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terça-feira, 12 de novembro de 2019

Assembleia Geral da ONU condena bloqueio dos EUA a Cuba, e Brasil muda seu voto

            A Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou na quinta-feira, dia 7, resolução que condena o bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba, desde 1962. A condenação foi aprovada mais uma vez de forma maciça, pela maioria esmagadora dos países membros da ONU, o que vem se repetindo desde 1992. A resolução não tem poder coercitivo, ou seja, não pode impor sanções, nem obrigar uma mudança de postura por parte dos Estados Unidos. Foram 187 países contrários ao bloqueio, duas abstenções (Ucrânia e Colômbia) e somente três países contra. A Moldávia não votou. Os votos contrários à resolução foram os já esperados dos Estados Unidos, claro, e de Israel. O terceiro voto contra foi do Brasil, que sempre vinha votando a favor.
A mudança de entendimento explica-se pela postura de alinhamento automático do governo Bolsonaro, que busca obter alguma contrapartida do presidente Donald Trump, o que, até o momento, não aconteceu. O governo estadunidense de Barack Obama iniciou um processo de reaproximação com Cuba, com a reabertura das embaixadas reciprocamente nos dois países, e o anúncio da intenção de acabar com o bloqueio. Com a posse do seu sucessor, Donald Trump, em janeiro de 2017, houve um retrocesso. No meio dos interesses políticos dos países, quem sofre é a população cubana. Se fosse sincera a justificativa do bloqueio, ou seja, forçar a redemocratização de Cuba comunista, por que não fazer o mesmo com a China, por exemplo? É porque o dinheiro fala mais alto do que os direitos humanos, a democracia e a liberdade de imprensa. fr

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