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terça-feira, 6 de julho de 2021

O mundo em peso condena o bloqueio dos EUA a Cuba

O mundo mais uma vez se manifestou contra o bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba, desde 1962, que já causou cerca de 150 bilhões de dólares de prejuízos à economia cubana ao longo desse tempo. No dia 23 de junho, a ONU (Organização das Nações Unidas) votou uma resolução proposta por Cuba contra o bloqueio, exigindo que ele seja, enfim, encerrado. O mundo em peso manifestou-se contra o bloqueio: foram 184 países votando a favor do seu encerramento, três que se abstiveram e somente dois votos contra (os Estados Unidos, claro, e Israel). De acordo com a revista Carta Capital, o Brasil foi um dos três países que se abstiveram de votar, junto com Ucrânia e Colômbia. É uma posição surpreendente, já que em 2019, o governo do presidente Jair Bolsonaro votou contra, após anos seguidos em que o Brasil se manifestou favorável ao fim do bloqueio. Em 2020, não houve votação da resolução devido à pandemia do coronavírus.

É o 29º ano que o mundo condena o bloqueio, mas a resolução da ONU não tem o poder de impor a vontade mundial aos Estados Unidos. O bloqueio somente pode ser encerrado através de decisão do Congresso estadunidense. É curioso os Estados Unidos insistirem nesse ataque a Cuba, mesmo após o fim da Guerra Fria, e até hipócrita, já que se a motivação era o fato de Cuba ser uma ditadura comunista, por que, então, não fazem também um bloqueio à China, a maior ditadura comunista do mundo? A verdade é que os Estados Unidos não estão preocupados com a democracia ou com os direitos humanos em Cuba, nem em lugar nenhum do mundo, mas apenas com os negócios que deixa de lucrar no país caribenho. Lucros dos quais os Estados Unidos não abrem mão continuando comercializando com a China, onde têm diversas empresas instaladas. Negócios são negócios!

Minha opinião:

Não simpatizo com o comunismo, muito menos com regimes ditatoriais, sejam eles de esquerda ou de direita! Mas nenhum país deve se comportar como um xerife, impondo a sua opinião aos demais. Quem mais perde com os prejuízos de bilhões de dólares anuais é o povo cubano. Tem que haver outras medidas diplomáticas para conduzir um país à democracia. O grande problema é que as grandes potências mundiais não admitem que países dentro de sua área de dominação, como é o caso da América Latina para os Estados Unidos, adotem posturas independentes. Eu desejo a Cuba o mesmo que desejo ao meu país e a todos os outros países do mundo: democracia, justiça social, desenvolvimento e distribuição de renda, mas sem abrir mão de sua soberania. Seja para os Estados Unidos, a Rússia ou que país for. fr

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