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domingo, 13 de setembro de 2015

Museu Histórico Nacional

Quinta-feira, dia 10, visitei e conheci o Museu Histórico Nacional. Foi um passeio muito bom, superou todas as expectativas que eu tinha. Foram quatro horas passeando pelo museu e conhecendo o seu fantástico acervo. O MHN foi criado pelo decreto nº 15.596, de 2/8/1922, assinado pelo então presidente Epitacio Pessoa: "Considerando que será da maior conveniencia para o estudo da Historia Patria reunir os objectos a eIla relativos que se encontram nos estabelecimentos officiaes e concentral-os em um museu, que os conserve, classifique e exponha ao publico, e, enriquecido com os obtidos por compra ou por doação ou legado, contribua, como escola de patriotismo, para o culto do nosso passado". A inauguração ocorreu em 12 de outubro do mesmo ano. O complexo arquitetônico atual do MHN foi se ampliando com o tempo.

A área atual do museu tem uma importância muito grande para a História do Rio de Janeiro e do Brasil. Ficava de frente para o mar, entre as antigas praias da Piaçaba e de Santa Luzia, antes do aterramento do Morro do Castelo, nos anos 1920. Devido  a sua localização estratégica, o governador-geral do Brasil, Mem de Sá, iniciou a construção em 1567 da Bateria de Santiago, ampliada em 1603 para o Forte de Santiago. Era para a defesa de ataques de embarcações piratas em busca de riquezas. Em 1693, o forte passou a ser utilizado também como  calabouço, prisão para os escravos que cometiam crimes. Do Forte de Santiago, permanecem apenas as fundações. Em 1762, foi construído ao lado a Casa do Trem, local em que ficava o material bélico para a defesa da cidade. No ano seguinte, o Rio de Janeiro passou a ser a capital do Brasil. Em 1764, construiu-se no local o Arsenal de Guerra, onde era fabricada a munição e feitos os reparos dos armamentos.

O Arsenal de Guerra foi uma das sedes da Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil, que se estendeu de 7 de setembro de 1922 a 24 de julho do ano seguinte; e transferido no início do século passado para outro local.  Em sua criação, o MHN ocupava  somente duas salas da Casa do Trem, local onde o corpo de Tiradentes teria sido salgado e esquartejado. Com o tempo, foi ocupando toda a área, englobando todas as antigas construções.

O Museu Histórico Nacional é considerado o mais importante museu de História do Brasil, e seu acervo, de cerca de 350 mil itens, vai da pré-história do país até os seus acontecimentos mais recentes, abrangendo vários temas a serem vistos pelos visitantes. Para citar alguns: filatelia, mobiliário, meios de transporte, armamentos, pinturas históricas e esculturas, além de possuir o maior acervo de numismática (estudo histórico e artístico das cédulas, moedas e medalhas) da América do Sul, e um dos mais importantes do mundo, com cerca de 150 mil itens. O MHN tem também uma biblioteca, com publicações desde o século 16, incluindo algumas obras raras; um acervo histórico composto por 55.600 documentos iconográficos e manuscritos sobre a história do Brasil; e um acervo institucional com cerca de 5.000 fotografias e 2.000 impressos, além de documentos assinados por presidentes da República. Não os visitei, é preciso agendar.

Enfim, foi um passeio excelente, que eu recomendo a todo mundo, cariocas, moradores da cidade vindos de fora e turistas. Gostei muito também do atendimento dos funcionários. O MHN fica localizado na Praça Marechal Âncora s/nº, no Centro do Rio de Janeiro, por onde eu passo praticamente todos os dias, mas até então não tinha entrado para conhecer. Nota 10! fr
1. Berlinda (pequena carruagem de quatro rodas e vidraças laterais, com quatro ou seis lugares), século 18, Portugal. 2. Estátua equestre de D. Pedro II, Francisco Manoel Chaves Pinheiro, 1866. 3 e 4. Reprodução cenográfica de caverna da Serra da Capivara, localizada no Parque Nacional Serra da Capivara, na cidade de São Raimundo Nonato, no Piauí, onde foram encontrados diversos vestígios materiais da presença do homem no Brasil há mais de 30 mil anos. 5. Quadro "Desembarque de Cabral em Porto Seguro", Oscar Pereira da Silva, óleo sobre tela, século 19. 6. Reprodução de folha da carta de Pero Vaz de Caminha, enviada a D. Manuel, rei de Portugal, em 1 de maio de 1500 (leitura na voz do ator Paulo Autran). 7. Busto de Tiradentes, em gesso, Décio Rodrigues Vilares, século 20. As traves atribuídas à forca em que Tiradentes foi enforcado em 1792, no Rio de Janeiro. 8. Quadros sobre Tiradentes, todos óleo sobre tela. Da esquerda para a direita: "Martírio de Tiradentes", Aurélio de Figueiredo, 1893; "Resposta de Tiradentes à Leitura do Ato de Comutação da Pena de Morte dos Inconfidentes", Leopoldino Joaquim Teixeira de Faria, 189_; "Leitura da Sentença dos Inconfidentes", Eduardo de Sá, 1921; "Tiradentes", Regina Veiga, 1949; "Tiradentes (Alferes)", José Wasth Rodrigues, 1940. 9. À esquerda: "Expulsão dos Franceses do Rio de Janeiro – 1567", Armando Viana, óleo sobre tela, 1940. No centro: couraça feita de aço, século 17. À direita, quadro maior: "Batalha dos Guararapes", óleo sobre tela, 1758; ex-voto em agradecimento a Nossa Senhora dos Prazeres do Morro dos Guararapes pela expulsão dos holandeses de Pernambuco. 10. Grade de ferro da Cadeia Velha, século 18, onde Tiradentes esteve preso até sua execução. 11 e 12. Pátio dos canhões, com exemplares do Brasil, Portugal, Inglaterra, França e Holanda.  13. Moedas diversas, do Brasil e de Portugal, século 18. 14. Cédulas de réis, século 19, com D. Pedro II nas estampas. 15. Três serviços (terrinas, travessas e pratos diversos), porcelana, China, Companhia das Índias. Sendo dois do século 18, pertencentes à Casa Real Portuguesa, vindos para o Brasil na ocasião de sua transferência. Um, do século 19, encomendado após a chegada da Família Real ao Brasil. Quadro de D. João VI, óleo sobre tela, 1816, sem autoria definida. 16. Mesa de reuniões "onde se reuniram os constituintes na Câmara dos Deputados do Império para promulgar a primeira Constituição brasileira, em 1824". Dois quadros de D. Pedro I, óleo sobre tela; sendo o da esquerda de Manuel de Araújo Porto Alegre, de 1826, e o do centro de Henrique José da Silva, de 1825. Dois espelhos que pertenceram à Câmara dos Deputados.  Abaixo: Bandeira do Império, de seda, réplica, século 20 (esquerda) e sabre de ouro e metal, século 19, Inglaterra, que pertenceu a D. Pedro I, entre outras peças. 17. "Trono do Supremo Tribunal de Justiça Militar utilizado por D. Pedro II." 18. Farmácia Homeopática. "Recriação perfeita de uma drogaria fundada em 1847 e que funcionou até 1983." 19. "Combate Naval do Riachuelo", Victor Meirelles, óleo sobre tela, 1882-1883, representando a Guerra do Paraguai. 20. "A Ilusão do Terceiro Reinado – O Último Baile da Monarquia na Ilha Fiscal", Aurélio de Figueiredo, óleo sobre tela, 1905.fr



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