Em uma visita oficial histórica iniciada ontem e que será
encerrada amanhã, o presidente dos EUA, Barack Obama, está em Cuba. Ele foi
acompanhado da esposa Michelle, e de suas duas filhas. É a primeira visita
oficial de um presidente estadunidense em 88 anos. Hoje, Obama e o presidente
cubano Raul Castro se encontraram no Palácio da revolução, quando o cubano mais
uma vez disse ser necessário que os EUA ponham fim ao bloqueio a seu país, que
vigora desde 1962, em plena Guerra Fria, e a devolução da base de Guantánamo. Obama,
por sua vez, pede medidas concretas em defesa dos direitos humanos em Cuba. De
acordo com a imprensa cubana, a delegação dos EUA é composta por 800 pessoas,
incluindo o secretário de Estado John Kerry, a secretária de comércio Penny
Pritzker, e 37 parlamentares dos partidos Democrata e Republicano.
Os empresários nos EUA querem ocupar seu espaço na economia de Cuba, ampliando seus lucros; e os cubanos anseiam por mais empregos e melhorias de vida. Eu torço que as relações dos dois países melhorem cada vez mais, e que o bloqueio a Cuba acabe, Guantánamo seja desocupada e a democracia seja restabelecida em Cuba. Mas torço também que Cuba não se transforme em mais uma democracia formal capitalista, em que o seu povo tenha o direito ao voto direto, mas os seus anseios não sejam respeitados. E que o povo cubano não passe a ter que pagar caro por atendimento médico particular e educação privada, para fugir de serviços públicos de má qualidade e sucateados. Nem o país seja obrigado a recorrer a empréstimos com juros extorsivos ao FMI e Banco Mundial. Uma realidade já bem conhecida de nós, brasileiros, e de muitos outros países no mundo. fr
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