Já tem um bom tempo
em que eu escuto falarem na criação do Botafogo S/A, ou seja, nos moldes de um
clube-empresa, mas, até o momento, nada de concreto. É verdade que as más
administrações e os péssimos resultados vêm inibindo interessados. Mas eu leio
que o Botafogo estipulou metas esportivas e de gestão para os investidores a
fim de ceder a imagem, os ativos e a estrutura da instituição, sob pena de
retomar a empresa:
- A conquista de um
título de expressão (Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Sul-Americana ou
Taça Libertadores), ou campanhas consideradas honrosas, como vice-campeonatos e
a presença no G-4 em dez anos (achei um título
pouco, podiam ser mais!);
- Não pode haver
rebaixamentos;
- Não pode haver mais
de 25 milhões de reais em dívidas vencidas;
- Deve ser feito o
pagamento de royalties que
possibilite a quitação sem atrasos do Profut (Programa de Modernização da
gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro) e do Ato
Trabalhista, além de outros compromissos;
- Devem ser criados
conselhos fiscal, de administração e de ética.
Caso uma dessas
cláusulas for descumprida, o Botafogo terá o direito de comprar todas as ações
da S/A por apenas um real. Essas metas foram enviadas aos conselheiros do
clube, que votarão no próximo dia 27 se a proposta de transformação em empresa
deve ou não prosseguir. Caso decidam a favor, ainda há muito a fazer para
efetivar a mudança, a começar pela arrecadação de 400 a 500 milhões de reais e a
quitação prevista de 80% das dívidas. Realmente, no papel, tudo é muito
animador, mas o difícil é concretizar o projeto, transformando-o em realidade.
Vamos torcer! fr
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