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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Uma Viagem ao Mundo Antigo: Egito e Pompeia

Fui hoje visitar a exposição “Uma Viagem ao Mundo Antigo: Egito e Pompeia – Nas Fotografias da Coleção D. Thereza Christina Maria”, na Biblioteca Nacional. São 160 imagens produzidas aproximadamente nas últimas seis décadas do século 19, do Egito e da região onde ficava localizada a cidade de Pompeia, na Itália, exibidas pela primeira vez. As imagens da exposição registram o Egito Antigo e Pompeia, no período em que foram feitas as escavações de suas ruínas. São dois locais por onde passaram D. Pedro II e sua comitiva. Elas fazem parte da coleção pessoal do imperador, um amante das artes, da fotografia e da arqueologia, entre outras áreas de interesse, além de ser considerado o primeiro fotógrafo brasileiro. À época, eram utilizados equipamentos diversos, tais como o daguerreotipo; e diferentes processos de reprodução, como o papel albuminado, que utilizava a albumina, extraída da clara de ovo, para a fixação dos sais de prata ao papel. D. Pedro II e sua esposa adquiriram mais de 30 mil itens relacionados a registros de antigas civilizações em suas viagens ao exterior, entre 1871 e 1888.  Após a proclamação da República, exilado em Paris, D. Pedro II resolveu que sua biblioteca pessoal fosse doada ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e à Biblioteca Nacional após a sua morte. Foram livros, periódicos, mapas, partituras, estampas e milhares de fotografias.  Ele pediu que essa coleção pessoal doada à BN, algo em torno de 100 mil itens, levasse o nome de sua esposa. Ela é formada também por imagens do Brasil e do mundo no século 19, sendo a maior e mais abrangente coleção de documentos fotográficos desse período em uma instituição pública no Brasil. A coleção de D. Pedro II é maior, inclusive, do que a da rainha Vitória, da Inglaterra, cujo reinado se deu entre 1837 a 1891. Estão incluídas também fotografias tiradas durante suas viagens ou compradas por ele de mercadores, e trechos de seus diários de viagem. A viagem a Pompeia foi um desejo da imperatriz Thereza Christina, que fez questão que diversas peças recuperadas das escavações no local fossem adquiridas e enviadas para o Brasil. A cidade de Pompeia foi soterrada por cinzas e pedras no ano de 79 d.C. devido a maior erupção que se tem notícias do vulcão Vesúvio, matando milhares de pessoas. Somente no século 18, o local foi efetivamente descoberto e as escavações começaram, encontrando a cidade submersa, com as suas casas, objetos e corpos, como estátuas de pedra. Em 1870, o arqueólogo italiano Giuseppe Fiorelli, responsável pelos trabalhos de escavação em Pompeia, desenvolveu uma técnica para injetar gesso nos espaços vazios existentes entre as cinzas vulcânicas, ocupados pelos corpos das vítimas, e que acabou por dar a forma original delas. D. Pedro II chegou a subir à cratera do Vesúvio, e andou pelas ruas de Pompeia com a esposa, conhecendo um pouco daquele sítio arqueológico. Em 2003, a coleção recebeu o reconhecimento internacional, através de sua inscrição no Registro Internacional da Memória do Mundo da UNESCO; o primeiro conjunto documental do país a fazer parte dessa lista mundial. A exposição reinaugura o Espaço Cultural Eliseu Visconti, localizado na entrada da Biblioteca pela Rua do México, por conta das obras da reforma que ainda estão sendo feitas na BN. Eu gostei muito do local, que tem um jardim muito bonito, com bancos para as pessoas descansarem e relaxarem. Ela está aberta à visitação gratuita, de 1º deste mês a 30 de janeiro do ano que vem, de terça a sexta-feira, de 10:00 às 16:30, e aos sábados, de 10:00 às 14:30. fr
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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