 de maio, e promete ser muito difícil. Além do Botafogo, outros grandes clubes estarão na Segunda Divisão: Vasco da Gama, outro rebaixado este ano, e o Cruzeiro, que não conseguiu subir. O Botafogo precisa se reorganizar urgentemente, e utilizar o Campeonato Estadual, que começa quarta-feira que vem, para isso, caso contrário pode amargar mais anos longe da Primeira Divisão, e, até, cair para a Terceira. E a mudança mais importante é montar um time que demonstre vontade, não seja apático, e tenha um mínimo de qualidade técnica. Só nos resta torcer, e torcer muito! fr

Campeonato Brasileiro 2020 tabela

sábado, 27 de fevereiro de 2021

"Clássicos da poesia brasileira"

“Clássicos da poesia brasileira: antologia da poesia brasileira anterior ao Modernismo”
; seleção e organização de Frederico Barbosa, São Paulo, editora Klick, 1997, 194 páginas (Coleção Livros O Globo, vol. 18).

Coletânea de poemas dos períodos da poesia brasileira anterior ao Modernismo. Entre os 20 autores selecionados, pode-se citar alguns: Gregório de Matos e Botelho de Oliveira (Barroco); Basílio da Gama e Alvarenga Peixoto (Arcadismo); Castro Alves e Gonçalves Dias (Romantismo); Olavo Bilac e Raimundo Correia (Parnasianismo); Cruz e Sousa e Pedro Kilkerry (Simbolismo) e Augusto dos Anjos (Pré-Modernismo). fr

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Indiano perde economias de anos devoradas por cupins

Um indiano economizou durante anos com o sonho de ter sua casa própria, mas acabou por perder tudo para cupins. O fazendeiro Bijli Jamalayya, de 37 anos, cria porcos no estado de Andhra Pradesh, no Sul da índia, e guardava o dinheiro em um baú de madeira. Quando foi pegar o dinheiro, constatou que as notas estavam inutilizadas, com grandes pedaços destruídos. De acordo com a imprensa indiana, o prejuízo foi de meio milhão de rúpias, o equivalente a 37 mil reais. O impacto foi tão grande que Bijli Jamalayya chegou a desmaiar. Ele disse que ele e seus parentes não têm conta em banco. Que situação, coitado! fr

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Enfim, Botafogo volta a vencer!

Depois de dois meses sem vencer, o Botafogo conseguiu, ontem, sua quinta vitória no Campeonato Brasileiro, em 37 rodadas disputadas. Conseguiu vencer o São Paulo por 1x0 no Estádio Nilton Santos, gol de Matheus Babi. Claro, ver o Botafogo voltar a vencer é muito bom, mesmo não mudando o fato do clube terminar em último lugar, e já estar rebaixado para a Segunda Divisão. Eu torço para que possamos ver um time muito diferente já no Campeonato Estadual, e, principalmente, no próximo Brasileiro, para garantir a volta à Primeira Divisão. Um time com disposição, vontade de vencer e com qualidade, tudo que faltou até agora. fr

Botafogo 1x0 São Paulo (ficha técnica)

FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 1 x 0 SÃO PAULO
Data-Hora: 22/02/2021, às 20h
Estádio: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Bráulio da Silva Machado (SC - FIFA)
Assistentes: Kleber Lucio Gil (SC - FIFA) e Éder Alexandre (SC)
VAR: Rodrigo Dalonso Ferreira (SC)
Cartões Amarelos: Rafael Navarro e Luiz Otávio (BOT) / Bruno Alves, Hernanes, Léo e Igor Gomes (SP)
Cartão Vermelho: Reinaldo (SP)
Gol: Matheus Babi (BOT) (12'/2T) - (1-0)
BOTAFOGO (Técnico: Lúcio Flávio)
​Diego Loureiro; Kevin, Marcelo Benevenuto, Sousa, Hugo; Kayque (Matheus Babi - intervalo), Luiz Otávio (Barrandeguy 44'/2T), Warley (Davi Araújo 34'/2T), Bruno Nazário (Cesinha 31'/2T), Ênio; Rafael Navarro (Matheus Nascimento 34'/2T)
SÃO PAULO (Técnico: Marcos Vizolli)
Tiago Volpi; Juanfran (Igor Vinícius 18'/2T), Bruno Alves (Hernanes 30'/2T), Arboleda, Reinaldo; Luan, Tchê Tchê, Gabriel Sara (Galeano 18'/2T) , Igor Gomes (Joao Rojas 30'/2T); Luciano, Toró (Léo 41'/1T)
(Fonte: Lance!)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Dica de livro: "Triste fim de Policarpo Quaresma"

“Triste fim de Policarpo Quaresma”, Lima Barreto, São Paulo, editora Klick, 1997, 194 páginas (Coleção Livros O Globo, vol. 12). 
Aviso: O texto a seguir contém revelações sobre o enredo do livro.
     Policarpo Quaresma é um nacionalista exagerado, que exalta as qualidades do Brasil, e que considera o país destinado ao desenvolvimento por suas incontáveis qualidades e potenciais. Estudioso sobre as coisas brasileiras, procura ao longo da vida contribuir para a solução dos problemas que emperram o sucesso do Brasil. Homem de hábitos regrados, ele é funcionário público do Arsenal da Guerra e mora apenas com a irmã mais velha. 
     “Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da Pátria tomou-o todo inteiro. Não fora o amor comum, palrador e vazio; fora um sentimento sério, grave e absorvente. Nada de ambições políticas ou administrativas; o que Quaresma pensou, ou melhor: o que o patriotismo o fez pensar, foi num conhecimento inteiro do Brasil, levando-o a meditações sobre os seus recursos, para depois então apontar os remédios, as medidas progressivas, com pleno conhecimento de causa.” 
     Com o tempo, esse sentimento de amor ao país dominou a sua personalidade, tornando-se uma ideia fixa. Estudou o tupi-guarani e fez um requerimento à Câmara dos Deputados para que o idioma substituísse o Português, sendo motivo de ridicularização pelos jornais da cidade do Rio de Janeiro. A situação piorou quando traduziu um ofício para o tupi-guarani e, por descuido, ele foi parar na mesa do diretor, que o assinou sem ler e o enviou ao ministério, onde foi devolvido por não estar no idioma pátrio. 
     A confusão acabou por resultar na suspensão de Policarpo Quaresma, e no seu desequilíbrio emocional, fazendo com que ele fosse parar em um hospício durante alguns meses. Desacreditado, foi obrigado a se aposentar. Resolveu mudar-se para um sítio no interior, onde passou a investir na plantação de frutas e legumes. A sua inabilidade em lidar com as pessoas, e o seu desinteresse pela política partidária o colocou no fogo cruzado entre lideranças que disputavam o seu apoio para as eleições da região. Mais uma decepção. 
     Em 1892, durante a Segunda Revolta da Armada, contra o governo de Floriano Peixoto, Policarpo procurou o presidente para entregar-lhe um estudo voltado para a melhoria dos resultados da agricultura. Floriano não demonstrou interesse. Nacionalista, Policarpo Quaresma acabou por se integrar em um batalhão contra os revoltosos, incorporado como major. A experiência militar fez com que ele se decepcionasse com as pessoas, mais preocupadas com os seus interesses individuais do que com os destinos da nação. 
     Após o fim da Revolta, ele presenciou o envio de presos para serem executados, sem julgamento. Inconformado, escreveu ao presidente denunciando o ocorrido, mas, como a ordem havia sido do próprio, Quaresma também foi preso, tendo o mesmo destino dos revoltosos derrotados. Percebeu que dedicara a vida a amar o seu país, não conseguindo mudar a realidade, e fora derrotado por aqueles que só desejavam se aproveitar do Brasil. 
     “Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a Pátria, por amá-la e querê-la muito, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o condecorava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara – todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara. 
     Desde dezoito anos que o tal patriotismo o absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas coisas de tupi, do folklore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma! 
     O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções.” 
     O texto foi publicado inicialmente em forma de folhetim, em 1911, no Jornal do Commercio, e, como livro, em 1915, pago pelo próprio autor. Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) teve uma extensa produção jornalística e literária, a maior parte reunida e publicada após sua morte, resultado do trabalho de pesquisadores. Lima Barreto apresentou a sua candidatura à ABL (Academia Brasileira de Letras) por três vezes, sem sucesso. 
     E, assim como Policarpo Quaresma, também foi funcionário público; o seu pai teve problemas mentais e ele próprio foi internado em um hospício. Levou uma vida boemia, com problemas com o excesso de bebida, morrendo com apenas 41 anos, no bairro de Todos os Santos, onde eu também morei por alguns anos. fr

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Justiça nega pensão especial a descendentes de Tiradentes


A Justiça negou o pedido de tetranetos de José Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, para receberem pensão especial mensal vitalícia por serem seus descendentes. Eles pleitearam os mesmos direitos de outros parentes, da quinta geração do patrono cívico do Brasil, que recebem pensões determinadas por leis federais. O pedido foi indeferido pela Justiça Federal de Minas Gerais em 2013, e, em dezembro do ano passado, por unanimidade, em segunda instância, pela 2ª Turma do TRF (Tribunal Regional Federal) da Primeira Região. Os desembargadores mantiveram a decisão, entendendo que não cabe ao Poder Judiciário estender benefícios de pensão especial concedidos pelo Executivo em leis específicas. Que coisa!
fr    

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Jovens mulheres fingem ser idosas para receber vacina contra Covid-2019 😲😲😲

     Eu sou de opinião de que não existe um único “país do jeitinho”, como muitos brasileiros defendem em relação ao nosso país. Sempre digo que existem pessoas boas e ruins em todo lugar do mundo. O que muda, muitas vezes, é a impunidade, maior em alguns países do que em outros. Essa notícia que a imprensa divulgou hoje é o um ótimo exemplo.
     Duas jovens mulheres falsificaram os seus documentos e se disfarçaram para tomar a vacina contra a Covid-2019. Mas, antes que você comece a dizer que “só no Brasil mesmo”, eu já vou adiantando que esse absurdo aconteceu nos Estados Unidos! As duas espertalhonas são Olga Monroy-Ramirez, de 34 anos, e Martha Monroy, de 44. 
     Elas vestiram luvas, colocaram toucas, máscaras contra o coronavírus e óculos e apresentaram documentos com os nomes verdadeiros, mas datas de nascimento falsificadas, como se tivessem 65 anos. Isto aconteceu em Orlando, na Flórida, que está vacinando esse grupo etário. Elas conseguiram receber a primeira dose, mas, somente depois, os funcionários se tocaram e chamaram a polícia. 
     E o golpe até saiu barato, porque elas não foram presas, apenas tiveram os seus documentos de vacinação anotados sobre o ocorrido para que não tentem novamente em nenhum outro local de vacinação. Muito pouco! E quem garante que as duas, desonestas como são, não falsifiquem também esses papéis? E elas ainda tiveram que ouvir uma repreensão de um policial: 
     - Vocês sabem o que fizeram? Vocês roubaram vacina de alguém que precisa dela mais do que vocês. E agora vocês não vão receber sua segunda [dose] e então isso é uma total perda de tempo que tivemos aqui. 
     E depois ainda dizem que essas coisas “só acontecem no Brasil”... fr  

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Considerada a maior palavra da Língua Portuguesa, com 46 letras:

PNEUMOULTRAMICROSCOPICOSSILICOVULCANOCONIÓTICO

Significado da palavra:

Descreve o estado de quem é acometido de uma doença rara provocada pela aspiração de cinzas vulcânicas. 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

"A Feiticeira" (abertura)

"A Feiticeira" (5ª a 8ª temporadas)

     Eu terminei de assistir as três últimas temporadas da série clássica de TV “A Feiticeira” (“Bewitched”) em uma página gratuita na internet. Em maio do ano passado eu escrevi sobre as cinco primeiras temporadas. Ao todo, a série tem 254 episódios, cada um com 25 minutos de duração em média, em oito temporadas. “A Feiticeira” foi exibida originariamente pela ABC, rede de TV dos Estados Unidos, entre 17 de setembro de 1964 e 25 de março de 1972. Quando criança, eu assisti aos episódios em reprises. 
     A série mostra o relacionamento de Samantha (Elizabeth Montgomery, 1933-1995), uma jovem feiticeira, e o seu marido, o publicitário James Stephens (Dick Sargent, 1930-1994). Ele não permitia que sua esposa usasse os seus poderes, querendo que ela fosse uma dona de casa como todas as outras mulheres mortais. 
     Mas os pais de Samantha, bruxos, não aceitavam ver a filha abrindo mão de suas capacidades por um simples mortal. O resultado são muitas confusões, e diversão. Veja a montagem que eu giz com dezenas de imagens da Montgomery, abaixo. Os pais de Samantha são Maurice (Maurice Evans, 1901-1989) e a maravilhosa Endora (Agnes Moorehead, 1900-1974). Os dois sempre erravam, intencionalmente, o nome de James, além de transformá-lo em animais, como sapo, ganso ou mula. 
     Eu vou comentar, hoje, as novidades dessas últimas três temporadas. A primeira delas, e a mais perceptível, claro, é a substituição do ator que interpreta James Stephens. Dick York (1928-1992) fez as primeiras cinco temporadas, mas precisou ser substituído por sentir fortes dores na coluna, desde que sofreu um acidente de automóvel, que o obrigava a faltar às gravações. 
     A partir da sexta temporada, entrou Dick Sargent. “James” foi o nome escolhido no Brasil para o personagem, mas o original era “Darrin”. O ator era outro, mas James continuou sendo o mesmo estressado, mal-humorado e resmungão, mesmo sendo casado com uma bruxa do bem. Ao invés de permitir que Samantha usasse os seus poderes para facilitar a vida de sua família e ajudar as pessoas, sem se aproveitar para obter vantagens indevidas, claro, ele vivia brigando com ela. 
     O casal Stephens teve o segundo filho, na sexta temporada. Para fazer companhia a Tabatha, nasceu Adam, mas este não tinha poderes, puxando o lado mortal do pai. Nos créditos, aparece o nome do ator mirim David Lawrence; na internet eu li que Adam foi interpretado por dois meninos gêmeos, o segundo de nome Greg. O mesmo tinha acontecido no início da série com Tabatha, interpretada pelas irmãs gêmeas Erin e Diane Murphy; mais tarde apenas por Erin. 
     Entraram também na série Esmeralda e tia Agatha, ambas eram feiticeiras e eram chamadas para cuidar das crianças, como babás. Esmeralda (Alice Ghostley, 1923-2007) era uma bruxa com poderes enfraquecidos, e não acertava nenhum feitiço, provocando grandes problemas. Consequentemente, James reclamava, deixando Esmeralda nervosa, o que a fazia ficar invisível. Tia Agatha (Reta Shaw, 1912-1982) era chamada quando Esmeralda não estava disponível, e apareceu apenas em quatro episódios. A atriz apareceu outras vezes na série, interpretando diferentes personagens. 
     A participação de atores interpretando vários papéis é uma constante em “A Feiticeira”. Alguns apareceram como diferentes clientes da agência onde James Stephens trabalhava, e também como garçons ou vizinhos, por exemplo. Um deles foi o ator Dick Wilson (1916-2007), que fez várias aparições como um bêbado que presenciava os feitiços de Samantha, e em um episódio como um vizinho dos Stephens. 
     A bruxa idosa tia Clara, interpretada por Marion Lorne (1883-1968), falecida em 1968, fez falta, era uma das minhas preferidas. Ela vivia se atrapalhando e toda vez que fazia um feitiço metia a sobrinha e James em confusão. Mas era muito divertida. Gosto muito também do casal vizinho da frente da casa dos Stephens. 
     Eram a bisbilhoteira Gladys (Sandra Gould, 1916-1999) e o marido Abner Kravitz (George Tobias, 1901-1980). Ela flagrava as situações mais inacreditáveis na casa de Samantha, e o marido achava que ela estava maluca. Sandra Gould já tinha substituído a antiga Gladys, a atriz Alice Pearce, falecida em 1966. 
     O chefe de James na ‘McMann & Tate’, agência de publicidade, o Larry Tate (David White, 1916-1990) continua sensacional como o patrão ganancioso, sempre se aproveitando do funcionário, e nunca o fazendo de sócio. A esposa de Larry, Louise, também passou a ser interpretada por outra atriz nessas três últimas temporadas. Kasey Rogers (1925-2006) substituiu Irene Vernon (1922-1998), as duas muito parecidas, mas a primeira sendo loura. 
     A mudança, segundo informações da internet, foi devido à saída da série do produtor e redator Danny Arnold. Outros produtores e a própria Elizabeth Montgomery teriam pressionado pela troca, por Irene ser muito próxima a Danny Arnold. Outra alteração no elenco foi do pai de James Stephens. Robert F. Simon (1908-1992) substituiu Roy Roberts (1906-1975). A mãe, a Senhora Stephens, continuou sendo interpretada por Mabel Albertson (1901-1982). 
     Eu registro algumas participações especiais de atores de outras séries que eu assistia quando criança. Cesar Romero, o Coringa, e Julie Newmar, a Mulher-Gato, de “Batman e Robin”; Jonathan Harris, o Doutor Smith de “Perdidos no Espaço”; e Don Marshall, o Dan Erickson de “Terra de Gigantes”. 
     E também Edward Platt, o ‘Chefe’, e Bernie Kopell, o Siegfried de “Agente 86”. Kopell fez diferentes participações, interpretando um barão alemão; um feiticeiro amigo de Endora; e um boticário, que preparava as poções do Doutor Bombay (Bernard Fox, 1927-2016). Esse médico, aliás, era chamado a qualquer dificuldade da família de Samantha, constantemente o interrompendo em suas atividades de lazer. E sempre sendo chamado de charlatão por James. 
     O elenco principal ainda tem dois outros bruxos, da família de Samantha. O Tio Arthur (Paul Lynde, 1926-1982), sempre inconveniente e fazendo piadas sem graça; e a extravagante prima Serena, interpretada pela própria Elizabeth Montgomery (mas nos créditos, aparecia o nome fictício de Pandora Spocks). Esses dois personagens eu não gosto muito, acho chatos. 
     A abertura da série permaneceu praticamente a mesma, produzida pela Hanna-Barbera, apenas alterando a imagem do novo James, com a entrada do ator Dick Sargent. Assista ao vídeo, mais acima. Os 84 episódios das três temporadas finais foram dirigidos por seis profissionais diferentes, sendo William Asher (1921-2012) e Richard Michaels (1936) os mais atuantes. Os dois dirigiram 79 dos 84 episódios; Asher (também produtor) tendo dirigido 41 e Michaels 38. 
     William Asher foi o terceiro dos quatro maridos da atriz Elizabeth Montgomery, com quem teve três filhos. De acordo com a Wikipédia, Richard Michaels e Montgomery, ambos casados, passaram a manter um relacionamento durante a oitava temporada, o que levou ao fim de seus casamentos, e, provavelmente, também ao término da série. Eles ficaram juntos durante dois anos e meio. 
     Algumas curiosidades para registrar: em dois episódios, o endereço da casa dos Stephens tem nomes diferentes, mas sempre no número 1164. Na sétima temporada, é Rua Manhã Gloriosa, e na oitava, Rua da Manhã Dourada. Na sexta temporada, o sócio majoritário da agência onde James trabalha, enfim, apareceu, em um único episódio; é Harold McMann (Leon Ames, 1902-1993). 
     E nas primeiras temporadas da série, aparecia um candelabro de sete braços, um Menorá, um dos principais símbolos do Judaísmo, dentro da casa dos Stephens, em cima de um armário, ao lado da porta. Nas temporadas seguintes, ele foi substituído por um espelho ou um quadro, objetos que se revezavam. Foi muito bom rever a série completa de “A Feiticeira”, matei as saudades. fr

Elizabeth Montgomery

Propaganda de um produto sem conhecê-lo não é nada lógico! 😊😊😊😊😊

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Um absurdo! Enfermeiras fingem vacinar idosos contra a Covid-2019

A Covid-2019 está obrigando o mundo a mudar as suas políticas, fechando países, prejudicando economias, e mantendo milhões de pessoas em suas residências. No Brasil, tudo foi pior devido ao pouco caso que as autoridades fizeram de sua gravidade. A importação das vacinas demorou bastante, e somente há poucas semanas começaram a chegar ao país, e em número reduzido, diante da população brasileira, 210 milhões de pessoas. Com a chegada das vacinas, estamos vendo situações absurdas ocorrendo. Os primeiros a serem vacinados têm sido os idosos e os profissionais da Saúde que estão diretamente no combate à doença. Mas, várias pessoas que não estão nesses critérios têm furado a fila, sendo vacinados indevidamente. Mas, o pior são os casos relatados de enfermeiras que estão fingindo vacinar os idosos. Elas estariam desviando as vacinas para vender no mercado negro. Que tipo de gente é essa, que coloca a vida das pessoas em risco? Assista à reportagem abaixo, exibida esta semana na TV Cultura. fr

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

"O noviço", Martins Pena

“O Noviço”
, Martins Pena, São Paulo, editora Klick, 1997, 192 páginas (Coleção Livros O Globo, vol. 3). 
     O livro reúne três peças de Martins Pena. A primeira, de 1845 e publicada em 1853, é “O noviço”, uma comédia em três atos. Ambrósio casou-se por interesses com Florência, uma rica viúva, no Rio de Janeiro. Ganancioso, ele convence a esposa a mandar a filha e o sobrinho para o convento, a fim de não repartir a fortuna com eles, e não gastar dinheiro com dote para um futuro pretendente quando a filha fosse se casar. 
     O rapaz, no entanto, não aceita a imposição, e deseja casar com a prima. Após descobrir que Ambrósio já era casado antes de se unir à tia, ele passa pressioná-lo a deixar que os dois jovens se casem. Na peça “O juiz de paz da roça”, o juiz de paz tem o poder de decidir os destinos das moradores da região, ameaçando-os de prisão e mandá-los para lutar na guerra. E em “Quem casa, quer casa”, Fabiana não aguenta mais a convivência com a nora e o genro, que vivem em sua casa. 
     O autor faz uma crítica à sociedade, sua hipocrisia e problemas. É apontado por muitos como o “pai do teatro de costumes” no Brasil. Martins Pena nasceu no Rio de Janeiro em 1815, falecendo muito jovem, aos 33 anos, em 1848, em Lisboa, vítima de tuberculose.  fr

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Dica de filme: "Jogada de mestre"

JOGADA DE MESTRE (“Kidnapping Mr. Heineken”) 
Co-produção: Reino Unido, Bélgica e Holanda; 2015, Drama 
Direção: Daniel Alfredson 
Com: Anthony Hopkins, Sam Worthington, Jim Sturgess, Ryan Kwanten 
O filme é baseado em acontecimentos reais. Em 1983, Amsterdã, Países Baixos, cinco amigos têm o pedido de empréstimo para abrirem um negócio recusado pelo banco. Resolvem, então, sequestrar o dono da fábrica de cervejas Heineken, uma das maiores fortunas pessoais da Europa. A demora em receber o dinheiro do resgate e o medo de serem descobertos levam a desavenças entre os amigos. fr

"Jogada de mestre" (trailer)

 

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Campanha publicitária deu origem à "Lei de Gerson", que marcou o ex-jogador

      A campanha publicitária para os cigarros Vila Rica em 1976 é até hoje lembrada. Muito mais por ter marcado aquele que foi contratado para fazer o testemunho, e, assim, estimular a venda do produto: Gerson, campeão mundial de futebol no México, em 1970. No anúncio, ele exalta as “qualidades” dos cigarros, diz que é também mais barato, e finaliza afirmando que “gosto de levar vantagem em tudo!”. 
     Com o tempo, a expressão passou a ser associada a atitudes antiéticas, desonestas, quando a pessoa se aproveita para conseguir vantagens ilícitas em proveito próprio, sendo batizada de “Lei de Gerson”. Eu já ouvi o próprio ex-jogador, atualmente comentarista, contestar a imagem que associaram a ele, inclusive dizendo que ele fez a propaganda como um artista que interpreta um papel em uma novela ou em um filme. 
     De fato, é errado querer “grudar” em uma pessoa uma imagem negativa somente porque ela fez um anúncio de um produto, destacando as vantagens de comprar algo pelo melhor preço. Essa, com certeza, foi a intenção da campanha publicitária, produzida pela agência Caio Domingues & Associados. Mas, não se pode dar um testemunho pessoal, usando a sua imagem, com o intuito de vender um produto, dando a desculpa que está “interpretando” um papel. Não, mesmo! 
     As pessoas têm que ter mais responsabilidade no momento em que aceitam fazer campanhas publicitárias que vão influenciar milhares, milhões de pessoas, principalmente os mais jovens. Afinal, estão sendo pagos para isso, e não podem colocar o dinheiro acima da responsabilidade que eles devem ter como formadores de opinião. Assista ao comercial, abaixo. fr

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Botafogo perde mais um jogo, e já está rebaixado

Ao perder, ontem, mais um jogo, dessa vez para o Sport, por 1x0, no Estádio Nilton Santos, o Botafogo confirmou o que já era esperado. É o primeiro a ser rebaixado, neste campeonato, para a Segunda Divisão, e em último lugar, tendo conseguido vencer, até agora, na 34ª rodada, apenas quatro jogos. Faltaram ao Botafogo qualidade, vontade e disposição. Infelizmente, os jogadores não têm mais identificação com o clube em que jogam. Hoje, estão em um lugar, amanhã pegam suas coisas e vão para outro, e não têm o menor sentimento com isso, porque não têm nenhuma identificação com clube nenhum. Perder faz parte do futebol e da vida, mas perder sem lutar, sem se importar, é triste!  fr

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

"Amor de perdição", Camilo Castelo Branco

“Amor de perdição”
, Camilo Castelo Branco, São Paulo, editora Klick, 1997, 162 páginas (Coleção Livros O Globo, vol. 19). 
     Lançado em 1862, é um livro marcado pelo romantismo exagerado. Camilo Castelo Branco conta que o escreveu em apenas 15 dias, quando esteve preso pelo crime de adultério, e eles foram os dias “mais atormentados de minha vida”. No prefácio à segunda edição, ele explica que a história é baseada na vida do seu tio paterno, Simão Antônio Botelho, contada a ele pela tia, irmã do próprio. 
     Em Portugal, Simão, um rapaz de 17 anos e Teresa, uma moça de quinze, apaixonaram-se ao verem-se de suas janelas, vizinhos que eram, uma casa de frente a outra. Pouco se falaram, pouco se viram, a não ser à distância, mas um amor incondicional surgiu entre os dois. É uma história pouco crível, mas bastante palatável para o público feminino do século 19. 
     Mas é bem verdade que até pouco tempo, antes das conversas com vídeo pela internet, pessoas se conheciam e diziam se amar sem nunca terem se visto, apenas trocando conversas de texto. Mas, voltando ao livro, o amor dos Simão e Teresa não era aceito pelos pais, que se odiavam. A seguir, alerto que vou adiantar revelações sobre o final do livro. 
     O pai de Teresa decide mandar a filha para o convento por um tempo, para, depois, casá-la com Baltasar, um primo dela, que manda, sem sucesso, matar Simão. Desesperado pela separação da amada, o jovem mata Baltasar, e é preso, abrindo mão de sua defesa, pois preferia ser condenado à forca a ficar longe da amada, que dizia ao pai o mesmo, que tiraria sua vida caso não pudesse casar com Simão. 
     Enfim, a história é uma sucessão de sentimentos intensos, muito sofrimento e tragédias. E os dois jovens mal se conheciam, apenas se viram algumas poucas vezes, mal conversaram para poderem se conhecer melhor, como é que podiam falar em amor? 😊 😊 Simão passou mais de dois anos preso, aguardando julgamento. O pai, que inicialmente não quis defendê-lo devido à atitude criminosa do filho, acabou convencido por um tio-avô, que ameaçou se matar na sua frente se ele não o fizesse. 
     A condenação à morte na forca foi atenuada para a expulsão para a Índia por dez anos. Separados, um indo para outro continente, e ela em um convento, os dois sofrem demais, inclusive adoecendo aos poucos. Simão lamenta: “Que trevas, meu Deus! – Exclamava ele, e arrancava a mãos-cheias os cabelos. – Dai-me lágrimas, Senhor! Deixai-me chorar, ou matai-me, que esse sofrimento é insuportável!” 
     O final trágico do livro pode ser facilmente adivinhado, e envolve ainda uma outra mulher, Mariana, filha de um modesto ferreiro, apaixonada por Simão e que ajudou a cuidar dele durante a sua prisão. Eu até gostei de ler o livro, mas somente o indico para quem gosta de histórias tristes, muito tristes! Cego e sem poder escrever, Camilo Castelo Branco cometeu suicídio com um tiro no ouvido em 1º de julho de 1890, aos 65 anos. fr

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

A voz do silêncio

A VOZ DO SILÊNCIO

Martha Medeiros

Pior do que a voz que cala é um silêncio que fala.

Simples, rápido! E quanta força!

Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis, pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.

Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas.

Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão.

Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.

É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento.

Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.

Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar: "Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!"

É o silêncio de um mandando más notícias para o desespero do outro.

É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho.

Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz.

O único silêncio que perturba é aquele que fala.

E fala alto.

É quando ninguém bate à nossa porta, não há recados na secretária eletrônica e mesmo assim você entende a mensagem. 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Frases: Anne Frank

“O que está feito não pode ser desfeito, mas podemos prevenir que aconteça novamente.”

ANNE FRANK

Participante é expulso do BBB Portugal por fazer saudações nazistas

     Um participante do programa BBB Portugal foi expulso da casa na quinta-feira, dia 28, por ter feito repetidas vezes saudações nazistas. É preocupante que jovens demonstrem tanta ignorância e falta de respeito por assuntos que todos devem conhecer minimamente, afinal o Nazismo e os horrores ocorridos em sua consequência são (ou devem ser) estudados na escola. E são mostrados em diversos documentários, reportagens e filmes, que estão à disposição de todos. Ninguém pode, ninguém tem o direito de alegar desconhecimento a esse respeito. 
     O participante, Hélder Teixeira, já havia tomado parte de uma edição anterior, em que já tinha manifestado opiniões preconceituosas contra mulheres e homossexuais. Mesmo assim, ele foi convidado pela emissora TVI para fazer parte da edição atual, da qual também fazem parte outros ex-integrantes de edições anteriores. Hélder é um técnico em eletrônica, residente na cidade de Santa Maria da Feira, no Norte de Portugal, e tem 39 anos, ou seja, não é nenhuma criança. 
     Mesmo após o comando do programa ter anunciado a expulsão do participante para os demais moradores da casa, e as razões que a justificaram, esses ainda demonstraram surpresa, fizeram questão de se despedir de Hélder; alguns ainda tentaram defendê-lo. A impressão que dá é que os participantes do programa não tinham a correta noção da gravidade do que representa fazer referências ao Nazismo. Milhões de judeus foram perseguidos, confinados em campos de concentração e mortos durante o Nazismo e a Segunda Guerra Mundial. Muitos outros milhões morreram lutando na guerra para derrotar o Nazismo. 
     É muito preocupante que os jovens portugueses pareçam desconhecer o que ocorreu durante a primeira metade do século 20. Não é possível que as escolas em Portugal não ensinem sobre esse triste período da História. Tratar de um assunto como esse como se fosse uma brincadeira inocente pode provocar que as pessoas o vejam como algo “normal”, aceitável, e ele se repita. Em Portugal, o participante do BBB foi expulso. Infelizmente, no Brasil, já ouvimos políticos com cargos públicos fazendo algo parecido, e eles não foram expulsos da política. fr

As saudações nazistas e a expulsão do BBB Portugal 2021