Hoje, lendo comentários na
internet, fiquei sabendo que por estes dias houve uma demissão em massa na Rádio
Tupi, falam em 50 profissionais demitidos, inclusive repórteres e
apresentadores, alguns com dezenas de anos de casa. É a continuação da grave
crise que vem atingindo o jornalismo no Brasil, em particular o Grupo Diários
Associados, que em abril anunciou o fechamento do Jornal do Commercio, até então o mais antigo em circulação
ininterrupta no Brasil e que estava prestes a completar 190 anos de atividade. O
Diário Associados, fundado por Assis Chateaubriand em 1924, chegou a dominar a
Comunicação no país, com jornais, revistas e rádios principalmente no Rio de
Janeiro, Minas Gerais e Brasília, além da TV Tupi. Pouco a pouco, esse império vem
sendo desfeito. A Rádio Tupi vem sobrevivendo como pode. É triste, mas é a
realidade da Comunicação neste país. Eu sempre quis atuar na área, formei-me
para isto, estagiei e comecei a trabalhar, inclusive levando à frente por dois
anos o jornal interno do Ponto Frio. Mas sempre tive consciência da
instabilidade desta profissão. Hoje a pessoa tem emprego, amanhã o perde por
causa das constantes e cíclicas crises que se abatem sobre a nossa economia. E
a vida fica toda desestruturada, tendo que procurar emprego, muitas vezes já
com idade avançada, em um país que não respeita os mais idosos, e os considera
"cartas fora do baralho". Lamentavelmente deve ser o caso de alguns
desses profissionais demitidos pela Rádio Tupi. Acredito que fiz
a opção correta ao estudar, me preparar e conseguir ser aprovado em um concurso
público. A estabilidade do serviço público neste país de tantas incertezas é
algo de enorme valor. Lamento muito pela situação da Rádio Tupi e de tantas
outras rádios, jornais e televisões que se encontram na mesma situação. É isso!
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