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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Dica de filme: "Barbosa" (curta-metragem)

BARBOSA
Brasil, 1988, Curta-metragem
Direção: Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado
Com: Antônio Fagundes
 
“O jogo final contra o Uruguai parecia apenas uma formalidade a ser cumprida antes da festa”. Aos 49 anos, um homem volta ao passado, naquele dia 16 de julho de 1950, para tentar mudar a História. Quando criança, com 11 anos, ele estava sentado na arquibancada do Maracanã lotado, com o pai, e viu a seleção brasileira perder para o Uruguai e perder o título mundial.
 
Sua intenção era invadir o campo pouco antes do segundo gol uruguaio e impedir que Ghiggia desempatasse o jogo. Assim, o Brasil seria campeão. Com isso, milhões de brasileiros, incluindo ele próprio e o pai, não viveriam a tristeza que emudeceu o Maracanã naquele dia, com a presença de quase 200 mil pessoas. E, também, um homem, o goleiro Barbosa, não entraria para a História como aquele que “fez o Brasil chorar”. Mas, nem tudo deu certo. Assista ao filme, abaixo:
 
 
           O curta é baseado no livro “Anatomia de uma derrota”, de Paulo Perdigão. Algumas imagens do jogo são do filme “Garrincha, alegria do povo”, de Joaquim Pedro da Andrade. Este ano de 2020, aquela final completará 70 anos. O que eu já li sobre a derrota do Brasil – e já escrevi sobre o assunto aqui no meu blog –, é que muita coisa fora de campo atrapalhou, e muito, a seleção brasileira. Os políticos, como sempre, quiseram se aproveitar do momento para seus objetivos pessoais. E a imprensa exagerou no clima do “já ganhou”.
 
          O Brasil era, claro, o grande favorito, afinal tinha feito uma campanha muito boa até então, jogava em casa e pelo empate. Os jogos anteriores: 4x0 México, 2x2 Suíça, 2x0 Iugoslávia, 7x1 Suécia e 6x1 Espanha. A primeira fase teve quatro grupos, mas não divididos igualmente. Os dois primeiros tinham quatro seleções cada, incluindo o de número 1, do Brasil; o grupo 3 tinha três e o grupo 4, apenas duas: Uruguai e a fraca Bolívia.
 
Assim, enquanto o Brasil teve que disputar cinco jogos antes da final, o Uruguai disputou apenas três: 8x0 Bolívia, 2x2 Espanha, 3x2 Suécia. O artilheiro do Mundial foi Ademir de Menezes, com nove gols, quatro a mais do que o segundo melhor colocado.
 
À época, não eram permitidas substituições durantes os jogos, e o time do Brasil na final foi: Barbosa (Vasco da Gama), Augusto (Vasco da Gama) e Juvenal (Flamengo);  Bauer (São Paulo), Danilo (Vasco da Gama) e Bigode (Flamengo); Friaça (São Paulo), Zizinho (Bangu), Ademir de Menezes (Vasco da Gama), Jair (Palmeiras) e Chico (Vasco da Gama). O treinador era Flávio Costa, à época do Vasco da Gama. O único jogador do Botafogo convocado em 1950 foi Nilton Santos, que não disputou nenhum dos jogos, mas viria a ser titular nos dois primeiros títulos mundiais conquistados pelo Brasil, em 1958 e 1962. fr

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