
Flavilidades Cotidianas
SEJA ÉTICO
domingo, 30 de março de 2025
sábado, 29 de março de 2025
sexta-feira, 28 de março de 2025
quinta-feira, 27 de março de 2025
quarta-feira, 26 de março de 2025
Completamente perdido em campo, Brasil passa vergonha e é goleado pela Argentina por 4x1, escapando de uma goleada ainda maior
O Brasil tomou um sacode, ontem, em Buenos Aires, e foi goleado por 4x1 pela Argentina, na 14ª rodada das eliminatórias para o Mundial de 2026. E podia ter sido de mais! A seleção brasileira não jogou nada, enquanto a argentina demonstrou qualidade, entrosamento e disposição. Aos 12 minutos do primeiro tempo já estava 2x0 e eu já comecei a me preocupar com uma goleada humilhante. Mas, aos 26 minutos, Matheus Cunha aproveitou a falha do zagueiro argentino Cristian Romero, roubou a bola na intermediária e chutou no canto direito do gol adversário para diminuir. Ou seja, o único gol brasileiro foi resultado de uma falha argentina. Mas a “reação” brasileira demorou muito pouco, dez minutos depois levou o terceiro gol.
Foi um castigo para uma seleção que um dos seus principais jogadores fez uma provocação infantil, idiota e totalmente inoportuna aos argentinos. Em entrevista a Romário, na véspera do jogo, Raphinha disse que ia dar “porrada” nos argentinos. É muita idiotice! Romário perguntou se ele ia dar “porrada” nos argentinos e ele respondeu: “Porrada neles! Sem dúvida! Porrada neles! No campo e fora do campo se tiver que ser!” Como é que um jogador profissional e de seleção não sabe comportar-se, não sabe o que deve ou não falar? Se fosse no tempo do treinador Telê Santana, duvido que algum jogador teria coragem, ou seria tão estúpido, de falar algo assim. E, se falasse, tenho certeza que Telê ia barrar o jogador! Hoje em dia, os jogadores não têm estrutura emocional ou intelectual para representar o nosso país! Essa declaração do Raphinha acabou servindo de mais um estímulo para os jogadores argentinos. E a resposta veio no campo, com uma goleada!
É verdade que o Brasil estava desfalcado de cinco jogadores: o atacante Neymar, o goleiro Alisson e o meio-campo Gerson, contundidos; e o zagueiro Gabriel Magalhães e o volante Bruno Guimarães suspensos por terem dois cartões amarelos. Mas a Argentina estava desfalcada do meio-campo Nico González, expulso no jogo anterior, e, principalmente, do seu principal jogador, Lionel Messi, machucado. Mas, afinal de contas, desfalcado ou não, é a seleção do Brasil, com o que, teoricamente, o país tem de melhor, é o país com maior tradição no futebol mundial. Não pode jogar tão mal assim!
Esta passou a ser a derrota com placar mais desfavorável da nossa seleção em jogos de eliminatórias para Mundiais, passando a derrota para o Chile por 3x0, em 2000. E a seleção não perdia para Argentina por um placar igual ou maior do que três gols de diferença desde 1964! Ou seja, 61 anos! E não conseguimos ganhar deles desde 2018. Perder para a Argentina não é o maior problema, o pior de tudo é perder jogando sem talento, sem força de reação, e a seleção estar perdida em campo. A Argentina já tinha conseguido sua classificação para o Mundial de 2026 antes mesmo de entrar em campo, com o empate do Equador com o Chile, por 0x0. Com esse resultado, os argentinos já estavam matematicamente classificados antes de o jogo começar.
O Brasil caiu para quarto lugar, com 21 pontos, atrás de Equador, com 23, e o Uruguai, também com 21, e à frente do Paraguai, outro que está com 21 pontos. Ainda faltam quatro rodadas, são 12 pontos em disputa, e o Brasil tem, ainda, muitas chances de garantir também sua classificação, até por que teria que perder os seus jogos e a Venezuela, em sétimo, colocação que garante a repescagem, com 15 pontos, e a Bolívia, em oitavo, com 14, teriam que vencer, pelo menos, três dos quatro jogos restantes. Bom, já vi eliminatórias em que o Brasil classificou-se em primeiro vencendo os seus adversários, e tendo um mau desempenho no Mundial, e a Argentina, classificando-se com muita dificuldade e sendo campeã. Vamos torcer que o Brasil recupere-se justamente quando for para valer, no Mundial do ano que vem! fr
Argentina 4x1 Brasil (ficha técnica)
FICHA TÉCNICA
ARGENTINA 4 X 1 BRASIL
ARGENTINA - Dibu Martínez; Nahuel Molina, Cristian Romero, Otamendi e Tagliafico (Facundo Medina); Paredes (Ángel Correa), De Paul, MacAllister (Nico Páz) e Enzo Fernández; Thiago Almada (Giuliano Simeone) e Julián Álvarez (Facundo Palacios); Técnico: Lionel Scaloni.
BRASIL - Bento; Wesley, Murilo (Léo Ortiz), Marquinhos e Guilherme Arana; André (Ederson) e Joelinton (João Gomes); Raphinha, Rodrygo (Endrick) e Vini Jr; Matheus Cunha (Savinho). Técnico: Dorival Júnior.
GOLS - Julián Álvarez, aos 4, e Enzo Fernández, aos 12, Matheus Cunha, aos 26, e MacAllister, aos 36 minutos do primeiro tempo; Giuliano Simeone, aos 26 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Tagliafico, Thiago Almada, De Paul, Otamendi e Enzo Fernández (Argentina) e Murilo,
Raphinha, André, Endrick e Léo Ortiz (Brasil).
ÁRBITRO - Andrés Rojas (COL).
PÚBLICO E RENDA - Não divulgados.
LOCAL - Estádio Monumental, em Buenos Aires.
Fonte: Band.
terça-feira, 25 de março de 2025
segunda-feira, 24 de março de 2025
Itália é desclassificada pela Alemanha em empate com gol em que gandula repõe bola de forma rápida para cobrança de escanteio pelos alemães, enquanto italianos esquecem da vida 😄😄😄
A Itália foi desclassificada, ontem, da Liga das Nações ao empatar em 3x3 com a Alemanha. Os alemães fizeram 3x0 no primeiro tempo, os italianos reagiram e empataram no segundo, mas foram eliminados porque perderam o primeiro jogo, na Itália, por 2x1. O que mais está chamando a atenção foi o segundo gol alemão, aos 36 minutos do primeiro tempo (veja o vídeo, abaixo). O goleiro italiano Donnarumma fez difícil defesa, mandando a bola para escanteio, e esqueceu da vida. O goleiro foi discutir com os companheiros, e todos deixaram o gol completamente livre, de forma irresponsável e infantil. A Alemanha cobrou rápido o escanteio, aproveitando que os italianos estavam distraídos, e Musiala só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes. Agora, reparem no vídeo: Kimmich recebeu a bola do gandula e, rapidamente, cobrou o escanteio. É mais um exemplo de gols que saem com a interferência do gandula. Ontem, o gandula foi tratado como herói pelos alemães! O Gandula é Noel Urbaniack, de apenas 15 anos. Ele explicou o lance: “É inacreditável. Nunca estive envolvido em algo assim. Tivemos um breve contato visual. Vi que ele [Kimmich] queria a bola e rapidamente a joguei para ele. Foi minha primeira vez como gandula.” Urbaniack até recebeu a bola autografada pelo alemão Kimmich e deu várias entrevistas. Enquanto isso, no Brasil, ainda têm vascaínos chorando pelo título da Taça Rio que perderam para o Botafogo em 2012, quando a gandula Fernanda Maia repôs a bola com rapidez nas mãos do Maicosuel, que cobrou o lateral de forma rápida. Márcio Azevedo recebeu a bola, venceu na corrida o marcador e deu o passe para Loco Abreu fazer o primeiro gol da vitória por 3x1. E os vascaínos estão chorando até hoje! 😄😄😄 Enquanto isso, na Europa, casos assim acontecem o tempo todo, e eu já comentei aqui, no meu blog, vários deles, e os gandulas são tratados como heróis. Chega de chororô! 😄😄😄 fr
domingo, 23 de março de 2025
Você sabia que já houve um tempo em que os "contos de fadas" eram histórias pesadas para adultos?
Lobo mau, três porquinhos, cinderela, príncipes, princesas, bruxas e dragões fazem parte da infância de praticamente todo mundo. Mas, você sabe como surgiram os chamados “contos de fadas? Essas histórias fantásticas têm sua origem em contos que eram transmitidos oralmente, de geração a geração, principalmente na Europa ao longo da História. Curiosamente, no início, os “contos de fada”, como ficaram genericamente conhecidos, não eram destinados às crianças, mas aos adultos.
Essas histórias tinham como tema principal questões sérias como a fome, a miséria, o adultério, feitiçaria, a morte da mulher nos partos feitos em casa (que dariam origem às madrastas más e às órfãs desprotegidas), a violência e até o canibalismo. Segundo Sheldon Cashdan, escritor e professor de Psicologia, os temas eram bem pesados:
“Muitos dos primeiros contos de fada incluíam exibicionismo, estupro e voyeurismo. Em uma das versões de ‘Chapeuzinho Vermelho’, a vovozinha faz um striptease para o lobo, antes de pular na cama com ele. Numa das primeiras interpretações de ‘A Bela Adormecida’, o príncipe abusa da princesa em seu sono e depois parte, deixando-a grávida. E no conto ‘A Princesa que não conseguia rir’, a heroína é condenada a uma vida de solidão porque, inadvertidamente, viu determinadas partes do corpo de uma bruxa.”
Ao longo dos séculos, esses contos foram reproduzidos para o papel, e, em 1695, o escritor e poeta francês Charles Perrault publicou “Contos da Minha Mãe Gansa”, com uma coletânea de histórias populares. O propósito inicial do trabalho não era ser destinado a crianças, mas em uma republicação que o autor fez no ano seguinte as histórias passaram a ser adaptadas para um público infantil, principalmente meninas, amenizando as sinistras temáticas.


Mais de um século depois, os irmãos alemães Grimm (Jacob e Wilhelm), estudiosos do folclore, pesquisaram e selecionaram antigas histórias populares, contando, inclusive, com a ajuda de pessoas conhecidas e de suas memórias familiares. Entre 1812 e 1822, os irmãos publicaram uma seleção de 100 histórias, com o título “Contos de fadas para crianças e adultos”, que continham diversas semelhanças com as histórias de Charles Perrault. “João e Maria”, por exemplo é a história de uma família que abandona o casal de filhos na floresta por causa da falta de comida em casa, uma realidade da Idade Média. E os dois irmãos quase foram comidos por uma bruxa canibal.
O poeta e romancista dinamarquês Hans Christian Andersen publicou entre 1835 e 1872 o livro “Contos”, com cerca de 200 contos infantis, com textos de sua autoria e adaptações do conhecimento popular. Andersen passou a ser considerado o primeiro grande divulgador da Literatura Infantil. Ainda no século 19, outras histórias entraram para o acervo dos contos de fadas. “As Aventuras de Alice no País das Maravilhas”, do inglês Lewis Carroll, pseudônimo de Charles Lutwidge Dogson, foi publicado em 1865. A história do boneco de madeira “Pinóquio”, que desejava ser humano, foi lançada pelo italiano Carlo Collodi, em 1883. Modernamente, várias outras histórias vêm sendo lançadas. Os contos de fadas vêm entretendo crianças e adultos ao longo da História e sendo difundidas pelo mundo inteiro através de livros e adaptações para o cinema e televisão, principalmente pelos Estúdios da Walt Disney. fr

sábado, 22 de março de 2025
Portugal reconhece tratar estrangeiros com discriminação
Fonte: TSF/Agência Lusa - 21.março. 2025 às 17h43
Mais de 1,2 milhões [sic] de pessoas já sentiram discriminação em Portugal
Em 2023, a percentagem
de pessoas entre os 18 e os 74 anos que sofreu discriminação no país foi de
16,1%
Mais de 1,2 milhões [sic] de pessoas já
sofreram discriminação em Portugal, recordou esta sexta-feira o Instituto
Nacional de Estatística (INE), citando dados de 2023.
A cor da pele, o território de origem ou o grupo étnico foram
os fatores que estiveram na base da discriminação sentida por quase meio milhão
de pessoas, de acordo com os dados com os quais o INE assinala o Dia
Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, 21 de março.
Em 2023, a percentagem de
pessoas entre os 18 e os 74 anos que sofreu discriminação no país foi de 16,1%
(mais de 1,2 milhões).
Destas, 60,6% identificou fatores como a idade, sexo, escolaridade ou a situação económica e dois quintos (40,1%) referiu a cor da pele, território de origem ou grupo étnico.

sexta-feira, 21 de março de 2025
Brasil vence Colômbia e assume terceiro lugar nas eliminatórias para Mundial de 2026
O Brasil venceu, ontem, a Colômbia por 2x1 e melhorou sua situação nas eliminatórias para o Mundial de 2026. Logo aos três minutos de jogo, Vinícius Jr. foi derrubado dentro da área e o árbitro marcou pênalti, cobrado por Raphinha, que converteu, abrindo o placar. Um gol tão cedo deu a sensação e a expectativa de que a seleção brasileira iria manter o ritmo, e conseguir uma vitória convincente e sem grandes dificuldades. Mas não foi isto que aconteceu. Aos 40 minutos, Arias roubou a bola de Joelinton na intermediária brasileira, dando início à jogada do gol de empate colombiano. Que bobeira! Aos 53 minutos do segundo tempo, Vinícius Jr. acertou um belo chute da intermediária, a bola ainda resvalou em um adversário e entrou. Uma vitória difícil e muito importante. Com os outros resultados da 13ª rodada, o Brasil subiu para o terceiro lugar, com 21 pontos, atrás da Argentina, em primeiro, com 28; e o Uruguai, com 22. O próximo confronto da nossa seleção será na próxima terça-feira, dia 25, contra a líder Argentina, fora de casa. fr
Brasil 2x1 Colômbia (ficha técnica)
FICHA TÉCNICA
BRASIL 2 X 1 COLÔMBIA
BRASIL - Alisson (Bento); Vanderson (Wesley), Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; Bruno Guimarães (André), Gerson (Joelinton) e Raphinha Rodrygo (Savinho), Vini Jr (Léo Ortiz) e João Pedro (Matheus Cunha). Técnico: Dorival Júnior.
COLÔMBIA - Vargas; Muñoz, Davinson Sánchez (Carlos Cuesta), Lucumí e Mojica; Lerma, Richard Ríos e James Rodríguez (Castaño); Jhon Árias (Carrascal), Luis Díaz e Córdoba (Borré). Técnico: Néstor Lorenzo.
GOLS - Raphinha, aos 5, Luis Díaz, aos 40 minutos do primeiro tempo. Vini Jr, aos 53 do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS: Bruno Guimarães, Gabriel Magalhães, Richard Ríos, Joelinton.
ÁRBITRO - Alexis Herrera (Venezuela).
PÚBLICO - 70.027 torcedores.
RENDA - Não divulgada.
LOCAL - Mané Garrincha, em Brasília (DF).
Fonte: Band
quinta-feira, 20 de março de 2025
quarta-feira, 19 de março de 2025
terça-feira, 18 de março de 2025
Conmebol define os grupos da Libertadores, e o Botafogo vai em busca do bi!
O Botafogo já sabe quem são os seus primeiros adversários no caminho para o bi da Libertadores! A Conmebol realizou, ontem, em Luque, no Paraguai, o sorteio da fase de grupos. O Glorioso está no grupo A, e vai enfrentar o Estudiantes, da Argentina; a Universidad de Chile e o Carabobo, da Venezuela. Dos 32 clubes, sete são brasileiros. Vamos em busca do bi! fr

segunda-feira, 17 de março de 2025
Excelente iniciativa: embalagens de leite mostram retratos de pessoas desaparecidas
As embalagens de leite da Piracanjuba passaram a estampar fotos de pessoas desaparecidas, conforme as fotos que eu fiz, abaixo. Mostram uma foto da pessoa quando desapareceu e uma imagem atualizada, gerada com Inteligência Artificial. Quem tiver informações sobre as pessoas desaparecidas, pode entrar em contato com a empresa. Excelente iniciativa, parabéns! fr

domingo, 16 de março de 2025
sexta-feira, 14 de março de 2025
quarta-feira, 12 de março de 2025
segunda-feira, 10 de março de 2025
domingo, 9 de março de 2025
As revistas do Homem-Aranha da Bloch são raridades e muito valorizadas atualmente (eu tive todas!)
A Editora Bloch publicou a revista do Homem-Aranha de 1975 a 1978, período em que foram publicados 33 números. Eu colecionei todos os números. Em determinada época, um garoto passou no meu prédio pedindo doações para um orfanato, e, por pressão do meu pai, que reclamava por que eu guardava revistas em quadrinhos, que eu estava guardando coisa sem utilidade, eu acabei doando. Evidentemente, mais tarde eu me arrependi. Podia ter ajudado o orfanato de outra maneira, não precisava ter me desfeito de uma coleção tão importante, cujas revistas são disputadas em leilões hoje em dia, chegando a valer mais de 200 reais cada. Se eu tivesse a coleção hoje, não a venderia! Ela teria um valor sentimental muito maior, porque eu me lembro de quando era criança e ia à banca de jornais para comprar a revista, na esquina da rua onde eu morava, em Todos os Santos. Às vezes, alguma coisa faz com que eu recorde até o cheiro do papel da revista nova, lançada na banca. Hoje, eu publico no meu blog a reprodução da capa do número 1 do Homem-Aranha da Bloch, lançado em fevereiro de 1975, quando eu tinha sete anos; quem tiver a minha idade e gostava dos personagens da Marvel, com certeza, vai lembrar também. O primeiro vilão que o Homem-Aranha enfrentou foi o Dr. Octopus, chamado de Dr. Polvo à época. fr

sexta-feira, 7 de março de 2025
Por que dizem que os torcedores do Botafogo são supersticiosos? É verdade?
Uma mentira repetida muitas vezes não deixa de ser uma mentira, por mais que seja repetida, mas acaba enganando muita gente! E uma mentira que vem sendo repetida há muito tempo é a de que o torcedor do Botafogo é “supersticioso”. E eu sei o que estou dizendo porque sou botafoguense, e conheço muitos torcedores do Fogão. Eu não sou supersticioso, e não conheço nenhum torcedor do Botafogo que seja. Mas conheço alguns torcedores de outros clubes supersticiosos! Essa fama que nos colocaram é por que o Botafogo teve um presidente, há quase cem anos, que era muito fanático pelo clube e, também, muito supersticioso. Carlito Rocha (1894-1981) teve sua vida muito ligada ao Botafogo, foi jogador, treinador e presidente do Botafogo de 1948 a 1951. Em 1948, O Glorioso não conquistava um campeonato do Rio de Janeiro há anos, o último tinha sido 13 anos antes. Em um jogo em 1948, o cachorro vira-lata preto e branco Biriba, do zagueiro Macaé, invadiu o campo, e o resultado foi a vitória do Botafogo. Muito supersticioso, o presidente Carlito Rocha associou a entrada do cachorro no campo à vitória, e passou a fazer questão que Biriba estivesse em todos os jogos, chegando a entrar no gramado com os jogadores. E quando o Botafogo estava vencendo e o adversário apresentava uma reação, Carlito Rocha mandava soltarem Biriba no campo para interromper o jogo. Até conseguirem pegar o animal, passavam alguns minutos e a reação do adversário acabava esfriando. Contra o Flamengo, perdíamos por 3x1, Biriba entrou em campo e, quando o jogo recomeçou, o Botafogo virou para 5x3! O presidente acreditava que Biriba dava sorte para o time. Seja como for, o Botafogo foi para final do campeonato, no dia 12 de dezembro de 1948, empatado com o Vasco, ambos com 34 pontos. Evidentemente, Biriba estava presente no Estádio General Severiano, e o Botafogo venceu o Vasco por 3x1, na primeira final da História entre os dois clubes, e o Fogão foi campeão! Com o jovem Nilton Santos jogando, os gols alvinegros foram marcados por Paraguaio, Braguinha e Octávio. Carlito Rocha e os torcedores alvinegros supersticiosos agradeceram a Biriba, mas o fato é que o Botafogo fez uma excelente campanha em 1948: em 20 jogos, venceu 17, empatou dois e perdeu somente um, alcançando 36 pontos! Na época, a vitória valia apenas dois pontos, ao contrário de hoje em dia que vale três pontos. O Glorioso marcou 59 gols e levou apenas 24. É claro que o título veio porque foi merecido, e não por causa da presença do cachorro Biriba, mas a imprensa acabou por dar destaque à superstição de Carlito Rocha e, desde então, passou a chamar os torcedores botafoguenses de “supersticiosos”. É engraçado e curioso, mas a verdade é que têm torcedores alvinegros supersticiosos, claro, mas não são a maioria. Assim como também têm vascaínos, tricolores e rubro-negros, e torcedores de outros clubes no Brasil todo que são supersticiosos. Mas quem quer saber disso? A história de 1948 entrou para o folclore do futebol, e a imprensa, lógico, vai continuar dizendo que nós, botafoguenses, somos os supersticiosos! 😄😄😄 É bobagem, e eu não ligo! Ah! Biriba veio a morrer dez anos depois, aos 12 anos, vítima de colapso. fr



quinta-feira, 6 de março de 2025
"Tradição" estúpida: prestes a matar o touro, toureiro leva chifrada, é sacudido no ar e vai para o hospital em estado grave
A estupidez do ser humano não tem limites! Lamentavelmente, no México, aconteceu mais um caso trágico envolvendo touradas, essa “tradição” que não tem nenhuma justificativa para manter-se em atividade. No sábado, dia 1º, na Plaza La Ranchero Aguilar, em Tlaxcala, o toureiro Emilio Macías, de 28 anos, estava prestes a enfiar mais uma lâmina no touro ‘Faraón’, mas foi chifrado na área inferior das nádegas e teve o seu corpo sacudido no ar por alguns segundos até que se conseguisse tirar o seu corpo do chifre do animal. Emilio foi retirado da arena e levado para um hospital em estado grave. Eu assisti ao vídeo na internet, mas não vou publicá-lo por ser muito forte. A verdade é que a imprensa somente fala das touradas quando a vítima é o agressor, ou seja, um toureiro. Mas vários animais vêm sendo torturados e mortos há anos e a imprensa não se choca com isso. É uma “tradição” selvagem, estúpida, covarde, tanto para aqueles que torturam os animais, quanto para aqueles “cidadãos e cidadãs de bem” que pagam para “divertir-se” à custa do sofrimento dos touros. fr

quarta-feira, 5 de março de 2025
Dica de filme: "Ainda estou aqui"
AINDA ESTOU AQUI
Brasil, Drama, 2024, Globoplay
Direção: Walter Salles
Com: Fernanda Torres, Selton Mello, Fernanda Montenegro
Filme maravilhoso, baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, sobre sua família. Em 1970, durante o governo de Emílio Garrastazu Médici, período de maior repressão do regime da ditadura militar, seu pai, o engenheiro Rubens Paiva, foi retirado de casa, sem mandado judicial, por militares, e foi torturado até a morte. Até hoje, não se conseguiu descobrir onde o regime militar escondeu os restos mortais do engenheiro. O regime procurou eximir-se de responsabilidade no seu desaparecimento. À época, Marcelo era uma criança. Sua irmã, menor de idade, e sua mãe, Eunice Paiva, também foram levadas para depor em um batalhão militar. Eunice ficou vários dias com a mesma roupa, sendo interrogada e ouvindo gritos de pessoas sendo torturadas. Após ser libertada, ela passou a lutar para que o regime militar assumisse sua responsabilidade na tortura e morte do marido; formou-se em Direito e especializou-se na defesa dos direitos dos indígenas. Somente em 1996, Eunice conseguiu a emissão de certidão de óbito de Rubens Paiva, e este ano, a certidão foi corrigida para constar que a morte foi “não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964”. Apesar de identificados, os militares responsáveis pelo sequestro de Rubens Paiva nunca foram levados a julgamento, e seguem impunes, assim como muitos outros torturadores. "Ainda estou aqui" é o primeiro filme de Língua Portuguesa a vencer um Oscar, e já venceu mais de 40 prêmios internacionais. É um dos filmes nacionais mais assistidos, com quase seis milhões de espectadores, e está lotando as salas de cinemas nos EUA, Europa e vários países do mundo. Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama. Sua mãe, Fernanda Montenegro, faz uma participação especial no final do filme, como Eunice Paiva já idosa e sofrendo do Mal de Alzheimer Assista! fr
terça-feira, 4 de março de 2025
Brasil, o país do cinema: "Ainda estou aqui" vence o Oscar de Melhor Filme Internacional
O filme brasileiro “Ainda estou aqui”, do diretor (botafoguense) Walter Salles (foto), venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional, neste domingo, dia 2 de março. É mais um prêmio internacional para esse filme, que vem emocionando o mundo por onde é exibido. É o primeiro filme brasileiro, e de Língua Portuguesa, que vence um Oscar, uma conquista histórica. “Ainda estou aqui” ainda foi indicado nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz, com Fernanda Torres, que já vencera o Globo de Ouro. Eu assisti ao filme, e posso dizer que o filme é maravilhoso, não precisa de nenhum Oscar, de nenhuma chancela, para confirmar sua qualidade. Mas, no Brasil, infelizmente a mídia e muitas pessoas acreditam que se os Estados Unidos não falarem de nós, se não nos elogiarem, nada feito no Brasil tem valor. É o conhecido complexo de vira-lata. Walter Salles é reconhecido como um dos melhores diretores do mundo, tendo em seu currículo outros filmes geniais, como “Central do Brasil”, e “Diários de Motocicleta”. Seja como for, é o reconhecimento ao talento do cinema brasileiro! fr

segunda-feira, 3 de março de 2025
A História da Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro

A histórica Praça Tiradentes fica localizada no supermovimentado Centro do Rio de Janeiro. A sua origem é no século 17, com o desmembramento do antigo Campo de São Domingos. A região é uma das mais tradicionais do Brasil e já teve vários nomes até chegar ao atual: Largo do Rossio Grande (em referência ao Largo do Rossio, em Lisboa); Campo dos Ciganos (pela presença de várias tendas de ciganos); Campo da Lampadosa (a partir de 1747, com a construção da Igreja de Nossa Senhora da Lampadosa, nas proximidades); Campo do Polé (a partir de 1808, devido à instalação de um pelourinho no local, onde eram realizadas as punições aos escravos e feita a divulgação de editais); Praça da Constituição (o príncipe-regente D. Pedro de Alcântara jurou fidelidade à Constituição de Portugal em 1821, na sacada do Real Teatro São João, onde atualmente existe o Teatro João Caetano). Até 1808, com a chegada ao Rio de Janeiro da família real, fugindo das tropas de Napoleão, o local possuía poucas e modestas casas, era descampado, com muitas poças e lama.
Em 30 de março de 1862, foi inaugurado no centro da praça o monumento em homenagem a D. Pedro I, a primeira escultura pública do Brasil. A proposta da homenagem partiu da Câmara Municipal, em 1825, mas demorou a sair do papel. A estátua foi projetada por João Maximiano Mafra, executada pelo escultor francês Louis Rochet, e mostra D. Pedro I em um cavalo, com a Constituição de 1824, outorgada por ele, em uma das mãos. A estátua equestre é de bronze e tem seis metros de altura; a base é feita de granito carioca e tem 3,30 metros; e o pedestal é de bronze e tem 6,40 metros. Em cada lado do monumento, estão esculturas em bronze de indígenas brasileiros com animais, representando os Rios São Francisco, Amazonas, Paraná e Madeira. O monumento foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em março de 1999.
A estátua de D. Pedro I é cercada por uma grade, que tem em seus postes as datas marcantes da vida do imperador: 12/10/1798 (nascimento); 6/11/1817 (casamento com dona Leopoldina); 9/01/1822 (“Dia do Fico”); 13/5/1822 (recebeu o título de “defensor perpétuo do Brasil”); 7/9/1822 (Independência do Brasil); 12/10/1822 (eleito imperador do Brasil); 1/12/1822 (coroação); 25/3/1824 (promulgada a primeira Constituição brasileira); 17/10/1829 (casamento com dona Amélia). Abaixo da estátua, no pedestal do monumento, estão colocadas 20 placas, lado a lado, representando as províncias brasileiras à época. O chão da praça é feito de pedras portuguesas, com o brasão imperial desenhado nas quatro faces diante do monumento.
Em 1865, foram colocadas na praça quatro estátuas em ferro fundido e em estilo clássico, em representação às virtudes das nações modernas: Liberdade, Justiça, Fidelidade e União. E em 1890, um ano após a proclamação da República, a praça foi rebatizada para o atual nome: Praça Tiradentes, em homenagem ao mártir da Conjuração Mineira, que foi executado justamente nas suas proximidades. Mesmo não havendo consenso a respeito da localização exata da forca onde Tiradentes foi executado, muitos historiadores acreditam que ficava entre as atuais Avenida Passos e Rua Senhor dos Passos. A intenção era distanciar-se do passado monárquico do país. Sim, é uma grande contradição! Na praça que leva o nome de um brasileiro que ficou imortalizado como o maior símbolo do movimento que desejava a independência em relação a Portugal, o fim da monarquia e sua substituição pela República, está a estátua do imperador português, filho da rainha que assinou a condenação à morte de Tiradentes.
Durante o século 19, a Praça Tiradentes foi a principal região de diversão da cidade devido aos seus teatros, que eram frequentados pelos membros da Corte. Já no século 20, o local foi perdendo público para a área da Cinelândia, também no Centro do Rio, e tornou-se uma região muito popular, com alguns prédios comerciais e frequência de moradores de rua. Na Praça Tiradentes, estão dois dos mais tradicionais teatros brasileiros: o Teatro João Caetano, inaugurado em 1813, e o Teatro Carlos Gomes, inaugurado em 1872. Em 2017, começou a funcionar na Praça Tiradentes a estação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Fontes de pesquisa: Wikipédia; “Praça Tiradentes: berço da vida noturna carioca”, Márcia Pimentel, 30/11/2017, multirio.rj.gov.br. fr