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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Nazistas alemães trabalharam nos EUA após o fim da Segunda Guerra Mundial

       Após o fim da Segunda Guerra Mundial, cientistas nazistas passaram a ajudar os Estados Unidos no desenvolvimento de projetos de construção de mísseis. Tudo em segredo. A inusitada parceria foi descoberta em 2010, quando a imprensa estadunidense teve acesso a um relatório até então mantido em total sigilo pelo governo. Conhecida como ’Paperclip’, essa operação foi desenvolvida pelo Serviço de Inteligência Militar, com a autorização do Departamento de Estado, e levou para os Estados Unidos algo em torno de 1500 alemães que lutaram na guerra pelo lado do Nazismo, entre eles cientistas, técnicos, engenheiros e seus familiares.
        O que fez com que o governo dos Estados Unidos passasse por cima dos seus discursos morais à época, e quisesse oferecer proteção àqueles que até pouco tempo antes eram os seus inimigos, foi o conhecimento e experiência que eles tinham sobre as temidas bombas alemãs usadas na guerra. As bombas-voadoras V1 e V2, construídas com mão de obra de perseguidos nos campos de concentração, bombardearam alvos aliados, principalmente localizados em Londres. No período que se seguiu ao fim da Segunda Guerra Mundial, conhecido como ‘Guerra Fria’, o conhecimento desses profissionais foi bastante cobiçado pelos dois lados, tanto os Estados Unidos, quanto o da antiga União Soviética.
       Um desses profissionais foi o engenheiro Wernher Von Braun, que teve papel de enorme relevância na construção dos mísseis alemães. Após conseguir fugir da Alemanha, passou a trabalhar para os Estados Unidos, e esteve à frente do projeto do Saturno V, utilizado pela agência espacial NASA nas missões Apollo e Skylab. Von Braun naturalizou-se estadunidense em 1955, e quatro anos depois foi condecorado com a Medalha Federal de Serviços Distintos. fr

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