Estivemos
hoje na Praça dos Restauradores, que leva este nome em homenagem à restauração
da independência de Portugal e o fim da União Ibérica, em 1640. Ela fica na
chamada “baixa Lisboa”. Com o desaparecimento do rei Dom Sebastião durante a
batalha de Alcácer-Quibir, em Marrocos, em 1578, Portugal passou por um vazio
no poder, já que o monarca não tinha herdeiros, o que possibilitou que a
Espanha reivindicasse e forçasse assumir o comando do trono português.
A
chamada União Ibérica, em que Portugal ficou sob o comando espanhol, durou de
1580 até 1º de dezembro de 1640, quando os portugueses conseguiram recuperar o
comando do trono. A partir de então, assumiu a Dinastia de Bragança, a quarta e
última que reinou em Portugal, de 1640 até o fim da monarquia portuguesa, com a
proclamação da República em 1910.
No
centro da Praça está o Monumento aos Restauradores, um obelisco de 30 metros de
altura inaugurado no ano de 1886. O projeto é do arquiteto Antônio Tomás da
Fonseca, que ficou em segundo lugar para a escolha de outro monumento, o D.
Pedro IV, nosso D. Pedro I; e a construção ficou sob a responsabilidade de
Sérgio Augusto de Barros.
De acordo com a página da Câmara
Municipal de Lisboa na internet, o Monumento aos Restauradores tem a seguinte
distribuição, que dá para ser vista nas fotos que eu fiz (abaixo):
“Ao nível do pedestal encontramos 2 estátuas
alegóricas de bronze: a Sul, obra de Alberto Nunes, temos o Génio da
Independência, figura masculina alada, que exibe as correntes partidas do
domínio estrangeiro; a Norte, da autoria de Simões de Almeida (tio), temos o
Génio da Vitória, figura feminina, que empunha na mão esquerda uma palma e na
direita, erguida ao alto, uma coroa de louros. Nas faces do pedestal e do
obelisco são visíveis os nomes e as datas das principais batalhas da
Restauração.”
Segundo o wikipedia, esse monumento “foi custeado por subscrição pública,
aberta em Portugal e no Brasil, gerida por uma comissão sob a presidência do
Marquês de Sá da Bandeira impulsionado pela Comissão Central do 1º de
Dezembro de 1640 do qual fazia parte”. A página da Câmara Municipal de Lisboa informa
que esta comissão foi criada em agosto de 1861 com o propósito de organizar os
festejos da Restauração. E foi essa comissão que decidiu pela construção do
obelisco e qual sua localização.
O
chão da praça é constituído por mosaico português. Seguindo a Praça dos
Restauradores pelo início da Av. da Liberdade, vai-se até a Praça Marquês do
Pombal, um caminho de 1.9 km segundo o Google Maps, que dá para ser feito a pé
se a pessoa estiver razoavelmente em forma. Como eu estou com minha mãe,
preferi ir de autocarro (ônibus). Indo pelo outro extremo vai-se à Praça do
Rossio, ou Praça D. Pedro IV, mas esta é bem mais próximo, em poucos minutos se
chega lá. Mais à frente vou mostrar nossos passeios por esses dois lugares. fr
Nenhum comentário:
Postar um comentário