
Preocupada com o
destino dos filhos, ainda grávida ela procurou uma vidente no antigo Morro do
Castelo, que lhe previu vagamente “coisas futuras”, o que lhe trouxe muita
esperança com o futuro dos filhos. Os dois, já adultos, divergiam sempre, inclusive
sobre política, mais especificamente sobre o sistema de governo que o país
deveria seguir, às vésperas da proclamação da República. Pedro posicionava-se a
favor da Monarquia, Paulo era simpatizante da mudança. Os
dois seguiram por caminhos próprios na vida profissional, Pedro seguiu a
Medicina; Paulo a advocacia. Mas ambos entraram na política, sendo eleitos
deputados e defendendo suas convicções.
O distanciamento
aumentou ainda mais após os dois apaixonaram-se pela mesma mulher, Flora, que
não se decidia por qual dos dois nutria mais amor. O único elo entre os dois
era o amor à mãe. Assim como no clássico “Memórias Póstumas de Brás Cubas”,
Machado de Assis usa um narrador para contar a estória, e ele se dirige
diretamente a nós, leitores. E, assim como aquele livro, que teve o personagem
Quincas Borba utilizado no livro homônimo, anos mais tarde, o autor lançou
depois uma obra baseando-se em um personagem de um trabalho anterior. Em 1908, Machado
de Assis publicou o seu último livro, “Memorial de Aires”, voltando a usar um dos
personagens de “Esaú e Jacó”, o diplomata aposentado José da Costa Marcondes
Aires, que anotava passagens de sua vida. Este livro eu ainda não li, mas já
está na minha lista. fr
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