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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O mundo é contra o bloqueio a Cuba, mas os EUA insistem em mantê-lo

Terça-feira, a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) votou maciçamente contra o bloqueio que os EUA mantêm a Cuba desde 1962. É o 24º ano consecutivo que o mundo condena o bloqueio, e com o maior apoio internacional. Foram 191 países que votaram a favor do fim do bloqueio, e somente dois contra (Estados Unidos, claro, e Israel). A votação, no entanto, tem apenas o sentido de recomendação, já que a Assembleia não tem o poder de impor sanções a nenhum país. Mas demonstra de forma indiscutível que o mundo condena o bloqueio a Cuba, que vem amargando um enorme prejuízo social e tecnológico devido a sua existência. O próprio presidente estadunidense Barack Obama manifesta-se contrário a ele, mas para o seu fim é necessária a aprovação pelo Congresso dos EUA. Os dois países restabeleceram as relações diplomáticas este ano. O presidente cubano, Raul Castro, no entanto, tem afirmado que a normalização definitiva depende do fim do bloqueio e da devolução a seu país do território ocupado em Guantánamo desde 1903, por conta do arrendamento perpétuo aos EUA, que teve papel decisivo na independência cubana da Espanha, na chamada Guerra Hispano-Americana em 1898. No local, os Estados Unidos construíram uma base militar que passou a ser usada como prisão desde o início deste século, onde já foi constatada a prática de tortura, e ele  somente pode ser devolvido a Cuba se os dois países envolvidos concordarem, conforme estabelecido em um acordo de 1934. Espero que as negociações avancem e EUA e Cuba possam consolidar boas relações políticas e econômicas, com o fim desse anacrônico bloqueio e a devolução da base militar de Guantánamo ao povo cubano.  fr

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