Depois da tragédia, descobrimos que a queda do avião fretado
que levava a delegação da Chapecoense para disputar o primeiro jogo da decisão
da Copa Sul-Americana poderia ter sido evitada. O piloto e proprietário do avião
costumava viajar com a capacidade de combustível no limite, e não parava em
aeroporto para abastecimento, antes do destino final, para evitar gastos. Uma
funcionária do órgão responsável pelo controle de voos na Bolívia percebeu que
a autonomia de voo da aeronave era igual à distância que iria percorrer até o
aeroporto em Medellín, e mesmo assim autorizou que prosseguisse. O piloto, porém,
não contava com o que acabou acontecendo: quando ia aterrissar no aeroporto,
outros três aviões também aguardavam para fazê-lo. Ele omitiu estar com combustível
no limite, deixando de solicitar prioridade, e foi pedido a ele pelo controle
do aeroporto que desse algumas voltas, aguardando que os outros aterrissassem. Quando
percebeu que o combustível estava no zero, foi tarde demais e o avião caiu por
'pane seca', falta de combustível. Caso ele pedisse prioridade para aterrissagem,
seria multado por estar viajando com combustível abaixo de necessário. Ou seja,
uma sucessão de erros que acabaram por matar 71 pessoas. Triste! O mesmo
acontece diariamente quando edifícios são construídos sem autorização de
'habite-se', casas de shows são liberadas sem a fiscalização necessária por
conta dos bombeiros, barcos e ônibus de turismo viajam superlotados porque quem
deveria fiscalizar não o fez ou recebeu dinheiro para autorizar. Vidas são
perdidas de forma estúpida por conta da ganância, da incompetência e irresponsabilidade
do ser humano! fr
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