Hoje, passando pela Praça da República, no Centro do Rio de
Janeiro, fui abordado por um camelô que me cumprimentou como se já me
conhecesse. "Oi, rapaz! Como vai? Pô, tu já ia passando e nem falava
comigo... Agora eu tô aqui, saí de lá
[como se eu fizesse alguma ideia de onde ele ficava antes!]" E apertou
minha mão. Eu tentei dizer que ele estava me confundindo com outra pessoa, mas
ele não deixava, e seguia falando, apontando para mim aos outros camelôs e
dizendo que eu era da sua "área". Para minha surpresa me deu um
perfume dos que ele vendia, e eu só queria seguir meu caminho e ir para o
trabalho, mas logo em seguida pediu para "deixar algum" só para
ajudar. Eu, já constrangido e só querendo me afastar, dei a ele 10 reais, sem
nem olhar que perfume podia ser, até porque ele colocou rápido dentro de um
saco plástico preto. Ele apertou a minha mão mais uma vez, e mandou um abraço
para o pessoal "da área". Depois, no trabalho, pensei que aquilo
podia ser uma estratégia para abordar as pessoas e vender o tal perfume, mas
conversando com colegas eles viram na internet que o perfume (na realidade, uma
colônia desodorante masculina Jequiti
Portiolli Classic Blue, 100ml) custa R$ 79,90. E por mais que possa ser uma
falsificação, claro, na mão de um camelô deve estar sendo vendido a uns R$
40,00, imagino. Não é a primeira vez que alguém me cumprimenta na rua como se
me conhecesse, mas nunca dei muita importância porque ficava por isso mesmo. Agora,
acabei recebendo uma colônia por apenas 10 reais, sem ter pedido, e sem mesmo
querer. Não vou usar, e vou acabar dando a alguém conhecido. Lamento não ter
conseguido esclarecer a situação, mas o rapaz era muito decidido, e acabou por
fazer chegar a um ponto que eu não conseguia mesmo sequer falar. Torço para não
passar por isso de novo, até porque não faço questão nenhuma de ganhar nada de
quem não conheço. fr
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