
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1839. Bisneto de escravos libertos, seus pais eram trabalhadores braçais que moravam como agregados em uma chácara matriarcal. A sua infância foi pobre, não frequentou escola, vendeu doces na rua para colaborar com a família. Sofria de epilepsia. Entre os seis e os 14 anos, seus pais e a irmã morreram.
Foi caixeiro de livraria, tipógrafo, revisor, jornalista, funcionário público e escritor. Casado durante 35 anos com a portuguesa Carolina Novaes; não tiveram filhos. Carolina faleceu em 1904, e a partir de então Machado de Assis passou a maior parte do seu tempo recluso em casa – assim como ele retratava alguns de seus personagens.
Os
estudiosos de sua obra a dividem em duas fases, com os respectivos romances: a
romântica (“Ressurreição”, 1872; “A Mão e a Luva”, 1874; “Helena”, 1876; “Iaiá
Garcia”, 1878) e a realista ou da maturidade (“Memórias Póstumas de Brás Cubas”, 1881; “Casa
Velha”, 1885; “Quincas Borba”, 1891; “Dom Casmurro” 1899; “Esaú e Jacó”, 1904;
“Memorial de Aires”, 1908). A maioria
dessas obras eu já li e as registrei aqui no meu blog. Além desses dez títulos,
escreveu também 215 contos, dez peças teatrais, cinco coletâneas de poemas e
sonetos e mais de 600 crônicas.
Machado
de Assis é um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, em 1896, e seu
primeiro presidente, ocupando a cadeira nº 23. Faleceu em sua casa, no Rio de
Janeiro, em 29 de setembro de 1908, aos 69 anos, e no dia do seu enterro foi
decretado luto oficial na cidade, com uma multidão presente. fr
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