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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

"Espumas flutuantes", Castro Alves

“Espumas flutuantes”
, Castro Alves, São Paulo, editora Klick, 1997, 188 páginas (Coleção Livros O Globo, vol. 16).
     O livro, lançado em 1870, reúne 53 poemas, dentre eles algumas traduções de outros poetas, e é o único publicado em vida pelo baiano Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871). O autor morreu pouco tempo depois, muito jovem, aos 24 anos, vítima de tuberculose, doença da qual sofreu desde os 17 anos. O sucesso de crítica à época possibilitou a posterior publicação de seus outros trabalhos. 
     Castro Alves dedicou “Espumas flutuantes” à memória do pai, da mãe e de seu irmão, que tinham falecido em um curto período de tempo, entre os anos de 1859 e 1866. Os seus poemas falam do amor; e dos seus relacionamentos, principalmente com a atriz portuguesa Eugênia Câmara, com quem teve uma relação conturbada, inclusive tendo sido traído, até o seu rompimento. 
     E também sobre a morte, inclusive a sua, que ele já sabia se aproximar, como deixa claro em um trecho do poema “Mocidade e morte”: “E eu sei que vou morrer... dentro do meu peito / Um mal terrível me devora a vida”. Em novembro de 1868, durante uma caça em São Paulo, acabou por atirar com a espingarda por acidente no próprio pé esquerdo, e o ferimento acabou por levar à amputação, em junho do ano seguinte, no Rio de Janeiro, sem anestesia. 
     O poeta passou os últimos meses de vida em Salvador, na Bahia, sob cuidados por conta da tuberculose, onde morreu no dia 6 de julho de 1871. O local onde ele nasceu, então Freguesia de Curralinho, emancipou-se de Cachoeira em 1895, e anos mais tarde, a cidade passou a se chamar Castro Alves. É o patrono da cadeira nº 7 da ABL (Academia Brasileira de Letras). A leitura não me entusiasmou, mas fica o registro. fr

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