O Vasco da Gama teve uma bonita atitude com o
rival Flamengo, ontem, no Maracanã, contra o Resende, colocando em sua camisa a
mensagem “Em frente, juntos” e, em cima, as bandeiras dos dois clubes
entrelaçadas. A atitude foi de solidariedade por causa do trágico incêndio
ocorrido dia 8 deste mês na sede flamenguista, em que morreram dez jovens
jogadores da base do clube. Uma bela iniciativa, principalmente levando em
consideração a mentalidade tacanha dos dirigentes que o Vasco teve ao longo das
últimas décadas, Eurico Miranda à frente. Até recentemente, o discurso era que
o Flamengo era um inimigo, o adversário a ser vencido, em um “campeonato à
parte”. Um discurso de ódio. E ainda há quem pense assim. O presidente do
Conselho Deliberativo do Vasco, Roberto Monteiro, por exemplo, criticou o que
considerou uma “demagogia barata que atenta contra as tradições vascaínas, fere
o estatuto do clube e ajuda o grande responsável pela tragédia a assumir o
papel de vítima”, escreveu o dirigente.” Quem verdadeiramente ama o esporte,
como eu, não vê adversários como ‘inimigos’, e entende que um jogo de futebol
não é uma guerra, em que os oponentes têm que se destruir. Louvável a atitude
do Vasco, espero que futuramente outros clubes sigam o exemplo. E lamentável a
manifestação do sr. Roberto Monteiro. Agora, com relação ao incêndio no
alojamento do Ninho do Urubu, que resultou na morte de 10 adolescentes e três
feridos, sou de opinião que deve haver uma apuração de responsabilidades. Foi
divulgado que o Flamengo não tinha autorização para manter o alojamento no
local, e a prefeitura já tinha multado o clube dezenas de vezes. Com relação ao
primeiro jogos das semifinais, o Vasco venceu o Resende por 3x0 e se
classificou para a final da Taça Guanabara, que será realizada no próximo
domingo. O seu adversário sairá no jogo de amanhã entre Flamengo e Fluminense. fr

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