SEJA ÉTICO

SEJA ÉTICO: Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução do conteúdo deste blog com a devida citação de sua fonte.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Batman e Robin


BATMAN E ROBIN (BATMAN)
            Quando eu era criança, assistia na TV a série “Batman & Robin”, não me lembro em que emissora aqui no Brasil. O seriado foi produzido pelo canal ABC, e exibido nos Estados Unidos de 12/01/1966 a 14/3/1968. Foram três temporadas, e 120 episódios. A curiosidade é que a ABC quis preencher os dois horários vagos que tinha na programação, e resolveu produzir cada estória dividida em dois episódios, cada um com cerca de 30 minutos. Por isso, para saber como a estória terminava, as crianças (e adultos, também, por que não!?) tinham que assistir sempre a continuação. E a voz do narrador, Willian Dozier, criador e produtor da série,  estimulava o suspense, perguntando coisas do tipo “será o fim da dupla dinâmica?”, e dizia para assistir o próximo episódio “nessa mesma bat-hora, nesse mesmo bat-canal”.
            Batman surgiu nos quadrinhos em 1939, portanto, completou em 2019 80 anos. Foi criado pelo escritor Bill Finger e pelo artista Bob Kane, encomendado pela DC Comics. O parceiro Robin no ano seguinte. Além da série de TV, houve um filme lançado para o cinema em 1966, “Batman, o Homem-Morcego”, do qual eu já escrevi aqui no meu blog, e um desenho animado. O filme, com os mesmos atores principais, era para dar maior divulgação à série. Vou dar uma resumida na estória, para quem não conhece, se isto é possível.
O milionário Bruce Wayne carrega o trauma de ter presenciado, quando criança, o assassinato de seus pais por um assaltante, e resolve combater os bandidos em sua cidade, Gotham City, tornando-se o Batman. Sempre com a ajuda do parceiro Robin, o “menino prodígio” Dick Grayson, um rapaz órfão que tem em Bruce a figura de um tutor. Ficaram famosas as frases de espanto ou indignação de Robin, iniciadas por “santo” ou “santa”. Por exemplo: “santa falta de lógica!”, “santa desfaçatez!”, “santo mistério, Batman!”...  
  
 Alfred, o mordomo da mansão Wayne é o único a conhecer suas identidades secretas, e colabora na solução dos crimes. A tia Harriet está sempre preocupada com Bruce e Dick. E o comissário Gordon e o chefe O’Hara agradecem sempre à “dupla dinâmica” por manterem os seus empregos, porque sem a sua ajuda eles ficariam enrascados. Toda a vez que um dos vilões ameaçava a tranquilidade da cidade, o comissário pegava o seu telefone vermelho, que ficava coberto por uma redoma transparente, e ligava diretamente para o Batman. Geralmente quem atendia era o próprio mordomo Alfred, que, então, passava a ligação para o Batman.  
 Como é que o comissário Gordon não ligou uma coisa e outra para perceber a coincidência entre Bruce Wayne e o Batman terem um empregado, e reconhecer as vozes, só dando muito desconto. 😃 😃 😃 Mas, o que dizer do Robin, do Charada e da Mulher-Gato, por exemplo, que escondiam as suas identidades com apenas uma mínima tarja escura sobre os olhos? Batman chamava Robin e os dois desciam pelos bat-postes para a bat-caverna, onde já apareciam com os seus uniformes vestidos, e pegavam o bat-carro, saindo por uma passagem secreta. Havia, ainda, a Bat-girl, que auxiliava a “dupla dinâmica” na luta contra os criminosos; e sua identidade era a bibliotecária Barbara Gordon, filha do próprio comissário Gordon.
O elenco de vilões é liderado pelo Coringa, o Pinguim e a Mulher-Gato. O ator Cesar Romero, que fazia o Coringa, não quis tirar o seu bigode, então, a solução foi disfarçá-lo com muita maquiagem. A primeira atriz a interpretar a Mulher-Gato foi Lee Meriwether, ex-miss EUA de 1955, no filme para o cinema. Seria ela a interpretar a personagem na série da TV, mas ela já tinha se compromissado para fazer um outro filme. Meriwether interpretou a doutora Ann McGregor na série “O Túnel do Tempo” logo depois, em 1966 e 1967. E foi aí que entrou Julie Newmar, até sair na terceira temporada, para participar de dois filmes, um deles acabou sendo cancelado. Ela fez, depois, participações em outras séries clássicas da televisão, como “Jornada nas Estrelas”, “Agente 86”, “A Feiticeira” e “A Mulher Biônica”. Em seu lugar, entrou a cantora negra Eartha Kitt.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


Os “efeitos especiais” da época eram bem simples e precários, principalmente comparados aos atuais. Quando havia um soco, apareciam na tela as famosas onomatopeias: “POW!”, “RAKK!”, “OOOOFF!”, “THUNK!”, “Whapp!”, “SPLATT!”, “BOFF!”, entre outras. A música de abertura da série é marcante, e até hoje é associada ao Batman (ouça no vídeo, acima). Os objetos na bat-caverna são todos nomeados por placas. As clássicas cenas em que Batman e Robin escalam prédios foram feitas com um recurso bastante criativo para a época. A câmera era virada, e os atores permaneciam no chão, sobre o cenário de uma fachada de prédio, simulando estarem subindo os andares pelo lado de fora.
Atores principais da série: Adam West (1928-2017), Batman – Bruce Wayne; Burt Ward (1945), Robin - Dick Grayson; Alan Napier (1903-1988), Alfred; Neil Hamilton (1899-1984), Comissário Gordon; Stafford Repp (1918-1974), Chefe O'Hara; Madge Blake (1899-1969), a tia Harriet Cooper, a tia de Dick Grayson; Frank Gorshin (1933-2005), o Charada; Burgess Meredith (1907-1997), o Pinguim; Cesar Romero (1907-1994), o Coringa; Julie Newmar (1933) e Eartha Kitt (1927-2008), como Mulher-Gato; e Yvonne Craig (1937-2015), como Bat-girl - Barbara Gordon. Apenas dois atores ainda estão vivos, portanto: Burt Ward, o Robin, e Julie Newmar, a Mulher-Gato.
 As estórias eram ingênuas e sem a violência de hoje nos filmes do Batman, sem sangue e, muito menos, mortes. Eu me lembro de ter assistido recentemente um episódio em que dois capangas atiraram para acertar Batman e Robin, mas acabaram por acertar um no outro. Batman é, também, muito rigoroso com o respeito às leis, chegando a não estacionar o bat-carro em fila dupla, mesmo quando está perseguindo um bandido; só o fazendo quando um policial o autoriza. Eram outros tempos, mas, para quem assistiu quando criança, como eu, lembra com alegria e saudades. Ainda dá para ver a série no canal aberto Rede Brasil, mas, infelizmente, esse canal passa a maior parte do tempo com problemas de sinal. fr
(Fonte: “Guia dos Curiosos” e, principalmente, a Wikipédia.)
 
 

Nenhum comentário: