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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

EUA vivem dia de republiqueta, com invasão do Congresso por apoiadores de Trump

     Os Estados Unidos sempre se consideraram, com indisfarçável orgulho, um exemplo de democracia para todos. Mas, ontem, o mundo assustou-se com as cenas mostradas de Washington, com a invasão do Congresso estadunidense por simpatizantes do presidente Donald Trump. Os parlamentares estavam reunidos para uma sessão de certificação da eleição do futuro presidente, Joe Biden. 
     Horas antes, Trump discursara em frente à Casa Branca, afirmando que não reconhecia a derrota, porque a eleição teria sido fraudada. E convocou a seus apoiadores que marchassem em direção ao Congresso. As imagens da invasão foram mostradas em todo o planeta. Dezenas de homens e mulheres invadem o Congresso, entrando no plenário e nos gabinetes dos deputados e senadores, vandalizando objetos e documentos. 
     Os parlamentares, incluindo o vice-presidente Mike Pence, que exerce a função de presidente do Senado, tiveram que ser retirados, às pressas, para uma área mais segura, temorosos da violência dos invasores. A Guarda Nacional foi chamada para conter o grupo, e, de acordo com a imprensa, quatro pessoas morreram, uma delas, uma mulher, morreu baleada dentro do Congresso. Vários policiais ficaram feridos, e em torno de 50 dos invasores foram presos. 
     Após controlada a situação, os parlamentares retomaram a sessão, e, de madrugada, confirmaram os resultados e a vitória de Joe Biden, que deverá tomar posse no próximo dia 20. Os Estados viveram, ontem, um dia de grande instabilidade e fragilidade, muito semelhante a inúmeros países acostumados a constantes golpes de Estado. 
     Diversos chefes de Estado pelo mundo criticaram a invasão ao Congresso e o ataque à democracia nos Estados Unidos. O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, por sua vez, mais uma vez defendeu Donald Trump, e tentou justificar a invasão, alegando que houve fraude nas eleições nos Estados Unidos. Além de se meter em um assunto em que não deveria se meter, não apresentou, claro, provas. 
     E Bolsonaro ainda disse que o mesmo pode vir a acontecer no Brasil daqui a dois anos, na eleição residencial, caso ela não passe a ser realizada com a impressão do voto. E tudo indica que, se Bolsonaro perder as eleições em 2022, ele não aceitará o resultado, podendo repetir o mesmo comportamento do seu ídolo, Donald Trump. E as consequências podem ser muito piores do que as de ontem, em Washington.  fr

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