
O ex-deputado Delfim Netto, de 89 anos, está sendo investigado pelo
Ministério Público Federal por suspeita de receber 10% das propinas dadas por
empreiteiras ao MDB e ao PT referente às obras da construção da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. É a 49ª fase da Operação Lava Jato,
deflagrada hoje, dia 9, batizada de “Buona Fortuna”. O juiz federal Sergio Moro
determinou o bloqueio de 4,4 milhões em dinheiro e bens do político, cuja
defesa alega que os valores que ele recebeu foi por conta de “consultoria prestada” às empresas. Delfim Netto e
outros investigados na operação tiveram os seus sigilos bancário e telefônico
quebrados. Ele foi uma das figuras mais influentes na época da ditadura
militar, tendo exercido, entre outros, as funções de ministro da Fazenda, de
1967 a 1974; da Agricultura, em 1979 e do Planejamento, de 1979 a 1985; além de
embaixador da França, de 1974 a 1978. Foi um dos ministros que assinou e
ratificou o AI-5, em 1968, Ato Institucional que endureceu a ditadura. Delfim
Netto exerceu também o cargo de deputado federal por São Paulo de 1987
(constituinte) a 2006, portanto, em cinco mandatos. E passou por seis partidos
políticos: PDS, PPR, PPB, PP
e MDB. Eu fico contente em ver que as investigações chegaram a mais um dos
“medalhões” da política brasileira. É uma pena que a Justiça não retroceda e
investigue tudo o que fizeram durante a época da ditadura militar (1964-1985),
seja a roubalheira, seja a tortura; teria muito o que descobrir! fr
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